Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pneumonia Inflamação do parênquima pulmonar, preenchimento dos alvéolos e bronquíolos respiratórios por exsudato comprometendo as trocas gasosas. É decorrente de falhas no mecanismo de defesa como: Acúmulo de secreções em vias brônquicas: acúmulo importante de secreções em vias brônquicas, de outras inflamações de processos de vias condutoras que formou secreção que acessaram os pulmões, como garrotilho, ou complexo respiratório felino Lesão do sistema mucociliar Imunodeficiencia Redução da capacidade fagocitária do macrófago alveolar: quando o macrófago não consegue eliminar o agente pois o acesso de patógenos é muito grande ou porque ele pode estar deficiente (em casos de imunossupressão) e não é capaz de eliminá-lo Classificação das Pneumonias Diagnóstico de Pneumonias deve ser preciso e rápido: Duração: Aguda , Sub-aguda ou Crônica Etiologia: Bacteriana, viral, parasitária, fungica, aspirativa. Padrão Morfológico Exsudativa: catarral, purulenta, fibrinoso, hemorrágico, necrotizante Proliferativa: proliferação macrofágica, fibroblastos, pneumócitos Local de Envolvimento Broncopneumonias ou Pneumonias purulentas: Consolidação focal, peri bronquial ou bronquiolar. Etiologia bacteriana Pneumonia Lobar ou broncopneumonia fibrinosa ou pleuropneumonia: Comprometimento quase ou total do lobo. Etiologia Bacteriana Pneumonia Focal: Embólica e Granulomatosa Focos aleatórios: distribuição multifocal nos lobos pulmonares. Pode ser em embólica, onde há formação de êmbolos a partir da via hematógena ou granulomatosa, quando há tuberculose ou fungos Pneumonia Intersticial Acometimento do interstício pulmonar, com acometimento dorso-caudal, visto em exames de imagem Essa classificação otimiza o diagnóstico: uma classificação mais rica com mais referencias aceleram o diagnóstico Broncopneumonia Processo se inicia na região peribronquial (bronquiolar) Porção cranial e ventral Etiologia bacteriana Porta de entrada: Via aerógena pois é a primeira região que esses patógenos vão se localizar Patologia Pneumonias Pneumonia Lobar Lesão que compromete todo o lobo, é uma extensão da broncopneumonia Comprometimento parcial ou total do lóbulo Porta de entrada é aerógenana maioria das vezes, porém pode ser hematógena Esse padrão de envolvimento lobar se agrava de uma broncopneumonia e evolui para uma pneumonia lobar; Etiologia Broncopneumonia (BCP) Bovinos Pasteurella multocida Arcanobacterium pyogenes Suínos Actinobacillus pleuropneumoiae Histophillus sp Equinos Streptococcus sp Rhodococcus equi Cães Bordetella bronchiseptica Gatos Pasteurella multocida Pneumonia Lobar Semelhante a da BCP Mais frequente e bovinos Mannheimia hemolytica (Pasteurella) Mycoplasma mycoides BCP e Pneumonia lobar O processo se inicia na junção bronquíolo terminal e alvéolo, onde há porção de transição que há pouca defesa – bactéria consegue espaço para proliferação e se espalha para os alvéolos rapidamente na região cranio-ventral: + - 2 dias: pulmão fica hiperêmico e edematoso (aspecto de gelatina) – hiperemia dos vasos e edema exuberante; + - 3/4 dias: edema diminui e o pulmão fica com tom avermelhado-escuro, por causa da grande infiltração de neutrófilos, processo chamado Hepatização vermelha, pois ele fica semelhante ao fígado; + - 5/7 dias: a cor avermelhada diminui, ficando mais acizentada devido à necrose liquefativa e perfil celular passa para leucócitos mononucleares. Ainda há aspecto hepático Esse processo pode evoluir para a cura, com resolução, onde haverá Fetalização em 3 a 4 semanas, pois se a lesão não era muito extensa em 7 dias há melhora e indícios de reparação; Se a lesão for mais exuberante haverá lise, processo vai se cronificar com infiltração crônica por um tempo e haverá evolução fibrótica, chamada carnificação. A reparação vai depender da extensão da lesão e da patogenicidade do agente; Broncopneumonia Lesão inicialmente cranial e ventral – vermelho escuro – devido o processo de hepatização; Distribuição crânio ventral, edema com aspecto líquido. Pneumonia Lobar As divisões são septações lobulares (em bovinos) que vai ser um problema para eliminação de secreções. Fase de hepatização vermelha e cinzenta e acúmulo de pus; Esse pus frequentemente se estende para pleura, sendo uma das principais consequências da pneumonia lobar, gerando Pleuresia, uma inflamação da pleura. Perda completa da arquitetura, infiltração leucocitária importante e necrose liquefativa; Há bronquíolos que está cheio de secreções, leucócitos e bactérias, indicando que é uma pneumonia purulenta cujo agente entrou por via aerógena; Pneumonia Focal: Embólica Distribuição das lesões: multifocal Porta de entrada: hematógena Etiologia: abcessos hepáticos, onfaloflebites, cateter infeccionados, endocardites valvares e murais Abcessos hepáticos: Hepatites bacterianas purulentas que ganharam a circulação e foram para os pulmões; Onfaloflebites: corte de via umbilical com contaminação e ganha circulação; Cateter infeccioso: fonte de agentes de bactérias que estão na circulação Porta de entrada: via hematógena – vem através de êmbolos sépticos (células inflamatórios + bactérias), que saíram do local primário e foram para circulação; Macroscopia: Abcessos purulentos Pneumonia Apostematosa: quando há junção de vários abcessos, aspecto purulento Pneumonia Granulomatosa Foco não são mais abcessos, são granulomas; Distribuição das lesões: multifocal Etiologia: Mycobacterium, tuberculose, que gera granulomas caseosos ou pode ser Fungico, que gera granuloma imune, sem necrose caseosa Porta de entrada: principalmente aerogena Tuberculose: principal fonte de contaminação é aerogena, porém pode ser hematógena, digestiva, cutânea ou genital; Etiologia Fúngica Ovinos e Equinos: Aspergellus fumigatus Cão e Gato: Hitoplasma capsulatum, Cryptococcus neoformans, Blastomyces dermatidis Bacteriana Bastonete intracelular, BAAR-álcool, ácido- resistente Mycobacterium tuberculosis: Hu, bov, su, cão, gato Mycobacterium bovis: bov, sui, hu, cão, gato, equi, ov Mycobacterium avium: aves, bov, su, hu, eq, ov Mycobacterium marinum: peixes, hu Tuberculose Fases Evolutivas: Período de primeira infecção: Forma-se um complexo primário (granuloma típico), pulmão, aerógena e digestória; Período de Tuberculose pós-primária: Determina a pneumonia, onde as lesões se formam pois o animal teve imunossupressão e ativação Período de Quebra de Resistencia: generalização precoce ou tardia; Pneumonia Intersticial Lesão em interstício Alveolite Fibrosante Difusa Lesão primária na parede alveolar (endotélio, membrana basal e epitélio alveolar) Distribuição das Lesões: Região dorso-caudal, difusa Porta de entrada: aerógena e hematógena Restos proteicos de células que morreram formam uma membrana hialina, que caracterizam a Fase Aguda A Fetalização caracteriza a fase crônica; É um padrão de pneumonia mais branda; Há infiltrado no interstício Etiologia: gases tóxicos, vírus pnemotrópicos, toxinas e parasitas; Etiologia Gases tóxicos, endotoxinas, toxinas, reações de hipersensibilidade; Vírus Pneumotrópicos (cinomose, rinotraqueíte infecciosa bovina, calicivírus, influenza) Vírus endoteliotrópicos (peste suína clássica, hepatite infecciosa canina adenovírus tipo 1) Larva migrans (Ascaris suum) Os restos de proteínas desnaturadas tanto do epitélio quanto do endotélio se depositam formando a membrana hialina. Nafase aguda haverá deposição acidofílica rosa por causa das proteínas chamada de membrana hialina, composta de restos proteicos do epitélio e endotélio que sofreram lesão. Não há mais infiltrado e está ocorrendo a reparação e maturação para o pneumócito tipo II;
Compartilhar