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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO INGRID VALERIA WALTMANN – 8049761 ENFERMAGEM CLÍNICA - PROJETO DE PRÁTICA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE ALTA HOSPITALAR ABRIL DE 2021 VILHENA-RO DESCRIÇÃO DO PROJETO: Considerando que a alta hospitalar é uma etapa importante da assistência de enfermagem e que se inicia logo na admissão do cliente, com a finalidade de prever a continuidade do cuidado ao cliente no domicilio, realize a tarefa a seguir com base nos conteúdos estudados. Considere a seguinte situação: você é a enfermeira de uma unidade de clínica médica e deverá elaborar um plano de alta hospitalar para um adulto ou idoso com alguma alteração clínica prevalente. Para isso, siga as orientações abaixo: • Levante uma necessidade de um adulto ou idoso hospitalizado (lembre-se de todas necessidades fisiológicas, psicossociais, espirituais, entre outras). • Apresente o caso do cliente hospitalizado (o motivo da internação, descrição sociodemográfica, a idade, nível de escolaridade e de compreensão, entre outras). • Tópicos a serem considerados em seu plano de alta hospitalar: a integralidade do atendimento (os serviços de saúde que irão acompanhar o cliente), quem serão os outros profissionais que contribuirão com os cuidados pós-alta, quem serão os cuidadores em domicílio, os cuidados e orientações de enfermagem (procedimentos técnicos, tomada de medicamentos, higiene, prevenção de complicações, entre outras), como o cliente poderá exercer autonomia nos cuidados pós-alta hospitalar, revisar se todas as medidas para evitar reinternação do cliente foram tomadas, quais as condições que o cliente deixou o hospital (deambulando, em cadeira de rodas, em condução própria, de ambulância, entre outras), a organização do domicílio para receber o cliente pós-alta, os documentos a serem entregues (exames, receitas, encaminhamentos a outros serviços de saúde). •Realize a anotação de enfermagem da alta hospitalar, considerando os tópicos acima. OBJETIVOS: Compreender a importância da elaboração do plano de alta hospitalar pelo enfermeiro. ADMISSÃO DO CLIENTE J.F.M de 68 anos, admitido na unidade de saúde as 14:47 de segunda-feira, 02 de Abril. Apresentando sintomas de infecção urinária, relata sentir fortes dores para urinar, dor no abdômen e micção frequente. Avaliado e internado para acompanhamento da infecção. Mora perto do hospital, de classe média, nível superior de escolaridade, compreensivo, tranquilo, e receptivo. Tem dois filhos e é viúvo. Começou a receber medicamentos para aliviar as dores e destruir a infecção. IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE ALTA As alterações na saúde geniturinária são caracterizadas pelos desequilíbrios de volume, como em situações de hipovolemia (baixo volume), nas perdas de líquidos, ou em hipervolemia (aumento de volume), nos ganhos de líquidos excessivos. Já os desequilíbrios de concentração acontecem quando há uma concentração de partículas a mais (hipertônicas) ou a menos (hipotônicas) no organismo. Os rins desempenham funções importantes no organismo, como formação da urina, excreção de produtos residuais, regulação de eletrólitos e do equilíbrio acidobásico, controle do equilíbrio hídrico e da pressão arterial, regulação da produção de eritrócitos, síntese de vitamina D na forma ativa e secreção de prostaglandinas. As alterações renais agravam severamente a saúde das pessoas. A assistência de enfermagem nas alterações urinárias e renais envolve a coleta de dados do paciente sobre sua ocupação, tabagismo, histórias clínica, cirúrgica e familiar de doença renal e da infância, história de infecção do tratourinário (ITU) e persistência da enurese na infância, internações hospitalares por problemas urológicos. Quanto às queixas do paciente em relação a essas alterações, o enfermeiro poderá questionar o início dos problemas e qual a interferência deles em sua qualidade de vida; a localização, o caráter e a duração da dor; qual sua relação com a micção; se há história de infecção urinária, febre ou calafrios; se há história de lesões genitais ou doenças sexualmente transmissíveis; se faz uso de medicamentos prescritos ou não (NETTINA, 2016). O planejamento de alta hospitalar de enfermagem consiste na identificação das necessidades do paciente, e na educação e/ou orientação de todos os envolvidos no cuidado, paciente e familiar com intuito de continuidade da assistência com qualidade no domicílio. O cuidado integral durante a hospitalização e no pós-alta depende de uma importante ferramenta: o planejamento de alta, que trata da transição do paciente para o domicílio; exigindo uma elaboração multidisciplinar, valorizando a participação da família e com objetivo de assegurar a continuidade e a qualidade do cuidado no domicílio, evitando assim as reinternações. Apesar do planejamento de alta hospitalar ser uma responsabilidade interdisciplinar, o enfermeiro tem papel fundamental na identificação das necessidades do paciente, na educação dos familiares e, na coordenação do processo de transição hospital/domicílio. Este profissional deve avaliar as habilidades do paciente para o autocuidado e também o interesse e as condições dos familiares, quando necessário, pois o enfermeiro durante sua formação é instrumentalizado para realizar ações de educação em saúde e prescrições de cuidados que comporão o planejamento de alta hospitalar o planejamento de alta deve embasar-se na investigação realizada durante a coleta de dados, por ocasião da internação; que incluem as limitações do paciente, da família ou da pessoa de apoio e do ambiente. Os recursos existentes devem ser investigados, pois todos esses dados compõem a implementação e a coordenação do plano de cuidados. Esse processo é essencial para a troca de informações entre pacientes, cuidadores e pessoas responsáveis pelo atendimento. Uma vez que, o planejamento de alta, feito de forma inadequada e o não seguimento das orientações dadas, são apontados como fatores de hospitalização, o que demonstra a sua importância em relação à qualidade de vida dos pacientes.(FIALHO)O planejamento da alta do paciente é a parte final do plano terapêutico, e um ponto crucial do atendimento ao paciente. O plano de alta deve garantir que a mesma qualidade dos cuidados assistenciais que foram prestados no ambiente hospitalar sejam continuados no ambiente ambulatorial e do domicílio do paciente, a fim de se evitar a re-hospitalização. O enfermeiro, quando atua no planejamento da alta, faz a ligação entre o paciente e outros prestadores de cuidados de saúde na comunidade, sejam estes familiares, cuidadores ou outros profissionais de .Os enfermeiros são parte integrante do planejamento de alta da unidade de atendimento ao paciente. Seus deveres são essenciais e apreciados, coordenando um plano de cuidados que permite ao paciente obter os melhores resultados assistenciais após a alta.(IBES,2017)Para dar alta ao paciente é importante ter parceria com a família na identificação de necessidades pós hospitalares e uma comunicação eficaz no processo de transição. PLANO DE ALTA Requisitos para uma alta segura: Reversão dos fatores que motivaram a internação; Educação quanto as implicações da sua doença; Educação quanto a terapia da sua doença; Condições de realizar AVDs e dar continuidade ao tratamento; Conhecer limitações/restrições do pós-alta; Conhecer sinais de piora e quando procurar seu médico. Ao iniciar o plano de alta o enfermeiro deve considerar a compreensão do paciente e familiares sobre a situação clínica. J.F.M recebeu alta da internação na unidade de saúde após melhora clínica do quadro de infecção urinária, saiu deambulando acompanhado da filha mais velha, deverá continuar com a medicação e ingestão de água, evitando esforços desnecessários. A família deve estarpresente e garantir a boa recuperação do idoso, observando a quantidade de água ingerida e o aumento ou diminuição da micção. Os assistentes sociais deverão fazer as visitas semanais e observar possíveis novas complicações. Os filhos garantiram que a casa estava pronta para receber J.F.M de volta. Foi solicitado pelo médico uma bateria de exames depois de uma semana em casa para confirmar se a infecção acabou. Os enfermeiros também devem se certificar de que o paciente têm os dispositivos necessários para cuidados de enfermagem no ambiente domiciliar, tais com curativos, seringas, aparelhos específicos, entre outros. Os enfermeiros são parte integrante do planejamento de alta da unidade de atendimento ao paciente. Seus deveres são essenciais e apreciados, coordenando um plano de cuidados que permite ao paciente obter os melhores resultados assistenciais após a alta. Alguns hospitais optam em usar um enfermeiro experiente e exclusivo para apoiar os enfermeiros assistenciais através da coordenação de atividades de alta, servindo como ligação para outros membros da equipe de forma a garantir que todos os aspectos estão sendo contemplados para pacientes e famílias. Este profissional atribuído trabalha com o paciente para planejar a alta e fornecer o apoio necessário, mas a enfermeira de alta ajuda no processo. Eles fazem contatos e telefonemas para providenciar serviços de acompanhamento, equipamentos e suprimentos, bem como reforçam as instruções do paciente e preparações para a alta. Nestes hospitais, a inovação foi vista como parte de uma estratégia maior para aumentar o fluxo de pacientes, reduzir a duração da permanência, melhorar os tempos para a alta e proporcionar uma melhor experiência de alta para pacientes e famílias.(IBES,2017) REFERÊNCIAS IBES, grupo. o papel do enfermeiro no plano de alta do paciente. 2017. Disponível em: <https://www.ibes.med.br/o-papel-enfermeiro-no-plano-de-alta-paciente/>. Acesso em: 2 maio 2021. DEGANI, Glaucia costa. enfermagem clínica. batatais SP: ação educacional claretiana, 2019. 202 f. NETTINA, S. M. Prática de Enfermagem. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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