Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROVA DE BIOQUÍMICA • LIPÍDIO • CARBOIDRATO • INTRODUÇÃO AO METABOLISMO • METABOLISMO DE PROTEÍNA • METABOLISMO DE CARBOIDRATO LIPÍDIO ❖ FUNÇÕES: - Armazenamento de energia - Estrutura de membranas biológicas - Co-fatores e transportadores enzimáticos - Transportadores de elétrons - Pigmentos que absorvem radiações - Hormônios e mensageiros intracelulares - Controle térmico ❖ ESTRUTURA DAS MEMBRANAS: - Parte externa: hidrofílico e polar - Parte interna: hidrofóbico e apolar OBS: A maioria dos lípidios é derivado ou possui na sua estrutura ÁCIDOS GRAXOS ÁCIDOS GRAXOS - São ácidos orgânicos monocarboxílicos - Apresenta extensa cadeia carbônica (4 a 36 C) - Pode ser saturada (não contém duplas ligações) ou insaturada (uma ou mais duplas ligações) - São insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos OBS: o ácido graxo possui uma cadeia hidrocarbonada e uma cadeia com ácido carboxílico ❖ TIPOS: - SATURADA: somente ligação simples - INSATURADA: dupla ligação ou tripla entre os carbonos ❖ NOMENCLATURA DE ÁCIDOS GRAXOS os AG tem seus carbonos numerados de 2 formas: 1. A partir da carboxila: Numeração Delta - " " 2.A partir do grupamento metil terminal: Numeração Ômega - “ " SATURADOS - Não possuem duplas ligações - São geralmente sólidos (gordura animal) - O ponto de fusão aumenta com o comprimento da cadeia - São moléculas flexíveis INSATURADOS - Possuem duplas ligações - São geralmente óleos (origem vegetal) - O ponto de fusão diminui com a insaturação da cadeia - São moléculas menos flexíveis ❖ ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS • homem é capaz de sintetizar AG saturados e monoinsaturados; • Os AG poliinsaturados, no entanto, principalmente os das classes -6 (família do ácido linoléico) e - 3 (família do ácido linolênico) devem ser obtidos da dieta; • são precursores dos eicosanóides. EICOSANÓIDES • derivados dos AG que atuam no tecido onde são produzidos; • Prostaglandinas (contração da musculatura lisa, indução da febre, provocam inflamação) • Tromboxanas (formação dos trombos sanguíneos) • Leucotrienos (contração da musculatura que pavimenta as vias aéreas →ASMA) ❖ CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS - SIMPLES: Ácido graxo + Álcool - COMPLEXO: Ácido graxo + Álcool + outros compostos - NÃO DERIVADO DE ÁCIDO GRAXO ❖ CLASSIFICAÇÃO - ARMAZENAMENTO: Triacilglicerol, ceras - ESTRUTURAIS: Esteróis, Fosfolipídios e Lipoproteinas TRIACILGLICEROIS São os lipídios mais simples constituídos de ácidos graxos, são também chamados de “Gordura Neutra” ou “Triglicerídeos” Os triacilgliceróis são compostos de: 3 moléculas de ácidos graxo + glicerol FUNÇÕES: - reserva de energia são armazenados nas células de tecido adiposo - isolantes mantém a temperatura do corpo em situações de baixas temperaturas externas ➢ São armazenados em forma desidratada quase pura, e fornecem por grama aproximadamente o dobro de energia fornecida por carboidratos ➢ Os triacilglicerois armazenados nos adpositos podem suprir o organismo de energia por meses. CERAS ➢ As ceras biológicas são ésteres de ácidos graxos de cadeia longa saturada e instaurada + álcool de cadeia longa. ➢ São a principal forma de armazenamento do combustível metabólico nos organismos que constituem o plancto marinho. ➢ As ceras são repelentes da água e sua consistência é firme. ➢ As ceras biológicas encontram uma grande variedade de aplicações nas indústrias farmacêuticas de cosméticos e outro ESTERÓIS ➢ São lipídios estruturais presentes nas membranas da maioria das células eucarióticas. ➢ A sua estrutura é um núcleo constituído de quatro anéis fundidos, relativamente rígido. (Ciclopentanoperidrofenantreno) ➢ São lipídios que não possuem ácidos graxos em sua estrutura; ➢ O mais importante esterol nos tecidos animais, é anfipático com um grupo polar e um corpo não polar = COLESTEROL COLESTEROL É um esteróide importante na estrutura das membranas biológicas, e atua como precursor na biossíntese dos esteroides biologicamente ativos, como os hormônios esteróides e os ácidos e sais biliares. EX DE ESTERÓIS: - testosterona - estradiol - aldosterona - cortisol COMPLEXAS - Álcool + ácido graxo + outros compostos FOSFOLIPÍDIOS Ou “Lipídios Polares”, são lipídios que contém fosfato na sua estrutura, presentes na estrutura das membranas biológicas ESFINGOLIPÍDIOS Presentes na estrutura das membranas biológicas; formados por uma molécula de ácido graxo de cadeia longa, o esfingol e uma cabeça polar alcoólica; Existem 3 subclasses de esfingolipídios: 1. Esfingomielinas: Possuem a fosfocolina ou a fosfoetanolamina como cabeça polar alcoólica 2. Cerebrosídeos: Não possuem fosfato, e sim, um açúcar simples como álcool polar – são glicoesfingolipídios ou glicolipídios 3. Gângliosídeos: Possuem estrutura complexa, com cabeças polares muito grandes formadas por várias unidades de carboidratos LIPOPROTEÍNAS São associações entre proteínas e lipídios encontradas na corrente sanguínea, e que tem como função transportar e regular o metabolismo dos lipídios no plasma A fração protéica das lipoproteínas denomina-se Apoproteína ( Apo A, B, C, D e E) São classificadas de acordo com suas densidades: Quilomícron = é a lipoproteina menos densa VLDL = Densidade muito baixa IDL = Densidade intermediária LDL = Densidade baixa HDL = Densidade alta CARBOIDRATO FUNÇÕES: - Reserva energética - Estrutural e de proteção - Lubrificação - Coesão ➢ Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, ou substâncias que liberam esses compostos por hidrólise. ➢ Fórmula empírica (CH2O)n CLASSIFICAÇÃO: QUANTO AO TAMANHO - Monossacarídeos - Oligossacarídeos - Polissacarídeos BIOQUÍMICA DOS MONOSSACARÍDEOS MONOSSACARÍDEOS - São as unidades mais simples, a partir das quais são constituídos os oligossacarídeos e polissacarídeos CARACTERÍSTICAS - Compostos sólidos - Sem cor - Cristalinos - Solúveis em água - Insolúveis em solventes não-polares - Sabor doce CLASSIFICAÇÃO - Quanto ao nº de átomos de carbono Trioses Hexoses Tetroses Heptoses Pentoses - Quanto a família Aldose Cetose - Série D e L OBS: Os monossacarídeos mais simples, tem apenas três carbonos EX: Gliceraldeido e Diidroxiacetona - centro de assimetria: centro com carbono quiral, os 4 ligantes diferentes - isômeros: 2n ALDOSE 3C: gliceraldeído 4C: eritrose 5C: ribose 6C: glicose e manose = epímeros/ galactose CETOSES 3C: diidroxiacetona 4C: eritrose 5C: ribulose 6C: frutose ➢ A glicose e outros açucares capazes de reduzir os íons férrico ou cúprico são chamados de açucares redutores ➢ Os monossacarídios são agentes redutores, esta propriedade é útil na análise dos açucares. Ácidos derivados dos açúcares - aldônicos - urônicos - aldáricos BIOQUÍMICA DOS OLIGOSSACARÍDEOS OLIGOSSACARÍDEOS São carboidratos de cadeia curta de unidades de monossacarídeos unidas entre si (2 a 6 monossacarídeos) CLASSIFICAÇÃO Homooligossacarídeos ou Heterooligossacarídeos LIGAÇÃO GLICOSÍDICA é uma ligação covalente resultante da reação de condensação entre uma molécula de um carboidrato com um álcool, que pode ser outro carboidrato. Ex: dissacarídeo BIOQUÍMICA DOS POLISSACARÍDEOS POLISSACARÍDEOS São carboidratos de cadeia longas (ramificadas ou não) de unidades de monossacarídeos unidas entre si, de alto peso molecular (milhares de monossacarídeos), chamados também de glicanos. CLASSIFICAÇÃO Homopolissacarídeos ou Heteropolissacarídeos HOMOPOLISSACARÍDEOS IMPORTANTES Amido e Glicogênio Celulose e Quitina Reservavegetal Reserva animal Função Estrutural GLICOGÊNIO A estrutura do glicogênio é semelhante ao do amido só com uma diferença, as ramificações ocorrem entre cada 8 ou 12 resíduos CELULOSE É uma substância fibrosa, resistente e insolúvel, encontrado em todas as partes lenhosas dos tecidos vegetais é um homopolissacarídeo linear, não ramificados de 10 a 15 mil unidades de D-glicose. As ligações entre as unidades é do tipo 1→4 QUITINA N-acetil-D-glicosamina. É o principal componente do exoesqueleto duro HETEROPOLISSACARÍDEOS IMPORTANTES GLICOSAMINOGLICANO E PROTEOGLICANO O espaço extracelular dos tecidos animais é preenchido com um material gelificado chamado de matriz extracelular ou substância fundamental = REDE DE HETEROPOLISSACARÍDEOS + PROTEINAS FIBROSA GLICOSAMINOGLICANO Polímero linear composto por unidades repetidas de dissacarídeos ➢ Um dos dois monossacarídeo é sempre ou o N-acetilglicosamina ou N-acetilgalactosamina ➢ O outro monossacarídeo usualmente é o ácido glicurônico ➢ Existem alguns glicosaminoglicano bastante conhecidos como: condroitin sulfato, queratan sulfato, heparan sulfato, dermatan sulfato, e o hialuronato ➢ Funcionam como lubrificantes nos fluidos sinoviais das juntas e humor vítreo dos olhos onde sua consistência assemelha-se a uma gelatina e estão presentes na matriz extracelular na pele e tecido conjuntivo. PROTEOGLICANO hialuronato proteína de ligação queratan sulfato condrointin sulfato condão de proteína ➢ Consistem de GAGs, ligados a uma proteína central, criando um gel hidratado, que fornece suporte mecânico à matriz extracelular. ➢ O gel formado pelos proteoglicanos, além de suporte flexível para a matriz extracelular, serve como filtro seletivo que permite a passagem de íons, água e moléculas pequenas, mas diminui a difusão de proteínas e o movimento das células. ➢ Os proteoglicanos ocupam grande espaço na matriz extracelular por conta das cargas negativas dos GAGs e atuam seletivamente determinando o que entra ou sai das células. Fornecem elasticidade e flexibilidade, permitindo que ocorra compressão e reexpansão das moléculas INTRODUÇÃO A METABOLISMO Principais nutrientes orgânicos da dieta: Carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas METABOLISMO CELULAR Os processos físicos e químicos realizados pelas células vivas envolvem a extração, a canalização e o consumo de energia. Os processos químicos celulares são organizados em forma de uma rede de reações enzimáticas interligadas, nas quais, as biomoléculas são quebradas e sintetizadas com a geração e gasto de energia - vias metabólicas. Vias Metabólicas 1. ANABOLISMO São processos endergônicos que necessitam de fornecimento de energia 2. CATABOLISMO São processos exergônicos que libera energia O CATABOLISMO ocorre em três estágios: 1º ESTÁGIO As moléculas nutrientes complexas (proteínas, carboidratos e lipídeos) são quebradas em unidades menores: aminoácidos, monossacarídeos e ácidos graxos, respectivamente e são absorvidos no intestino. Os produtos da absorção são transformados em unidades simples como a Acetil-CoA (acetil coenzima A). Acetil-CoA: Produto da quebra das biomoléculas 2º ESTÁGIO A acetil-CoA perde hidrogênios para duas coenzimas NAD e FAD que serão transformadas em NADH e FADH2 (ciclo de Krebs) 3º ESTÁGIO As coenzimas transferem os hidrogênios para o oxigênio através da cadeia mitocondrial transportadora de elétrons (cadeia respiratória), produzindo ÁGUA e ATP, obtendo-se o máximo de energia possível devido a presença do oxigênio dentro da célula. Fontes primárias de energia: Trifosfato de Adenosina (ATP) e Fosfocreatina (PCr) ATP – Trifosfato de adenosina É a forma que temos de armazenar energia em nosso organismo e também a forma que temos de fornecer energia para o nosso organismo. Fosfocreatina (PCr) A fosfocreatina é um reservatório temporário de energia, que o músculo esquelético utiliza de maneira rápida nos primeiros minutos que antecede a ativação da glicogenólise. METABOLISMO DE PROTEÍNA – CICLO DA URÉIA Oxidação dos Aminoácidos e Produção de Uréia Degradação oxidativa dos aa: ➢ renovação de proteínas celulares ➢ ingestão excessiva de proteínas ➢ jejum severo ➢ diabetes melito AMINOÁCIDOS - Proteínas da alimentação - Proteínas intracelulares - NH4+: biossíntese de aa., nucleotídeos e aminas biológicas e excreção - α -cetoácidos: ciclo do ác úrico, glicose, gliconeogênese, respiração Catabolismo dos grupos amino no fígado Apenas no fígado, o grupamento amino de fato será transformado em amônia, regenerando o transportador. Isto ocorre na mitocôndria, onde a amônia produzida será utilizada sem causar danos ao organismo. Parte da amônia assim gerada é reciclada e empregada em uma grande variedade de processos biossintéticos, mas também o fígado faz a conversão na forma apropriada de excreção. Na verdade, o glutamato pode receber mais um grupamento amino – passando então duas vezes por cada fase – convertendo-se em glutamina, que, na função de transporte pelo organismo, supera o glutamato. Reação de Transaminação (aminotransferase) A transaminação é uma reação caracterizada pela transferência de um grupo amina de um aminoácido para um cetoácido, para formar um novo aminoácido e um novo ácido α-cetônico. As enzimas são chamadas de transaminases ou de aminotransferases. Papel das aminotransferases no diagnóstico de lesões teciduais Como as concentrações relativas das enzimas variam consideravelmente em diferentes tecidos, é possível, pelo menos em parte, identificar a origem de algumas enzimas. Por exemplo, apesar das enzimas transaminases ALT (TGP) e AST (TGO) serem igualmente abundantes no tecido hepático, a AST (TGO) apresenta concentração 20 vezes maior que a ALT (TGP) no músculo cardíaco. A determinação simultânea das duas enzimas fornece uma clara indicação da provável localização da lesão tecidual. A especificidade enzimática pode também ser aumentada pela análise das formas isoenzimáticas de algumas enzimas como na lactato desidrogenase. As enzimas aspartato aminotransferase, AST (transaminase glutâmico-oxalacética, TGO) e alanina aminotransferase, ALT (transaminaseglutâmica-pinúvica, TGP) catalisam a transferência reversível dos grupos amino de um aminoácido para o α-cetoglutarato, formando cetoácido e ácido glutâmico. Estas reações requerem piridoxal fosfato como coenzima: Aspartato + α-cetoglutarato clip_image002 oxalacetato + ácido glutâmico Alanina + α-cetoglutarato clip_image002[4] piruvato + ácido glutâmico As reações catalisadas pelas aminotransferases (transaminases) exercem papéis centrais tanto na síntese como na degradação de aminoácidos. Além disso, como estas reações envolvem a interconversão dos aminoácidos a piruvato ou ácidos dicarboxílicos, atuam como uma ponte entre o metabolismo dos aminoácidos e carboidratos. As aminotransferases estão amplamente distribuídas nos tecidos humanos. As atividades mais elevadas de AST (TGO) encontram-se no miocárdio, fígado, músculo esquelético, com pequens quantidades nos rins, pâncreas, baço, cérebro, pulmões e eritrócitos. O TGO é uma enzima encontrada em altas concentrações no músculo cardíaco, músculos esqueléticos, hepatócitos e em menor escala no pâncreas e rins. A dosagem de TGO sérico está limitada, atualmente, ao estudo das hepatopatias. Aumento de TGO é encontrado nas hepatites virais agudas ou crônicas, hepatite por drogas, cirrose alcoólica, hemocromatose, icterícias hemolíticas e nos tumores primitivos ou metastáticos do fígado. O TGP é encontrada predominantemente no hepatócito, sendo de localização citoplasmática. Agressões ao hepatócito (vírus, medicamentos, toxinas) levam a liberação de TGP. Os níveismais elevados de TGP sérico são encontrados nas hepatites virais agudas, podendo os mesmos atingir a milhares de U.I./L. Não existe paralelismo entre o nível sérico de TGP e gravidade da lesão. FORMAS DE EXCREÇÃO DO N DOS GRUPOS AMINO NOS ANIMAIS Os animais amoniotélicos (peixes ósseos e girinos) excretam o nitrogênio do grupo amino através de suas guelras como amônia, obtida pela hidrólise da glutamina. Os animais ureotélicos (a maioria dos animais terrestres) excretam o nitrogênio do grupo amino como ureia. A ureia é formada no fígado pelo ciclo da ureia, tem disponibilidade media de água Os animais uricotélicos (pássaros e répteis) excretam o nitrogênio do grupo amino numa forma semi-sólida, como ácido úrico, um derivado das purinas. A formação da ureia, não-tóxica, e do ácido úrico, sólido, tem um alto gasto de energia metabólica, consumindo moléculas de adenosina trifosfato (ATP). PRODUÇÃO DE URÉIA/ CICLO DA URÉIA ➢ Realizada no fígado ➢ Converte a amônia produzida pela desaminação dos aminoácidos em uréia. ➢ Amônia é uma substância tóxica e quando em grandes concentrações na circulação, causam alterações neurológicas associada com letargia, retardo mental, edema cerebral e visão borrada. ➢ Carbamil fosfato entra no ciclo da uréia ➢ A citrulina é liberada da mitocôndria para o citosol. ➢ Regeneração da ornitina que pode, agora, ser transportada para a mitocôndria para iniciar outra volta do ciclo da uréia. TRANSPORTE DE AMÔNIA ➢ Fígado: amônia produz uréia – ciclo da uréia ➢ Rins: Glutamina libera duas moléculas de amônia ➢ Transporte de amônia para o fígado e rins como glutamina DEGRADAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS ➢ Degradados à produtos mais simples ➢ Retirada do nitrogênio ➢ Cadeia carbônica reutilizada para fins energéticos ETAPAS DE DEGRADAÇÃO ➢ Transaminação – transferência do grupamento amino de um aminoácido para um cetoácido por ação de transaminases ➢ Desaminação: retirada do grupamento amino pelas desaminases e produção de amônia ➢ Ciclo da uréia (fígado): conversão da amônia em uréia DESAMINAÇÃO ➢ Processo pelo qual ocorre a retirada do grupamento amino dos aminoácidos com formação de amônia e cetoácido. ➢ Realizada pelas enzimas desidrogenases, utilizandoNcomo co-fator NADP METABOLISMO DE CARBOIDRATO GLICÊMIA Quantidade de glicose encontrada no sangue HOMEOSTASE GLICÊMICA Equilíbrio dos níveis normais de glicose no sangue Valores Normais: 70 – 99 mg/Dl Regulação Glicêmica Apesar dos longos intervalos entre refeições ou do consumo ocasional de refeições com uma carga pesada de carboidratos (por exemplo, metade de um bolo de aniversário ou um pacote inteiro de batatas fritas), o nível glicêmico em humanos normalmente fica dentro de uma faixa estreita de valores. Na maioria das pessoas, os valores variam de 70 mg/dL a talvez 110 mg/dL (3,9- 6,1 mmol/L), exceto bem logo após de se alimentar, quando ocorre um aumento temporário da glicemia. Em homens adultos saudáveis de cerca de 75 kg e com um volume de sangue de 5 L, um nível glicêmico de 100 mg/dL ou 5,5 mmol/L corresponde a aproximadamente 5 g de glicose no sangue e aproximadamente 45 g na água total do organismo (neste caso, a água representa muito mais do que apenas sangue, já que o corpo humano é feito de 60% de água, em peso). Este efeito homeostático é resultado de vários fatores, sendo o mais importante a regulagem hormonal. Existem dois grupos de hormônios metabólicos de efeitos antagônicos que afetam o nível de glicose sangüíneo: hormônios catabólicos, por exemplo o glucagon, o hormônio do crescimento e as catecolaminas, que aumentam a glicemia, e; hormônios anabólicos - insulina -, que reduzem a glicemia. ➢ A glicose entra nas células beta pelo transportador de glicose GLUT2 ➢ A glicose passa por glicólise e pelo ciclo respiratório, onde são produzidas moléculas de ATP de alta energia por reações bioquímicas de oxidação ➢ Por ser dependente de ATP, que por sua vez originou-se de glicose proveniente do sangue, os canais de potássio controlados por ATP fecham-se e a membrana celular despolariza-se ➢ Sob despolarização, os canais de cálcio (Ca2+) controlados por voltagem elétrica abrem-se e os íons de cálcio fluem para dentro das células ➢ O aumento do nível de cálcio ocasiona a ativação da fosfolipase C, que corta o fosfolipídeo da membrana fosfatidil inositol 4,5-bifosfato em 1,4,5-trifosfato e diacilglicerol ➢ O inositol 4,5-bifosfato liga-se às proteínas receptoras no retículo endoplasmático. Isto aumenta ainda mais a concentração de cálcio no interior da célula ➢ O aumento significativo de cálcio na célula produz a liberação de insulina previamente sintetizada, que tinha sido armazenada em vesículas secretoras ➢ O nível de cálcio também controla a expressão do gene de insulina via proteína Ligante de Elemento Responsivo a Cálcio Em uma situação de jejum, com concentrações de glicose sanguínea entre 80 e 90 mg/dl, a liberação de insulina pelo pâncreas ocorre numa taxa basal de cerca de 25 ng/min/kg de peso corporal. Se aumentarem os níveis de glicose no sangue em duas ou três vezes do normal, a liberação de insulina pelo pâncreas terá um aumento acentuado, podendo chegar a taxas de aproximadamente 250 ng/min/kg de peso corporal. A concentração plasmática de insulina aumenta por quase 10 vezes dentro de 3 a 5 minutos após elevação aguda do nível de glicose. Esse aumento resulta da liberação imediata de insulina estocada no pâncreas. O "desligamento" da secreção de insulina ocorre de maneira rápida, levando de 3 a 5 minutos após a redução do nível da glicemia para os valores de jejum. O mecanismo de feedback criado em resposta à secreção da insulina tem papel importante para a regulação do nível da glicemia. Assim, uma elevação nesse nível aumenta a secreção de insulina, que, por sua vez, aumenta o transporte de glicose para o fígado, para o músculo e para as outras células, reduzindo, dessa forma, o nível da glicemia ao seu valor normal, acarretando em uma redução da liberação de insulina pelo pâncreas. A insulina, através de sua ação estimulatória sobre a captação de glicose pelas células, promove a utilização dos carboidratos para obtenção de energia, enquanto deprime a utilização de gorduras (ácidos graxos). Baixas concentrações de glicose no sangue provocam a liberação do hormônio glucagon, o qual acelera a liberação da glicose a partir do glicogênio no fígado (glicogenólise) e altera o metabolismo dos combustíveis tanto no fígado, quanto nos músculos. Neste sentido, esta alteração no metabolismo estimula a oxidação dos ácidos graxos, economizando, assim, a glicose, para que possa ser usada pelo cérebro. Durante o jejum prolongado, os triacilgliceróis tornam-se o combustível principal; o fígado converte os ácidos graxos em corpos cetônicos para exportá-los para outros tecidos, inclusive para o cérebro. GLUT-1 encontrado em todas as células do organismo humano, sendo responsável por um baixo nível de captação de glicose, que é necessária para sustentar o processo de geração de energia, não mediada pela insulina. GLUT-2 célula beta das ilhotas para sinalização e percepção dos valores sanguíneos de glicose e consequente liberação da insulina. GLUT-3 está envolvido na captação não mediada pela insulina da glicose no cérebro GLUT-4 é responsável pela captação de glicose estimulada pela insulina nos músculos e tecido adiposo A hiperglicemia está presente nos casos de diabetes mellitus, onde são frequentes retinopatias, lesões renais, neuropatias e aterosclerose. Classificado em diabetes mellitus insulino dependente, insulino não dependente e diabetes mellitus associado à certas condições Valore considerado sugestivo ➢140 mg/dL (jejumde 12 horas) x 2 Nas hipoglicemias, os níveis glicêmicos que levam às suas manifestações são extremamente variáveis. As manifestações podem ocorrer no jejum ou pósprandial. A hipoglicemia de jejum ocorre no insulinoma, tumores não pancreáticos, doenças hepáticas, hipoadrenalinismo, hipopituitarismo, enfermidade do armazenamento do glicogênio. CAMINHOS DA GLICOSE CATABOLISMO ANABOLISMO Gerar energia (ATP) Glicogênio GLICÓLISE Gordura A glicólise é a via central do catabolismo da glicose em uma seqüência de dez reações enzimáticas que ocorrem no citoplasmas de todas as células humanas. Cada molécula de glicose é convertida em duas moléculas de piruvato, cada uma com três átomos de carbonos em processo no qual vários átomos de carbono são oxidados. Parte da energia livre liberada da glicose é conservada na forma de ATP e de NADH+H. Cooperação metabólica entre músculo esquelético e fígado Músculos extremamente ativos usam glicogênio como fonte de energia, gerando lactato via glicólise. Este lactato é transportado para o fígado e usado para sintetizar glicose pela gliconeogênese. Esta glicose é liberada no sangue e retornada ao músculo para seus estoques de glicogênio.
Compartilhar