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Nutrição enteral

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• Definição: Conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para a manutenção ou recuperação do EN por 
meio de nutrição enteral. 
*IBRANUTRI (1998): Estudo em 12 estados com 4.000 pacientes sobre o EN dos pacientes hospitalizados. 
 Objetivo: Diagnosticar o EN, verificar a preocupação das equipes com o EN do paciente, verificar o uso de 
terapias nutricionais. 
 Resultados: 
 – Desnutrição em 48% (12,6% desnutridos graves) 
 – Maior prevalência no N e no NE (63,9%) 
 – TN utilizada em apenas 7,3% 
Obs: A desnutrição progride à medida que aumenta o tempo de internação. 
→ Complicações clínicas da desnutrição: 
 Retardo no desmame do ventilador 
 ↑ da necessidade de albumina e sangue 
 Maior consumo de NP 
 ↑ hospitalização geral e UTI 
 
→ TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL: 
 Vantagens: ↓ custo, mais fisiológica, mantém a integridade do TGI, níveis de IgA e linfócitos, prevenindo 
translocação bacteriana. 
 Benefícios: Melhor competência imunológica, integridade da mucosa, homeostase, melhor recuperação 
no pós-operatório. 
 Indicações: Risco de desnutrição (ingestão oral menor que 2/3 das necessidades diárias), TGI total ou 
parcialmente funcionante, pacientes que não podem se alimentar via oral (Inconsciência, anorexia, 
neoplasia), pacientes com disfunção do TGI (fístula, sd. Do intestino curto), pacientes com desconforto 
com alimentação oral (doença de Crohn, colite, CA do TGI). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contra-indicações: Obstrução intestinal, vômitos e diarreias intratáveis (1500mL), fístulas de ↑ débito (> 
500mL), doença terminal com expectativa menor de 5-7 dias de uso de TNE para pacientes desnutridos e 
7-9 dias para pacientes bem nutridos, impossibilidade de acesso enteral, íleo paralítico, ressecção 
intestinal de grande porte. 
→ Tipos de sonda: 
 Sondas de PVC grande (16 a 18 dm): Compromete o esfíncter esofagiano, pode causar necrose, esofagite, 
úlcera de esôfago, exige troca semanal. 
 Sondas em poliuretano e silicone (5, 6, 8, 10 dm): Flexíveis e confortáveis. 
Obs: Quando a sonda estiver posicionada, é necessário radiografar o paciente para observar a posição e evitar 
administração da dieta em um local inadequado. Ex: Pulmão → Bronco-aspiração. 
 Sonda de gastrostomia: Colocada somente em centro cirúrgico. 
→ Vias de acesso: 
 Orogástrica: Apenas crianças 
 Nasogástrica: Nariz ao estômago. 
 Nasoduodenal: Nariz até o após o piloro. 
 Nasojejunal: Nariz até o jejuno. 
 Gastrostomia: Diretamente no jejuno (> 4 semanas) 
 Jejunostomia: Diretamente no estômago (> 4 semanas) 
Obs: Escolha do local de administração – Deve ser levado em consideração se há refluxo, gastroparesia, risco de 
aspiração, pacientes inconscientes. 
Suporte nutricional 
TGI funcionante? 
Sim Não Nutrição parenteral Nutrição enteral 
Absorção adequada? 
Sim Não 
 
Avaliação nutricional 
→ Vantagens e desvantagens: 
• Posição gástrica: 
 Maior tolerância a fórmulas, boa aceitação de hiperosmóticos, fácil posicionamento, ↑ volume. 
 ↑ risco de aspiração, tosse, náuseas e vômitos. 
• Posição duodenal e jejunal: 
 ↓ risco de aspiração, ↑ dificuldade de saída acidental da sonda. 
 Desalojamento acidental, requer dietas normo a hipoosmolares. 
→ Métodos de administração: 
 Bolo: Volume prescrito por seringa de 30 minutos, dispensa bomba e facilita deambulação. 
 Intermitente gravitacional: Dispensa bomba, ↓ risco de distensão e diarreia (vasão controlada) 
Dieta fica “pendurada”. Intermitente e intervalada. 
 Obs: Bomba de infusão: Recomendável para uso hospitalar, ↓ risco de distensão/diarreia. 
Ideal para sonda pós-pilórica. 
→ Cuidados na administração: 
 Iniciar gradualmente de 2 a 3 dias. Atenção com dietas hiperosmolares, velocidade de gotejamento. Se 
gravitacional, 60 a 120 gotas/min). 
 Bomba de infusão: 25 a 30mL, podendo-se ↑ a velocidade de 25mL/h cada 8 a 12 h até a velocidade 
máxima de 100 a 150mL/h. 
 – Administração contínua: Infusão contínua de nutrientes por 24 h. 
 – Administração cíclica: Infusão de nutrientes por 10 a 16 h, permitindo deambulação. 
→ Dose e velocidade de administração: 
 Estômago: 
 – Intermitente: Iniciar com 100 mL, aumentar a cada 24 a 48 h até atingir o vet. Refeição suspensa se resíduos > 
150 mL. 
 – Contínua: Iniciar com 25 a 50mL/h/dia. ↑ até a velocidade máxima de 100 a 150mL/h. 
 Duodeno/jejuno: Gotejamento controlado, se não houver efeitos colaterais, ↑ velocidade. 
↑ osmolaridade até atingir demanda nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Complicações da TNE: 
 Mecânicas: Obstrução da sonda, resíduo gástrico ↑, deslocamento da sonda. 
 Gastrointestinais: Náuseas, vômitos, constipação, flatulências, cólicas, empachamento. 
- Diarreia (da dieta): Dieta gelada, rápida infusão de TCM, rápido esvaziamento gástrico. 
- Diarreia (não dieta): Antibióticos, colite, fármacos, desordens do TGI. 
 Metabólicas: Intolerância a glicose, desidratação, hiperhidratação, hipercapnia. 
 Infecciosas: Contaminação microbiológica da fórmula ou sistema de infusão. 
 Psicológicas: Ansiedade, depressão, inatividade, insociabilidade, monotonia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO ENTERAL 
> 4 semanas < 4 semanas 
Curto prazo 
Sem risco de aspiração Risco de aspiração 
Nasoduodenal 
Nasojejunal 
Nasogástrico 
Longo prazo 
Risco de aspiração Sem risco de aspiração 
 
Jejunostomia 
Gastrojejunostomia 
Gastrostomia

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