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Trabalho G2 - Mecanismos de Defesa - Regressão e Sublimação - FINALIZADO

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Instituto Meridional - IMED
Escola de Saúde - Curso de Psicologia 
Fundamentos Psicanalíticos
Mecanismos de Defesa do Ego – Regressão e Sublimação
Gabrielle Soares Demutti e Giana Lopes Rodrigues
Porto Alegre, Novembro de 2020 
O ego encontra-se entre o id e o meio ambiente, sendo controlado constantemente pelo superego, o ego por sua vez encontra-se em uma difícil posição. O que resultaria muitas vezes na angústia. Essa angústia é o que faria ocorrer à mobilização do processo defensivo. Essas estratégias que o ego utiliza e constrói são mecanismos de defesa que atuam de forma inconsciente com o intuito de proteger a personalidade contra o que é considerada uma ameaça. São mecanismos protetores e também sinalizadores frente a processos que o sujeito não está preparado para lidar. Protegendo-o de fatos, vivências dolorosas, ansiedade e o desprazer.
Freud empregou pela primeira vez essa denominação em 1894, no artigo intitulado As neuropsicoses de defesa. Depois fez uma substituição desse termo por uma palavra: repressão. Mas em 1926, em Inibições, sintomas e ansiedade, voltou a empregar a expressão mecanismos de defesa. (Tallafero, 2016). 
O uso de mecanismos de defesa está presente em todas as pessoas e é vital para o funcionamento psíquico. O que define uma melhor ou pior capacidade adaptativa é a natureza, a intensidade e a freqüência do uso de mecanismos de defesa mais, ou menos, maduros.
George Vaillant reporta-se aos trabalhos de Freud e Anna Freud. Citando que de acordo com a evolução do processo adaptativo, sua maturidade e importância patológica. Sugere, ainda, que o amadurecimento da vida humana é acompanhado pela evolução destes processos adaptativos e que a hierarquia descrita não reflete somente um continuum da criança ao adulto, mas também da doença até a saúde. (Vaillant, 1998).
Os mecanismos de defesa do ego contra perigos intrapsíquicos são: 
1) repressão; 
2) regressão; 
3) isolamento;
4) anulação ou reparação;
5) formação reativa;
6) identificação;
7) projeção;
8) troca de um instinto pelo seu contrário; 
9) volta do instinto contra o ego;
10) sublimação. 
Anna Freud, ao escrever sobre os mecanismos de defesa soube que essas defesas são inerentes do ser humano e também descreveu o quanto esses mecanismos podem interferir para melhorar ou piorar a vida de cada individuo. Segundo Anna Freud alguns dos mecanismos de defesa são capazes de dominar grandes cargas instintivas ou afetos, enquanto outros, pelo contrário, só podem controlar quantidades pequenas. (Freud, A. 2005).
Um dos papéis do analista no processo de análise frente ao paciente será de fazer o reconhecimento destes mecanismos e atuar a partir disso sobre eles. Portanto, a tarefa do analista é, antes de tudo, proceder ao reconhecimento dos mecanismos de defesa. Quando cumpri-la, realizará uma boa parte da tarefa de análise do ego. Sua tarefa seguinte é desfazer o que tiver sido feito pela defesa, isto é, descobrir e repor em seu lugar o que foi omitido por meio do recalcamento, corrigir os deslocamentos e devolver ao seu verdadeiro contexto o que tiver sido isolado. Assim que tiver restabelecido as ligações cortadas, dirige a sua atenção, uma vez mais, da análise do ego para a do id. Vemos, pois, que o que nos interessa não é, simplesmente, a imposição por si só da regra fundamental da análise, mas a observação do conflito a que isso dá origem. 
Regressão
Neste mecanismo de defesa ocorre o recuo do ego como modo de esquiva e de fuga frente a situações conflitivas atuais. Este processo de regressão visa retornar ao estágio de nível anterior ao de desenvolvimento da regressão, estágio este que não gera conflito, assim tornando-se um “ambiente” seguro e protetor para o individuo. O indivíduo busca gratificações instintivas e, se não obtê-las no nível que se encontra atualmente ele retornará ao nível anterior em que experimentará satisfações mais completas.
A atuação da regressão do ego pode acontecer em qualquer período, sendo crianças, adolescentes, adultos e idosos. A regressão resulta de uma decepção e um grande medo, quase sempre o temor consciente ou inconsciente ao castigo. De certo modo a regressão do ego está ligada a uma atuação mágica, ou seja, a uma expressão que é característica de um ego imaturo. (Tallafero, 2016). “A intensidade da regressão é motivada por dois fatores intimamente ligados: o grau de vacilação com que o individuo aceita as novas formas de satisfação e o grau de fixação nos padrões anteriores (Fenichel, 1981)”. 
Pode-se na regressão o individuo ter comportamentos regressivos mais ligados a fase da fixação oral ou pode ser mais disfuncional como chorar ou usar argumentos infantis. O estresse da vida adulta e a ansiedade associada podem levar a uma pessoa que busca conforto em coisas que associam a momentos mais seguros e felizes. Eles podem regredir comendo refeições que lhes foram dadas quando criança, assistindo a filmes ou desenhos animados antigos, agindo sem pensar nas conseqüências de suas ações. 
É considerado um mecanismo de defesa primitivo porque a fonte de tensão não acaba só diminui. Pode ser citado aqui o exemplo de um fumante, que quando fuma regride a fase oral, onde sugava o peito da mãe ou a mamadeira ou a chupeta para sentir-se seguro. Só que essa segurança é temporária afinal o individuo sempre vai precisar tragar muitos cigarros para sentir-se seguro novamente porque a fonte da angustia desse sujeito não foi resolvida.
Sublimação
É o mecanismo pelo qual o ego realiza seu propósito de deslocamento da finalidade pulsional, desviando as moções pulsionais de sua meta puramente sexual para finalidades melhor aceitas pela sociedade, em conformidade com valores sociais mais elevados. É a derivação da pulsão sexual para objetivo socialmente aceitável ou valorizado, de forma a não visar, manifestamente, seu objetivo. 
Ocorre quando redirecionamos pensamentos ou emoções inaceitáveis, muitas vezes sobre sexo ou violência, em atividades ou experiências “superiores”, artísticas ou de cunho intelectual. Neste processo, um instinto, que pode ser sexual ou agressivo, é derivado a um fim diferente. Quando um indivíduo sublima um instinto, substitui sua motivação e a dirige a uma atividade mais aceita socialmente, substituindo essa pulsão por alguma atividade cultural ou intelectual relacionada ao desejo, mas não considerada pervertida pela sociedade.
Freud utilizou o termo sublimação para designar alguma atividade humana bem-sucedida, principalmente no campo artístico, no trabalho intelectual e de obtenção de reconhecimento público em geral, que aparentemente não teria nenhuma relação direta com a sexualidade. Essas pessoas, porém, retiram a energia e capacidade criativa de trabalho da pulsão sexual, dessa forma sublimando-a. (David & Zimerman, 2001).
Tanto Sigmund como Anna Freud consideravam que a maioria dos mecanismos de defesa indicam problemas no ajustamento psicológico (neuroses). Entretanto, Inversamente, a sublimação era considerada não apenas normal, mas também desejável.
Quando as pessoas invocam a sublimação, elas estão encontrando maneiras socialmente aceitáveis de descarregar a energia que resulta de desejos inconscientes proibidos. Freud argumentava que, uma vez que o id de todo mundo contém esses desejos, a sublimação é uma parte necessária deu ma vida produtiva e saudável. Além disso, ele acreditava que os desejos mais intensos podem ser sublimados de diversas maneiras. Alguém que tenha intensos impulsos agressivos pode sublimá-los engajando-se em esportes que envolvam contato físico ou tornando-se um cirurgião. A paixão de uma adolescente por cavalgar pode ser interpretada como um a sublimação de desejos sexuais inaceitáveis. Um homem que tenha uma fixação erótica pelo corpo humano pode sublimar seus sentimentos tornando-se um pintor ou um escultor de nus.
A sublimação é a adaptação lógica e ativa às normas do meio ambiente, com proveito para nós mesmos e para a sociedade, dos impulsos do id, rechaçados como tais pelo ego, numa função harmônica como superego. Isso constitui uma forma de satisfação indireta, visando à utilidade social. Processo pelo qual um instinto abandona seu objetivo original, uma vez que, pelo princípio de realidade, a satisfação poderia originar um desprazer (castigo). Desse modo, o instinto elege um novo fim, em relação com outro objeto, seja pessoa ou coisa, que concilie as exigências do princípio de realidade e do superego, e que, além disso, tenha um sentido plenamente aceito pela sociedade. (Tallafero, 2016).
Freud acreditava que tudo o que chamamos de civilização tenha se tornado possível pelo mecanismo de sublimação. Na sua maneira de ver, os homens têm sido capazes de sublimar suas necessidades e impulsos biológicos primitivos, o que tem lhes permitido construir sociedades civilizadas. Os instintos dessexualizados procuram fins culturais que podem ser artísticos ou científicos, ou, numa esfera menos elevada, artesanais, industriais e todos os outros que formam, em conjunto, o que se denomina civilização:
De todos os métodos disponíveis para orientar as energias agressivas da humanidade numa direção útil, o trabalho ocupa o primeiro lugar, já que todo trabalho representa uma luta contra algo, um ataque ao ambiente. O agricultor rasga a terra, envenena insetos; o médico luta contra a doença e a morte; o advogado contra a parte oposta; o guarda de transito luta com os motoristas e os pedestres; e o chofer de ônibus com os demais veículos. (Tallafero, 2016).
 Existe uma diferença nítida entre o trabalho como formação reativa e o que se realiza como sublimação. O primeiro tem um caráter espasmódico, obsessivo, e é executado de maneira forçada, que não produz prazer; o segundo flui livremente e é agradável. Uma pessoa capaz de sublimar pode deixar de trabalhar durante um período de tempo prolongado, tendo o repouso, para ela, tanto valor quanto a atividade. Na sublimação produz-se o abandono (não a repressão) e mudança da primeira finalidade e objeto do instinto, com a mesma orientação deste. (Tallafero, 2016).
Podemos, portanto, observar a manifestação do mecanismo de defesa caracterizado pela sublimação em diferentes contextos, seja o deslocamento das pulsões direcionando-as à uma determinada profissão, esporte, atividade artística entre outros. Todavia, diferem-se por ser atividades ou objetos que “elevam”, ou seja, sublimam.
Fontes bibliográficas: 
Freud, A. (1936) Ego & the Mechanisms of Defense.
Freud, A. (1956-1965) Research at the Hampstead Child-Therapy Clinic & Other Papers.
Freud, A. (1965) Normality & Pathology in Childhood: Assessments of Development.
TALLAFERRO, A. Curso Básico de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 2016
RAPPAPORT, Clara. Introdução a praxis. São Paulo: EPU, 1992 
Vaillant, G. Adaptation to Life.  Little Brown & Co, 1998 
Fenichel, O. W. W. Norton & Company; Second Series edição (1 dezembro 1981)

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