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FISIOLOGIA- Trato GastroIntestinal (TGI)

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FISIOLOGIA –SISTEMA DIGESTÓRIO 
___________________________________________ 
@VETERINÁRIASOUANIMAL 
 
 A função do sistema digestório é digerir e absorver nutrientes. Os nutrientes são 
absorvidos no intestino delgado pelas microvilosidades da parede epitelial do intestino. 
Exceto na fase de ingestão de colostro onde não são absorvidos nutrientes e sim 
imunoglobulinas. O sistema digestório é considerado um tubo externo, com glândulas 
anexas, que são glândulas salivares, fígado e pâncreas. As glândulas são exócrinas e 
secretam para o interior do tubo digestivo. Para que haja absorção é necessário um 
controle afinado, controlado pelo sistema nervoso autônomo (simpático e 
parassimpático). 
• Simpático: Diminui motilidade e secreção. A noradrenalina para diminuir essa 
motilidade vai ter que agir nos receptores adrenérgicos do músculo liso, e ela atua 
inibindo, pois diminui a possibilidade de abrir os canais, pois ela hiper polariza a célula. 
O potencial da membrana do músculo liso em repouso é de -70/-80 Mv. 
• Parassimpático: Aumenta motilidade e secreção. Estimula o TGI com o 
neurotransmissor acetil colina que vai ao receptor do músculo liso fazendo entrar sódio 
e cálcio, esse cálcio associado à calmodulina vai se ligar a Cálcio Miosina Quinase vai 
fosforizar a cabeça da miosina, gastando 1 ATP, forma pontes cruzadas resultando na 
contração. 
Para o relaxamento gasta-se mais um ATP com a enzima Cálcio Quinase Fosfatase. 
Essa ponte cruzada faz uma tranca que mantém contraindo por mais tempo, gerando 
um tônus muscular do músculo liso. 
 Os órgãos do sistema digestório possuem ondas lentas que variam de órgão para órgão 
(sendo que no intestino há mais frequência do que no estomago, já que no intestino é 
necessário maior movimento do que no estomago que tem como função principal o 
armazenamento com grande capacidade de adaptação). 
Além do sistema nervoso, temos endócrino (que age na regulação liberando hormônios 
que são moléculas sinalizadoras que caem na circulação) e o sistema nervoso entérico 
(localiza-se dentro da parede do TGI, independe da medula espinal e se dividem em 
plexo mioentérico e plexo submucoso). As células endócrinas são colunares e 
apresentam uma base larga com o ápice estreito (como um triangulo), são posicionadas 
individualmente entre as células da mucosa. O ápice estreito é exposto à luz do TGI, 
permitindo que elas “sintam o gosto” do conteúdo luminal. 
As bases dessas células contem glândulas secretoras que estocam os hormônios. Os 
produtos dessas células endócrinas são liberados na submucosa, onde podem ser 
absorvidos pelo sistema vascular sanguíneo e transportados para fora do trato 
gastrointestinal para locais distantes, ou podem simplesmente difundir-se no liquido 
extracelular e exercer seus efeitos sobre as células alvo. No estomago, o PH ácido ativa 
Pepsina que degrada proteína. 
 Depois o bolo vai para o intestino delgado (duodeno) onde recebera secreção da bile 
com presença de HCO3 tamponando então esse acido, pois as enzimas do intestino só 
funcionam em PH alcalino. Quem manda as informações de que deve ser tamponado 
são os hormônios gastrointestinais secretados por células enterocromafins (no intestino) 
que são sensíveis a acidez, ela libera a secretina que manda o estomago parar de 
esvaziar, assim como manda as glândulas anexas liberarem o HCO3. Atuam em 
conjunto com o sistema nervoso entérico (sistema nervoso local que independe da 
medula). 
O caminho percorrido pelo alimento é o seguinte: 
 • Cavidade Oral: Glândula Salivar, Língua com suas papilas, dentes, lábios e epiglote 
. • Epiglote: Fecha a laringe para o caminho ir para o esôfago 
 • Esôfago: O alimento desce pelo esôfago, que possui movimento peristáltico, 
controlado pelo SN entérico, que vai contraindo a porção cranial e dilatando a caudal 
para que o alimento consiga descer até o estomago. 
• Estômago: Armazena e mistura o alimento, e esse vai para o intestino delgado através 
do esfíncter pilórico. 
 • Intestino Delgado: Ocorre secreção das glândulas exócrinas e conteúdo da vesícula 
biliar, a secreção tanto do fígado como do pâncreas vem por um ducto comum. Aqui 
ocorre absorção de nutrientes, água e eletrólitos. 
• Intestino Grosso: Absorve-se água e eletrólitos, não possui enzimas, conserva água. 
 • Ceco – Cólon – Reto 
 • Ânus Os esfíncteres presentes nesse caminho são: 
• Esofágico Superior (cranial): Importante na respiração. 
• Esofágico Inferior (caudal): Também chamado gastroesofágico ou cárdia, é necessário 
para que o conteúdo estomacal não volte. 
• Gastroduodenal (pilórico): Controla esvaziamento gástrico. • Ileocecal: Controla o 
esvaziamento do Intestino delgado. 
 • Anal: dividido em interno que é de controle involuntário e externo com controle 
voluntário. PRINCIPAIS HORMÔNIOS GASTROINTESTINAIS MOVIMENTOS DO 
TRATO GASTROINTESTINAL Os movimentos dos músculos gastrointestinais atuam 
diretamente, sobre os alimentos ingeridos. O movimento do gastrointestinal tem varias 
funções como: propelir o alimento de um local a outro, reter o alimento em um dado local 
para que ocorra a digestão, absorção ou armazenamento, promover quebra física do 
alimento e sua mistura com as secreções digestivas e fazer com que o alimento circule 
dentro do trato, permitindo que suas proporções entrem em contato com as superfícies 
absortivas. 
 MOVIMENTOS COORDENADOS CONDUZ O ALIMENTO PARA TODO O TGI Antes 
da digestão começar o alimento deve ser direcionado para dentro do TGI. Para ingerir 
esse alimento, os animais devem primeiro apreende-lo com os dentes, lábios ou línguas 
(vai variar de espécies para espécies). 
 A tritura dos alimentos será feita com a mastigação que é considerada o primeiro ato 
da digestão. A mastigação serve tanto para quebrar as partículas do alimento como para 
umedecê-las e lubrifica-las ao misturar com a saliva. O mastigar é um ato reflexo 
inervado pelos pares 7,9 e 10 dos nervos cranianos. Na mastigação ocorre a 
aproximação dos dentes com reflexo de estiramento e contração reflexa das fibras do 
fuso, sucessivamente até o fim da mastigação. Depois da mastigação inicia-se a 
deglutição, que é dividida em três fases. A fase oral, a fase faríngea e a fase esofágica. 
• Fase Oral: aqui a língua molda o alimento na forma de um bolo e o empurra até a 
orofaringe. Controle voluntário. Quando o alimento entra na orofaringe, estimula 
terminações sensoriais que são os mecanoreceptores que iniciam o reflexo de 
deglutição. 
• Fase Faríngea: O palato mole se eleva e obstrui nasofaringe impedindo que o alimento 
entre nas aberturas internas da narina, depois a epiglote obstrui a laringe com a 
contração dos músculos das cordas vocais (músculos cricofaríngeos). 
• Fase Esofágica: Para o alimento ir para o esôfago de fato, é necessário que o esfíncter 
esofágico superior relaxe. No esôfago o alimento tem que descer, a gravidade ajuda, 
porém, o que empurra o alimento são as ondas peristálticas do esôfago (tanto primarias 
como secundarias), fazendo com que a comida chegue ao esfíncter gastresofágico que 
vai ser relaxado, levando o alimento para o estomago. O estomago é dividido em cárdia, 
fundo, corpo, piloro e antro piloro. O FUNDO é a região de armazenamento e retenção 
do alimento enquanto espera sua eventual entrada no intestino delgado. O principal 
reflexo muscular do fundo é o relaxamento receptivo (chamado também de adaptativo). 
Esse reflexo é caracterizado pela distensão do estômago sem aumentar a pressão 
intraluminal, ou seja, é uma distensão adaptativa. Quem mantém esse estomago 
relaxado é um neurotransmissor inibitório do parassimpático. O alimento só vai para o 
intestino se o mesmo estiver preparado. O ANTRO tem a função de moer e selecionar, 
quebrando porções sólidas de alimento em partículas suficientemente pequenas para 
serem submetidas à digestão no intestino delgado. Para essa trituração o esfíncter deveestar contraído e são necessárias ondas rápidas. Os hormônios estão no duodeno e 
interferem na motilidade gástrica. 
 • Em resposta ao Ácido é estimulado o hormônio secretina que cai na corrente 
sanguínea e “avisa” para o estômago que o mesmo deve parar de esvaziar, deve 
contrair o esfíncter e diminuir motilidade, assim como “avisa” as glândulas anexas que 
devem secretar bicarbonato para tamponar todo esse ácido. 
 • Em resposta a gordura é estimulado o hormônio colecistocinina (cck) que manda 
aumentar contração do esfíncter e aumentar motilidade, para que essas moléculas de 
gordura sejam quebradas em moléculas menores. 
• Já o hormônio gastrina, é estimulado tanto no duodeno como no estomago, e é 
estimulado na presença de aminoácidos. A gastrina estimulada aumenta produção de 
HCL. Quando o Bolo alimentar chega no intestino delgado passa a se chamar QUIMO. 
No intestino delgado temos dois padrões de motilidade. O de mistura chamado de 
segmentação que mistura o quimo com contrações circulares do músculo. E o 
movimento propulsivo chamado de peristáltico que vai sentido crânio caudal, relaxando 
sempre a porção caudal e contraindo a porção cranial. (Lei do Intestino). 
 No intestino grosso também há dois padrões de motilidade. Aqui o de mistura chama 
haustração e o propulsivo leva o bolo do intestino grosso para o reto e é chamado 
movimento de massa. No reto temos a região de dilatação chamada ampola retal, com 
mecanoreceptores que estimulam o reflexo de defecação e relaxa esfíncter anal interno. 
E para a defecação ocorrer é necessário que se inspire profundamente, que se prenda 
a respiração, abaixando assim o diafragma, aumentando pressão abdominal e 
relaxando esfíncteres anais. É obvio que o material ingerido pode, frequentemente, não 
ser reduzido a partículas menores, e durante a fase digestiva esse material não deixa o 
estômago. 
Há um tipo particular de movimento que ocorre entre as refeições (jejum), chamado de 
complexo mioelétrico migratório (CMM), onde o esfíncter pilórico fica relaxado e o 
estômago é esvaziado devido intensas contrações (momento em que se escutam sons 
de “fome”) VÔMITO O vômito é um reflexo complexo, e o ato de vomitar envolvem 
muitos grupos de músculos até mesmo fora do gastrointestinal. A estimulação desse 
reflexo pode ser dada por mecanoreceptores da faringe e de tensão e quimiorreceptores 
da mucosa gástrica e duodenal. 
A estimulação desses receptores gera impulsos para o centro do vomito (zona de gatilho 
quimiorreceptor) no tronco cerebral. Assim estímulos nocivos, táteis e/ou químicos 
podem resultar em vômitos, que limpam o trato digestivo daquele estimulo nocivo. 
Os sinais que precedem o vômito são: • Náuseas 
• Salivação • Sudorese fria • Vasocontrição • Dilatação da pupila • Contração rigidez

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