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A Heutagogia e a sua relação com os métodos Eja pós graduação

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1
“Em vez de dar o peixe, ensine a pescar”: A Heutagogia e a sua relação com os métodos 
de aprendizagem em cursos EaD no Brasil. 
 
Autoria: Suelen Bevilaqua, Ivam Ricardo Peleias 
 
RESUMO: 
No Brasil e no mundo, os últimos anos presenciaram o crescimento acelerado do EaD nas 
universidades públicas e privadas. Nesta modalidade o discente é responsável por sua 
aprendizagem denominando este processo como Heutagogia (HANSE; KENYON, 2000). O 
objetivo deste ensaio teórico é identificar e analisar os métodos de aprendizagem usados no 
Ead e sua relação com a abordagem Heutagógica. Dentre os diversos métodos de 
aprendizagem pode se destacar os fóruns, chats e aulas transmitidas via teleconferência ou 
vídeo. Conclui-se que a Heutagogia esta se tornando uma abordagem importante no 
aprendizado já que a mesma visa à individualidade do discente. 
 
Palavras- Chave: EaD; Heutagogia, Métodos de aprendizagem. 
1. INTRODUÇÃO 
A reforma do estado havida no Brasil nos anos 1990, o fim da ditadura e o retorno da 
democracia levaram a uma reestruturação que pudesse conter a crise instalada naquele 
momento. Segundo Bresser – Pereira (1997, p. 07), a crise do Estado no País se alicerçava em 
outras, por ele denominadas de fiscal, modo de intervenção e da forma de administração. 
Conhecidas as razões da crise, era necessário implantar determinadas reformas para facilitar a 
abertura do mercado, a liberação das importações e atrair investimentos estrangeiros. 
Tal reforma teve como objetivo contribuir para tornar o Brasil um País forte e 
eficiente, redefinindo o papel do Estado, colocando o Governo ao alcance de todos, tornando-
o um exemplo indutor para a sociedade. Na sequência surgiu a Internet, como um meio para 
facilitar o acesso aos serviços públicos, tais como a entrega de declarações, inscrições ou 
mesmo prestações de contas. (Ferrer e Santos, 2004, p. 17). 
Essa foi à época na qual Internet começou a ganhar força no País, tornando-se então 
um meio de comunicação ágil e eficaz para divulgação de informações. Pesquisa 
desenvolvida em 2010 pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI, 2010), demonstrou que 
seus usuários já representavam 41% da população, aproximadamente 77 milhões de 
internautas; sendo 27% com acesso em seu domicílio. Esses números mostram o aumento 
progressivo ao acesso à rede mundial de computadores, no âmbito nacional. 
No Brasil e no mundo, os últimos anos presenciaram o crescimento acelerado do 
ensino à distância (doravante EaD), nas universidades públicas e privadas. A maior procura 
pelo EaD ocorre devido à facilidade do acesso, pois a modalidade permite que o aluno acesse 
o conteúdo do curso em qualquer lugar e hora, ao contrario da sala de aula, proporcionando 
comodidade aos discentes. Ozkul e Rena (2011, p. 209) asseveram que a educação eletrônica 
entrou em nossas vidas devido a fatos econômicos, geográficos e sociais que influenciam a 
igualdade de oportunidades na educação e reconhecem que a EaD criou as condições para a 
expansão da igualdade de oportunidade educacional. 
Salimi (2007) e Rocha (2011) relatam que os cursos de pós-graduação são os mais 
encontrados na modalidade EaD. Os autores revelam suas preocupações com a qualidade 
deste ensino. Para eles, em muitos casos os docentes não estariam preparados para ensinar 
longe da sala de aula. 
Na modalidade EaD, o discente é o responsável por sua aprendizagem (HASE, 
KENYON, 2000), pois está inserido em no processo conhecido heutagógico. Estes autores 
definem a Heutagogia como o estudo da aprendizagem autodeterminada. Os autores afirmam 
 
  2
que a Heutagogia pode ser vista como uma progressão natural de metodologias educacionais 
anteriores, que pode dar a melhor abordagem para a aprendizagem no século XXI. 
A modalidade EaD aplica-se aos cursos de graduação e pós-graduação, sejam este 
último lato ou stricto sensu. No Brasil, a base legal do EaD é a lei de diretrizes e bases da 
educação Nacional (lei nº 9394/96) decreto nº 2494/998, decreto nº 2561/98 e portaria 
ministerial nº 301/98, além disso, a instituição que tiver interesse a oferta o curso em nível de 
graduação ou tecnólogo deve credenciar-se no MEC, os cursos de Pós Graduação Lato Sensu 
são regulados também pela Resolução CNE/CES nº3/99 e pela Portaria /CNECES nº908/98. 
Entretanto, os mecanismos de aplicação e de avaliação do uso do EaD nesses cursos ficam a 
critério de cada instituição de ensino superior. 
Algumas razões que levam os discentes a buscarem cursos de Graduação e Pós-
Graduação à distância, nos quais ocorre à aplicação do EaD, são: o apoio pelo uso das 
tecnologias de informação e comunicação (TIC), incluindo como ferramentas de ensino email, 
fóruns, chats, dentre outras, presentes nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA); 
flexibilidade de horários para estudo e a possibilidade de realizar as atividades de 
interatividade com antecedência; contato com os materiais didáticos para o estudo; 
oportunidade de interação de conhecimentos entre professores e estudantes e destes entre si; 
busca de atualização profissional e novas perspectivas para a atuação no mundo do trabalho; 
possibilidade de conciliar trabalho, família e estudo, adquirindo novos conhecimentos; maior 
motivação para aprender e adquirir disciplina nos estudos e, custo das mensalidades mais 
baixo, favorecendo o acesso ao conhecimento e promovendo a democratização do ensino 
(MORAIS, VIANA, CAMARGO, 2012). 
A partir do momento em que as IES oferecem cursos na modalidade EaD, é de esperar 
que os docentes usem métodos adequados para atuarem nesta realidade educacional. Os 
métodos aplicados em sala de aula podem ser aperfeiçoados, considerando desde o 
treinamento em tecnologias, ferramentas ou técnicas específicas, bem como serem parte dos 
saberes necessários à docência superior. 
O cenário descrito revela uma nova alternativa para a educação de adultos e permite 
formular e buscar a resposta à seguinte questão de pesquisa deste ensaio teórico: quais 
métodos de aprendizagem podem ser usados no EaD por professores no Brasil e sua 
relação com a abordagem Heutagógica? O objetivo principal é identificar e analisar os 
métodos de aprendizagem usados no Ead e sua relação com a abordagem Heutagógica. 
Segundo o Censo Ead (2012) de 2009 a 2011 o número de matriculas em curso EaD 
passou de 528.320 para 3.589.373, um crescimento de aproximadamente 580% demonstrando 
a importância desta pesquisa para evidenciar os possíveis métodos de aprendizagem. Além 
disso, Dykman (2008), Conceição Neto (2012) e Ferreira (2009) demonstraram a importância 
do EaD, como um novo meio de ensinar e com o fato de que os discentes têm mostrado 
dificuldade em acompanhar o conteúdo sem o auxilio do professor (MCGLONE, 2011; 
OZKUL E RENA, 2011; SALIMI, 2007). Pelo exposto, a contribuição buscada é verificar em 
que medida os métodos de aprendizagem do EaD se relacionam com os princípios da 
Heutagogia, já que a mesma busca a autoaprendizagem contribuindo desta forma para a 
pesquisa acadêmica. 
 
2. HEUTAGOGIA 
Paulo Freire em seus livros já demonstrava a importância da mudança do jeito de 
ensinar. Conclamava os professores a abandonarem a educação bancária, modalidade na qual 
o aluno era considerado objeto/paciente da relação professor/aluno e o professor o conhecedor 
do saber. Freire (1980, p. 65) foi enfático ao afirmar que quando analisadas as relações 
educador-educandos, em qualquer de seus níveis, é possível ao docente se convencer de que 
 
  3
estas relações apresentam um caráter especial e marcante, pois são fundamentalmente 
narradoras, dissertadoras. 
A introdução do educador humanista previa tornar o professor um companheiro dos 
educandos, estabelecendo formas autênticas de pensar e atuar. Segundo Freire (1980, p. 71 e 
82) a educação humanista vê na humanização a libertação pela consciência, pelo 
conhecimento, vê também os educandos como homens criadores e não como espectadores. 
Estas seriam as razões pelas quais as ações dos educadoresestão infundidas na crença nos 
homens, estimulando-os a pensarem autenticamente, refletindo sobre o mundo para 
transformá-lo. 
Esta visão é aplicável à aprendizagem de adultos, os quais possuem uma tendência de 
auto direção e autonomia no processo de aprendizagem. De acordo com Bastos (2003, p. 33) 
os adultos aprendem melhor porque conseguem controlar seus próprios passos na 
aprendizagem, conseguem assumir responsabilidades sobre o que, porque e como aprender. 
O professor é um facilitador no processo de aprendizagem do adulto. Conceição Neto 
(2012, p. 07) lembra que a tarefa do professor é criar relações de confiança, ouvindo o aluno 
no seu discurso, valorizando, qualificando, respeitando suas ideias e opiniões, construindo o 
aprendizado. McGlone (2011, p. 02) lembra que o educador de adultos tem que desenvolver 
os melhores produtos e programas que permitam aos alunos melhorarem suas oportunidades 
de aprendizagem. McGlone (2011) Yildirim, Özkahraman e Karabudak (2011), Rocha (2011), 
Silva, Martins e Morais (2010) e Souza (2005) classificam esta forma de pensar dos alunos 
adultos como pensamento critico. Souza (2005, p. 65) entende que o pensamento critico é Um 
processo intelectual com várias operações mentais complexas, que permitem interpretar e 
formar conceitos próprios sobre o que o ser humano pode capturar com suas percepções, 
sendo dotado da faculdade de tomar decisões sobre algo, mediante uma avaliação 
minuciosamente baseada em critérios. 
O pensamento crítico requer o desenvolvimento de habilidades para aprender a 
racionalizar e desenvolver um raciocínio argumentativo. Yildirim, Özkahraman e Karabudak 
(2011, p. 178) asseveram que os alunos não devem apenas dispor do pensamento critico, mas 
devem também possuir a vontade de aplica-lo. Para os autores, é importante que os alunos 
sejam ensinados a valorizar o pensamento critico e reflexivo e que tenham consciência do 
esforço necessário para alcança-lo. 
Em sua pesquisa, Souza (2005) dissertou sobre os três pesquisadores principais da 
abordagem do pensamento critico: Robert H. Ennis, Richard W. Paul e Matthew Lipman. Este 
estudo usa a abordagem defendida por Richard W. Paul, cujo esforço buscou uma forma de 
como caracterizar as qualidades do pensamento critico por meio de padrões intelectuais. O 
esforço de Paul foi sistematizado por Souza (2005, p. 85), como demonstrado no quadro 1. 
PADRÃO DESCRIÇÃO 
Clareza Utilizar um padrão de pensamento e linguagem livre de confusão, ambiguidade e 
obscuridade, facilitando o entendimento.
Exatidão/retidão Utilizar informações fidedignas, livres de erros, enganos e distorções. 
Precisão Ser preciso e categórico num padrão, adequando ao assunto e contexto. 
Relevância Selecionar aquilo que é realmente necessário para a resolução do problema 
Profundidade Ir na essência da questão, evitando tratar o assunto como superficialidade. 
Amplitude Avaliar todas as possíveis perspectivas (pontos de vista) sobre o assunto 
Lógica Verificar a coerência no raciocínio e nas ideias que estão sendo adotadas para a 
resolução do problema
Quadro 1- Padrões Intelectuais para o pensamento crítico - Richard W. Paul 
Fonte: SOUZA, M. B. A influência dos conteúdos e atividades de iniciação científica para o estímulo ao 
desenvolvimento do pensamento crítico em Ciências Contábeis: pesquisa com coordenadores de curso na cidade 
de São Paulo. 2005, p. 85. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis)-Centro Universitário Álvares 
Penteado, São Paulo, 2005. 
 
  4
Souza (2005, p. 85) defende que é possível alcançar o estágio máximo do pensamento 
critico. Porém, é essencial que o adulto seja capacitado e orientado para que saiba como usar 
estas habilidades em todas as dimensões de sua vida profissional, pessoal e acadêmica. O 
pensamento crítico e a aprendizagem de adultos ganharam uma conceituação denominada de 
Andragogia, conhecida como a ciência ou conjunto de métodos para ensinar adultos, vem 
ganhando adeptos neste novo século. Em 1980, Knowles, seu precursor, colocou todo o 
conceito da aprendizagem de adulto numa teoria, visando aspectos como a aprendizagem 
autodirigida, o educador enquanto mediador ou facilitador, os quais remetem para 
determinadas concepções de educação que valorizam a autonomia do educando. 
Knowles admite a pedagogia como um sistema contido na Andragogia, fornecendo 
pressupostos básicos; entretanto, entende também que o aluno deve evoluir para os 
pressupostos Andragógicos. A Andragogia pode ser aplicada a crianças e adolescentes, no 
papel de adquirir responsabilidade pelo seu aprendizado. Além das necessidades básicas do 
educando, a Andragogia se preocupa com outros interesses, como o meio profissional, 
familiar e social em que o educando esteja inserido. 
A aprendizagem é um processo interativo entre quem aprende e o mundo exterior, 
auxiliado pelo facilitador. O educador (facilitador) deve adequar, direcionar e contribuir para 
a autodireção das aprendizagens. O facilitador deve ter respostas a dar, conselhos, críticas e 
tempo para ouvir e debater com os educandos. O aluno e o educador devem estabelecer uma 
relação de empatia e aceitar o indivíduo com suas características. O aluno deve perceber os 
objetivos – que ajuda a definir - como seus próprios e buscar alcançá-los (Knowles, 1980). 
McGlone (2011, p. 03) lembra que a teoria Andragógica reconhece que os adultos têm 
e desenvolvem a independência em seu método de aprendizagem. O pressuposto é o de que os 
alunos sabem o motivo do aprendizado. Além disso, podem abordar a aprendizagem a partir 
de uma perspectiva da experiência de vida e busca conhecimento para ajuda-los a lidar com os 
desafios da vida, uma situação vivencial que estimula e transforma o conteúdo, auxiliando na 
assimilação (ABIO, 2010, p. 32). 
Knowles (1980) aponta algumas condições de aprendizagem na Andragogia: os alunos 
sentem a necessidade de aprender; ambiente físico confortável, respeito e ajuda mútuos e 
espontâneos, liberdade de expressão, aceitação das diferenças; alunos percebem os objetivos e 
a experiência do aprendizado como seus objetivos gerais; alunos aceitam a divisão de 
responsabilidades e assumem o compromisso de cumpri-las; alunos participam ativamente do 
processo de aprendizagem; o processo de aprendizagem usa a experiência de vida dos alunos 
e alunos têm senso de progresso com o avanço da aprendizagem e auto avaliação. 
O autor criou o ciclo Andragógico como o principal recurso na planificação e 
desenvolvimento, com sete etapas: 1. estabelecer um clima conducente à aprendizagem; 2. 
criar mecanismos para planificação mútua; 3. diagnosticar as necessidades de aprendizagem; 
4. formular objetivos programáticos que satisfaçam as necessidades identificadas; 5. elaborar 
um plano de experiências de aprendizagem; 6. conduzir as experiências de aprendizagem com 
técnicas e materiais adequados; 7. avaliar os resultados da aprendizagem e rediagnosticar as 
necessidades de aprendizagem. 
Nogueira (2004, p. 08) analisou estas etapas, a seguir sintetizadas. O clima de 
aprendizagem permite caracterizar e identificar um ambiente propicio à aprendizagem por 
meio da verificação de certos aspectos inerentes, consonantes e existentes por característica 
dentro do modelo até então analisado, Tais características estão alicerçadas exatamente em 
determinadas peculiaridades como a não formalidade, o bem estar, o apreço e a confiança. 
Os mecanismos de planificação mútua devem envolver todas as partes. As pessoas se 
sentem envolvidas quando lhes é permitida a participação direta na tomada de decisão. No 
diagnóstico das necessidades de aprendizagem é preciso definir com clareza os pontos de 
partida e de chegada, entre os quais é preciso analisar o modelo de aprendizagem empregado 
 
  5
atualmente por meio das competências circunstanciadas do modelo atual, junto às 
expectativas e competências intrínsecas do estudante. Esta análise deve partir do próprio 
estudante, agente ativo da situação. Assim, cabe aodiscente à identificação do status quo de 
suas competências, bem como do estágio final representado pelo alcance do resultado que se 
pretende obter ou atingir. 
Ao formular os objetivos de aprendizagem, o facilitador (professor) deverá verificar se 
a execução destes e a sua relevância são possíveis, debatendo com o discente as diversas 
possibilidades de alteração desses objetivos, considerada sua exequibilidade. É com a 
elaboração do plano de experiências de aprendizagem que o discente decide que 
aprendizagem gostaria de realizar. Para isso, é necessário elaborar um plano que indique as 
atividades que deseja realizar, quais as metodologias e tempo para realizá-las. O estudante 
deve formular este plano por meio de uma união de problemas e preocupações existentes dos 
adultos (NOGUEIRA, 2004, p. 09). 
Ao pactuar um contrato de aprendizagem com o docente, o aluno é envolvido na 
tomada de decisão acerca do que irá aprender, como aprenderá e a avaliação da 
aprendizagem. Esta forma de condução das experiências de aprendizagem resulta das 
considerações tecidas nos pontos precedentes do ciclo andragógico. Ao final, é necessária a 
avaliação dos resultados e o rediagnostico das necessidades de aprendizagem, em um 
processo no qual as características de aprendizagem são mais centradas no aluno, por meio de 
uma independência e até mesmo autogestão andragógica. 
O facilitador passa a ser coadjuvante das ações, cabendo ao educando, a obtenção e a 
percepção de meios capazes de mensurar os resultados obtidos de forma progressiva. Oliveira 
(1998) estabeleceu 14 princípios para nortear o relacionamento com a pessoa adulta, descritos 
no quadro 2. 
Princípios Significado e forma de implementação 
1 O adulto é dotado de consciência crítica e ingênua. Sua postura pró-ativa ou reativa tem direta 
relação com seu tipo de consciência predominante;
2 Compartilhar experiências é fundamental para o adulto, para reforçar suas crenças influenciar as 
atitudes dos outros; 
3 A relação educacional de adulto é baseada na interação entre facilitador e aprendiz, na qual ambos 
aprendem entre si, num clima de liberdade e pró-ação.
4 A negociação com o adulto sobre seu interesse em participar de uma atividade de aprendizagem é 
chave para sua motivação; 
5 O centro das atividades educacionais de adulto é na aprendizagem e jamais no ensino; 
6 O adulto é o agente de sua aprendizagem e por isso é ele quem deve decidir sobre o que aprender; 
7 Aprender significa adquirir: Conhecimento - Habilidade - Atitude (CHA); O processo de 
aprendizagem implica na aquisição incondicional e total desses três elementos. 
8 
O processo de aprendizagem do adulto se desenvolve na seguinte ordem: Sensibilização 
(motivação) - Pesquisa (estudo) - Discussão (esclarecimento) - Experimentação (prática) - 
Conclusão (convergência) - Compartilhamento (sedimentação);
9 
A experiência é o melhor elemento motivador do adulto. Portanto, o ambiente de aprendizagem 
com pessoas adultas é permeado de liberdade e incentivo para cada indivíduo falar de sua história, 
ideias, opinião, compreensão e conclusões;
10 O diálogo é a essência do relacionamento educacional entre adultos, por isso a comunicação só se 
efetiva através dele; 
11 
O adulto é responsável pelo processo de comunicação, seja ele o emissor ou o receptor da 
mensagem. Por isso numa conversa, quando um não entende algum aspecto exposto, este deve 
tomar a iniciativa para o esclarecimento;
12 
A práxis educacional do adulto é baseada na reflexão e ação, consequentemente os assuntos devem 
ser discutidos e vivenciados, para que não se caia no erro de se tornar verbalista - que sabe refletir, 
mas não é capaz de colocar em prática; ou ativista - que se apressa a executar, sem antes refletir nos 
prós e contras; 
13 Quem tem capacidade de ensinar o adulto é apenas Deus que conhece o íntimo da pessoa e suas 
reais necessidades. Portanto se você não é Deus, não se atreva a desempenhar esse papel!
 
  6
14 O professor tradicional prejudica o desenvolvimento do adulto, pois o coloca num plano inferior de 
dependência, reforçando, com isso, seu indesejável comportamento reativo próprio da fase infantil;
Quadro 2- Princípios da Andragogia. 
Fonte: OLIVEIRA, A. B. ANDRAGOGIA - A EDUCAÇÃO DE ADULTOS. 1998. Disponível em: 
 http://www.geocities.com/sjuvella/Andragogia.html Acesso em 27/12/2012. 
Estes princípios expressam a essência da Andragogia e oferecem um referencial 
objetivo para a relação de cunho educacional (OLIVEIRA, 1998). A premissa de Knowles 
sobre Andragogia era a auto direção; para Freire, eram e reflexão e ação como prática 
educacional. Freire considerava a aprendizagem mútua entre docente e discente, enquanto 
Knowles considerava o professor como o agente de aprendizagem (OLIVEIRA,1998). 
No EaD é imprescindível considerar as diferenças dos estudantes adultos. Assim, a 
Andragogia poderia ser uma fundamentação importante para ajudar os formadores na 
aprendizagem destes alunos. Segundo Ferreira (2009, p. 60), especialistas e educadores têm se 
utilizado dos princípios da Andragogia para desenvolver e efetivar o processo de ensino 
aprendizagem em ambientes de aprendizagem de EaD virtual e semipresencial. Entretanto, o 
EaD tem peculiaridades que a Andragogia não poderia complementar. 
O EaD tem como principio a aprendizagem por conta própria, o aprender a aprender. 
De acordo com Dykman e Davis (2008, p. 158,) os alunos normalmente não sabem como se 
comportar ou mesmo o que esperar de um ambiente on-line, por isso o professor deve orientá-
los sobre o que fazer, como interagir e o que se esperar. Infere-se que os docentes devem 
antecipadamente entender o que se esperar do EaD. McGlone (2011, p. 4) complementa que o 
instrutor deve estar envolvido, monitorando a interação dos alunos on-line e, finalmente, deve 
ser o executor de normas com relação a uma atmosfera adequada em linha acadêmica. 
O professor deve atuar como um facilitador no ensino do adulto, deixando que os 
discentes trabalhem os problemas por conta própria. McGlone (2011, p. 03) assevera que este 
relacionamento fortalece a teoria construtivista, em que os alunos estariam construindo 
conceitos, uns sobre os outros, da mesma forma que fariam se estivessem atuando em projetos 
de estudo de Matemática ou de Redação. 
A partir das ideias do EaD e do mundo do trabalho, Hase passou a ver a Andragogia 
de outra forma, sugerindo que este método de aprendizagem deveria ser conhecido como 
Heutagogia. Blaschke (2012) afirma que a Heutagogia é de grande interesse para o EaD, pois 
compartilha alguns atributos chaves, como a autonomia e o auto direcionamento do aluno, 
além de ter raízes pedagógicas no ensino e aprendizagem de adultos. 
A característica do EaD é a aprendizagem autodeterminada. Assim, tanto o EaD 
quanto a Heutagogia têm o mesmo público em comum, os alunos adultos maduros. Para 
Blaschke (2012, p. 59), a Heutagogia tem potencial de se tornar uma teoria do EaD, porque 
amplia a abordagem Andragógica, ao abandonar o caminho da aprendizagem, tornando-se um 
processo para o aluno, que negocia a aprendizagem e determina o que e como vai ser 
aprendido. O quadro 3 procura ilustrar que a Heutagogia é uma continuação à Andragogia. 
De: Andragogia Para: Heutagogia 
Estudante auto – dirigido Estudante auto – determinado 
Circulo de aprendizagem simples Circulo de aprendizagem duplo 
Desenvolvimento da competência Desenvolvimento da capacidade 
Concepção linear e abordagem de aprendizagem Projeto não-linear e abordagem de aprendizagem 
Instrutor-aprendiz dirigido Aprendiz - dirigido 
Alunos aprendem primeiro o conteúdo Alunos aprendem primeiro o processo e depois o 
conteúdo 
Quadro 3- Heutagogia como continuação da Andragogia 
Fonte: BLASCHKE, L. M. Heutagogy and lifelong learning: A review of heutagogical practice and self-
determined learning. The International Review of Research in Open and Distance Learning, v. 13, n.1, p. 
61, 2012. 
 
  7
A Heutagogia é o progresso dos métodoseducacionais anteriores, conhecida como a 
aprendizagem autodeterminada, na qual o aluno aprende em seu tempo e não no do professor. 
É um processo ativo e proativo, sendo o aluno o agente de sua própria aprendizagem 
(BLASCHKE, 2012; HASE, 2011; HASE, KENYON, 2000; HASE, KENYON, 2003). A 
abordagem Heutagógica verifica a necessidade de a aprendizagem ser flexível em que o 
professor oferece os recursos (a isca), mas são os alunos que desenvolvem o currículo. 
Segundo Hase e Kenyon (2000) os professores devem se preocupar com o desenvolvimento 
da capacidade do aluno e não apenas a incorporação de habilidades baseadas em disciplina e 
conhecimento. O professor deveria renunciar a qualquer poder que julga ter. 
A Heutagogia defende o ideal de um currículo aberto e negociado com base nos 
conceitos de aprendizagem. Hase (2011) defende que a compreensão do aluno é uma festa 
móvel e imprevisível, complexo e emergente e que existe a necessidade de alguns dados 
essenciais em termos de conteúdo, contexto e processo. O quadro 4 revela diferenças entre a 
Pedagogia, Andragogia e Heutagogia, revelando que a Andragogia e a Heutagogia 
ultrapassam as aulas expositivas, centradas no docente, promovendo interação entre o aluno e 
o professor. Existe um processo de amadurecimento, dentro do qual o individuo passa da 
dependência para a auto direção e depois para autodeterminação. 
 
Características da 
aprendizagem Pedagogia Andragogia Heutagogia 
Relação 
professor/aluno 
Professor é o centro das 
ações, decide o que ensinar, 
como ensinar e avalia a 
aprendizagem. 
A aprendizagem é centrada 
no aluno, na independência 
e na autogestão da 
aprendizagem. 
O Aluno é um agente de 
sua formação, o 
professor é um 
organizador e facilitador 
da participação.
Razões da 
aprendizagem 
Crianças e adolescentes 
devem aprender o que a 
sociedade espera que 
saibam, seguindo um 
currículo padronizado.
As pessoas aprendem o que 
precisam saber 
(aprendizagem para a 
aplicação prática na vida 
diária).
Razões alicerçadas na 
vontade do aluno, seus 
objetivos e necessidades. 
O discente sabe por que 
precisa aprender.
Motivação 
A motivação para a 
aprendizagem é 
fundamentalmente resultado 
de estímulos externos ao 
aluno, como notas, 
classificações escolares e 
apreciações do professor. 
Os adultos são sensíveis a 
estímulos externos (notas, 
etc.), mas são os fatores de 
ordem interna que os 
motivam para a 
aprendizagem (satisfação, 
autoestima, qualidade de 
vida, dentre outros). 
Busca a autonomia 
pessoal/profissional por 
isto está motivado a 
aprender de forma mais 
autônoma. 
Experiência do 
aluno 
O ensino é didático, 
padronizado e a experiência 
do aluno tem pouco valor. 
A experiência é uma fonte 
rica de aprendizagem, pela 
discussão e solução de 
problemas feita em grupo. 
Reorganização das 
experiências cotidianas, 
que envolve a ação, a 
reflexão na ação, a 
reflexão sobre a reflexão 
na ação. 
Orientação da 
aprendizagem 
Aprendizagem por assunto 
ou matéria. 
Aprendizagem baseada em 
problemas, exigindo ampla 
gama de conhecimentos 
para se chegar à solução. 
Mistura pedagogia com 
Andragogia, adaptados 
aos interesses / 
necessidades individuais 
do aluno.
 
  8
Vontade de 
aprender 
A finalidade é obter o êxito e 
progredir em termos 
escolares. 
Os adultos estão dispostos a 
iniciar um processo de 
aprendizagem desde que 
compreendam sua utilidade 
para enfrentar problemas 
reais da vida pessoal e 
profissional.
Alunos mais 
disciplinados com o 
aprender se 
comprometem com o 
estudo a distância na 
busca dos objetivos. 
Quadro 4- Diferenças entre Pedagogia, Andragogia e Heutagogia 
Fonte: Cavalcanti (1999); adaptado de Hase (2000) e Hase e Kenyon (2001). 
Blaschke (2012, p. 61) aponta características especificas do EaD que são alinhadas 
com a Heutagogia como: 
• Tecnologia: reconhece a necessidade premente e conveniente da associação de recursos 
tecnológicos no processo de EaD, alinhando as para que façam parte da prática do sistema 
de aprendizagem não presencial. A Heutagogia seria um conceito capaz de absorver as 
tecnologias emergentes principalmente em ambientes virtuais, embora aponte ainda a 
necessária continuidade nas discussões a respeito para firmá-la como um princípio do EaD; 
• Perfil do aluno: Na prática, o EaD está voltado à aprendizagem, tendo como público alvo o 
adulto, sendo idealizado de forma gradativa focando angariar adeptos cujo perfil se 
enquadre em um nível educacional e cultural mais elevado. O EaD tem sido moldada pela 
teoria de Knowles, que reconhece a Andragogia como um conjunto de métodos para 
ensinar adultos. A Heutagogia pode ser considerada, neste contexto, como aplicável 
também aos adultos, em ambientes de aprendizagens não presenciais; 
• Autonomia do Aluno: A prática Heutagogica requer certo grau de autonomia no processo 
de aprendizagem por parte do aluno, premissa que se encontra arraigada no próprio sentido 
da Heutagogia. 
Ao incorporar as práticas da Heutagogia, os professores têm a oportunidade de 
preparar melhor os alunos para o mundo do trabalho, ajudando-os a se tornarem alunos ao 
longo da vida, bem como a promover a motivação dos estudantes, por estarem engajados nos 
tópicos que estão estudando, porque fazem escolhas que são mais relevantes ou interessantes 
(Kenyon, Hase, 2010, p. 170). 
O EaD promove a abordagem Heutagogica devido à necessidade de o aluno agenciar 
sua autonomia nos estudos. Por isso, fornece um ambiente propicio a investigação deste 
método de ensino e aprendizagem. Mason (1998) oferece modelos de curso online, 
sintetizados no quadro 5. 
a) Conteúdo + Suporte 
A base é a separação entre as equipes que planejam e produzem o curso e as que 
interagem com os alunos, mesmo que os alunos possam direcionar as atividades e 
discussões para questões de seu interesse pessoal e/ou profissional. A estrutura 
básica do curso, produzido em larga escala, deve ser seguida pelo aluno. A 
possibilidade de contextualização se dá por meio de interação com os professores 
assistentes ou tutores. Em relação ao curso como um todo, o tempo dos alunos em 
discussões on-line não representa mais do que 20% do total de dedicação. 
b) Wrap Around 
Esta categoria consiste em criar uma parte de curso (guias de estudo, atividades, 
discussões) construída sobre uma base de materiais existentes (livros, CD-ROMs, 
tutoriais). Este modelo tende a incentivar que os alunos pesquisem, gerando mais 
liberdade e responsabilidade. O papel do professor ou tutor é intenso, porque uma 
parcela menor do curso é pré-determinada, de modo que ajustes são feitos a cada 
vez que o curso é implementado. Atividades síncronas, trabalhos em grupo e a 
incorporação de novas referências são necessárias. O tempo o dedicado às 
discussões, em relação ao total do curso, gira em torno de 50%. 
 
  9
c) Integrado 
Este modelo é oposto ao primeiro. A base do curso são atividades colaborativas, 
pesquisa intensiva e projetos em pequenos grupos. O conteúdo é fluido e dinâmico e 
determinado, em grande parte, pelas atividades individuais ou do grupo. De certa 
forma, desaparece a distinção entre conteúdo e suporte. 
Quadro 5: Modelos de cursos segundo a possibilidade de interferência do aluno 
 Fonte: MASON, R. Models of Online Courses. Networked Lifelong Learning: Innovative Approaches to 
Education and Training Through the Internet. Universidade de Sheffield, 1998. ALN Magazine v. 2, n. 2,p. 3 
out/1998. Disponível em: 
http://www.johnsilverio.com/EDUI67047804/Assignment1AReadings/ModelsOfOnlineClass.pdf . Acesso em 
02.01.2013. 
 
Com base nestes modelos pode-se considerar os seguintes métodos utilizados no EaD: 
Chat, Correio Eletrônico, Fórum, Jogos Educativos ou de Simulações de Negócios, Sites para 
Consultas, Material impresso, Áudio ou Vídeo Aulas, Teleconferência/Webcast, Conteúdo de 
Autoaprendizagem, Prova de Avaliação Presencial, Trabalho Individuais ou Grupo e 
Monografia (MAIA E MEIRELLES, 2007).Outras estratégias de ensino usadas em aulas 
presenciais podem ser adaptadas para o EaD, tais como Método do Caso ou Mini Caso, 
Ensino com Pesquisa, Mapa Conceitual e Resumo. 
 
3. MÉTODOS DE APRENDIZAGEM APLICADOS NO EaD COM RELAÇÃO À HEUTAGOGIA. 
Com base nestas colocações consideram-se características da aprendizagem EaD 
relacionada com a heutagogia os métodos de ensino conforme quadro 6:
 
  10 
Método EaD Heutagogia 
Chats. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem chats para a realização das aulas à 
distância. 
O professor que usa o Chat como método de aprendizagem não interfere na 
discussão, deixando os alunos livres para expor suas opiniões. 
Correio eletrônico. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem correio eletrônico para a realização das 
aulas à distância. 
O professor que usa o Correio Eletrônico como método de aprendizagem, 
apenas direciona o discente sem interferir no aprendizado. 
Fórum fechado com perguntas e 
respostas especificas. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem fórum fechado com perguntas e 
respostas especificas para a realização das aulas à 
distância. 
O professor que usa o Fórum fechado como método de aprendizagem elabora 
questões para que os discentes respondam com base no material e aprendizado 
individual. 
O professor que usa o Fórum aberto como método de aprendizagem insere um 
tópico dentro de um tema para que os discentes discorram sobre o tema, 
levantando questionamentos sobre o mesmo. Fórum aberto voltado à discussão de um tema especifico. 
O professor usa fórum aberto voltado à discussão de 
um tema especifica para a realização das aulas à 
distância. O Professor que usa o Fórum aberto insere questões especificas sobre um tema e 
os alunos discorrem sobre ele, levantamento questionamentos sobre o mesmo. 
Jogos educativos. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem jogos educativos para a realização das 
aulas à distância. 
O professor que usa os Jogos Educativos como método de aprendizagem não 
interfere no jogo, deixando os alunos livres para escolherem o melhor caminho. 
O professor que usa os simuladores de negócios como método de aprendizagem 
permite que os alunos apliquem na prática os conhecimentos adquiridos por 
meio do simulador. Simuladores de negócios em que os alunos aplicam na prática os 
conhecimentos adquiridos. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem simuladores de negócios em que os 
alunos aplicam na prática os conhecimentos 
adquiridos para a realização das aulas à distância. 
O professor que usa os simuladores de negócios como método de aprendizagem 
não interfere no jogo, deixando os alunos livres para escolherem o melhor 
caminho. 
Sites para consultas. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem sites para consultas para a realização 
das aulas à distância. 
O professor que usa os sites para consultas como método de aprendizagem não 
disponibiliza os principais sites sobre a disciplina. 
Material impresso. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem material impresso para a realização das 
aulas à distância. 
O professor que usa o material impresso como método de aprendizagem elabora 
o material direcionando o conteúdo necessário para a disciplina, sem usa-lo 
como principal material. 
Aulas administradas por meio de 
áudio ou vídeo. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem aulas administradas por meio de áudio 
ou vídeo para a realização das aulas à distância. 
O professor que usa o áudio ou vídeo como método de aprendizagem explica de 
forma clara os conceitos, mas direcionando o discente a buscar mais conteúdo 
em outras fontes. 
Aulas transmitidas ao vivo via 
teleconferência ou webcast. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem aulas transmitidas ao vivo via 
teleconferência ou webcast para a realização das aulas 
à distância. 
O professor que usa as aulas transmitidas ao vivo via teleconferência ou webcast 
explicam de forma clara os conceitos, mas direcionando o discente a buscar 
mais conteúdo em outras fontes. 
 
  11 
Conteúdo de autoaprendizagem em 
que o aluno segue, via internet um 
roteiro de aprendizado dirigido, 
com exercícios para embasamento 
teórico. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem conteúdo de autoaprendizagem para a 
realização das aulas à distância. 
O professor que usa autoaprendizagem como método de aprendizagem 
exemplifica os passos que o discente deve tomar para conseguir êxito no 
aprendizado individual. 
O professor que usa avaliações presenciais como método de aprendizagem as 
questões são abertas permitindo a análise do aluno. Avaliações presenciais. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem avaliações presenciais para a realização 
das aulas à distância. O professor que utiliza a avaliações presenciais como método de aprendizagem cria questões fechadas, em forma de alternativa. 
Trabalhos em grupo ou individuais. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem trabalhos em grupo ou individuais para 
a realização das aulas à distância. 
. O professor que usa os trabalhos em grupo ou individuais como método de 
aprendizagem os trabalhos são livres, com varias opções e formas de se achar as 
respostas. 
O professor que usa o Método do caso ou mini caso como método de 
aprendizagem deixa o aluno escolher um determinado caso que deseja explorar 
relacionado à disciplina. Método do caso ou mini caso. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem método do caso ou mini caso para a 
realização das aulas à distância. O professor que usa o Método do caso ou mini caso como método de aprendizagem envia ao aluno um assunto à sem desenvolvido, mas 
possibilitando varias opções e formas de achar a resposta. 
Ensino pesquisa. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem ensino pesquisa para a realização das 
aulas à distância. 
O professor que usa o ensino pesquisa como método de aprendizagem orienta os 
alunos a buscar novas fontes de conhecimento junto a artigos científicos, 
dissertações, teses, dentre outros. 
Mapa conceitual. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem mapa conceitual para a realização das 
aulas à distância. 
O professor que usa mapas conceituais, orienta os discentes a elabora-lo de 
forma a facilitar o aprendizado. 
Resumos. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem resumo para a realização das aulas à 
distância. 
O professor que usa resumos como método de aprendizagem solicita um resumo 
aos alunos, a cada capitulo estudado. 
Monografias. 
O professor usa com mais frequência o método de 
aprendizagem monografia para a realização das aulas 
à distância. 
O professor que usa monografia como método de aprendizagem orienta o aluno 
para deixá-lo escolher seus próprios caminhos. 
Quadro 6: Métodos de aprendizagem aplicados no EaD e sua relação à heutagogia 
 
  12
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este estudo discorreu-se sobre o arcabouço teórico envolto ao conceito do EaD e da 
Heutagogia. Primeiramente discutiu-se sobre o surgimento e sobre a sedimentação do 
conceito Andragógico e Heutagógico. 
Em seguida, este trabalho procurou demonstrar como os métodos de aprendizagem do 
EaD se relacionam com a Heutagogia. A abordagem heutagógica objetiva que o discente é o 
agente de sua formação, por meio da autonomia da aprendizagem e suas vontades e 
necessidades de aprender. 
Dentre os diversos métodos de aprendizagem os que podem ser usados no ensino EaD 
são: Áudio ou Vídeo Aulas, Chat, Conteúdo de Autoaprendizagem, Correio Eletrônico, 
Ensino com Pesquisa, Fórum, Jogos Educativos, Mapa Conceitual, Material impresso, 
Método do Caso ou Mini Caso, Monografia, Prova de Avaliação Presencial, Resumo, 
Simulações de Negócios, Sites para Consultas, Teleconferência/Webcast e Trabalho 
Individuaisou Grupo. 
Observa que dentre estes métodos os mais conhecidos em cursos de EaD são os Chats, 
Correio Eletrônico, os Fóruns, Aulas transmitidas por Teleconferência/Webcast e Aulas 
administradas por meio de vídeos ou áudio, por proporcionar facilidade para sua aplicação por 
meio da web, nestas modalidades o docente direciona os discentes de forma a motivá-los a 
buscar sua capacidade de aprender individualmente. Já os métodos de avaliações presenciais, 
trabalhos em grupo ou individuais, resumos e monografias os professores utilizam para 
possibilitar a avaliação do aprendizado adquirido pelo discente durante o período do curso. 
Por fim, os Sites para Consultas, Material Impresso, Jogos Educativos, Simuladores de 
Negócios, Método do caso ou Mini Caso, Ensino Pesquisa e Mapa Conceitual o docente atua 
na individualidade dos discentes deixando os livre para escolher sua melhor forma de 
aprendizagem, nestes métodos evidenciando com maior qualidade a abordagem heutagógica. 
Conclui-se que os métodos de aprendizagem usados no EaD podem ser considerados 
heutagógicos desde que o docente ao abordá-los deixem os discentes trabalharem de forma 
autônoma, visando deste jeito os conceitos da heutagogia proposta por Hase e Kenyon. Além 
disso, a Heutagogia esta se tornando uma abordagem importante no aprendizado já que a 
mesma visa à autonomia do discente, modo visível no EaD. 
Esse ensaio teórico possui certas limitações encontradas dentre as quais se pode 
destacar a limitação dos questionamentos e proposições a nível conceitual por parte dos autores da 
pesquisa, e também a aplicação empírica dos achados. Apesar disso, acredita-se que esta pesquisa 
possa gerar contribuições para a literatura no contexto da abordagem heutagógica, que ainda é 
pouco explorado na literatura nacional. 
Como recomendações de pesquisas empíricas futuras, podem seguir as proposições 
apresentadas neste ensaio para uma pesquisa qualitativa ou quantitativa por meio de 
questionários fechados para docentes da modalidade de forma a evidenciar os métodos que 
são mais usados pelos professores. 
 
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