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Pneumonia: Referência Bibliográfica: Livro: PATOLOGIA BOGLIOLO, 8º edição Livro: ROBINS PATOLOGIA, 9º edição Depende da suscetibilidade do indivíduo, a forma como o sis- Doença Infecciosa: Desenvolvimento de uma doença infecciosa envolve intera- ções complexas tema imune dele resposte e o agente etiológico Sistema Respiratório: Destruição de pneumócitos do tipo II como no CO- VID, causa a diminuição do surfactante (mantém a tensão alveolar) com uma inflamação que gera um edema inun- dando o alvéolo e o surfactante diminui ainda mais levando ao colabamento do alvéolo Acúmulo de secreção (obstrução brônquica) Temos o fluido alveolar produzido dentro dos alvéolos, que possuem imunoglobulinas, fração de complemento pronto para participar da opsonização dos microrganismos para facilitar a fagocitose Fatores que alteram a limpeza da mucosa: Perda ou supressão do reflexo da tosse (etilismo e seni- lidade) Lesão do aparelho mucociliar (tabagismo, doenças vi- rais) – metaplasia troca o epitélio ciliado por um sem essa proteção Interferência com a ação fagocítica ou bactericida dos macrófagos alveolares (álcool, tabagismo, anóxia) Congestão pulmonar e edema * * * * - - - - - Estados leucopênicos Fatores que alteram a resistência: Doenças crônicas (Impedimento da função mucociliar – reten- ção de secreções - proliferação bacteriana) Infecções virais (Necrose epitelial – facilita aderência bacte- riana) Imunossupressão medicamentosa Imunodeficiências primárias ou adquiridas o Translocação bacteriana→ infecção secundária Pneumonia: Definição: quadro de Infecção do parênquima pulmonar com expressão clínica característica – inflamação dos pulmões a maioria é devido a infecções Situações não infecciosa: em algumas doenças pulmonares sistêmicas que liberam vários mediadores químicos de forma in- tensa e através da circulação podem chegam no parênquima pul- monar causando destruição da barreira alveolar ou a inalação de gás tóxicos (baforar drogas) que gera uma resposta inflamatória devido a destruição da barreira alvéolo capilar Principal causa de morbidade e mortalidade Portas de entrada de microrganismos: o Vias aéreas superiores na maioria das vezes o Hematogênica Obs: Síndrome de Loeffer tem uma classe de helmintos que uma Classificação: (1) Etiologia: Bactérias, vírus, fungos, protozoários (helmintos) Provocadas por gases tóxicos, agentes microbiológicos, aspi- ração de conteúdo estomacal ou alimento parte do ciclo dele ocorre no pulmão, ele cai na circulação che- gando no pulmão em forma de larva que sofre uma maturação, levando a uma resposta inflamatória causando a pneumonia e ao tossir ele engole as larvas chegando no sistema respiratório – ci- clo de LOS Obs: a classificação é importante para o diagnóstico e con- (2) Situação clínica: Local de origem da pneumonia, onde começou clinicamente Adquirida na comunidade (mais leve antibióticos comuns resolvem) ou ele vive ou dentro do ambiente hospitalar ou no- socomial (bactérias multirresistente) Paciente em ventilação mecânica são comuns a desenvolve- rem pneumonia, podem ter infecção bacteriana que faz biofilme e ocorre o mesmo nos cateteres (3) Patologia (distribuição das lesões): Pneumonia lobar Broncopneumonia Pneumonia intersticial sequentemente um melhor tratamento Pneumonias do imunocomprometido Formas clínicas de Apresentação: Aguda adquirida na comunidade Aguda atípica adquirida na comunidade Aguda nosocomial Aspirativa Crônica Necrotizante Bactéria Streptococcus pneumoniae: Diplococo Gram-positivo Cápsula polissacarídica - (90 sorotipos) 20% indivíduos parte da microbiota * * * * * * * * * * * * * * * * * * * - - - - - - - - - Elevada redução da doença após vacinação Haemophilus influenzae: Bacilos Gram-negativos pleo- mórficos Alguns são encapsulados – pa- togênicos sorotipos: a, b, c, d, e, f H. influenzae não encapsulado: colonizam TRS nos primeiros meses de vida - 85% dos adultos H. influenzae encapsulado (sorotipo I) - 5 a 20% indivíduos Vacina: feita a partir da cápsula de Hib (PRP purificado con- jugado a proteínas carreadoras) e eficientes após 2 meses de vida (3 doses: 2º, 4º e 6º mês de vida) o Usuários drogas intravenosas: alto risco de desen- Klebsiella pneumoniae: ENTEROBACTERIACEAE – GRAM NEGATIVE Debilitados, malnutridos, higiene bucal precária, etilista crô- nico Aspiração de secreções com microrganismo + álcool (Perda ou supressão do reflexo da tosse e interferência com a ação fago- cítica ou bactericida dos macrófagos alveolares) Polissacarídeo capsular viscoso e abundante: escarro espesso e gelatinoso, dificuldade de expectoração Pneumonia Nosocomial: A pneumonia de origem hospitalar é aquela que: aparece após um período 48 horas de admissão (ANVISA: 72h) não está incubada no momento da hospitalização 6 a 10 casos/1000 admissões hospitalares Gram-negative - Enterobacteriaceae Klebsiella spp., Serratia marcescens, Escherichia coli Pseudomonas spp. Staphylococcus aureus normalmente resistentes a peni- cilina o Crianças e adultos saudáveis: causa importante de pneumonia o Bacteriana secundária após infecção viral volver pneumonia estafilocócica em associação com endocardite Pneumonia intersticial Aspectos morfológicos (3): Pneumonia lobar Broncopneumonia Inflamação Crônica Inflamação Aguda Pneumonia intersticial ou atípica: diferente daque- Obs: O tipo de inflamação é definido pelo agente etio- lógico Pneumonia lobar e broncopneumonia: os microrga- nismos que chegam nos alvéolos e se multiplicam no espa- ço alveolar possuem alarmina que chamam neutrófilos le- vando a reposta inflamatória aguda com uma exsudação mais branda com uma expectoração menos intensa les que ficam no septo alveolar (interstício) onde temos muitas células causando um padrão de inflamação crôni- ca, esses agentes agressores precisam invadir as células pa- ra se multiplicarem (podem ser vírus ou bactérias como clamídia, mycoplasma pneumonie) todo processo inflama- tório será direcionado para o local infectados as células e catarro) o septo alveolar, levando a uma exsudação purulenta no alvéolo que causa uma tosse progressiva (sai Classificação macroscópica * * * * * * - - - - - - - - - - - - - - - - - Esses alvéolos acometidos pelo processo infecioso e inflama- Broncopneumonia: Consolidação esparsa tório podem compreender algumas áreas ao longo da arvore brôn- quica, onde a exsudação pode ir progredindo ao longo dessa ár- vore. Algumas áreas teremos alvéolos cheios e outras normal, de forma esparsa acomete o parênquima pulmonar Processo inflamatório agudo exsudativo que comprometa um Pneumonia lobar: Consolidação total lobo pulmonar inteiro – todos os alvéolos desse lobo são afetados Obs: as duas são provocadas por organismos extracelulares (pi- rogênicos) que causam uma inflamação aguda exsudativa 4. Fase de resolução: cura e fibrose Pneumonia bacteriana: fases 1. Fase: congestiva/edematosa – aumento de permeabilida- de extravasamento de líquido para o interstício 2. Fase de hepatização vermelha – saída das células (hemá- cias, neutrófilos) junto com o líquido ficando com aspecto denso e vermelho igual ao do fígado 3. Fase de hepatização cinzenta – hemólise das hemácias, após alguns dias de inflamação substituindo neutrófilos por macrófagos que irão fagocitar e produzir fator de cresci- mento levando ao reparo Microscopia: - - - - Diversas dimensões Complicações: Destruição e Necrose tecidual - Abscesso Disseminação para cavidade pleural - empiema Bronquiectasias: dilatações permanentes dos brônquios Disseminação bacteriana e sepse Abscesso: Coleção circunscrita de pus no parênquima pulmonar Cavitações com material purulenta a hemático Espessamento pleural (paquipleuris) Empiema: Coleção purulenta na cavidade pleural Congênita (difusa) ou adquirida (focal) Bronquiectasias: Dilatações permanentes dos brônquios, causados por infecção destrutiva da parede brônquica ou por defeito de sua formaçãoDilatação de até 4 vezes da luz brônquica Fibrose da parede Aspecto fusiforme, sacular, tubular - - - - - - - - - - * * * * o Reação imunológica aos Ag micoplasma- rç cruzada Pneumonia intersticial: Pneumonias agudas atípicas: ausência ou pouca de exu- dação alveolar e consolidações Agentes etiológicos: Vírus: o SARS-CoV -2 – posteriormente também leva a conso- lidação do espaço alveolar o Influenzae A, B e C o Vírus sincicial respiratório o Adenovírus o Rinovírus o Varicela Bactérias intracelulares: o Mycoplasma pneumoniae Mycoplasma pneumoniae: Bactéria sem parede celular Adesina P1: Adesão nas cél do hospedeiro o Adesão Neutrófilos e Macrófagos (impedimento Fa- gocitose) o Ciliostase nas células epiteliais (tosse persistente) o Penetração celular ativa – lesão “ação superantígeno” Ativam macrófagos - liberação de citocinas – TNF e IL -1, IL-6 (necrose celular e estimula migração células inflamató- rias) Mimetismo molecular o Similaridade antigênica com tec do hosp – falha no re- conhecimento imunólógico - infecção persistente AG do hosp. Microscopia: Influenza: RNA vírus Tipos A, B e C nucleoproteína Subtipos H1 a H5 – hemaglutinina N1 e N2 neuraminidase Acs para HA e NA: impedem futura infecções Infecção viral - Perda sistema defesa primária - Lesão célula ciliada e secretora de muco Infecção bacteriana secundária Quadros graves – Insuficiência respiratória - Dano alveolar difuso * * * * - - - - - - - - - - - - - - Exemplo SARCOV 2: Ele faz a invasão das células alveola- Síndrome da angústia Respiratória Aguda: Causas: Infecção: pneumonias, septicemias Inalação de gases Aspiração de líquidos Drogas e produtos químicos Choque, Trauma Radiação Infecção bacteriana secundária Definição: Todas essas causas podem evoluir para síndrome da angús- tia respiratória onde teremos uma agressão a barreira alvéolo- capilar (BAC) levando a exsudação de líquidos, proteínas e mediadores químicos que chamam mais inflamação enchendo o alvéolo levando a dificuldade da troca gasosa res levando a destruição dos pneumócitos (lesão na barreira) e a liberação de produtos e substâncias químicas que ativam os macrófagos alveolares, os quais começam a produzir me- diadores químicos (TNF, interleucinas 1,6) que provocam va- sodilatação, alterando a permeabilidade ocasionando no ede- ma, entra água no alvéolo e pode ocorrer a deposição de pro- teínas vindo do plasma formando uma membrana hialina Essa membrana forra o alvéolo impedindo a troca de Membrana hialina: gás, levando a uma hipoxemia Com o edema intersticial e no espeço alveolar enche- mos o pulmão com água, alterando o surfactante (que man- tem a tensão superficial) e aumentando a tensão levando ao colabamento do alvéolo que acarreta em mais hipoxemia - - - - - - - - - - Alguns órgãos como trato gastrointestinal, rim, coração tem OBS: no covid esse processo se agrava devido ao bombardeio de mediadores químicos e podem atingir outros órgãos provocando a inflamação em outros órgãos chamados de CRS (síndrome in- flamatória de múltiplos órgãos os mesmos receptores semelhantes aos dos pneumócitos que per- mite a infecção do vírus Intracelular macófago Pneumonias fúngicas: Pneumonia crônicas Pneumonia do imunocomprometido Padrão morfológico: inflamação específica granulomatosa Aspergillus fumigatus: Macroscopia: Granulomas e infartos hemorrágicos pul- monares Microscopia: Hifas não septadas, ramificadas e esporos, com infiltração da parede de vasos – necrose e infarto he- morrágico Criptococcus neoformans: Resíduos do solo e fezes de pombos Doentes HIV+ e neoplasias hematolinfóides Granulomas contendo leveduras com halo (reforço) ao redor do fungo Histoplasma capsulatum: Resíduos do solo e fezes de pombos e morcegos Granuloma semelhante TB Lesão nodular - - - - - - - - - * * * -