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Acta Scientiarum. Health Sciences ISSN: 1679-9291 eduem@uem.br Universidade Estadual de Maringá Brasil Catalá Casteli, Vanessa; Catharino Mendonça, Carolina; Leite de Campos, Márcio Augusto; Ferrari, Márcio; Pengo Machado, Sílvia Regina Desenvolvimento e estudos de estabilidade preliminares de emulsões O/A contendo Cetoconazol 2,0% Acta Scientiarum. Health Sciences, vol. 30, núm. 2, 2008, pp. 121-128 Universidade Estadual de Maringá Maringá, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307226623005 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto http://www.redalyc.org/revista.oa?id=3072 http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307226623005 http://www.redalyc.org/comocitar.oa?id=307226623005 http://www.redalyc.org/fasciculo.oa?id=3072&numero=26623 http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307226623005 http://www.redalyc.org/revista.oa?id=3072 http://www.redalyc.org DOI: 10.4025/actascihealthsci.v30i2.812 Acta Sci. Health Sci. Maringá, v. 30, n. 2, p. 121-128, 2008 Desenvolvimento e estudos de estabilidade preliminares de emulsões Desenvolvimento e estudos de estabilidade preliminares de emulsões Desenvolvimento e estudos de estabilidade preliminares de emulsões Desenvolvimento e estudos de estabilidade preliminares de emulsões O/A contendo Cetoconazol 2,0%O/A contendo Cetoconazol 2,0%O/A contendo Cetoconazol 2,0%O/A contendo Cetoconazol 2,0% Vanessa Catalá Casteli, Carolina Catharino Mendonça , Márcio Augusto Leite de Campos, Márcio Ferrari e Sílvia Regina Pengo Machad o* Faculdade de Farmácia, Universidade de Cuiabá, Av. Beira Rio, 3100, 78015-480, Jardim Europa, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. *Autor para correspondência. E-mail: silviapengo@yahoo.com.br RESUMO. O objetivo deste trabalho foi desenvolver emulsões O/A contendo Cetoconazol 2,0% e avaliar sua estabilidade preliminar por meio da análise de suas características físico- químicas, tais como homogeneidade, formação de agregados, floculação, cremeação e coalescência. As emulsões foram formuladas utilizando diferentes bases autoemulsionantes, compostas por álcool cetoestearílico, álcool etoxilado, álcool graxos superiores, ácido esteárico, lanolina e outros. As emulsões foram submetidas aos testes de centrifugação, estresse térmico e ciclo gela-degela, e suas características organolépticas e físico-químicas foram avaliadas no início e no final de cada ensaio. Todas as amostras mantiveram sua homogeneidade após o teste de centrifugação, mas somente os sistemas preparados com ceras autoemulsionáveis constituídas por álcool graxos superiores (Polawax NF®) e Copolímero de Amônio Acriloil dimetiltaurato VP, Trilauril 4 fosfato, Sesquisosterato de metil glicose, Óleo de flores de verão e Tetradibutil pentaeritritil hidroxihidrocinamato de Glicerina (Hostacerin NCB®) mantiveram sua estabilidade após testes de estresse térmico e ciclo gela-degela. Palavras-chave: emulsões O/A, Cetoconazol, estabilidade preliminar. ABSTRACT. Development and Preliminary Stability Evaluations of O/W emulsion containing Ketoconazole 2.0%. The objective of this work was the development of O/W emulsions containing Ketoconazole 2.0% and to evaluate their preliminary stability by analyzing physical-chemical characteristics such as homogeneity, aggregation formation, flocculation, creaming and coalescence. The emulsions were formulated using different self-emulsifying bases, composed of cetearyl alcohol, ethoxyl alcohol, higher fatty alcohol, stearic acid, lanolin and others. The O/W emulsions were evaluated by centrifugation test, thermal stress test, and freezing/defrosting cycles, and its organoleptic and physical-chemistry characteristics were analyzed before and after each assay. All samples maintained their homogeneity after the centrifugation test, but only the systems prepared with self emulsifying composed of higher fatty alcohol (Polawax NF®) and ammonium acryloyl dimethyl taurate copolymer, Trilauryl 4 Phosphate, methyl glucose Sesquistearate, Summer flower oleum and Glycerin tetradibutyl pentaerythrityl hydroxyhydrocinnamate (Hostacerin NCB®) remained stable after the thermal stress test and freezing/defrosting cycles. Key words: O/W emulsion, Ketoconazole, preliminary stability. IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução Uma emulsão é uma mistura termodinamicamente instável de dois líquidos imiscíveis, constituídos de uma fase dispersa insolúvel na fase dispersante, e um terceiro componente, que é o agente tensoativo, responsável pela união destas duas fases (Ansel et al., 2000). Atualmente, as emulsões têm sido muito utilizadas na área farmacêutica, pela sua capacidade de veiculação de princípios ativos hidrossolúveis e/ou lipossolúveis, pela diminuição da irritabilidade dérmica de certos fármacos e, principalmente, pela boa aceitação por parte do paciente. Este fenômeno explica-se pelo fato de a emulsão possuir facilidade no processo de aplicação e remoção em caso de alergia (Lachman et al., 2001). O Cetoconazol é um agente antifúngico de amplo espectro de ação, composto por uma molécula imidazólica sintética, que pode ser administrado por via oral ou tópica. É utilizado para tratamento de infecções superficias e sistêmicas (Odds et al., 1980; Heel et al., 1982), pois, comparado 122 Casteli et al. Acta Sci. Health Sci. Maringá, v. 30, n. 2, p. 121-128, 2008 aos fármacos similares, apresenta vasto espectro de ação com poucos efeitos indesejados (Vertzoni et al., 2006). Do ponto de vista farmacêutico, uma formulação deve ser compatível com princípios ativos, aditivos especiais, não ser irritante, nem se degradar (Carmini e Jorge, 1989). Além disso, deve apresentar estabilidade, que é a capacidade que o produto tem, num determinado período de tempo, do início ao final de sua vida útil, e em determinada embalagem, de manter as mesmas propriedades e características que tinha no momento em que finalizou a sua fabricação, por meio de um procedimento padronizado (D’León, 2001). Um importante critério que governa a qualidade e a estabilidade deste tipo de formulação são suas propriedades físicas (Mostefa et al., 2006). Mudanças nas propriedades reológicas representam sinais precoces de possíveis instabilidades nas formulações. Como as emulsões são sistemas termodinamicamente instáveis, as fontes de instabilidades são comuns a todos os sistemas dispersos, tais como a cremeação a floculação e coalescência das gotas (Rieger, 1996). Estes problemas são um ponto significante, pois os consumidores podem visualizar a perda das propriedades das emulsões (Dukhin et al., 2003). Do ponto de vista legal, não existe uma resolução específica que indique como devem ser feitos os estudos de estabilidade preliminar para produtos farmacêuticos. A Resolução n° 1, de 29 de julho de 2005 (Brasil, 2005), é um guia para realização de testes de estabilidade acelerada e longa duração para produtos farmacêuticos com objetivo de determinar e/ou acompanhar o seu prazo de validade, ou seja, enfocam principalmente a estabilidade química da formulação. Assim sendo, neste trabalho, utilizou-se o Guia de Estabilidade para Produtos Cosméticos (Brasil, 2004) como literatura base para realização dos ensaios de estabilidade física. O objetivo do presente trabalho foi o desenvolvimento de emulsões O/A contendo Cetoconazol 2,0% e avaliação da estabilidade preliminar. Material e métodosMaterial e métodosMaterial e métodosMaterial e métodos MaterialMaterialMaterialMaterial As emulsões foram formuladas com as seguintes matérias-primas classificadas conforme a Denominação Comum Brasileira (Brasil, 2006) e sua classificação química: 1) fase oleosa: ácido esteárico (Henrifarma Ltda., SP, Brasil);Polawax NF® (Croda, SP, Brasil), cera autoemulsionante não-iônica composta de alcoóis graxos superiores; Cosmowax J® (Croda, SP, Brasil), cera autoemulsionante não-iônica composta de uma mistura de alcoóis graxos superiores e alcoóis etoxilados; Crodabase CR2® (Croda, SP, Brasil), base concentrada autoemulsionante não-iônica composta de alcoóis graxos superiores etoxilados; álcool de lanolina e Lanolina; Paramul J® (Croda, SP, Brasil), base concentrada autoemulsionante não- iônica composta de álcool cetoestearílico e seu derivado etoxilado; Lanette N® (Henkel, SP, Brasil), base autoemulsionante aniônica composta de uma mistura de álcool cetoestearílico e Alquil sulfato de sódio; Hostacerin NCB® (Pharmaspecial, SP, Brasil), base autoemulsionante aniônica de preparo à temperatura ambiente composta de copolímero de Amônio Acriloil dimetiltaurato VP, Trilauril 4- Fosfato, Sesquisosterato de metil glicose, Óleo de semente de flores de verão, Tetradibutil pentaeritritil hidroxihidrocinamato de Glicerina; Volpo N 20® (Croda, SP, Brasil); Álcool Cetílico etoxilado 20; Óleo Mineral (Henrifarma Ltda., SP, Brasil); Oxynex 2004® (Alpax, SP, Brasil), mistura de antioxidantes composta de Propilenoglicol, BHT, Estearato de Glicerila, Palmitato de Ascorbila e Ácido Cítrico; 2) Fase aquosa: Cetoconazol (98,9%) (Henrifarma Ltda., SP, Brasil); EDTA sódico (Henrifarma Ltda., SP, Brasil1); Merguard 1200® (Pharmaspecial, SP, Brasil), mistura de conservantes composta de Metildibromo glutaronitrila e Fenoxietanol; Metabissulfito de Sódio (Henrifarma Ltda., SP, Brasil); Pemulen TR2® (BFGoodrich, Dinaco AS, SP, Brasil), polímero cruzado de Alquil Acrilato C10-30; Carbopol Ultrez 10® (Galena Química e Farmacêutica Ltda., SP, Brasil), polímero de carboxivinil; Propilenoglicol (Galena Química e Farmacêutica Ltda., SP, Brasil); Span 80® (Croda, SP, Brasil), tensoativo composto de Oleato de sorbitol; e Trietanolamina (Henrifarma Ltda., SP, Brasil). PrPrPrPreparação da emulsão eparação da emulsão eparação da emulsão eparação da emulsão As emulsões foram preparadas (Tabela 1) aquecendo as fases oleosa e aquosa a 75oC e, em agitação constante (Agitador mecânico modelo RW 20.N, IKA, Alemanha), verteu-se a fase aquosa sobre a oleosa, mantendo a agitação (1.000 rpm) por 30 min. Foram preparados três lotes de cada formulação. Estabilidade preliminar de emulsões com Cetoconazol 123 Acta Sci. Health Sci. Maringá, v. 30, n. 2, p. 121-128, 2008 Tabela 1. Composição qualitativa e quantitativa dos componentes utilizados para preparação das emulsões O/A contendo Cetoconazol. Formulações Componentes emulsão 1(%) 2(%) 3(%) 4(%) 5(%) 6(%) 7(%) Ácido esteárico - - 3,0 - - - - Carbopol ultrez 10®* - - - - - 1,0 - Cetoconazol 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 Cosmovax J®* - - - 13,0 - - - Crodabase CR2®* 18,0 - - - - - - Hostacerin NCB®* - - - - - - 5,0 Lanette LN®* - - - - 18,0 - - Paramul®* - 10,0 - - - - Pemulen TR2®* - - - - - 0,3 - Polawax®* - - 8,0 - - - - EDTA Na 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 Metabissulfito sódio 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Merguard 1200®* 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 Óleo Mineral 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 12,5 5,0 Oxynex 2004®* 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Propilenoglicol 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 Span 80®* 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 - Trietanolamina - - 1,0 - - 0,4 - Volpo 20®* - - - - - 12,5 - *nome comercial. Testes de estabilidade preliminar Testes de estabilidade preliminar Testes de estabilidade preliminar Testes de estabilidade preliminar Todos os testes iniciais foram realizados 24h após o preparo das formulações. Análise macroscópica das emulsõesAnálise macroscópica das emulsõesAnálise macroscópica das emulsõesAnálise macroscópica das emulsões Foi realizada após o preparo da emulsão, observando-se as características organolépticas, a homogeneidade e os processos de instabilidade como cremeação e separação de fase (Ferrari, 1998). Teste de centrifugaçãoTeste de centrifugaçãoTeste de centrifugaçãoTeste de centrifugação As emulsões classificadas macroscopicamente como estáveis foram submetidas ao teste de centrifugação. Foram centrifugadas nas velocidades de 1.000, 2.500 e 3.500 rpm. (Centrífuga excelsa modelo 206 BL FANEM), durante 15 min. cada ciclo. Em seguida, as amostras foram visualmente avaliadas em relação ao seu aspecto, cor, odor, brilho, precipitações, separações de fases, formação de caking e coalescências (Ferrari, 1998). Estresse térmicoEstresse térmicoEstresse térmicoEstresse térmico As emulsões foram acondicionadas em frascos plásticos de poliestireno fechados e foram submetidas a aquecimento em Banho Ultratermostato Criostato (modelo 521/D, Nova Ética) na faixa de 50 a 80°C. Programou-se o aumento da temperatura de 5 em 5oC a cada 30 min. (Braconi et al., 1995). As amostras foram avaliadas ao término de 80oC, após o arrefecimento natural à temperatura ambiente (Ferrari, 1998). Os parâmetros avaliados foram: a) análise macroscópica; b) determinação do valor do pH; c) determinação da condutividade elétrica; e d) viscosidade e comportamento reológico. A classificação do estado da emulsão segue esta nomeclatura: N = normal, LM = levemente normal, M = modificada e IM = intensamente modificada (Ribeiro et al., 1996). Ciclo gelaCiclo gelaCiclo gelaCiclo gela----degeladegeladegeladegela As amostras foram submetidas a 4°C em refrigerador (modelo RE 28, Electrolux), por 24h, e 45°C, por 24h, em Câmara Climática (modelo 420 CLD, Nova Ética), completando um ciclo. As leituras foram realizadas antes do ínício e no final do 6o ciclo (12 dias). Os parâmetros avaliados foram os mesmos utilizados para o teste de estresse térmico (Ferrari, 1998). Determinação do pHDeterminação do pHDeterminação do pHDeterminação do pH Em tubos de ensaio foram adicionados 1,0 g da emulsão e 9,0 g de água destilada. Com auxílio de vórtex (modelo Lab Dance, IKA), as amostras foram homogeneizadas e, a seguir, o pH foi determinado por meio do Medidor de pH (modelo PH 300, Alpax), pela inserção direta do eletrodo. Este teste foi realizado em triplicata (Lachman et al., 2001). Determinação da condutividade elétricaDeterminação da condutividade elétricaDeterminação da condutividade elétricaDeterminação da condutividade elétrica A condutividade foi avaliada nas emulsões à temperatura ambiente, com auxílio do Medidor de Condutividade portátil (modelo Micro Processor, Alpax), previamente aferido com solução padrão de KCL 0,1 N. Este ensaio foi realizado em triplicata (Ferrari, 1998). Determinação da viscosidade e do comportamenDeterminação da viscosidade e do comportamenDeterminação da viscosidade e do comportamenDeterminação da viscosidade e do comportamento to to to reológicoreológicoreológicoreológico A determinação da viscosidade e do comportamento reológico das amostras foi realizada em Reômetro (Brookfield Mod. RV III) tipo cone e placa com interface a um Software Rheocalc 3.0., utilizando um spindle CP 52 e uma quantidade de amostras de 0,4 g a 25°C. As variáveis contempladas neste estudo dependeram da formulação obtida. Para as formulações 1, 2, 3, 4 e 5, as medidas foram feitas com velocidades de rotação progressivamente mais altas (1-30 rpm, com variação em intervalos de 3 em 3 rpm), para se obter a curva ascendente; o procedimento foi repetido no sentido inverso, com velocidades progressivamente mais baixas (30-1 rpm), para obtenção da curva descendente. Para as formulações 6 e 7, as medidas foram feitas com velocidades de rotação progressivamente mais altas (1-100 rpm, com variação em intervalos de 10 em 10 rpm), para se obter a curva ascendente; o procedimento foi repetido no sentido inverso, com velocidades progressivamente mais baixas (100-1 rpm), para obtenção da curva descendente. 124 Casteli et al. Acta Sci. Health Sci. Maringá, v. 30, n. 2, p. 121-128, 2008 Estudos estatísticosEstudos estatísticosEstudos estatísticosEstudosestatísticos Os resultados dos testes de estabilidade foram submetidos aos testes estatísticos de Tamhane para mostras heterogêneas e Tukey para as homogêneas (Sokal e Rohlf, 1995). As análises foram avaliadas pelo programa SPSS 13.0 for Windows. Resultados e discussãoResultados e discussãoResultados e discussãoResultados e discussão Os estudos de estabilidade preliminar consistem na realizacão dos testes da fase inicial do desenvolvimento do produto, utilizando diferentes formulações com durações reduzidas (15 dias). Empregam-se condições extremas de temperatura com objetivo de acelerar possíveis reações entre seus componentes e o surgimento de sinais, que devem ser observados e analisados conforme as características de cada tipo de produto. Pelas condições em que é conduzido, o estudo não tem finalidade de estimar a vida útil do produto, mas auxiliar a triagem das formulações (Brasil, 2004). Teste da centrifugaçãoTeste da centrifugaçãoTeste da centrifugaçãoTeste da centrifugação Este teste tem por finalidade aumentar abruptamente a força de gravidade, aumentando a movimentação das partículas, e gerar condição favorável para se observar uma possível instabilidade (Brasil, 2004). Inicialmente, a análise macroscópica das formulações mostrou que todas se apresentavam visualmente estáveis. As formulações 1, 3, 4 e 7 possuíam coloração branca brilhante, aspecto de creme, com alta viscosidade e baixa espalhabilidade. Já a formulação 2 tinha o mesmo aspecto das formulações anteriores quanto à viscosidade e espalhabilidade, mas uma coloração branca amarelada brilhante. As formulações 5 e 6 apresentavam aspecto de creme-gel branco brilhante, com boa espalhabilidade. Após o teste, nenhuma formulação apresentou qualquer sinal de instabilidade física, tais como a cremeação e a separação de fase. Esta última característica, por sinal, é uma das mais importantes a ser analisada, pois, uma vez ocorrida a separação de fases, todas as outras características específicas de uma emulsão também serão afetadas (Sanctis, 1999). Teste do estresse térmicoTeste do estresse térmicoTeste do estresse térmicoTeste do estresse térmico Neste teste, as formulações foram submetidas ao ciclo de aumento de temperatura gradual por um período de tempo determinado. A cada elevação de 10°C, uma análise macroscópica das formulações foi realizada a fim de acompanhar o surgimento de instabilidades físicas como gotas ou uma camada de óleo e separação de fase. As formulações submetidas aos testes foram analisadas e os resultados obtidos estão demonstrados na Tabela 2. Tabela 2. Avaliação das características organolépticas, determinação da condutividade elétrica e do pH das formulações de Cetoconazol durante teste de estresse térmico. Condutividade Elétrica (mS cm-3) pH Formulações Estresse Térmico Antes Após Antes Após 1 IM 195,7 ± 9,602 S/L 7,0 ± 0,4 S/L 2 IM 86,9 ± 2,535 S/L 7,2 ± 0,0577 S/L 3 N 160,5 ± 3,733 128,4 ± 1,951 8,1 ± 0,0577 7,7 ± 0,4725 4 IM 75,7 ± 9,364 S/L 7,5 ± 0,4358 S/L 5 LM 1204,0 ± 1,059 1180,0 ± 2,102 6,6 ± 0,0577 7,6 ± 0,0577 6 M 1828,0 ± 1,342 3,39 ± 1,082 6,3 ± 0,1527 7,0 ± 0,1154 7 N 1464 ± 2,2030 1567,0 ± 2,924 7,2 ± 0,0577 7,5 ± 0,2645 Classificação do estado das emulsões: N = normal, LM = levemente normal, M = modificada e IM = intensamente modificada. S/L: sem leitura, pois as formulações degradaram-se durante os ensaios. Os resultados correspondem a médias das medidas de três lotes de cada formulação e seus respectivos desvios-padrão. Após o estresse térmico, as formulações 1, 2 e 4 apresentaram-se intensamente modificadas (IM), observando-se a separação de fases. Assim, foram descartadas do estudo, por isso não foram realizadas as medidas dos valores finais de condutividade, pH e comportamento reológico. Para as demais formulações, foi estipulado um desvio-padrão aceitável de até 10 % entre os valores inicias e finais dos parâmetros avaliados. A formulação 5 apresentou-se levemente modificada (LM) e rósea, indicando processos de oxidação. Quanto aos valores de condutividade e pH, houve uma diferença de valor maior que 10% para condutividade, o que não ocorreu com o pH. A formulação 6 apresentou perda visível da viscosidade, além de valor de condutividade bem menor que o inicial, sugerindo a inversão das fases da emulsão. As formulações 3 e 7 foram as que apresentaram os resultados mais satisfatórios em relação às características organolépticas, condutividade e pH. Ambas tem pH dentro da faixa de variação do pH cutâneo ideal, ficando entre 4,5- 7,5 (Brooks e Idson, 1991), por isso foram selecionadas para análise reológica. Modificações nos valores da condutividade permitem a detecção de cremeação, sedimentação ou inversão de fase (Seiller e Martini, 1999). De acordo com alguns autores (Pearce e Kinsella, 1978; Kato et al., 1985), a condutividade é frequentemente usada para determinar a natureza das emulsões e para controlar a sua estabilidade durante o período de estocagem. Além disso, esse método é sensível a mudanças pequenas na estrutura das emulsões (Masmoudi et al., 2005). O pH é um parâmetro muito significativo, pois uma alteração significativa de seu valor pode sugerir modificações químicas dos componentes presentes na formulação (Ferrari, 2002). Skiba et al. (2000) estudaram a estabilidade de formulações aquosas contendo Cetoconazol. Os resultados obtidos indicaram que elas apresentaram Estabilidade preliminar de emulsões com Cetoconazol 125 Acta Sci. Health Sci. Maringá, v. 30, n. 2, p. 121-128, 2008 maior estabilidade química quando armazenadas à temperatura ambiente (25ºC), durante até 6 meses, em faixa de pH 5,0 a 9,0. Taxa de degradação alta foi constatada na formulação com pH 1,0. Este fato sugere que o Cetoconazol é susceptível especificamente a catálises ácidas. Paralelamente, foi realizado um ensaio de estabilidade acelerada (25 e 50ºC) com uma formulação preparada com pH 7,0. Mesmo com neutralidade, houve perda de 5,0% e 15% do Cetoconazol presente nas formulações acondicionadas à temperatura ambiente e em estufa seis meses após o início do ensaio. Em relação às características físico-químicas do fármaco, é sabido que ele deve ser conservado em recipientes hermeticamente fechados e ao abrigo da luz, pois é facilmente oxidável e fotossensível. Aconselha-se, portanto, que toda formulação contenha um sistema antioxidante composto de sulfito de sódio 0,2% ou metabissulfito de sódio 0,2%. Além disso, deve ser conservado à temperatura ambiente (25ºC) e protegido de temperaturas superiores a 40ºC (Pharmapress, 2006). As bases autoemulsionáveis utilizadas apresentam características distintas. Crodabase CR2®, Polawax NF® e Cosmowax J® são ceras autoemulsionantes não-iônicas que permanecem estáveis em ampla faixa de pH 3-12, como também na presença de altas concentrações de eletrólitos (Croda, 2005). Paramul J® também é uma base autoemulsionante não-iônica, porém com uma faixa de estabilidade em relação ao pH mais estreita (pH 5-7) (Galena..., 2005). Pemulen TR2® é um emulsificante polimérico, derivado de Ácido Poliacrílico de Alta Massa Molecular, que permanece estável quando neutralizado com base solúvel em água em pH 4 a 8 e é compatível com matérias não-iônicas ou levemente iônicas (Noveon, 2001). Já Hostacerin NCB® é uma base de caráter aniônico, que permanece estável em pH entre 4-9 (Pharmaspecial, 2005). Lanette LN® é uma base autoemulsionante aniônica, que apresenta estabilidade em pH ácido e neutro, compatível com eletrólitos fortes e insensíveis a metais (Anfarmag, 2006). Analisando em conjunto as características físico- químicas da base e do ativo nas formulações e os resultados referentes aos ensaios realizados, observou-se que, embora as formulações 1, 2 e 4 apresentassem valores de pH dentro da faixa aceitável para estabilidade das bases, ocorreu a perda de sua estabilidade. Este fatose deve, possivelmente, às variações de temperatura extremas empregadas no teste. Isto possibilitou a degradação do Cetoconazol nas formulações, mesmo com a presença do sistema antioxidante. A reologia é definida como a ciência que estuda o fluxo e a maneira como os materiais respondem à aplicação de uma força ou tensão (Tonzar, 2006). É útil para prever as instabilidades físicas das emulsões em longo prazo (Tadros, 2004). A partir da observação das características dos reogramas de fluxo ascendente e descendente das formulações, constatou-se que ambas não obedecem à lei de Newton e são classificadas como fluidos não-newtonianos (Martin, 1993). Em relação aos parâmetros reológicos avaliados, sabe-se que o índice de consistência (IC) está relacionado com a própria viscosidade do produto, ou seja, com a resistência ao fluxo, enquanto o índice de fluxo (IF) está relacionado com o comportamento da curva, ou seja, indica o grau de pseudoplastia do material; quanto mais próximo de 1, menor a pseudoplastia (Leonardi et al., 2000). Pela análise do IF (Tabela 3) e pelos reogramas obtidos, pode-se verificar que todas as emulsões estudadas apresentaram comportamento pseudoplástico e presença de área de histerese, ou seja, os materiais apresentaram tixotropia. A tixotropia é a capacidade do material de se deformar com velocidade de cisalhamento constante. O produto tixotrópico tende a ter maior vida de prateleira (shelf-life), pois, durante o armazenamento, apresenta viscosidade constante, o que dificulta a separação dos constituintes da formulação. Porém, durante a aplicação, a formulação torna-se mais fluida, facilitando o espalhamento, e recupera a viscosidade inicial no momento em que se encerra a aplicação, o que evita que o produto escorra (Martin, 1993). Por outro lado, é interessante ter um valor de tixotropia não muito elevado para que o produto não escorra sobre a pele após aplicação, em virtude da recuperação muito lenta da sua estrutura. Contrariamente, valores de tixotropia muito baixos geram baixa espalhabilidade e não permitem aplicação homogênea sobre a pele (Gaspar e Maia Campos, 2003). Tabela 3. Comportamento reológico das formulações submetidas ao teste de estresse térmico. Formulações Tempo η(cP) IC IF Inicial 2924,87 ± 149,81 15596,5 ± 2134,75 0,42 ± 0,04 3 Final 2872,46 ± 209,13 12283 ± 1207,73* 0,45 ± 0,07* Inicial 789,03 ± 19,43 10054 ± 258,80 0,43 ± 0,01 7 Final 605,54 ± 67,78* 5910,65 ± 75,66* 0,49 ± 0,01* Legenda: η = viscosidade mínima; IC = índice de consistência e IF = índice de fluxo. Valores calculados pelos valores originais (n = 3) expressos pela média ± desvio- padrão. *diferença significativa (p > 0,05). As formulações 3 e 7 apresentaram diferença significativa (p < 0,05) entre os valores de IC e IF iniciais e finais, embora as características físicas do produto permanecessem visualmente inalteradas. 126 Casteli et al. Acta Sci. Health Sci. Maringá, v. 30, n. 2, p. 121-128, 2008 Em ambas, nota-se diminuição do índice de consistência após o teste, o que pode sugerir algum tipo de instabilidade (Korhonen et al., 2001). Ciclo gelaCiclo gelaCiclo gelaCiclo gela----degeladegeladegeladegela Neste teste, as amostras foram expostas a condições distintas de temperatura, ou seja, num período de tempo, o produto foi armazenado na geladeira e, no outro, na estufa, ocorrendo alternância periodicamente até o prazo pré- estabelecido (Brasil, 2004). As características organolépticas e físico-químicas foram avaliadas antes e após o ciclo (Tabela 4). Tabela 4. Avaliação das características macroscópicas e dos valores de condutividade e pH das formulações de Cetoconazol durante ciclo gela-degela. Condutividade Elétrica (mS cm-3) pH Formulações Gela- degela Antes Após Antes Após 1 IM 146,7 ± 9,602 *S/L 7,0 ± 0,4 *S/L 2 N 86,9 ± 2,535 74,7 ± 3,278 7,5 ± 0,0577 7,76 ± 0,1476 3 N 160,55 ± 3,733 147,8 ± 1,951 8,1 ± 0,0577 8,0 ± 0,1527 4 M 75,7 ± 9,364 S/L 7,5 ± 0,4358 S/L 5 IM 146,7 ± 1,059 S/L 6,6 ± 0,0577 S/L 6 LM 1857 ± 1,342 1232 ± 2,102 6,8 ± 0,0577 5,1 ± 0,0577 7 LM 1204 ± 2,203 1560 ± 1,082 7,2 ± 0,1527 7,6 ± 0,2081 Classificação do estado das emulsões: N = normal, LM = levemente normal, M = modificada e IM = intensamente modificada. *S/L: sem leitura, pois as formulações degradaram-se durante os ensaios. Os resultados correspondem a médias das medidas de três lotes de cada formulação e seus respectivos desvios-padrão. Após a realização do ciclo gela-degela, a formulação 1 apresentou coloração rosada e presença de camada de óleo sobre a emulsão, sendo descartada imediatamente. Na formulação 4, observou-se escurecimento da base e perda do brilho original. Como já havia apresentado problemas no teste anterior, ela foi descartada. O mesmo ocorreu com a formulação 5, que apresentou presença de cremeação. As formulações 2 e 3 apresentaram características organolépticas normais, e os desvios dos valores de condutividade e pH, antes e após o ensaio, foram 10% menores. A formulação 6 teve perda visível da viscosidade, e a diferença dos valores de condutividade e pH foi maior que o desvio aceitável. A formulação 7 apresentou leve perda de viscosidade e brilho característico da base após o teste. A condutividade final foi maior que a inicial e acima do limite permitido, mas o pH manteve-se estável. Os dados dos estudos de estabilidade preliminar devem ser analisados pelo conjunto de resultados obtidos nos diversos testes. Assim sendo, optou-se por apresentar os dados reológicos apenas das formulações 3 e 7, que já haviam apresentado resultados satisfatórios nos testes anteriores. Tabela 5. Comportamento reológico das formulações submetidas ao teste de estresse térmico. Formulações Tempo η (cP)* IC IF Inicial 3082,43 ± 149,81 15596,5 ± 2134,75 0,42 ± 0,04 3 Final 3199,29 ± 194,36 17094 ± 4126,67* 0,47 ± 0,04* Inicial 789,03 ± 19,43 10054 ± 258,80 0,43 ± 0,01 7 Final 655,4 ± 67,78* 2532,5 ± 45,96* 0,68 ± 0,01* Legenda: η = viscosidade mínima; IC = índice de consistência e IF = índice de fluxo. Valores calculados pelos valores originais (n = 3) expressos pela média±desvio-padrão. *diferença significativa (p > 0,05). Da mesma maneira que anteriormente discutido, as formulações apresentam-se como fluido não- newtoniano, com comportamente reológico pseudoplástico e tixotrópico. As formulações 3 e 7 apresentaram diferença significativa (p > 0,05) entre os valores de índice de consistência e fluxo das amostras iniciais e finais. Na formulação 3, observou-se aumento do IC após o teste. Guaratini et al. (2006) também obtiveram resultados semelhantes durante testes de estabilidade acelerada de formulações contendo vitaminas A e E, sem que a estabilidade fosse questionada. O conhecimento do comportamento reológico dos produtos farmacêuticos permite a compreensão dos efeitos das variações de taxa e tensão de cisalhamento nos processos de fabricação, bem como a falta de consistência e efeitos indesejados nos produtos finais; o entendimento dos efeitos dos adjuvantes na estabilidade e vida de prateleira das emulsões; e a determinação de como o produto acabado responderá ao cisalhamento, isto é, como o consumidor perceberá e agregará qualidade e valor ao produto durante sua aplicação (Tonzar, 2006). CoCoCoConclusãonclusãonclusãonclusão A formulação de uma emulsão requer grande número de passos desde a seleção dos componentes, processos e parâmetros avaliados. Neste contexto, a utilização de ensaios de avaliação de estabilidade preliminar é imprescindível para garantir a qualidade do produto. Os resultados deste estudo sugerem que as emulsões preparadas a partir da base autoemulsionável Polawax® e do blend para emulsões Hostacerin NCB® foram as que apresentaram estabilidade. Numa próxima etapa, estudos de estabilidade acelerada serão realizados. AgradecimentosAgradecimentosAgradecimentosAgradecimentos À Fundaçãode Amparo à Pesquisa do Mato Grosso (Fapemat) e à Faculdade de Farmácia da Universidade de Cuiabá (UNIC), pelo apoio financeiro. Referências Referências Referências Referências ANFARMAG-Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais. Formas farmacêuticas emulsionadas: sinais de Estabilidade preliminar de emulsões com Cetoconazol 127 Acta Sci. Health Sci. Maringá, v. 30, n. 2, p. 121-128, 2008 instabilidade e ensaios de estabilidade acelerada. (Encarte técnico, 61). Disponível em: <http://www.anfarmag.org.br>. 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