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Lipídios: Estrutura e Funções

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PROVA DE BIOQUÍMICA 
 
• LIPÍDIO 
• CARBOIDRATO 
• INTRODUÇÃO AO METABOLISMO 
• METABOLISMO DE PROTEÍNA 
• METABOLISMO DE CARBOIDRATO 
 
LIPÍDIO 
❖ FUNÇÕES: 
- Armazenamento de energia 
- Estrutura de membranas biológicas 
- Co-fatores e transportadores enzimáticos 
- Transportadores de elétrons 
- Pigmentos que absorvem radiações 
- Hormônios e mensageiros intracelulares 
- Controle térmico 
 
❖ ESTRUTURA DAS MEMBRANAS: 
 
- Parte externa: hidrofílico e polar 
- Parte interna: hidrofóbico e apolar 
 
OBS: A maioria dos lípidios é derivado ou possui 
na sua estrutura ÁCIDOS GRAXOS 
 
ÁCIDOS GRAXOS 
 
- São ácidos orgânicos monocarboxílicos 
- Apresenta extensa cadeia carbônica (4 a 36 C) 
- Pode ser saturada (não contém duplas ligações) 
ou insaturada (uma ou mais duplas ligações) 
- São insolúveis em água e solúveis em solventes 
orgânicos 
 
OBS: o ácido graxo possui uma cadeia 
hidrocarbonada e uma cadeia com ácido 
carboxílico 
 
❖ TIPOS: 
- SATURADA: somente ligação simples 
- INSATURADA: dupla ligação ou tripla 
entre os carbonos 
 
 
 
❖ NOMENCLATURA DE ÁCIDOS GRAXOS 
os AG tem seus carbonos numerados de 2 formas: 
1. A partir da carboxila: Numeração Delta - "  " 
2.A partir do grupamento metil terminal: Numeração 
Ômega - “ " 
SATURADOS 
- Não possuem duplas ligações 
- São geralmente sólidos (gordura animal) 
- O ponto de fusão aumenta com o comprimento da 
cadeia 
- São moléculas flexíveis 
 
INSATURADOS 
- Possuem duplas ligações 
- São geralmente óleos (origem vegetal) 
- O ponto de fusão diminui com a insaturação da cadeia 
- São moléculas menos flexíveis 
 
 
 
 
❖ ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS 
 
• homem é capaz de sintetizar AG saturados 
e monoinsaturados; 
• Os AG poliinsaturados, no entanto, 
principalmente os das classes -6 (família 
do ácido linoléico) e - 3 (família do ácido 
linolênico) devem ser obtidos da dieta; 
• são precursores dos eicosanóides. 
EICOSANÓIDES 
• derivados dos AG que atuam no tecido 
onde são produzidos; 
• Prostaglandinas (contração da musculatura 
lisa, indução da febre, provocam 
inflamação) 
• Tromboxanas (formação dos trombos 
sanguíneos) 
• Leucotrienos (contração da musculatura 
que pavimenta as vias aéreas →ASMA) 
 
❖ CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS 
- SIMPLES: Ácido graxo + Álcool 
- COMPLEXO: Ácido graxo + Álcool + outros 
compostos 
- NÃO DERIVADO DE ÁCIDO GRAXO 
❖ CLASSIFICAÇÃO 
- ARMAZENAMENTO: Triacilglicerol, ceras 
- ESTRUTURAIS: Esteróis, Fosfolipídios e 
Lipoproteinas 
TRIACILGLICEROIS 
São os lipídios mais simples constituídos de 
ácidos graxos, são também chamados de 
“Gordura Neutra” ou “Triglicerídeos” 
 
Os triacilgliceróis são compostos de: 
3 moléculas de ácidos graxo + glicerol 
 
FUNÇÕES: 
- reserva de energia 
são armazenados nas células de tecido adiposo 
 
- isolantes 
mantém a temperatura do corpo em situações 
de baixas temperaturas externas 
 
➢ São armazenados em forma desidratada 
quase pura, e fornecem por grama 
aproximadamente o dobro de energia 
fornecida por carboidratos 
➢ Os triacilglicerois armazenados nos adpositos 
podem suprir o organismo de energia por 
meses. 
 
 
 
 
CERAS 
 
➢ As ceras biológicas são ésteres de ácidos graxos 
de cadeia longa saturada e instaurada + álcool de 
cadeia longa. 
➢ São a principal forma de armazenamento do 
combustível metabólico nos organismos que 
constituem o plancto marinho. 
➢ As ceras são repelentes da água e sua consistência 
é firme. 
➢ As ceras biológicas encontram uma grande 
variedade de aplicações nas indústrias 
farmacêuticas de cosméticos e outro 
 
ESTERÓIS 
 
➢ São lipídios estruturais presentes nas membranas 
da maioria das células eucarióticas. 
➢ A sua estrutura é um núcleo constituído de quatro 
anéis fundidos, relativamente rígido. 
(Ciclopentanoperidrofenantreno) 
➢ São lipídios que não possuem ácidos graxos em 
sua estrutura; 
➢ O mais importante esterol nos tecidos animais, é 
anfipático com um grupo polar e um corpo não polar 
= COLESTEROL 
 
COLESTEROL 
 
É um esteróide importante na estrutura das 
membranas biológicas, e atua como precursor na 
biossíntese dos esteroides biologicamente ativos, 
como os hormônios esteróides e os ácidos e sais 
biliares. 
 
EX DE ESTERÓIS: 
 
- testosterona 
- estradiol 
- aldosterona 
- cortisol 
 
COMPLEXAS - Álcool + ácido graxo + outros 
compostos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOSFOLIPÍDIOS 
 
Ou “Lipídios Polares”, são lipídios que contém 
fosfato na sua estrutura, presentes na estrutura 
das membranas biológicas 
 
ESFINGOLIPÍDIOS 
 
Presentes na estrutura das membranas 
biológicas; formados por uma molécula de ácido 
graxo de cadeia longa, o esfingol e uma cabeça 
polar alcoólica; 
 
Existem 3 subclasses de esfingolipídios: 
 
1. Esfingomielinas: Possuem a fosfocolina ou a 
fosfoetanolamina como cabeça polar alcoólica 
 
2. Cerebrosídeos: Não possuem fosfato, e sim, 
um açúcar simples como álcool polar – são 
glicoesfingolipídios ou glicolipídios 
 
3. Gângliosídeos: Possuem estrutura complexa, 
com cabeças polares muito grandes formadas 
por várias unidades de carboidratos 
 
LIPOPROTEÍNAS 
 
São associações entre proteínas e lipídios 
encontradas na corrente sanguínea, e que tem 
como função transportar e regular o 
metabolismo dos lipídios no plasma A fração 
protéica das lipoproteínas denomina-se 
Apoproteína ( Apo A, B, C, D e E) 
 
São classificadas de acordo com suas 
densidades: 
 
Quilomícron = é a lipoproteina menos densa 
VLDL = Densidade muito baixa 
IDL = Densidade intermediária 
LDL = Densidade baixa 
HDL = Densidade alta 
 
CARBOIDRATO 
FUNÇÕES: 
- Reserva energética 
- Estrutural e de proteção 
- Lubrificação 
- Coesão 
 
➢ Os carboidratos são poliidroxialdeídos ou 
poliidroxicetonas, ou substâncias que liberam 
esses compostos por hidrólise. 
 
➢ Fórmula empírica (CH2O)n 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
QUANTO AO TAMANHO 
 
- Monossacarídeos 
- Oligossacarídeos 
- Polissacarídeos 
 
 
 
 
 
BIOQUÍMICA DOS MONOSSACARÍDEOS 
 
MONOSSACARÍDEOS 
 
- São as unidades mais simples, a partir das quais são 
constituídos os oligossacarídeos e polissacarídeos 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
- Compostos sólidos 
- Sem cor 
- Cristalinos 
- Solúveis em água 
- Insolúveis em solventes não-polares 
- Sabor doce 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
- Quanto ao nº de átomos de carbono 
 
Trioses 
Hexoses 
Tetroses 
Heptoses 
Pentoses 
 
- Quanto a família 
 
Aldose 
Cetose 
 
- Série D e L 
 
OBS: Os monossacarídeos mais simples, tem apenas 
três carbonos 
 
EX: Gliceraldeido e Diidroxiacetona 
 
- centro de assimetria: centro com carbono quiral, os 4 
ligantes diferentes 
 
- isômeros: 2n 
 
ALDOSE 
 
3C: gliceraldeído 
4C: eritrose 
5C: ribose 
6C: glicose e manose = epímeros/ galactose 
 
CETOSES 
 
3C: diidroxiacetona 
4C: eritrose 
5C: ribulose 
6C: frutose 
 
 
➢ A glicose e outros açucares capazes de reduzir os 
íons férrico ou cúprico são chamados de 
açucares redutores 
➢ Os monossacarídios são agentes redutores, esta 
propriedade é útil na análise dos açucares. 
 
 
 
 
 
 
Ácidos derivados dos açúcares 
 
- aldônicos 
- urônicos 
- aldáricos 
 
 
 
 
BIOQUÍMICA DOS OLIGOSSACARÍDEOS 
 
OLIGOSSACARÍDEOS 
 
São carboidratos de cadeia curta de unidades de 
monossacarídeos unidas entre si (2 a 6 
monossacarídeos) 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Homooligossacarídeos ou Heterooligossacarídeos 
 
 
LIGAÇÃO GLICOSÍDICA 
 
é uma ligação covalente resultante da reação de 
condensação entre uma molécula de um carboidrato 
com um álcool, que pode ser outro carboidrato. Ex: 
dissacarídeo 
 
BIOQUÍMICA DOS POLISSACARÍDEOS 
 
POLISSACARÍDEOS 
 
São carboidratos de cadeia longas (ramificadas ou 
não) de unidades de monossacarídeos unidas entre 
si, de alto peso molecular (milhares de 
monossacarídeos), chamados também de glicanos. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Homopolissacarídeos ou Heteropolissacarídeos 
 
HOMOPOLISSACARÍDEOS IMPORTANTES 
 
Amido e Glicogênio Celulose e Quitina 
    
Reservavegetal Reserva animal Função Estrutural 
 
GLICOGÊNIO 
A estrutura do glicogênio é semelhante ao do amido 
só com uma diferença, as ramificações ocorrem 
entre cada 8 ou 12 resíduos 
 
 
 
 
CELULOSE 
É uma substância fibrosa, resistente e insolúvel, 
encontrado em todas as partes lenhosas dos tecidos 
vegetais é um homopolissacarídeo linear, não 
ramificados de 10 a 15 mil unidades de D-glicose. As 
ligações entre as unidades é do tipo 1→4 
 
QUITINA 
N-acetil-D-glicosamina. É o principal componente do 
exoesqueleto duro 
 
HETEROPOLISSACARÍDEOS IMPORTANTES 
 
GLICOSAMINOGLICANO E PROTEOGLICANO 
 
O espaço extracelular dos tecidos animais é preenchido 
com um material gelificado chamado de matriz 
extracelular ou substância fundamental = REDE DE 
HETEROPOLISSACARÍDEOS + PROTEINAS FIBROSA 
 
GLICOSAMINOGLICANO 
Polímero linear composto por unidades repetidas de 
dissacarídeos 
 
➢ Um dos dois monossacarídeo é sempre ou 
o N-acetilglicosamina ou N-acetilgalactosamina 
 
➢ O outro monossacarídeo usualmente é o ácido 
glicurônico 
 
➢ Existem alguns glicosaminoglicano bastante 
conhecidos como: condroitin sulfato, queratan sulfato, 
heparan sulfato, dermatan sulfato, e o hialuronato 
 
➢ Funcionam como lubrificantes nos fluidos sinoviais das 
juntas e humor vítreo dos olhos onde sua consistência 
assemelha-se a uma gelatina e estão presentes na 
matriz extracelular na pele e tecido conjuntivo. 
 
PROTEOGLICANO 
 
hialuronato 
proteína de ligação 
queratan sulfato 
condrointin sulfato 
condão de proteína 
 
➢ Consistem de GAGs, ligados a uma proteína central, 
criando um gel hidratado, que fornece suporte 
mecânico à matriz extracelular. 
 
➢ O gel formado pelos proteoglicanos, além de suporte 
flexível para a matriz extracelular, serve como filtro 
seletivo que permite a passagem de íons, água e 
moléculas pequenas, mas diminui a difusão de 
proteínas e o movimento das células. 
 
➢ Os proteoglicanos ocupam grande espaço na matriz 
extracelular por conta das cargas negativas dos GAGs 
e atuam seletivamente determinando o que entra ou 
sai das células. Fornecem elasticidade e flexibilidade, 
permitindo que ocorra compressão e reexpansão das 
moléculas 
 
 
INTRODUÇÃO A METABOLISMO 
 
Principais nutrientes orgânicos da dieta: 
Carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas 
 
METABOLISMO CELULAR 
 
Os processos físicos e químicos realizados pelas 
células vivas envolvem a extração, a canalização e 
o consumo de energia. 
 
Os processos químicos celulares são organizados 
em forma de uma rede de reações enzimáticas 
interligadas, nas quais, as biomoléculas são 
quebradas e sintetizadas com a geração e gasto de 
energia - vias metabólicas. 
Vias Metabólicas 
 
1. ANABOLISMO 
São processos endergônicos que necessitam de 
fornecimento de 
energia 
 
2. CATABOLISMO 
São processos exergônicos que libera energia 
 
O CATABOLISMO ocorre em três estágios: 
 
1º ESTÁGIO 
As moléculas nutrientes complexas (proteínas, 
carboidratos e lipídeos) são quebradas em unidades 
menores: aminoácidos, monossacarídeos e ácidos 
graxos, respectivamente e são absorvidos no 
intestino. 
 
Os produtos da absorção são transformados em 
unidades simples como a Acetil-CoA (acetil 
coenzima A). 
 
Acetil-CoA: Produto da quebra das biomoléculas 
 
2º ESTÁGIO 
A acetil-CoA perde hidrogênios para duas 
coenzimas NAD e FAD que serão transformadas em 
NADH e FADH2 (ciclo de Krebs) 
 
3º ESTÁGIO 
As coenzimas transferem os hidrogênios para o 
oxigênio através da cadeia mitocondrial 
transportadora de elétrons (cadeia respiratória), 
produzindo ÁGUA e ATP, obtendo-se o máximo de 
energia possível devido a presença do oxigênio 
dentro da célula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes primárias de energia: 
Trifosfato de Adenosina (ATP) e Fosfocreatina (PCr) 
 
ATP – Trifosfato de adenosina 
É a forma que temos de armazenar energia em nosso 
organismo e também a forma que temos de fornecer 
energia para o nosso organismo. 
 
 
Fosfocreatina (PCr) 
A fosfocreatina é um reservatório temporário de energia, 
que o músculo esquelético utiliza de maneira rápida nos 
primeiros minutos que antecede a ativação da 
glicogenólise. 
 
METABOLISMO DE PROTEÍNA – CICLO DA 
URÉIA 
Oxidação dos Aminoácidos e Produção de Uréia 
Degradação oxidativa dos aa: 
➢ renovação de proteínas celulares 
➢ ingestão excessiva de proteínas 
➢ jejum severo 
➢ diabetes melito 
AMINOÁCIDOS 
 
- Proteínas da alimentação 
- Proteínas intracelulares 
- NH4+: biossíntese de aa., nucleotídeos e aminas 
biológicas e excreção 
 
- α -cetoácidos: ciclo do ác úrico, glicose, 
gliconeogênese, respiração 
 
Catabolismo dos grupos amino no fígado 
Apenas no fígado, o grupamento amino de fato será 
transformado em amônia, regenerando o 
transportador. Isto ocorre na mitocôndria, onde a 
amônia produzida será utilizada sem causar danos ao 
organismo. Parte da amônia assim gerada é reciclada 
e empregada em uma grande variedade de processos 
biossintéticos, mas também o fígado faz a conversão 
na forma apropriada de excreção. Na verdade, o 
glutamato pode receber mais um grupamento amino – 
passando então duas vezes por cada fase – 
convertendo-se em glutamina, que, na função de 
transporte pelo organismo, supera o glutamato. 
Reação de Transaminação (aminotransferase) 
 
A transaminação é uma reação caracterizada pela 
transferência de um grupo amina de um aminoácido 
para um cetoácido, para formar um novo aminoácido e 
um novo ácido α-cetônico. As enzimas são chamadas 
de transaminases ou de aminotransferases. 
 
 
 
 
 
 
 
Papel das aminotransferases no diagnóstico de 
lesões teciduais 
 
Como as concentrações relativas das enzimas 
variam consideravelmente em diferentes tecidos, é 
possível, pelo menos em parte, identificar a origem 
de algumas enzimas. Por exemplo, apesar das 
enzimas transaminases ALT (TGP) e AST (TGO) 
serem igualmente abundantes no tecido hepático, a 
AST (TGO) apresenta concentração 20 vezes maior 
que a ALT (TGP) no músculo cardíaco. A 
determinação simultânea das duas enzimas fornece 
uma clara indicação da provável localização da 
lesão tecidual. A especificidade enzimática pode 
também ser aumentada pela análise das formas 
isoenzimáticas de algumas enzimas como na lactato 
desidrogenase. 
 
As enzimas aspartato aminotransferase, AST 
(transaminase glutâmico-oxalacética, TGO) e 
alanina aminotransferase, ALT 
(transaminaseglutâmica-pinúvica, TGP) catalisam a 
transferência reversível dos grupos amino de um 
aminoácido para o α-cetoglutarato, formando 
cetoácido e ácido glutâmico. Estas reações 
requerem piridoxal fosfato como coenzima: 
 
Aspartato + α-cetoglutarato clip_image002 
oxalacetato + ácido glutâmico 
Alanina + α-cetoglutarato clip_image002[4] piruvato 
+ ácido glutâmico 
 
As reações catalisadas pelas aminotransferases 
(transaminases) exercem papéis centrais tanto na 
síntese como na degradação de aminoácidos. Além 
disso, como estas reações envolvem a 
interconversão dos aminoácidos a piruvato ou 
ácidos dicarboxílicos, atuam como uma ponte entre 
o metabolismo dos aminoácidos e carboidratos. 
 
As aminotransferases estão amplamente 
distribuídas nos tecidos humanos. As atividades 
mais elevadas de AST (TGO) encontram-se no 
miocárdio, fígado, músculo esquelético, com 
pequens quantidades nos rins, pâncreas, baço, 
cérebro, pulmões e eritrócitos. 
 
O TGO é uma enzima encontrada em altas 
concentrações no músculo cardíaco, músculos 
esqueléticos, hepatócitos e em menor escala no 
pâncreas e rins. A dosagem de TGO sérico está 
limitada, atualmente, ao estudo das hepatopatias. 
Aumento de TGO é encontrado nas hepatites virais 
agudas ou crônicas, hepatite por drogas, cirrose 
alcoólica, hemocromatose, icterícias hemolíticas e 
nos tumores primitivos ou metastáticos do fígado. 
 
O TGP é encontrada predominantemente no 
hepatócito, sendo de localização citoplasmática. 
Agressões ao hepatócito (vírus, medicamentos, 
toxinas) levam a liberação de TGP. Os níveismais 
elevados de TGP sérico são encontrados nas 
hepatites virais agudas, podendo os mesmos atingir 
a milhares de U.I./L. Não existe paralelismo entre o 
nível sérico de TGP e gravidade da lesão. 
 
 
 
 
FORMAS DE EXCREÇÃO DO N DOS GRUPOS 
AMINO NOS ANIMAIS 
 
 
Os animais amoniotélicos (peixes ósseos e girinos) 
excretam o nitrogênio do grupo amino através de suas 
guelras como amônia, obtida pela hidrólise da glutamina. 
 
Os animais ureotélicos (a maioria dos animais terrestres) 
excretam o nitrogênio do grupo amino como ureia. A 
ureia é formada no fígado pelo ciclo da ureia, tem 
disponibilidade media de água 
 
Os animais uricotélicos (pássaros e répteis) excretam o 
nitrogênio do grupo amino numa forma semi-sólida, 
como ácido úrico, um derivado das purinas. A formação 
da ureia, não-tóxica, e do ácido úrico, sólido, tem um alto 
gasto de energia metabólica, consumindo moléculas de 
adenosina trifosfato (ATP). 
 
PRODUÇÃO DE URÉIA/ CICLO DA URÉIA 
 
➢ Realizada no fígado 
➢ Converte a amônia produzida pela desaminação dos 
aminoácidos em uréia. 
➢ Amônia é uma substância tóxica e quando em 
grandes concentrações na circulação, causam 
alterações neurológicas associada com letargia, 
retardo mental, edema cerebral e visão borrada. 
➢ Carbamil fosfato entra no ciclo da uréia 
➢ A citrulina é liberada da mitocôndria para o citosol. 
➢ Regeneração da ornitina que pode, agora, ser 
transportada para a mitocôndria para iniciar outra 
volta do ciclo da uréia. 
TRANSPORTE DE AMÔNIA 
➢ Fígado: amônia produz uréia – ciclo da uréia 
➢ Rins: Glutamina libera duas moléculas de amônia 
➢ Transporte de amônia para o fígado e rins como 
glutamina 
DEGRADAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS 
➢ Degradados à produtos mais simples 
➢ Retirada do nitrogênio 
➢ Cadeia carbônica reutilizada para fins energéticos 
ETAPAS DE DEGRADAÇÃO 
➢ Transaminação – transferência do grupamento 
amino de um aminoácido para um cetoácido por 
ação de transaminases 
➢ Desaminação: retirada do grupamento amino pelas 
desaminases e produção de amônia 
➢ Ciclo da uréia (fígado): conversão da amônia em 
uréia 
 
 
 
 
DESAMINAÇÃO 
➢ Processo pelo qual ocorre a retirada do 
grupamento amino dos aminoácidos com 
formação de amônia e cetoácido. 
➢ Realizada pelas enzimas desidrogenases, 
utilizandoNcomo co-fator NADP 
METABOLISMO DE CARBOIDRATO 
GLICÊMIA 
Quantidade de glicose encontrada no sangue 
 
HOMEOSTASE GLICÊMICA 
Equilíbrio dos níveis normais de glicose no sangue 
 
Valores Normais: 70 – 99 mg/Dl 
 
Regulação Glicêmica 
 
Apesar dos longos intervalos entre refeições ou do 
consumo ocasional de refeições com uma carga pesada 
de carboidratos (por exemplo, metade de um bolo de 
aniversário ou um pacote inteiro de batatas fritas), o 
nível glicêmico em humanos normalmente fica dentro de 
uma faixa estreita de valores. Na maioria das pessoas, 
os valores variam de 70 mg/dL a talvez 110 mg/dL (3,9-
6,1 mmol/L), exceto bem logo após de se alimentar, 
quando ocorre um aumento temporário da glicemia. Em 
homens adultos saudáveis de cerca de 75 kg e com um 
volume de sangue de 5 L, um nível glicêmico de 100 
mg/dL ou 5,5 mmol/L corresponde a aproximadamente 
5 g de glicose no sangue e aproximadamente 45 g na 
água total do organismo (neste caso, a água representa 
muito mais do que apenas sangue, já que o corpo 
humano é feito de 60% de água, em peso). 
 
Este efeito homeostático é resultado de vários fatores, 
sendo o mais importante a regulagem hormonal. 
Existem dois grupos de hormônios metabólicos de 
efeitos antagônicos que afetam o nível de glicose 
sangüíneo: 
 
hormônios catabólicos, por exemplo o glucagon, o 
hormônio do crescimento e as catecolaminas, que 
aumentam a glicemia, e; 
hormônios anabólicos - insulina -, que reduzem a 
glicemia. 
 
➢ A glicose entra nas células beta pelo 
transportador de glicose GLUT2 
➢ A glicose passa por glicólise e pelo ciclo 
respiratório, onde são produzidas moléculas de 
ATP de alta energia por reações bioquímicas de 
oxidação 
➢ Por ser dependente de ATP, que por sua vez 
originou-se de glicose proveniente do sangue, 
os canais de potássio controlados por ATP 
fecham-se e a membrana celular despolariza-se 
 
➢ Sob despolarização, os canais de cálcio (Ca2+) 
controlados por voltagem elétrica abrem-se e os íons 
de cálcio fluem para dentro das células 
➢ O aumento do nível de cálcio ocasiona a ativação da 
fosfolipase C, que corta o fosfolipídeo da membrana 
fosfatidil inositol 4,5-bifosfato em 1,4,5-trifosfato e 
diacilglicerol 
➢ O inositol 4,5-bifosfato liga-se às proteínas receptoras 
no retículo endoplasmático. Isto aumenta ainda mais a 
concentração de cálcio no interior da célula 
➢ O aumento significativo de cálcio na célula produz a 
liberação de insulina previamente sintetizada, que 
tinha sido armazenada em vesículas secretoras 
➢ O nível de cálcio também controla a expressão do 
gene de insulina via proteína Ligante de Elemento 
Responsivo a Cálcio 
 
Em uma situação de jejum, com concentrações de 
glicose sanguínea entre 80 e 90 mg/dl, a liberação de 
insulina pelo pâncreas ocorre numa taxa basal de cerca 
de 25 ng/min/kg de peso corporal. Se aumentarem os 
níveis de glicose no sangue em duas ou três vezes do 
normal, a liberação de insulina pelo pâncreas terá um 
aumento acentuado, podendo chegar a taxas de 
aproximadamente 250 ng/min/kg de peso corporal. A 
concentração plasmática de insulina aumenta por quase 
10 vezes dentro de 3 a 5 minutos após elevação aguda 
do nível de glicose. Esse aumento resulta da liberação 
imediata de insulina estocada no pâncreas. O 
"desligamento" da secreção de insulina ocorre de 
maneira rápida, levando de 3 a 5 minutos após a 
redução do nível da glicemia para os valores de jejum. 
 
O mecanismo de feedback criado em resposta à 
secreção da insulina tem papel importante para a 
regulação do nível da glicemia. Assim, uma elevação 
nesse nível aumenta a secreção de insulina, que, por 
sua vez, aumenta o transporte de glicose para o fígado, 
para o músculo e para as outras células, reduzindo, 
dessa forma, o nível da glicemia ao seu valor normal, 
acarretando em uma redução da liberação de insulina 
pelo pâncreas. 
A insulina, através de sua ação estimulatória sobre a 
captação de glicose pelas células, promove a utilização 
dos carboidratos para obtenção de energia, enquanto 
deprime a utilização de gorduras (ácidos graxos). 
Baixas concentrações de glicose no sangue provocam a 
liberação do hormônio glucagon, o qual acelera a 
liberação da glicose a partir do glicogênio no fígado 
(glicogenólise) e altera o metabolismo dos combustíveis 
tanto no fígado, quanto nos músculos. Neste sentido, 
esta alteração no metabolismo estimula a oxidação dos 
ácidos graxos, economizando, assim, a glicose, para 
que possa ser usada pelo cérebro. Durante o jejum 
prolongado, os triacilgliceróis tornam-se o combustível 
principal; o fígado converte os ácidos graxos em corpos 
cetônicos para exportá-los para outros tecidos, inclusive 
para o cérebro. 
 
 
 
 
GLUT-1 encontrado em todas as células do 
organismo humano, sendo responsável por um baixo 
nível de captação de glicose, que é necessária para 
sustentar o processo de geração de energia, não 
mediada pela insulina. 
GLUT-2 célula beta das ilhotas para sinalização e 
percepção dos valores sanguíneos de glicose e 
consequente liberação da insulina. 
GLUT-3 está envolvido na captação não mediada 
pela insulina da glicose no cérebro 
GLUT-4 é responsável pela captação de glicose 
estimulada pela insulina nos músculos e tecido 
adiposo 
 
A hiperglicemia está presente nos casos de diabetes 
mellitus, onde são frequentes retinopatias, lesões 
renais, neuropatias e aterosclerose. 
 
Classificado em diabetes mellitus insulino 
dependente, insulino não dependente e diabetes 
mellitus associado à certas condições 
 
Valore considerado sugestivo 
➢140 mg/dL (jejumde 12 horas) x 2 
 
Nas hipoglicemias, os níveis glicêmicos que levam às 
suas manifestações são extremamente variáveis. As 
manifestações podem ocorrer no jejum ou 
pósprandial. A hipoglicemia de jejum ocorre no 
insulinoma, tumores não pancreáticos, doenças 
hepáticas, hipoadrenalinismo, hipopituitarismo, 
enfermidade do armazenamento do glicogênio. 
 
CAMINHOS DA GLICOSE 
 
CATABOLISMO ANABOLISMO 
Gerar energia (ATP) Glicogênio 
GLICÓLISE Gordura 
 
A glicólise é a via central do catabolismo da glicose 
em uma seqüência de dez reações enzimáticas que 
ocorrem no citoplasmas de todas as células 
humanas. Cada molécula de glicose é convertida em 
duas moléculas de piruvato, cada uma com três 
átomos de carbonos em processo no qual vários 
átomos de carbono são oxidados. Parte da energia 
livre liberada da glicose é conservada na forma de 
ATP e de NADH+H. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cooperação metabólica entre músculo esquelético e 
fígado 
 
Músculos extremamente ativos usam glicogênio como 
fonte de energia, gerando lactato via glicólise. Este 
lactato é transportado para o fígado e usado para 
sintetizar glicose pela gliconeogênese. Esta glicose é 
liberada no sangue e retornada ao músculo para seus 
estoques de glicogênio.

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