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Análise crítica de Jurisprudência A admissibilidade recursal, a possibilidade de aplicação do princípio da fungibilidade e as consequências nos efeitos dos recursos

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Nome: Gabriela Carvalho 
Matrícula: 9191766 
 
Análise crítica de Jurisprudência – A admissibilidade recursal, a possibilidade de 
aplicação do princípio da fungibilidade e as consequências nos efeitos dos recursos 
Pergunta 1: Foi possível a aplicação do princípio da fungibilidade? Qual a 
fundamentação da decisão neste aspecto? 
No caso em análise não foi possível a aplicação do princípio da fungibilidade, 
porque, conforme entendimento já pacificado na jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça, que não é cabível a interposição de Recurso Ordinário contra acórdão que nega 
provimento ao recurso de Apelação em mandado de segurança, por se tratar de erro 
grosseiro que impede a aplicação do princípio da fungibilidade recursal. 
Conforme é cediço, de acordo com o princípio da fungibilidade permite-se, de 
forma excepcional, que recebe recebido como correto recurso interposto de forma 
errada, desde que haja dúvida séria e objetiva quanto ao recurso cabível e inexistência 
de erro grosseiro quanto ao recurso admissível. 
In casu, a interposição do recurso ordinário no lugar do recurso especial 
configura erro grosseiro, não se admitindo a aplicação o princípio da fungibilidade, 
porque o artigo 105, inciso II, alínea b, da Constituição Federal é expresso em 
determinar que só caberá Recurso Ordinário em mandado de segurança ao STJ quando 
denegatória a decisão de única instancia dos Tribunais de Justiça ou Tribunais 
Regionais Federais, de forma que, em sendo rígidas e expressas as hipóteses de 
cabimento dos recursos para o STJ, não há de aplicar a fungibilidade recursal. 
Por esses motivos, é que não se admite a conversão do Recurso Ordinário em 
Recurso Especial, vez que os escopos, a fundamentação e as hipóteses de competência 
constitucionalmente atribuída como o conhecimento do recurso pelo STJ de um e do 
outro recurso são manifestamente diversas, principalmente diante da devolutividade 
vinculada do Recurso Especial. 
Pergunta 2: Houve alegação de matéria de ordem pública no recurso em análise 
(prescrição). À luz dos princípios e efeitos recursais, foi possível adentrar a esta 
questão? Por que? 
No presente caso do acórdão apreciado houve alegação de matéria de ordem 
pública, tendo sido suscitada a análise da prescrição da pretensão punitiva da 
Administração Pública. 
Ocorre que referida matéria de ordem pública não foi objeto de apreciação pelo 
Superior Tribunal de Justiça, manifestamente diante do que fato de que o Recurso 
Ordinário, quando da realização do juízo de admissibilidade, não foi admitido, diante do 
fato que, no caso, o recurso admissível era o Recurso Especial. 
Isso porque, conforme ensina o Ilustre Ministro Relator OG Fernandes, o 
momento adequado para entrega da prestação jurisdicional de mérito somente se inicia 
quando ultrapassada a fase de admissibilidade do recurso, de modo que não cabe, na 
esfera recursal, manifestação quanto ao mérito do recurso, ainda que se trate de matéria 
de ordem pública, sem que este tenha sido admitido, não havendo, assim, possibilidade 
de invocar o efeito translativo do recurso, a qual, frise-se, somente é admissível, quando 
houver sido ultrapassado o juízo de admissibilidade.

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