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SUMÁRIO
ATUALIDADES 2
1. COVID-19: ORIGEM, CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO 2
1.1 A ORIGEM 2
1.2 CARACTERÍSTICAS 4
1.3 EVOLUÇÃO DO VÍRUS 5
 
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ATUALIDADES 
1. COVID-19: ORIGEM, CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO
1.1 A ORIGEM
Considerando suas características genéticas, o Novo Coronavírus faz parte de uma 
família de vírus conhecida, que inclui outros vírus capazes de provocar doenças nos seres 
humanos e nos animais como dromedários, camelos, gatos, morcego e vários outros. É muito 
difícil, os coronavírus que infectam animais poderem infectar pessoas, como exemplo do 
MERS-CoV (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) e SARS-CoV (Síndrome Respiratória 
Aguda Grave). Ao todo são sete linhagens de Coronavírus humanos, (HCoVs): HCoV-229E, 
HCoV-OC43, HCoV-NL63, HCoV-HKU1, SARS-CoV (que causa síndrome respiratória aguda 
grave), MERS-CoV (que causa síndrome respiratória do Oriente Médio) e o, mais recente, novo 
coronavírus (que no início foi temporariamente nomeado 2019-nCoV e, em 11 de fevereiro de 
2020, recebeu o nome de SARS-CoV-2). 
Desses Coronavírus, quatro são quase inofensivas, só causam alguns espirros. A SARS-
CoV foi responsável pela epidemia de 2002 e a MERS-CoV, pela de 2012. No caso do SARS-
CoV-2, o coronavírus responsável pela pandemia atual de Covid-19 (Coronavirus disease 
2019). Ao que se sabe até agora, sua forma de contágio começa quando o novo vírus acessa o 
nariz, a boca ou os olhos – pegando carona nas suas mãos ou suspenso no ar em gotículas de 
saliva após um espirro bem dado. Ele se aloja em um cantinho estratégico, a parede por onde 
o muco escorre garganta abaixo. Você já deve ter lido por aí que Corona significa “coroa” em 
latim, porque o vírus tem a aparência de uma bola com uma coroa de espinhos. Esses 
espinhos, na verdade não espetam. São só proteínas, que evoluíram para se encaixar como 
chaves nas fechaduras que ficam na membrana celular.
Os espinhos dele são ótimos em invadir as células dessa região. É na garganta que a 
maior parte dos casos de Covid-19 começa – e termina, com o vírus eliminado pelo sistema 
imunológico. Os sintomas, nesses casos, são leves: tosse seca para expulsar o invasor, febre 
baixa para matá-lo de calor. 
Uma vez dentro da célula, o vírus começa a passar suas próprias fitas de RNA 
mensageiro pelos ribossomos. As organelas não percebem que as características do invasor 
são uma cilada, e acabam gerando milhões de cópias das proteínas usadas para montar 
cápsulas de Coronavírus. As células se tornam fábricas a serviço do inimigo. No final, basta ao 
vírus colocar uma cópia do genoma dentro de cada uma dessas cápsulas e pronto, um novo 
exército está criado.
O vírus da Covid-19 não explode a célula para sair – como faz o ebola, por exemplo. Ele 
vence por exaustão: a célula se dedica tanto a produzir as proteínas do corona que morre por 
não conseguir fabricar suas próprias proteínas. Algo em torno de 20% dos casos de Covid-19 
evoluem para um quadro mais severo, em que o vírus desce para os pulmões. Os vasos 
sanguíneos do pulmão se dilatam para que os glóbulos brancos cheguem mais rápido ao local 
da infecção. Isso causa dor e inchaço. Para entendermos por qual motivo é chamada de 
Síndrome Respiratória Aguda Grave, vamos comparar o que acontece no pulmão à uma 
guerra. O campo de batalha fica congestionado de destroços: células mortas no fogo cruzado 
se misturam às que já foram assassinadas pelo vírus. Mesmo se o sistema imunológico der 
conta de exterminar logo o exército de coronas, a gosma de células mortas que ficaram pode 
deixar lesões permanentes. Já se os seus anticorpos não derem conta, e o corona seguir sua 
série de assassinatos, os alvéolos acabam entupidos. Aí complica de vez. Isso impede a troca 
de gases com o ambiente. Se não houver ventilação artificial, o paciente morre de insuficiência 
respiratória.
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O vírus não faz isso porque é mau. Na verdade, ele não pode ser mau ou bom, pois 
sequer é considerado vivo pela maioria dos biólogos. Vírus não têm metabolismo, não comem, 
respiram ou excretam. Não se reproduzem sozinhos – precisam dos hospedeiros – e não se 
locomovem por conta própria. A única razão da existência de um vírus é fazer mais de si 
mesmo. Ele é uma parte de uma informação genética que se replica. A razão de sua existência, 
é replicar-se.
No que se refere à sua origem em relação à transmissão, o que se sabe hoje é que o 
primeiro caso da Covid-19 foi registrado na China, na cidade de Wuhan, capital e maior cidade 
da província de Hubei, região central do país. O primeiro caso reportado à Organização 
Mundial de Saúde foi em 31 de dezembro de 2019. Mas desde 1° de dezembro de 2019 já 
existiam casos registrados dessa doença que mais parecia um novo surto de pneumonia. O 
que as vítimas tinham em comum era que boa parte delas esteve em contato com o mercado 
atacadista de frutos do mar de Huanan, que também vendia animais vivos. Por isso, acredita-
se que o vírus tenha origem zoonótica, ou seja, possa ter origem de animais silvestres.
No caso da SARS-COV em 2002, a epidemia ocorreu na Ásia e o hospedeiro do vírus foi o 
Civeta, um animal que é parecido com um guaxinim. Em 2012, no caso da MERS-COV, a 
epidemia ocorreu na Arábia, sendo que o hospedeiro foi o Dromedário. Em ambos os casos, a 
origem do vírus foram morcegos, os quais infectaram os hospedeiros da SARS-COV e da 
MERS-COV. Sendo assim, o que vários cientistas defendem é que, a SARS-COV-2 tenha sido 
propagada também através de um animal. Mas o processo de transferência do vírus de uma 
espécie para outra não é tão simples. Geralmente, ele termina em fracasso, por causa das 
diferenças genéticas dos dois hospedeiros. Mas, devido a habilidade do vírus de se reproduzir 
aos bilhões, eles podem sofrer mutações de forma rápida. A maioria das mutações não ajuda o 
vírus a entrar no novo alvo, mas uma única mutação pode permitir que ele seja transferido a 
uma nova espécie. Com o tempo, as probabilidades desse novo vírus dar um salto aumentam.
Por esse aspecto é que por hora se acredita que o mercado atacadista de frutos do mar 
de Huanan foi o local de onde houve a propagação. É por isso que mercados de animais são 
lugares perigosos. Nesses lugares, o vírus tem a chance de entrar em contato com muitos 
animais diferentes, e por tentativa e erro, quando um deles consegue sair, ou acaba infectando 
um ser humano, ou contaminando todo o mercado através de matéria fecal, urina ou o sangue, 
já que alguns animais são abatidos ali mesmo. Neste processo, provavelmente há sangue no 
local e também deve haver alguém para tentar limpá-lo. A pessoa que abateu esse animal 
muito provavelmente não necessariamente poderia estar usando luvas, galochas, aventais, 
óculos, ou seja, provavelmente aqueles que abatem os animais não devem tomar os devidos 
cuidados. De uma forma ou de outra, este cenário descrito sugere que a infecção ou a 
contaminação seria muito fácil de acontecer.
Deve-se considerar uma outra situação, que é quando um vírus faz a transição de um 
animal para seres humanos, as consequências são inúmeras, podendo ser inofensivas ou até 
mesmo fatais. Alguns vírus podem causar sintomas, mas não se propagam tanto. Um bom 
exemplo disso é transmissão da raiva, onde um cão morde um humano, e contrai ela, mas não 
passa para outras pessoas. Temos também as eclosões que ocorrem de tempos em tempos, 
como o ebola, que às vezes causa surtos, algumas vezes causam surtos bem perigosos e 
graves, mas ele acaba sendo controlado e desaparece, e depois volta a emergir. Temos 
também alguns vírus que surgem no reino animal, contaminam os humanos e se tornam 
residentes permanentes. Um bom exemplo disso é o HIV, que acreditamos ter surgido na 
verdade no final do século XIX e começo do século XX, tendo surgido em um primata.
Cientistas na China agiram logo no início e identificaram que o patógeno era um 
coronavírus. Percebe-se que algunsvírus são moradores permanentes da população humana, 
são endêmicos, causa de resfriados comuns, e há outros que surgem de tempos em tempos, na 
natureza, em geral, são coronavírus que sofreram mutações de tal escala que causam mais 
infecções graves em seres humanos.
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Por mais que muitas vezes, a humanidade viva e reviva surtos e epidemias, como por 
exemplo a SARS em 2002, e neste caso ela tenha matado mais de 700 pessoas em todo o 
mundo, a experiência adquirida no enfrentamento desta pandemia deveria ajudar, porém, os 
cientistas estavam com dificuldades para combater o surto da SARS-COV. No caso da SARS-
COV-2, parece ser mais transmissível do que a SARS-COV, e se espalha durante o período de 
incubação, ou seja, no período em que uma pessoa está infectada, mas ainda não desenvolveu 
os sintomas do vírus. A SARS-COV não se propagava no período de incubação, por isso foi 
mais fácil de controlar.
Os especialistas a frente da investigação do novo Coronavírus, ao localizarem sua origem 
em Huanan, passaram a procurar evidências que se aproximassem da forma de transmissão, 
parecida com a da SARS-COV e da MERS-COV. Após o fechamento do dito mercado de frutos 
do mar, as amostras retiradas do local, sugeriram que assim como o SARS-COV, o novo vírus 
talvez tenha vindo dos morcegos, mas não através do contado direto deles com humanos. O 
que se sabe é que, a maioria dos vírus que os morcegos carregam e que causam doenças 
zoonóticas em humanos, são através de um animal intermediário. Mas qual seria esse animal? 
Identificá-lo possibilitaria ajudar a impedir outros surtos!
A especulação feita em torno desta investigação, resultou na criação do termo “animal 
X”, pois ainda não se sabe ao certo. O que se pensa é que um vírus em um morcego foi 
transmitido a um hospedeiro intermediário. Dos possíveis candidatos, alguns cientistas 
sugeriram uma cobra, ou o mesmo que transmitiu a SARS-COV, o Civeta, outros pesquisadores 
sugeriram o Pangolim. Este último, já foi o mais cogitado como o intermediário, o que 
resolveria a busca pelo “animal X”. Mas ainda não há evidências concretas de que ele tenha 
mesmo passado o novo coronavírus para humanos, porém sabe-se que eles hospedam vírus 
parecidos. Essa divergência se dá por conta de estudos feitos com uma parte do código 
genético dos vírus encontrados em pangolins, o que até agora não dá a chancela, com mais de 
99% de chances, que os vírus encontrados em humanos e os dos pangolins sejam iguais. Mas 
ainda não pode se descartar essa possibilidade.
1.2 CARACTERÍSTICAS
Com relação às suas características, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 
apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves, sendo 
que a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou 
oligossintomáticos (poucos sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer 
atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais 
aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.
Os sintomas da COVID-19 podem variar de um resfriado, a uma Síndrome Gripal-SG 
(presença de um quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo menos dois dos seguintes 
sintomas: sensação febril ou febre associada a dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza) 
até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns: tosse, febre, coriza, dor de 
garganta, dificuldade para respirar, perda de olfato (anosmia), alteração do paladar (ageusia), 
distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diarreia), cansaço (astenia), diminuição do 
apetite (hiporexia), dispneia (falta de ar). 
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por 
meio de: toque do aperto de mão contaminadas; gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; 
objetos ou superfícies contaminadas. Considerando que o vírus pode permanecer no ar, 
estudos recentes dizem que ele pode sobreviver no ar por um período entre 40 minutos até 2 
horas e meia. Além disso, de acordo com alguns estudos, considerando que há no ar uma 
enorme quantidade de partículas, há quem defenda que o vírus pode se alojar em um grão de 
poeira, o que acabaria sendo mais um veículo para a sua transmissão.
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No que concerne ao contato entre seres humanos, a possibilidade de contaminação 
aumenta de acordo com a aproximação entre as pessoas pois, as gotículas de saliva, o espirro, 
a tosse e o catarro podem infelizmente infectar o indivíduo por causa da proximidade. 
Sobre a sobrevivência do vírus em relação às diferentes superfícies, o vírus resiste por 
cerca de 72 horas no plástico e 48 horas no aço inoxidável, enquanto no papelão tem uma 
sobrevida de 24 horas. Já no cobre, apenas 4 horas. De acordo com a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), a principal forma de transmissão do COVID-19 é por gotículas respiratórias, ou 
seja, as superfícies onde o vírus possui sobrevida, e não pelo ar. Por isso, o alerta da 
higienização é importante e sempre ressaltado, seja lavando as mãos ou limpando objetos.
A melhor forma de higienizar é com a utilização do álcool gel 70% ou outros 
componentes à base de álcool, como o clorexidina ou o quaternário de amônio. Então, 
qualquer um desses usados antes do período em que o vírus morre sozinho, já será eficaz para 
a esterilização. Os estudos não testaram a sobrevida do vírus nos tecidos das roupas, onde é 
possível que ele sobreviva também. Porém, não há como estimar o tempo que o COVID-19 
possa resistir nestas condições. Sendo assim, a missão agora seria tentar impedir a 
propagação do vírus.
Para evitar a sua propagação, Organização Mundial de Saúde orienta que o isolamento e 
o distanciamento social seriam formas iniciais, justamente por considerar que a exposição a 
alguém que está infectado pode acontecer, mesmo que essa pessoa não esteja apresentando 
os sintomas (assintomática). Outras formas de se prevenir em relação a COVID-19 envolvem: 
lavar as mãos constantemente com água e sabão; usar álcool 70 para limpar as mãos antes de 
encostar em áreas como olhos, nariz e boca; tossir ou espirrar levando a parte interna do 
cotovelo ao rosto; usar máscara; evitar tocar olhos, nariz e boca antes de limpar as mãos; 
limpar com álcool objetos tocados frequentemente; utilizar lenço descartável quando estiver 
com nariz escorrendo.
Acerca das pessoas que podem apresentar um risco maior para contrair a COVID-19, os 
chamados grupos mais vulneráveis e suscetíveis, estão os idosos, diabéticos, hipertensos, 
quem tem insuficiência renal crônica, quem tem doença respiratória crônica, quem tem 
doença cardiovascular. Uma pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa e Auditoria em Terapia 
Intensiva do Reino Unido, publicada no jornal "The Telegraph", afirma que a obesidade pode 
estar relacionada a casos graves da doença provocada pelo novo coronavírus.
Os obesos não estão incluídos entre a população de risco definida pela Organização 
Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde. A pesquisa, no entanto, aponta que 7 a cada 10 
pacientes internados por causa do coronavírus em unidades de terapia intensiva (UTI) no 
Reino Unido eram obesos ou tinham sobrepeso. Segundo o estudo, isso pode estar relacionado 
a outras doenças associadas, como diabetes.
1.3 EVOLUÇÃO DO VÍRUS
No dia 09 de janeiro de 2020 a COVID-19 fez sua primeira vítima, na cidade de Wuhan. A 
vítima era um homem de 61 anos que havia visitado o mercado de Huanan. Algo que passou a 
preocupar as autoridades foi o diagnóstico, cinco depois após a divulgação da primeira morte, 
foi o diagnóstico da esposa do senhor de 61 anos, sem ela ter ido ao mesmo local, ou seja, o 
mercado de frutos do mar. Isso mostrou pela primeira vez que o vírus era transmissível de 
humano para humano. Estava claro para os cientistas que esse Coronavírus era altamente 
transmissível.
A partir daí outros países asiáticos como o Japão e Tailândia começam a relatar casos da 
doença em pessoas que estiveramna China. Em Wuhan, é confirmada a segunda morte. Até 20 
de janeiro, há três óbitos e mais de 200 infecções no país. Aeroportos em todo mundo passam 
a controlar passageiros vindos da China. Na mesma data, é confirmado que o vírus pode ser 
transmitido diretamente entre pessoas. 
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Em 23 de janeiro Wuhan é colocada sob quarentena, na tentativa de limitar a 
propagação do vírus. O transporte coletivo é suspenso, e trabalhadores começam a construir 
um novo hospital para tratar pacientes infectados, que totalizavam mais de 830 em 24 de 
janeiro. O isolamento é estendido para 13 outras cidades, afetando pelo menos 36 milhões de 
pessoas.
No dia seguinte, o vírus chega à Europa. As autoridades da França confirmam três casos 
do novo coronavírus dentro de suas fronteiras, marcando a chegada da doença à Europa. 
Horas depois, a Austrália confirma que quatro pessoas foram infectadas. Na Alemanha, o 
primeiro caso de COVID-19 é confirmado três dias depois.
A primeira morte da COVID-19 fora da China foi nas Filipinas no dia 02 de fevereiro, 
onde as autoridades do país informam que um homem de 44 anos morreu no país vítima do 
coronavírus, marcando assim a primeira morte relacionada à doença fora da China. O paciente 
era da cidade chinesa de Wuhan e havia sido internado num hospital em Manila em 25 de 
janeiro.
No dia 07 de fevereiro o médico chinês Li Wenliang morre após contrair o Sars-Cov-2. 
Em janeiro, ele havia tentado avisar as autoridades de seu país a respeito da epidemia e da 
chance de a covid-19 sair do controle, mas acabou sendo reprimido. Li foi obrigado a assinar 
um documento no qual declarava que seus avisos não tinham fundamento. Dois dias após esse 
triste fato ter ocorrido a China informa que o número de mortos por covid-19 chegou a 811, 
ultrapassando as 774 vítimas do surto de SRAG, também causada por um coronavírus, entre 
2002 e 2003.
No dia 26 de fevereiro O governo brasileiro confirma o primeiro caso no país: um 
homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. Até então, o novo coronavírus havia se 
espalhado para mais de 40 países e territórios, matado mais de 2.700 pessoas e infectado 
mais de 80 mil.
Em 6 de março, o número de casos de infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2 em todo o 
mundo ultrapassa a marca dos 100 mil, enquanto o total de mortes supera 3,4 mil. A doença 
covid-19 já chegou a mais de 90 países. No Brasil, os contágios confirmados aumentam de oito 
para 13 em um período de 24 horas. Na Itália, são registradas quase 200 mortes.
Três dias depois, a Itália impôs quarentena em todo o território. O governo em Roma 
determina restrições ao deslocamento de todos os seus 60 milhões de cidadãos e proíbe 
aglomerações públicas para tentar conter o coronavírus. Habitantes só podem deixar a área 
em que vivem com justificativa. No mesmo dia, a Alemanha registra as duas primeiras mortes 
por covid-19 no país. No dia 11 de março a OMS considera que a disseminação de covid-19 
pode ser caracterizada como pandemia, observando que o número de casos fora da China se 
multiplicou por 13 e o de países afetados triplicou em apenas duas semanas. Três dias após a 
OMS declarar a pandemia, a Espanha declara estado de emergência para conter a propagação 
do coronavírus Sars-Cov-2. O país já conta quase 6 mil casos de infecção, com cerca de 180 
mortos. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anuncia que o país decidiu limitar a 
livre circulação da população, colocando assim cerca de 47 milhões de pessoas sob 
quarentena parcial. A Alemanha, tentando conter a proliferação da doença, decretou o 
fechamento de suas fronteiras no dia 16 de março. No mesmo dia o número de casos fora da 
China supera o registrado no país asiático.
Em 19 de março, pela primeira vez desde o início da pandemia, a China anuncia que nas 
últimas 24 horas não registrou nenhum novo caso de covid-19 transmitido localmente. No 
entanto, havia 34 casos importados de outros países. Três dias depois, o país voltaria a 
registrar um caso de transmissão local. No mesmo dia, o número de mortos pelo coronavírus 
na Itália supera o de mortos na China, e também se torna o novo epicentro da pandemia com a 
maior quantidade de casos.
Em 23 de março, o premiê britânico, Boris Johnson, volta atrás e, após dados que 
previam a evolução da doença sem medidas mais restritivas, apresentados pelo Imperial 
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College de Londres, determina isolamento horizontal no país. Até então, Johnson defendia a 
chamada "imunização de rebanho", ou seja, permitir que a população entrasse em contato 
com o vírus para que desenvolvesse imunidade. No dia 27 de março, Johnson anunciou que 
havia contraído a Covid-19.
No dia 24 de março, o estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro dão início a 
medidas de contenção por determinação das gestões locais, com fechamento do comércio não 
essencial e restrição à circulação de pessoas – além do fechamento de escolas, que já havia 
sido determinado anteriormente. Em São Paulo, a medida afeta 54 milhões de habitantes em 
645 municípios.
No início do mês de abril, no dia 2, o número de infecções confirmadas ultrapassa 1 
milhão no mundo. A cifra de mortos, por sua vez, supera 50 mil. O país com o maior número 
de casos são os EUA, com mais de 240 mil, seguidos da Itália, com 115 mil, e da Espanha, com 
112 mil. Enquanto isso, mais de 3,9 bilhões de pessoas – mais da metade da humanidade – 
estão confinadas em suas casas devido à pandemia. Cinco dias depois, pela primeira vez desde 
janeiro, quando começou a divulgar números sobre o novo coronavírus, a China não registra 
mortes por covid-19. Neste mesmo dia, a China continental tem apenas 32 novos casos. 
Enquanto isso, o número de mortes em Nova York (3.485) supera o de óbitos no atentado ao 
Word Trade Center, em 11 de setembro de 2001. No ataque terrorista, foram 2.753 mortes na 
cidade.
No dia 11 de abril, Os Estados Unidos ultrapassam a Itália em número de mortos por 
coronavírus, tornando-se o país com mais vítimas no mundo. Na data, o país soma 19.602 
óbitos, enquanto a Itália tem 19.468. Os EUA já são o país com maior número de casos 
confirmados, ultrapassando 507 mil infecções.
No início de maio, a Alemanha anuncia a abertura de todas as lojas, a permissão de 
atividades esportivas a céu aberto, além da volta do campeonato alemão de futebol. Restrições 
ao contato social seguem em vigor até 5 de junho, mas com afrouxamentos graduais. 
Enquanto a reabertura começa em alguns países, nações e entidades lançam iniciativa para 
financiar pesquisas sobre a covid-19. A Comissão Europeia doou 1 bilhão de euros.
No início de junho, após último paciente receber alta, a primeira-ministra Jacinda Ardern 
elogia a atitude dos neozelandeses que aderiram ao "lockdown" e contribuíram para eliminar 
a covid-19 em todo o país. "Estamos confiantes de que eliminamos, por ora, as transmissões 
do vírus", afirmou Ardern em um pronunciamento transmitido pela televisão. Em meados de 
junho, o país volta a registrar casos importados. No dia 13 de junho, autoridades de Pequim 
isolam 11 bairros residenciais devido a várias novas infecções por coronavírus, relacionadas a 
um mercado de carnes. O chefe do local afirmou ao site "Beijing News" que o vírus foi 
encontrado em tábuas que processavam salmão importado. Quatro dias depois, a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) anuncia que decidiu interromper os experimentos com 
hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, após evidências apontarem que o fármaco não 
reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença.
No dia 15 de junho, as fronteiras da União Europeia são reabertas, após três meses de 
fechamentos forçados devido à pandemia de coronavírus, iniciados no mês de março. Algumas 
restrições, porém, ainda permanecem no bloco, que seguirá fechado para visitantes de países 
onde o vírus está fora de controle, como Brasil e EUA. Dois dias depois, a OMS considera que a 
utilização do esteroide dexametasona, que reduziusignificativamente a mortalidade em 
pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus, é um avanço científico na luta contra a 
pandemia de covid-19. É o primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em 
pacientes que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores.
Em 21 de junho, segundo dados do Ministério da Saúde, 50.617 mortes em decorrência 
da doença causada pelo novo coronavírus foram confirmadas no Brasil até 21 de junho. Dois 
dias antes, o país superou a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19. O Brasil é o 
segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. Dois dias depois, 
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autoridades ordenam a suspensão parcial da vida pública por um período de uma semana nos 
distritos de Gütersloh e Warendorf, no oeste da Alemanha, após 1.553 funcionários de um 
frigorífico sediado na região terem testado positivo para a covid-19. Entre outras medidas, 
fica proibida a prática de esportes e outras atividades em lugares fechados. No dia 28 de 
junho, dados da Universidade Johns Hopkins apontam que número de mortes confirmadas 
pela doença está próximo de ultrapassar marca de 500 mil. Brasil e EUA lideram em números 
de casos e mortes.
No dia 7 de junho o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que teve resultado 
positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em 
frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das 
medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar 
se tratando com hidroxicloroquina.
Em 14 de julho, a vacina em fase de desenvolvimento contra o novo coronavírus da 
empresa americana Moderna foi bem tolerada e criou anticorpos neutralizantes em todos os 
participantes do estudo, anunciaram os pesquisadores responsáveis na revista especializada 
"The News England Journal of Medicine". Em 27 de julho, a OMS anunciou que pelo menos 
nove países estariam desenvolvendo uma vacina para o SARS-COV-2, realizando testes em 
seres humanos. Das 164 pesquisas em desenvolvimento, 25 já estariam em estágio clínico, 
mas apenas 5 estariam na Fase 3, sendo 3 delas na China, uma no Reino Unido e outra nos 
Estados Unidos. Alguns especialistas defendem que, de acordo com o rigor científico, é 
importante levar em consideração o período de 1 ano, para serem feitas as análises suficientes 
e para dar a segurança para toda a comunidade mundial, como defende o pesquisador da 
FioCruz, professor Julio Croda.
Visto que a doença voltou em alguns países, como uma segunda onda, e também que as 
vacinas podem demorar para chegar no mercado, pesquisadores da farmacêutica norte-
americana Eli Lilly & Co testa, já em humanos, um tratamento experimental com anticorpos 
que imuniza contra a infecção. Em terceira fase de testes (a última antes do processo de 
liberação), o medicamento, chamado de LY-CoV555, vem sendo desenvolvido em parceria 
com a empresa de biotecnologia canadense AbCellera e deve ser testado em cerca de 2,4 mil 
participantes que tiveram contato com casos diagnosticados da COVID-19. Até o último 
trimestre do ano, espera-se que os testes tenham sido concluídos.
A tarefa de se encontrar a vacina não é tão fácil assim, e de acordo com o diretor-geral da 
Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que vacina e, até 
mesmo, a cura para o novo coronavírus (SARS-CoV-2) podem não se tornar uma realidade. 
“Não existe bala de prata no momento e, talvez, nunca exista”, defende Ghebreyesus. Segundo 
o diretor-geral, o que existem são ensaios clínicos em andamento. Só que existe a 
possibilidade de nenhuma delas oferecer a imunização esperada contra a COVID-19. A 
preocupação é de que não tenha uma vacina que funcione ou que a proteção oferecida possa 
durar apenas alguns meses.
Durante a coletiva, Ghebreyesus lembrou que a maioria da população mundial 
permanece vulnerável ao novo coronavírus, mesmo em países que enfrentaram situações 
graves. "Sabemos de estudos sorológicos em que a maioria das pessoas permanece suscetível 
à COVID-19, mesmo em áreas que sofreram surtos graves. Na semana passada, vimos vários 
países que pareciam ter passado pelo pior, agora enfrentando novos picos nos casos". 
Considerando que foram confirmados no mundo 18.142.718 casos de COVID-19 (219.862 
novos em relação ao dia anterior) e 691.013 mortes (4.278 novas em relação ao dia anterior) 
até 4 de agosto de 2020, a OMS continua a reforçar medidas de segurança para que pessoas 
evitem a transmissão do novo coronavírus, com o uso de máscaras, o distanciamento social e a 
higienização das mãos até que haja um remédio ou tratamento para os pacientes da COVID-
19. Também é importante evitar locais lotados e manter bons hábitos de higiene ao tossir, por 
exemplo. Estima-se que mais de 6 milhões de pessoas tenham se recuperado.
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