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Sistema Circulatório I - Coração

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Sistema Circulatório I – O coração 
O coração contribui para a homeostasia por 
meio do bombeamento de sangue pelos vasos 
sanguíneos para os tecidos do corpo, do 
fornecimento de oxigênio e nutrientes e da 
remoção de escorias metabólicas. O coração 
de contrai cerca de 100 mil vezes ao dia, cerca 
de 35 milhões de contrações em 1 ano. O lado 
esquerdo do coração bombeia o sangue por 
estimados 120 mil km de vasos sanguíneos. O 
lado direito bombeia o sangue através dos 
pulmões, possibilitando que o sangue receba 
oxigênio e elimine o dióxido de carbono. 
O coração possui aproximadamente 12 cm de 
comprimento, 9 cm de largura em seu ponto 
mais amplo, e 6 cm de espessura. Pesa em 
média 250g nas mulheres adultas e 300g nos 
homens adultos. 
O coração repousa sobre o diafragma, 
próximo da linha mediana da cavidade torácica. 
O coração encontra-se no mediastino, região 
anatômica que se estende do esterno à coluna 
vertebral, da primeira costela ao diafragma, e 
entre os pulmões. Aproximadamente 2/3 da 
massa do coração encontram-se a esquerda 
da linha mediana do corpo. 
É possível visualizar o coração como um cone 
deitado. O ápice pontiagudo é formado pela 
ponta do ventrículo esquerdo e está situado 
sobre o diafragma. O ápice está direcionado 
para frente, para baixo e para esquerda. A 
base esta do lado oposto e constitui sua face 
posterior. É formada pelos átrios do coração, 
principalmente o átrio esquerdo. 
 
 
Além do ápice e da base, o coração possui 
diversas faces. A face esternocostal é profunda 
ao esterno e as costelas, e a face 
diafragmática, é a parte do coração entre o 
ápice e a margem direita, se apoia 
principalmente no diafragma. A margem direita 
está voltada para o pulmão direito e se 
estende da face inferior ate a base. A margem 
esquerda esta voltada para o pulmão esquerdo 
e se estende da base ao ápice. 
A membrana que envolve e protege o 
coração é o pericárdio. Possibilita liberdade de 
movimento suficiente para uma contração 
vigorosa e rápida. 
Bianca Oliveira 
Medicina UNP 
O pericárdio consiste em duas partes 
principais: 
• Pericárdio fibroso: superficial é composto 
por tecido conjuntivo inelástico, resistente, 
denso e irregular. Ele impede a 
hiperdistensão do coração, fornece 
proteção e ancora o coração no 
mediastino. 
• Pericárdio seroso: mais profundo, uma 
membrana fina, delicada que forma uma 
dupla camada em torno do coração. 
 
Correlação clinica – Reanimação cardiovascular 
A reanimação cardiopulmonar (RCP) é o 
procedimento de emergência para o 
estabelecimento de frequências cardíaca e 
respiratória normais. A RCP convencional utiliza 
uma combinação de compressão cardíaca e 
ventilação artificial dos pulmões via respiração 
boca a boca. Por muitos anos, esta combinação 
foi o único método de RCP. Recentemente, no 
entanto, a RCP utilizando só compressões 
torácicas se tornou o método preferido. Como 
coração encontra-se entre duas estruturas 
rígidas – o esterno e a coluna vertebral – a 
compressão do tórax pode ser usada para 
forçar o sangue para fora do coração e em 
direção à circulação. Depois de ligar para a 
emergência, deve-se iniciar as compressões 
torácicas. No procedimento, deve-se aplicar 
compressões torácicas fortes e rápidas a uma 
frequência de 100 por minuto e de 2 cm de 
profundidade no adulto. Isso deve ser 
continuado até que profissionais de saúde 
treinado cheguem ou um desfibrilador 
automático externo esteja disponível. A RCP 
convencional é ainda recomendada para 
lactentes e crianças, assim como para quem 
sofre de falta de oxigênio, como por exemplo, 
vítimas de afogamento, overdose de drogas 
ou envenenamento por monóxido de carbono. 
Correlação clínica – Pericardite 
A inflamação do pericárdio é chamada 
pericardite. O tipo mais comum, a pericardite 
aguda, começa repentinamente e não tem 
causa conhecida na maior parte dos casos, mas 
às vezes está ligada a uma infecção viral. 
Como resultado da irritação ao pericárdio, há 
dor torácica que pode se irradiar para o ombro 
esquerdo e pelo braço esquerdo (muitas 
vezes confundida com um infarto agudo do 
miocárdio) e atrito pericárdico (um som de 
arranhado ou rangido auscultado por meio do 
estetoscópio quando a lâmina visceral do 
pericárdio seroso atrita contra a lâmina parietal 
do pericárdio seroso). A pericardite aguda 
geralmente persiste por 1 semana e é tratada 
com medicamentos que reduzem a 
inflamação e a dor, como o ibuprofeno ou o 
ácido acetilsalicílico. A pericardite crônica 
começa gradualmente e é de longa duração. 
Em uma das modalidades desta condição, há 
acúmulo de líquido pericárdico. Se muito líquido 
se acumula, esta é uma condição 
potencialmente fatal, porque o líquido 
comprime o coração, em uma condição 
chamada tamponamento cardíaco. Como 
resultado da compressão, o enchimento 
ventricular é diminuído, o débito cardíaco é 
reduzido, o retorno venoso ao coração é 
diminuído, a pressão arterial diminui e a 
respiração é difícil. Na maior parte dos casos, a 
causa da pericardite crônica envolvendo 
tamponamento cardíaco não é conhecida, mas 
às vezes resulta de condições como câncer e 
tuberculose. O tratamento consiste na 
drenagem do excesso de líquido por meio de 
uma agulha introduzida na cavidade do 
pericárdio. 
A parede do coração é constituída por três 
camadas: 
• O epicárdio (camada externa): é composto 
por duas camadas de tecido. Confere uma 
estrutura lisa e escorregadia, ele contém 
vasos sanguíneo, vasos linfáticos e vasos 
que irrigam o miocárdio. 
• O miocárdio (camada intermediaria): 
responsável pela ação de bombeamento 
do coração e é composto por tecido 
muscular cardíaco. Compõe 
aproximadamente 95% da parede do 
coração. 
• O endocárdio (camada interna): fornece 
um revestimento liso para as câmaras do 
coração e abrange as valvas cárdicas. O 
revestimento minimiza o atrito de 
superfície conforme o sangue passa 
através do coração. O endocárdio é 
continuo ao revestimento endotelial dos 
grandes vasos sanguíneos ligados ao 
coração. 
Correlação clínica – miocardite e endocardite 
A miocardite é uma inflamação do miocárdio 
que geralmente ocorre como complicação de 
uma infecção viral, febre reumática ou 
exposição à radiação ou determinados 
produtos químicos ou medicamentos. A 
miocardite muitas vezes não provoca sinais 
nem sintomas. No entanto, se eles ocorrerem, 
podem incluir febre, fadiga, dor torácica vaga, 
taquicardia, ritmo cardíaco irregular, artralgia e 
dispneia. A miocardite geralmente é leve e a 
recuperação ocorre em 2 semanas. Os casos 
graves podem causar insuficiência cardíaca e 
morte. O tratamento consiste em evitar 
exercício vigoroso, manter dieta hipossódica, 
realizar monitoramento eletrocardiográfico e 
tratar a insuficiência cardíaca. Endocardite 
refere-se à inflamação do endocárdio e 
tipicamente envolve as valvas cardíacas. A 
maior parte dos casos é causada por bactérias 
(endocardite bacteriana). Os sinais e sintomas 
da endocardite incluem febre, sopro cardíaco, 
taquicardia, ritmo cardíaco irregular, fadiga, 
perda de apetite, sudorese noturna e calafrios. 
O tratamento inclui antibióticos intravenosos. 
O coração possui quatro câmaras. As duas de 
recepção superiores são os átrios, e as duas 
de bombeamento inferiores são os ventrículos. 
O par de átrios recebe sangue dos vasos 
sanguíneos que retornam o sangue ao 
coração, as veias, enquanto os ventrículos 
ejetam o sangue para vasos sanguíneos 
chamados artérias. 
Na face anterior de cada átrio existe uma 
estrutura chamada aurícula, cada aurícula 
aumenta discretamente a capacidade de um 
átrio, de modo que ele possa abrigar um maior 
volume de sangue. Na superfície do coração 
existem vários sulcos que contem vasos 
sanguíneos coronarianos e uma quantidade 
variável de gordura. Cada sulco marca a 
fronteira externa entre duas câmaras do 
coração. 
Átrio direito 
O átrio direitoforma a margem direita do 
coração e recebe sangue de três veias: a veia 
cava superior, a veia cava inferior e o seio 
coronário (as veias sempre levam o sangue 
para o coração). As paredes anterior e 
posterior do átrio direito são muito diferentes. 
O interior da parede posterior é liso; o interior 
da parede anterior é áspero, por causa de 
cristas musculares chamadas de músculos 
pectíneos, que também se estendem até a 
aurícula. Entre o átrio direito e o átrio esquerdo 
existe uma partição fina chamado septo 
interatrial. Uma característica proeminente 
deste septo é uma depressão oval chamada 
de fossa oval, o remanescente do forame oval, 
uma abertura no septo interatrial do coração 
fetal que normalmente se fecha logo após o 
nascimento. O sangue passa do átrio direito 
para o ventrículo direito através da valva 
atrioventricular direita, porque é composta por 
três válvulas. Também é denominada valva 
tricúspide. As valvas cardíacas são compostas 
por tecido conjuntivo denso recoberto por 
endocárdio. 
Ventrículo direito 
Forma a maior parte da face esternocostal do 
coração. O seu interior possui uma serie de 
cristas formadas por feixes elevados de fibras 
musculares cardíacas, chamadas de trabéculas 
cárneas. O ventrículo direito é separado do 
ventrículo esquerdo por uma partição 
chamada de septo interventricular. O sangue 
passa do ventrículo direito através da valva do 
tronco pulmonar para uma artéria chamada de 
tronco pulmonar (as artérias sempre levam o 
sangue para longe do coração). 
 
Átrio esquerdo 
Forma a maior parte da 
base do coração. Ele 
recebe sangue dos 
pulmões por meio das 
veias pulmonares. 
Ventrículo esquerdo 
É a câmara mais 
espessa do coração, 
forma o ápice do 
coração. O sangue passa 
do ventrículo esquerdo através da valva da 
aorta na parte ascendente da aorta. Durante a 
vida fetal, um vaso sanguíneo temporário, 
chamado de ducto ou canal arterial, desvia o 
sangue do tronco pulmonar para a aorta. Por 
conseguinte, apenas um pequeno volume de 
sangue entra nos pulmões fetais não 
funcionantes. O ducto ou canal arterial 
normalmente se fecha logo após o 
nascimento, deixando um remanescente 
conhecido como ligamento arterial, que liga o 
arco da aorta e o tronco pulmonar. 
A espessura varia de acordo com a função de 
cada uma, os átrios de parede fina entregam 
o sangue sob menos pressão aos ventrículos 
adjacentes. Como os ventrículos bombeiam o 
sangue com maior pressão e maior distância, 
eles possuem paredes mais grossas. Embora 
os ventrículos direito e esquerdo ajam como 
duas bombas separadas que ejetam de forma 
simultânea volumes iguais de sangue, o lado 
direito tem uma carga menor de trabalho. Ele 
bombeia o sangue a uma curta distância para 
os pulmões a uma pressão inferior, o 
ventrículo esquerdo bombeia para outras 
partes do corpo, usando uma maior pressão e 
distancia, logo, o ventrículo esquerdo trabalha 
mais que o direito. 
A parede do coração possui um tecido 
conjuntivo denso que forma o esqueleto 
fibroso do coração, esse esqueleto é 
constituído por quatro anéis de tecido 
conjuntivo denso que circundam as valvas 
cardíacas, ele forma uma base estrutural para 
as valvas cardíacas e evita o estiramento 
excessivo das mesmas. 
 
Quando cada uma das câmaras do coração se 
contrai, empurra um volume de sangue a um 
ventrículo ou para fora do coração a uma 
artéria. As valvas se abrem e fecham em 
respostas as mudanças de pressão. 
Funcionamento das valvas atrioventriculares 
Localizadas entre um átrio e ventrículo, estas 
valvas chamadas de valvas atrioventriculares 
(AV) direita e esquerda. Quando uma AV está 
aberta, as extremidades arredondadas das 
válvulas se projetam para o ventrículo. Quando 
os ventrículos estão relaxados, os músculos 
papilares estão relaxados, as cordas tendíneas 
estão frouxas, e o sangue se move de uma 
área de maior pressão no átrio para uma de 
menor pressão nos ventrículos através das 
valvas AV abertas. Quando os ventrículos se 
contraem, a pressão do sangue aciona as 
válvulas para cima até que suas extremidades 
se encontrem e fechem a abertura. Ao 
mesmo tempo, os músculos papilares se 
contraem, o que traciona e retesa as cordas 
tendíneas. Isso impede que as válvulas das 
valvas evertam em resposta à alta pressão 
ventricular. Se as valvas AV ou cordas 
tendíneas estiverem danificadas, o sangue 
pode regurgitar para os átrios quando os 
ventrículos se contraem. 
Funcionamento das válvulas semilunares 
As valvas da aorta e do tronco pulmonar são 
compostas por 3 válvulas semilunares. Elas 
possibilitam a ejeção de sangue do coração 
para as artérias, mas evitam o refluxo do 
sangue para os ventrículos. Quando os 
ventrículos se contraem, a pressão se acumula 
nas câmaras. As valvas do tronco pulmonar e 
da aorta se abrem quando a pressão no 
ventrículo é superior à pressão nas artérias, 
possibilitando a ejeção do sangue dos 
ventrículos para o tronco pulmonar e aorta. 
Conforme os ventrículos relaxam, o sangue 
começa a refluir para o coração. Este fluxo 
sanguíneo retrógrado enche as válvulas da 
valva, o que faz com que as margens livres das 
valvas do tronco pulmonar e da aorta se 
contraiam firmemente uma contra a outra e 
fechem a abertura entre o ventrículo e a 
artéria. 
 
 
 
O lado esquerdo do coração é a bomba para 
a circulação sistêmica; ele recebe sangue rico 
em oxigênio dos pulmões. O ventrículo 
esquerdo ejeta o sangue para a aorta. A partir 
da aorta, o sangue vai se dividir em correntes 
separadas, entretanto progressivamente em 
artérias sistêmicas menores que o transportam 
para todos os órgãos do corpo. 
Nos tecidos sistêmicos, as artérias dão origem 
a arteríolas de menor diâmetro, que por fim 
levam a extensos leitos de capilares sistêmicos. 
A troca de nutrientes e gases ocorre através 
das finas paredes capilares. O sangue libera O2 
(oxigênio) e capta CO2 (dióxido de carbono). 
Na maior parte dos casos, o sangue flui por 
meio de um único capilar e então entra em 
uma vênula sistêmica. As vênulas transportam 
o sangue desoxigenado dos tecidos e se 
fundem para formar veias sistêmicas maiores. 
Por fim, o sangue reflui para o átrio direito. 
O lado direito do coração é a bomba para a 
circulação pulmonar; ele recebe todo o 
sangue desoxigenado vermelho escuro que 
retorna da circulação sistêmica. O sangue 
ejetado do ventrículo direito flui para o tronco 
pulmonar, que se divide em artérias 
pulmonares que levam o sangue para os 
pulmões direito e esquerdo. Nos capilares 
pulmonares, o sangue descarrega o CO2, que 
é expirado, e capta o O2 do ar inalado. O 
sangue recentemente oxigenado então flui 
para as veias pulmonares e retorna ao átrio 
esquerdo. 
Correlação clínica – Valvopatias cardíacas 
Quando as valvas cardíacas funcionam 
normalmente, elas se abrem e se fecham 
completamente nos momentos adequados. 
Um estreitamento da abertura de uma valva 
cardíaca que restringe o fluxo sanguíneo é 
conhecido como estenose; a falha de uma 
valva em se fechar completamente é 
denominada insuficiência. Na estenose 
atrioventricular esquerda, a formação de uma 
cicatriz ou um defeito congênito provoca um 
estreitamento na valva atrioventricular 
esquerda. Uma das causas da insuficiência 
atrioventricular esquerda, em que há refluxo 
de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio 
esquerdo, é o prolapso da valva mitral (PVM). 
No PVM, uma ou ambas as válvulas da valva 
atrioventricular esquerda se projetam para o 
átrio esquerdo durante a contração ventricular. 
O prolapso da valva mitral é uma das 
valvopatias mais comuns, afetando até 30% da 
população. É mais prevalente em mulheres do 
que em homens, e nem sempre representa 
uma ameaça grave. Na estenose aórtica, a 
valva da aorta está estreitada, e na insuficiência 
aórtica existe refluxo de sangue da aorta para 
o ventrículo esquerdo. Algumas doenças 
infecciosas podem danificarou destruir as 
valvas cardíacas. Um exemplo é a febre 
reumática, uma doença inflamatória sistêmica 
aguda que geralmente ocorre depois de uma 
infecção estreptocócica da garganta. As 
bactérias desencadeiam uma resposta imune 
em que os anticorpos produzidos para destruir 
as bactérias atacam e inflamam os tecidos 
conjuntivos em articulações, valvas cardíacas e 
outros órgãos. Mesmo que a febre reumática 
possa enfraquecer toda a parede do coração, 
na maior parte das vezes prejudica as valvas 
atrioventricular esquerda e da aorta. Se as 
atividades de vida diária forem afetadas pelos 
sinais/sintomas e se uma valva cardíaca não 
puder ser reparada cirurgicamente, então é 
crucial substituí-la. Valvas de tecido podem ser 
fornecidas por doadores humanos ou suínos; 
às vezes, utilizam-se próteses mecânicas. Em 
ambos os casos, a substituição da valva 
envolve uma cirurgia cardíaca a céu aberto. A 
valva da aorta é a valva cardíaca mais 
comumente substituída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como os nutrientes não conseguem se 
difundir rápido o suficiente do sangue para as 
câmaras do coração. O miocárdio possui sua 
própria rede de vasos sanguíneos, a circulação 
coronariana ou circulação cardíaca. As artérias 
coronárias se ramificam da parte ascendente 
da aorta e cercam o coração como uma coroa 
circundando a cabeça. Enquanto o coração 
está se contraindo, pouco sangue flui nas 
artérias coronárias, porque elas estão bem 
comprimidas. Quando o coração relaxa, no 
entanto, a pressão do sangue elevada na aorta 
impulsiona o sangue ao longo das artérias 
coronárias até os vasos capilares e, em 
seguida, às veias coronárias 
Correlação clínica – isquemia e infarto agudo 
do miocárdio 
A obstrução parcial do fluxo sanguíneo nas 
artérias coronárias pode causar isquemia 
miocárdica, uma condição de redução no fluxo 
sanguíneo para o miocárdio. Normalmente, a 
isquemia causa hipoxia, o que pode 
enfraquecer as células sem matá-las. A angina 
de peito, que significa literalmente “tórax 
estrangulado”, é uma dor intensa que 
normalmente acompanha a isquemia 
miocárdica. Tipicamente, é descrita como uma 
sensação de aperto ou compressão, como se 
o tórax estivesse em um torno. A dor 
associada à angina de peito muitas vezes é 
referida ao pescoço, queixo ou para o braço 
esquerdo até o cotovelo. A isquemia 
miocárdica silenciosa, episódios isquêmicos 
sem dor, é particularmente perigosa, porque a 
pessoa não tem aviso prévio de um infarto 
agudo do miocárdio minente. A obstrução 
completa do fluxo sanguíneo em uma artéria 
coronária pode resultar em um infarto agudo 
do miocárdio (IAM). O infarto significa a morte 
de uma área de tecido por causa da 
interrupção da irrigação sanguínea. Uma vez 
que o tecido cardíaco distal à obstrução morre 
e é substituído por tecido cicatrizado não 
contrátil, o músculo cardíaco perde um pouco 
de sua força. Dependendo do tamanho e da 
localização da área infartada, um infarto 
compromete o sistema de condução do 
coração e causa a morte súbita por 
desencadear uma fibrilação ventricular. O 
tratamento para o infarto agudo do miocárdio 
pode envolver a injeção de um agente 
trombolítico (promotor de dissolução de 
coágulo), como a estreptoquinase ou tPA, 
além de heparina (anticoagulante), ou a 
realização de uma angioplastia coronariana 
ou cirurgia de revascularização miocárdica. 
Felizmente, o músculo cardíaco consegue 
permanecer vivo em uma pessoa em 
repouso se receber tão pouco quanto 10 a 
15% de seu suprimento sanguíneo normal. 
Histologia do musculo cardíaco 
As extremidades das fibras musculares 
cardíacas se ligam às fibras vizinhas por 
espessamentos transversais irregulares de 
sarcolema chamados discos intercalares. Os 
discos contêm desmossomos, que mantêm as 
fibras unidas, e junções comunicantes, que 
possibilitam que os potenciais de ação 
musculares sejam conduzidos de uma fibra 
muscular para as fibras vizinhas. As junções 
comunicantes possibilitam que todo o 
miocárdio dos átrios ou dos ventrículos se 
contraia como uma única unidade, coordenada. 
As mitocôndrias são maiores e mais 
numerosas nas fibras do músculo cardíaco do 
que nas fibras musculares esqueléticas. Em 
uma fibra muscular cardíaca, elas ocupam 25% 
do espaço do citosol; em uma fibra muscular 
esquelética, apenas 2% do espaço do citosol é 
ocupado pelas mitocôndrias. As fibras 
musculares cardíacas têm o mesmo arranjo de 
actina e miosina, e as mesmas bandas, zonas 
e discos Z, que as fibras musculares 
esqueléticas. 
Fibras autorrítmicas – O sistema de condução 
A atividade elétrica inerente e rítmica é o 
motivo das contrações cardíacas ao longo da 
vida. A fonte desta atividade elétrica é uma 
rede de fibras musculares cardíacas 
especializadas chamadas fibras autorrítmicas, 
porque são autoexcitáveis. As fibras 
autorrítmicas produzem repetidamente 
potenciais de ação que desencadeiam 
contrações cardíacas. 
Durante o desenvolvimento embrionário, 
apenas aproximadamente 1% das fibras 
musculares cardíacas tornam-se fibras 
autorrítmicas; estas fibras relativamente raras 
têm duas funções importantes: 
• Agem como marcapasso, definindo o ritmo 
da excitação elétrica que provoca a 
contração do coração. 
• Formam o sistema de condução do 
coração, uma rede de fibras musculares 
cardíacas especializadas que oferecem 
uma via para que cada ciclo de excitação 
cardíaca se propague pelo coração 
Os potenciais de ação cardíacos se propagam 
ao longo do sistema de condução na 
sequência: 
1. A excitação cardíaca normalmente 
começa no nó sinoatrial (SA), localizado na 
parede atrial direita. As células do nó SA 
não têm potencial de repouso estável. Em 
vez disso, elas se despolarizam repetida e 
espontaneamente até um limiar. A 
despolarização espontânea é um potencial 
marcapasso 
2. O potencial chega ao nó atrioventricular 
(AV). No nó AV o potencial desacelera 
como resultado de várias diferenças na 
estrutura celular do nó. 
3. A partir do nó AV, o potencial de ação 
entra no fascículo atrioventricular (AV). 
esse fascículo é o local em que os 
potenciais de ação podem ser conduzidos 
dos átrios para os ventrículos 
4. Depois da propagação pelo fascículo AV, o 
potencial de ação entra nos ramos direito 
e esquerdo. Os ramos se estendem ao 
longo do septo interventricular em direção 
ao ápice do coração. 
5. Por fim, os ramos subendocárdicos 
calibrosos (fibras de Purkinje) conduzem 
rapidamente o potencial de ação, 
começando no ápice do coração e subindo 
em direção ao restante do miocárdio 
ventricular. Em seguida, os ventrículos se 
contraem, deslocando o sangue para cima 
em direção às válvulas semilunares 
Correlação clínica – marca-passos artificiais 
Se houver comprometimento do nó SA, o nó 
AV mais lento pode assumir a tarefa de marca-
passo. Sua frequência de estimulação 
espontânea é de 40 a 60 vezes por minuto. 
Se a atividade de ambos os nós estiver 
suprimida, o batimento cardíaco ainda pode ser 
mantido por fibras autorrítmicas dos 
ventrículos – o fascículo AV, um dos ramos, 
ou os ramos subendocárdios. No entanto, a 
frequência de estimulação é tão lenta (20 a 35 
bpm) que o fluxo sanguíneo para o encéfalo é 
inadequado. Quando esta condição ocorre, o 
ritmo cardíaco normal pode ser restaurado e 
mantido pela implantação cirúrgica de um 
marca-passo artificial, um aparelho que envia 
pequenas correntes elétricas para estimular o 
coração a se contrair. O marca-passo consiste 
em uma bateria e um gerador de impulso, e 
habitualmente é implantado sob a pele logo 
abaixo da clavícula. O marca-passo é 
conectado a um ou dois condutores flexíveis 
(fios), que são inseridos até a veia cava 
superior e, em seguida, passados até as 
câmaras do coração. Muitos dos marca-passosmais modernos, chamados de marcapassos de 
demanda, aceleram automaticamente os 
batimentos cardíacos durante o exercício. 
 
 
1. Despolarização: ao contrário das fibras 
autorrítmicas, as fibras contráteis têm um 
potencial de repouso estável, que é de 
cerca de 90 mV. Quando uma fibra contrátil 
alcança seu limiar por um potencial de ação 
de fibras vizinhas, seus canais de Na+ 
acionados por voltagem se abrem. Estes 
canais de íons sódio são chamados de 
“rápidos” porque se abrem muito 
rapidamente em resposta a despolarização 
no nível do limiar. A abertura destes canais 
possibilita a entrada de Na+, porque o 
citosol das fibras contráteis é eletricamente 
mais negativo do que o líquido intersticial e 
a concentração de Na+ é mais elevada no 
líquido intersticial. O influxo de Na+ abaixo 
do gradiente eletroquímico produz 
despolarização rápida. Em alguns 
milissegundos, os rápidos canais de Na+ se 
inativam automaticamente e o influxo de 
Na+ diminui. 
2. Platô. A próxima fase de um potencial de 
ação em uma fibra contrátil é o platô, um 
período de despolarização mantida. É em 
parte decorrente da abertura dos lentos 
canais de Ca2+ acionados por voltagem do 
sarcolema. Quando estes canais se abrem, 
os íons cálcio se movem do líquido 
intersticial O aumento da concentração de 
Ca2+ no citosol por fim provoca a 
contração. Vários tipos diferentes de canais 
de K+ acionados por voltagem também 
são encontrados no sarcolema de uma 
fibra contrátil. Pouco antes da fase de platô 
começar, alguns desses canais de K+ se 
abrem, possibilitando que os íons potássio 
saiam da fibra contrátil. Por isso, a 
despolarização é sustentada durante a fase 
de platô porque o influxo de Ca2+ equilibra 
a saída de K+. A fase de platô dura cerca 
de 0,25 s, e o potencial de membrana da 
fibra contrátil está próximo de 0 mV. Para 
comparação, a despolarização em um 
neurônio ou de fibra muscular esquelética 
é muito mais breve, de cerca de 1 ms (0,001 
s), porque falta uma fase de platô. 
3. Repolarização. A recuperação do potencial 
de repouso durante a fase de 
repolarização de um potencial de ação 
cardíaco lembra o de outras células 
excitáveis. Após um atraso (que é 
particularmente prolongado no músculo 
cardíaco), canais de K+ acionados por 
voltagem adicionais se abrem. O influxo de 
K+ restaura o potencial de repouso 
negativo (–90 mV). Ao mesmo tempo, os 
canais de cálcio do sarcolema e do retículo 
sarcoplasmático estão se fechando, o que 
também contribui para a repolarização. 
 
 
 
 
 
 
O musculo cardíaco produz pouco do ATP 
que precisa por respiração celular anaeróbica. 
Em vez disso, depende quase que 
exclusivamente da respiração celular aeróbica 
em suas diversas mitocôndrias. O oxigênio 
necessário se difunde do sangue da circulação 
coronariana e é liberado da mioglobina para as 
fibras musculares cardíacas. As fibras 
musculares cardíacas usam vários 
combustíveis para potencializar a produção de 
ATP mitocondrial. Em uma pessoa em 
repouso, o ATP do coração vem 
principalmente da oxidação de ácidos graxos 
(60%) e glicose (35%), com menores 
contribuições do ácido láctico, aminoácidos e 
corpos cetônicos. Durante o exercício, o uso 
do ácido láctico – produzido pela contração 
ativa dos músculos esqueléticos – pelo 
coração aumenta. 
Em cada ciclo cardíaco, os átrios e ventrículos 
se contraem e relaxam alternadamente. 
Enquanto uma câmara do coração se contrai, 
a pressão arterial dentro dela aumenta 
Sístole atrial 
Durante a sístole atrial, que dura cerca de 0,1 s, 
os átrios estão se contraindo. Ao mesmo 
tempo, os ventrículos estão relaxados. 
Sístole ventricular 
Durante a sístole ventricular, que dura cerca 
de 0,3 s, os ventrículos se contraem. Ao 
mesmo tempo, os átrios estão relaxados na 
diástole atrial. 
Período de relaxamento 
Durante o período de relaxamento, que dura 
cerca de 0,4 s, os átrios e os ventrículos estão 
relaxados. Conforme aumenta a frequência 
cardíaca, o período de relaxamento torna-se 
cada vez mais curto, enquanto a duração da 
sístole atrial e da sístole ventricular se encurta 
apenas discretamente 
 
 
A ausculta, o ato de ouvir sons do corpo, 
geralmente é feita com um estetoscópio. O 
som dos batimentos cardíacos é decorrente 
principalmente da turbulência do sangue 
causada pelo fechamento das valvas cardíacas. 
O fluxo tranquilo do sangue é silencioso. 
Compare os sons de corredeiras ou de uma 
cachoeira com o silêncio de um rio que flui 
lentamente. Durante cada ciclo cardíaco, 
existem quatro bulhas cardíacas, mas em um 
coração normal apenas a primeira e a segunda 
bulhas cardíacas (B1 e B2) são auscultadas com 
um estetoscópio. 
 
Correlação clínica – sopros cardíacos 
As bulhas cardíacas fornecem informações 
valiosas sobre o funcionamento mecânico do 
coração. Um sopro cardíaco é um som 
anormal que é auscultado antes, durante ou 
depois das bulhas cardíacas normais, ou que 
pode mascarar as bulhas cardíacas normais. Os 
sopros cardíacos em crianças são 
extremamente comuns e, geralmente, não 
representam um problema de saúde. São mais 
frequentemente detectados em crianças 
entre os 2 e 4 anos de idade. Estes tipos de 
sopros cardíacos são chamados de sopros 
cardíacos inocentes ou funcionais; muitas 
vezes, diminuem ou desaparecem com o 
crescimento. Embora alguns sopros cardíacos 
em adultos sejam inocentes, com frequência 
um sopro no adulto indica um distúrbio valvar. 
Quando uma valva cardíaca apresenta 
estenose, o sopro cardíaco é auscultado 
quando ela deveria estar totalmente aberta, 
mas não está. Por exemplo, a estenose 
atrioventricular esquerda produz um sopro 
durante o período de relaxamento, entre B2 
e a B1 seguinte. Uma valva cardíaca 
incompetente, em contrapartida, causa o 
aparecimento de um sopro quando a valva 
deveria estar totalmente fechada, mas não 
está. Então, um sopro decorrente de 
incompetência da valva atrioventricular 
esquerda ocorre durante a sístole ventricular, 
entre B1 e B2. 
 
O débito cardíaco (DC) é o volume de sangue 
ejetado por minuto pelo ventrículo esquerdo 
para a aorta (ou pelo ventrículo direito para o 
tronco pulmonar). É calculado do seguinte 
modo: DC (mℓ/min) = volume sistólico (VS) em 
mℓ/batimento × frequência cardíaca (FC) em 
batimentos/min. 
O volume sistólico (VS) é o volume de sangue 
ejetado por um ventrículo durante cada sístole. 
A reserva cardíaca é a diferença entre o DC 
máximo de uma pessoa e seu DC em repouso. 
O volume sistólico está relacionado com a pré-
carga (estiramento do coração antes de ele se 
contrair), contratilidade (vigor da contração) e 
póscarga (pressão que precisa ser 
sobrepujada antes que a ejeção ventricular 
possa ter início). 
De acordo com a lei de FrankStarling do 
coração, uma pré-carga maior (volume 
diastólico final) distendendo as fibras 
musculares cardíacas pouco antes da 
contração aumenta a sua força de contração 
até que o alongamento se torne excessivo. 
 
O controle nervoso do sistema circulatório se 
origina no centro cardiovascular localizado no 
bulbo. Os impulsos simpáticos aumentam a 
frequência cardíaca e a força de contração; os 
impulsos parassimpáticos diminuem a 
frequência cardíaca. 
A frequência cardíaca é afetada por hormônios 
(epinefrina, norepinefrina, hormônios da 
tireoide), íons (Na+, K+, Ca2+), idade, sexo, 
condicionamento cardiorrespiratório e 
temperatura corporal. 
A prática persistente de exercícios físicos 
aumenta a demanda de oxigênio dos músculos. 
Entre os benefícios do exercício aeróbico 
estão o aumento do débito cardíaco, a 
diminuição da pressão arterial, o controle do 
peso e o aumento da atividade fibrinolítica. 
O transplante cardíaco consiste na substituição 
de um coração com lesões graves por um 
coração saudável. Os procedimentos e 
dispositivos de assistência cardíaca incluem o 
balão intra-aórtico, o dispositivo de assistência 
ventricular, a miocardioplastiae um dispositivo 
de assistência utilizando músculo esquelético. 
O coração se desenvolve a partir da 
mesoderme. Os tubos endocárdicos evoluem 
para o coração de quatro câmaras e os 
grandes vasos do coração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras Anatômicas retiradas do atlas

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