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22/09/2020 1 COMPOSIÇÃO DAS EMULSÕES Profa. Ivana Maria Póvoa Violante TECNOLOGIA FARMACÊUTICA III Agradecimentos: Profa. Ana Paula Z. Frasson COMPONENTES DE UMA EMULSÃO Agentes doadores de consistência Sobre- engordurantes Tensoativos (emulsionantes) Água Conservante Aditivos 1 2 22/09/2020 2 1. Fase Aquosa A) ÁGUA: •Deve ser destilada ou deionizada, portanto isenta de íons e sais minerais, especialmente Ca+ e Mg+, que desestabilizam as emulsões. •Deve ser livre de produtos orgânicos e micro- organismos. B) ESPESSANTES E ESTABILIZANTES: • Para espessar e estabilizar emulsões, especialmente aquelas O/A, são usados coloides hidrofílicos na fase aquosa, em temperaturas elevadas. • Formam uma estrutura coloidal que impede a mobilidade e a coalescência da fase dispersa. • Também agem na camada interfacial que cobre as partículas dispersas da fase oleosa, proporcionando cargas elétricas (estabilização por repulsão) ou impedindo uma aproximação muito estrita. 1. Fase Aquosa 3 4 22/09/2020 3 Coloides orgânicos: • naturais e sintéticos: goma xantana, gelatina, carbômeros (polímeros carboxivinílicos), derivados celulósicos, acrilatos, alginatos e carragenatos. Coloides inorgânicos: • silicato de alumínio e magnésio (Veegum), usado com frequência em emulsões O/A. • Bentonitas e sílicas coloidais também são usadas. TIPOS DE ESPESSANTES E ESTABILIZANTES: Espessantes, particularmente aqueles com características tensoativas, podem ter efeito espessante permanente ou atribuir características tixotrópicas às emulsões. C) UMECTANTES: • São substâncias higroscópicas, com a propriedade de reter água na massa da emulsão. • Funções: • diminuem a perda de água dos produtos acabados; • impedem a ruptura da emulsão e a formação de crostas superficiais; • facilitam a distribuição e a ação lubrificante dos cremes sobre a epiderme, causando uma sensação agradável. 1. Fase Aquosa 5 6 22/09/2020 4 Características de um umectante ideal: • Elevada higroscopicidade • Pequeno intervalo de umectação: a variação do conteúdo de água deve ser mínima em função da variação da umidade ambiental. • Boa viscosidade: a baixa viscosidade facilita a mistura com os demais componentes. • Baixo índice de viscosidade: as variações de viscosidade provocadas pela variação de temperatura e umidade devem ser mínimas. • Boa compatibilidade: • Baixa volatilidade: • Inocuidade: • Baixo ponto de congelamento. Umectantes mais usados: • Glicerina • Sorbitol • Propilenoglicol • Outros: PEGs, etilenoglicol, lactato de sódio... 2. Componentes Oleosos Por esses motivos, muitas vezes não se escolhe uma única matéria-prima, mas sim uma combinação de diversos produtos. Existe uma grande variedade de componentes oleosos e constantemente são apresentados novos produtos. Devem ser escolhidos em função das características do produto final e do mercado consumidor. São utilizadas substâncias gordurosas sólidas e líquidas. Escolha: diretamente ligada às características finais desejadas para o produto. 7 8 22/09/2020 5 2. Componentes Oleosos Os componentes oleosos influenciam: • a ação sobre a epiderme elasticidade, flexibilidade e maciez. • o processo de fabricação. • o custo do produto final. Devem: • Ter alto grau de pureza, • Não provocar irritação, • Serem atóxicos, • Serem compatíveis física e quimicamente com os demais componentes da emulsão. A. Hidrocarbonetos derivados do petróleo: • Ex: Vaselina, Parafina • Desvantagens: são estranhos ao organismo, impedem a transpiração (são oclusivos) e não apresentam penetração profunda. B. Triglicerídeos de origem animal e vegetal: • Ex: Óleos vegetais apresentam: • baixa viscosidade • baixo peso molecular • são menos oclusivos do que os minerais • são compatíveis com a pele • veiculam agentes terapêuticos fornecendo nutrientes (a- tocoferol, carotenoides, ácidos graxos...) 2. Componentes Oleosos O CH2 – O – C – R O CH2 – O – C – R O CH2 – O – C – R 9 10 22/09/2020 6 C. Álcoois Graxos • Álcool oleílico • Octil dodecanol D. Ésteres de ácidos graxos sintetizados a partir de ácidos graxos naturais ou hidrogenados e álcoois: • O ideal é que se façam misturas de hidrocarbonetos e triglicerídeos, reduzindo as desvantagens que cada grupo apresenta. R – O – C – R O 2. Componentes Oleosos CH3 - (CH2)7 – CH = CH – (CH2)7 – CH2OH CH3 - (CH2)9 - CH – CH2OH (CH2)7 – CH3 3. TENSOATIVOS TENSÃO INTERFACIAL • A maior ou menor facilidade com que duas fases podem formar uma emulsão é quase inteiramente em função da tensão interfacial que existe entre ambos os líquidos. tensão interfacial baixa emulsionam-se facilmente tensão interfacial alta emulsionam-se sob considerável suprimento de energia mecânica 11 12 22/09/2020 7 3. TENSOATIVOS • Tensão interfacial é o trabalho necessário para aumentar uma unidade de área da interface entre dois líquidos. = dinas cm • Então, pode-se dizer que é o trabalho necessário para aumentar a superfície de um líquido em 1 cm2. No caso de uma interface líquido-gás (geralmente ar), denomina-se tensão superficial. Ex.: Tensão interfacial entre: Hidrocarbonetos líquidos x água = 50 dinas/cm Óleo vegetal x água = 23 dinas/cm Os tensoativos são substâncias que em pequenas concentrações reduzem de forma apreciável a tensão interfacial entre dois líquidos, ou a tensão superficial entre um líquido e o ar. Água 72,8 dinas/cm + 0,001% nonilfenol etoxilado (6 moles OE) 31,3 dinas/cm + 0,01% nonilfenol etoxilado (6 moles OE) 28,9 dinas/cm + 0,1% nonilfenol etoxilado (6 moles OE) 28,7 dinas/cm + 1% nonilfenol etoxilado (6 moles OE) 28,8 dinas/cm 3. TENSOATIVOS 13 14 22/09/2020 8 3.1 Estrutura dos Tensoativos CH3 CH2 CH2 CH2 O – SO3 - Na+ CH2 CH2 CH2 CH2 Radical hidrófobo (apolar) Rad. Hidrófilo (polar) Cadeias carbonadas, constituídas Radicais sulfato, sulfonato, de metilas, metilenos, metinos e carboxilatos alcalinos, aminas suas associações. carboxilas, hidroxilas... Tensoativos são substâncias que contêm um grupo polar ligado a uma cadeia hidrocarbônica, apresentando, portanto características lipófilas ou hidrófilas. 3.2 Classificação dos Tensoativos De acordo com a constituição química: A) Iônicos: Radical hidrófilo a) Aniônicos - COO- Na+ CH3 b) Catiônicos - N+ CH3 CH3 CH3 c) Anfóteros - N+ CH2 COO - CH3 B) Não-iônicos: -O-C2 H4O - C2 H4OH Tensoativos aniônicos + catiônicos são incompatíveis formando um material insolúvel. Misturas aniônicos + não-iônicos e catiônicos + não-iônicos são compatíveis. 15 16 22/09/2020 9 Emulsionantes: • Tem capacidade de estabilizar uma emulsão , reduzindo a tensão interfacial entre duas fases líquidas imiscíveis Detergentes: • Favorecem ou promovem a remoção de sujidades de uma superfície. Umectantes: • Favorecem a molhabilidade de uma superfície sólida por um líquido, promovendo o espalhamento do líquido, ou sua penetração em uma superfície porosa. Dispersantes: • Mantêm partículas sólidas em suspensão em um meio líquido. Solubilizantes: • Usados para solubilizar substâncias sólidas. De acordo com as características de aplicação: 3.3 Emulsionantes Ao misturar água e óleo tem-se um sistema heterogêneo, pois estes apresentam constantes físicas diferentes (polaridades, constantes dielétricas...). Deve-se usar um agente emulsivo para impedir que as partículas unam-se novamente. Não havendo um estabilizante eficiente, as partículas tendem a flocular ou coalescer. óleo 5 min agitação óleo água água sem emulsionante com emulsionante 17 18 22/09/2020 10 Estas substâncias posicionam-se na interface água/óleo, formando uma camada ou filme. Devido à diferença da tensão interfacial entre os dois lados do filme, este normalmente forma gotículas, onde a fase interna se posiciona no interior das mesmas e a fase externaenvolve as gotículas. Estas estruturas são conhecidas como micelas. Função dos emulsionantes: • Estabilizar a emulsão, prevenindo a aglomeração destas gotículas, fenômeno conhecido como coalescência, que pode levar à ruptura e quebra da emulsão. Posicionam-se na interface Óleo/água formando camada ou filme diminui a tensão interfacial entre a água e o óleo AGENTES EMULGENTES OU EMULSIONANTES Óleo Água Óleo Água Formação emulsão O/A Formação emulsão A/O Devido a diferença de tensão interfacial entre os dois lados normalmente curva e forma gotículas micelas 19 20 22/09/2020 11 Métodos pelos quais os agentes emulsificantes auxiliam a formação das emulsões: • Pela redução da tensão superficial • Formação de um filme interfacial rígido, ou seja, permitir a formação de uma grande área de contato superficial, com consequente redução da energia mecânica, proporcionada pela agitação atua como barreira mecânica à coalescência dos líquidos.. • Formação de uma camada dielétrica resulta em forças elétricas de repulsão entre as gotículas minimizando a coalescência. AGENTES EMULGENTES OU EMULSIONANTES O agente emulsivo estabiliza a emulsão, podendo também aumentar a viscosidade da fase externa, o que dificulta a aproximação das partículas. A natureza e a característica de uma emulsão são determinadas: • pela escolha dos sistemas emulsionantes feita pelo manipulador; • tipo de emulsão ligado agente emulsivo que origina: AGENTES EMULGENTES OU EMULSIONANTES emulgente hidrófilo obtenção emulsões O/A emulgente lipófilo obtenção emulsões A/O BANCROFT, postulou: • “aquela fase em que o agente emulsivo for mais solúvel constituirá a fase contínua ou externa da emulsão” 21 22 22/09/2020 12 Características de um bom emulsionante: • capacidade de reduzir a tensão interfacial; • capacidade de estabilizar a emulsão; • ser seletivo, ou seja, específico para um dos tipos de emulsão – ser nitidamente hidrófilo ou lipófilo; • ser quimicamente estável; • ser inodoro, pouco colorido e de fácil uso; • ser inócuo (não provocar irritação na pele). É possível prever o tipo de emulsão que se formará considerando que: • O tipo de emulsão formada pode ser influenciado pela viscosidade das fases, sendo que o aumento de viscosidade de uma das fases favorece que essa constitua a fase externa. A porção polar do tensoativo forma uma barreira mais resistente à coalescência do que a parte apolar, por isso é possível produzir emulsões O/A com grandes quantidades relativas de óleo. Emulsões A/O nas quais a barreira é de natureza hidrocarbonada possuem limitações nesse sentido, apresentando tendência a sofrer inversão de fases se a quantidade de água for significativa. o uso de anfóteros mais solúveis em água (sabão de potássio ou éter alquílico de polioxietileno com +5 OE) favorecerá a formação de emulsão O/A. Anfóteros lipofílicos (sabão de cálcio ou éter alquílico de polioxietileno com -5 OE) favorecerão a formação de emulsão A/O. 23 24 22/09/2020 13 Agentes Emulsivos para Uso Interno: Devem ser inócuos. Naturais: • Goma Arábica: • bom agente emulsivo primário, do tipo O/A, além de espessante. • É um dos emulsionantes mais inócuos. • Goma Adraganta: • ótimo espessante, deixa a emulsão mais estável. • Emulsionante O/A. • Lecitina de soja: • o agente emulsivo é um fosfatídeo que a compõe. • É emulsionante O/A. Sintéticos Não-iônicos: • Monoestearato de glicerila (MEG): emulsionante A/O. • Mono-oleato de glicerila (MOG) • Mono-oleato de propilenoglicol (MOPPG) • Spans: emulsionante A/O. • Polissorbatos (Tweens): emulsionante O/A. Agentes Emulsivos Auxiliares: • Tem a finalidade de estabilizar as emulsões • Apresentam fortes propriedades hidrofílicas • Aumentam a viscosidade da fase externa das emulsões • Exs: • Derivados da metilcelulose: CMC, MMC, DMC. • Sólidos finamente divididos: bentonita, pectina. Monoestearato de glicerila Span 80 Agentes Emulsivos para Uso Externo: Saponinas: • Diminuem a tensão interfacial, sendo usadas em emulsões O/A, apresentando propriedades tensoativas. • Encontram-se em maiores quantidades em tinturas de salsaparrilha, quilaia e polígala. Ceras: • Apresentam palmitato ou cerotinato de cetila. Os ácidos graxos das ceras reagem com borato de sódio, formando sabões de sódio em emulsões do tipo A/O. • Ex.: cera de abelhas alvejada e espermacete Lanolina: • Usada em emulsões A/O. Pode-se substituir por álcoois de lanolina como, por exemplo, o Crodalan AWS ou LA. • Inconvenientes: alta adesividade, odor desagradável e pode causar reações alérgicas. Naturais: 25 26 22/09/2020 14 • Agentes Aniônicos: A porção hidrofílica é aniônica: Agentes Emulsivos para Uso Externo: Sintéticos: Sabões solúveis: O/A • Ex: Oleato de sódio, Estearato de sódio, Palmitato de sódio. Sabões Insolúveis (metálicos): A/O. • Agentes Aniônicos: A porção hidrofílica é aniônica: Agentes Emulsivos para Uso Externo: Sintéticos: Sabões Bases Aminadas (amino-sabões): • Muito usados em cosméticos por seu pH ser próximo ao neutro. • Oleato ou estearato de trietanolamina: formados “in loco” ou “in situ”, ou seja, no momento da preparação da emulsão, pela mistura de ácido oleico ou esteárico com TEA. + TEA 27 28 22/09/2020 15 • Agentes Aniônicos: A porção hidrofílica é aniônica: Agentes Emulsivos para Uso Externo: Sintéticos: Compostos Sulfatados: álcoois graxos sulfatados. • Ex.: LESS (Texapon HBN ou N40®). • Cera Lanette N®: álcool cetoestearílico (90% de álcool cetílico e estearílico + 10% de lauril sulfato de sódio). Compostos Sulfonados: • Ex.: Texapon SBN® Agentes Emulsivos para Uso Externo: Sintéticos: Agentes Catiônicos • Um cátion é responsável pela atividade do agente emulsivo. Os compostos quaternários de amônio são os mais importantes. • Ex.: Dehyquart A® – Cloreto de cetil trimetil amônio • Formam emulsões O/A ou A/O estáveis com álcoois graxos; • São instáveis em meio alcalino; • Podem apresentar propriedade bactericida; • São irritantes em altas concentrações. C17H38 CH3 + N Cl- H3C CH3 29 30 22/09/2020 16 Agentes Emulsivos para Uso Externo: Sintéticos: Agentes emulsivos Não-iônicos: • Spans (derivados esterificados do sorbitano): • São obtidos por desidratação do sorbitol e esterificação com ácidos graxos de alto peso molecular (láurico, palmítico, esteárico ou oleico). R EXEMPLOS DE TENSOATIVOS Substância NC Estrutura Monolaurato de Sorbitano Span 20 Monopalmitato de sorbitano Span 40 Monoleato de sorbitano Span 80 31 32 22/09/2020 17 Tweens (derivados etoxilados dos spans): Substância NC Estrutura Monolaurato de polioxietilenossorbitano Tween 20 Monopalmitato de polioxietilenossorbitano Tween 40 Monoestearato de polioxietilenossorbitano Tween 61 Triestearato de polioxietilenossorbitano Tween 65 Monoleato de polioxietilenossorbitano Tween 80 Carbowaxes (polietilenoglicóis) Alcanolamidas Cadeia de ácido graxo monoetanolamida O R – C – NH – CH2 - CH2 - OH Superamidas (dietanolamidas de ácido graxo de coco) Ex.: Comperlan KD® Dietanolamida de ácido graxo 33 34 22/09/2020 18 CARACTERÍSTICAS TOXICOLÓGICAS EMULSIONANTES Devem-se às suas propriedades: • Dispersivas • Emulsionantes • Detergentes Manifestam-se por um desengraxe excessivo pele eliminação película hidro-lipídica. Tensoativos podem impregnar e penetrar em profundidade na pele. Complexar-se com a queratina epidérmica e influir na atividade enzimática celular polaridade. O excesso favorece a absorção percutânea solventes, corantes, perfumes e outros influências seletivas indesejáveis dermatites. O aumento do pH máximo em pH 5 a 7 reação: • menos pronunciada aniônicos • maior catiônicos 4. Conservantes • Lista e concentrações disponíveis na RDC 29/2012.• Fungos alteração do aspecto tornando o produto desagradável. Na superfície do produto podem crescer colônias na forma de manchas pretas ou esverdeadas. Emulsões A/O são mais resistentes à contaminação porque nelas a água não está em contato direto com o ar. Emulsões O/A sofrem mais facilmente ataque por fungos, visto que a fase aquosa proporciona condições ideais para o desenvolvimento de micro- organismos (geralmente fungos e mais raramente bactérias). 35 36 22/09/2020 19 Os conservantes devem ter amplo espectro de ação e ser eficazes e estáveis na faixa de pH da formulação. Além disso, devem apresentar coeficiente de partição água/óleo apropriado para a obtenção de concentração eficaz na fase aquosa do produto e não alterar suas propriedades físicas (odor, cor e textura). Conservantes mais utilizados: Parabenos (metilparabeno - Nipagin e propilparabeno - Nipasol), imidazolidinil ureia (Germal 115), diazolidinil ureia (Germal II) hidanteínas e isotiazolinonas. 4. Conservantes 5. Antioxidantes São substâncias que inibem o processo de oxidação, considerado como a causa principal de deterioração organoléptica dos componentes oleosos. Este processo pode ser acelerado por ação da luz, aumento da temperatura ou pela presença de metais (Fe, Cu, Mg, Ca). 37 38 22/09/2020 20 • Oxynex 2004® • Mistura de BHT e palmitato de ascorbila. • Uso: 0,05 a 0,2%. Mecanismo de Ação Substâncias Solubilidade Antioxidantes que agem interrompendo as cadeias de radicais livres. BHT BHA -tocoferol Propilgalato Oleosa Oleosa Oleosa Oleosa Antioxidantes que atuam sofrendo oxidação (agentes redutores). Bissulfito de sódio Metabissulfito de sódio Ácido ascórbico Palmitato de ascorbila Aquosa Aquosa Aquosa Oleosa Antioxidantes que atuam por mecanismos preventivos. EDTA Ácido cítrico Aquosa Aquosa 5. Antioxidantes 6. Agentes Quelantes Também chamados sequestrantes, seu uso se justifica pela necessidade de remover íons metálicos que possam acelerar o processo oxidativo. EDTA (ácido etileno diaminotetraacético) e seus sais sódicos • Quelam principalmente íons Cu, Fe e Mn, além dos íons Ca e Mg presentes na água dura. • Uso: até 0,1%. Ácido cítrico • A adição de ácidos orgânicos como ácido cítrico, tartárico ou fosfórico melhora a atividade do BHT, BHA e galato de propila. 39 40 22/09/2020 21 7. Aditivos ESSÊNCIAS: • Mascaram o odor da base e personalizam o produto. • Quando o odor da base é muito forte recomenda-se o uso de essências com notas mais pesadas como rosas, floral ou lavanda. • Essências cítricas geralmente são antissépticas, podendo ser usadas como conservantes. CORANTES: • A coloração nem sempre é conveniente, sendo as emulsões geralmente mantidas na cor branca. • Costuma-se colorir cremes que se apresentem pouco agradáveis visualmente ou quando se deseja um produto facilmente reconhecível, devendo-se nesse caso manter um padrão em todos os lotes. • Os corantes ideais são hidrossolúveis e estáveis em ampla faixa de pH. • A coloração deve ser discreta, em cores pálidas, compatíveis com tonalidade da pele. ATIVOS TERAPÊUTICOS: • Substâncias das quais espera-se efeito terapêutico (fármacos). • Ex: peróxido de benzoíla (acne), tioconazol (antifúngico e antimicótico). ATIVOS COSMÉTICOS: • Substâncias das quais espera-se efeito embelezador ou estético. • Ex: óleos vegetais como de amêndoas doces, extratos vegetais, vitaminas A e E... 7. Aditivos 41 42 22/09/2020 22 Mistura: ceras, emulsionantes, ácidos e álcoois graxos. BASES AUTO EMULSIONANTES VANTAGENS: • Menor número de itens em estoque • Redução da área de estoque • Facilidade de compras • Facilidade de produção do produto final • Maior precisão na pesagem BASES ANIÔNICAS • Boa estabilidade c/ emulgentes sulfatados. • Interação: ativos carga positiva • Concentração: 1 a 20%. • Ex: • Crodafos CES (Croda) • Chembase LN (Sarfam) • Lanette N e Lanette WB (Clariant) • Unibase (Chemyunion) BASES CATIÔNICAS • Propriedades condicionadoras, doadoras de substantividade. • Interação: ativos carga negativa • Concentração: 0,5 a 5,0%. • Ex: • Linha Incroquat: Behenil 18- MEA, Behenil HE, Behenil S- 85, behenil TMS (Croda) • Uniox Quat C 22 (Chemyunion) NÃO IÔNICAS • Não reagem com ativos carregados negativamente ou positivamente. • Podem aprisionar conservantes. • Concentração: 1 a 20%. • Ex: • Cosmowax FT; Crodabase CR-2; Polawax GP-200; Cosmowax J; Cithrol GMS AE (Croda) • Linha Uniox: A, B, C, G, Cristal; Unicerirn (Chemyunion) • Paramul (Bernel-Galena) BASES AUTO EMULSIONANTES 43 44
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