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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 1 Doença Obstrutiva Crônica 07/05/2021 • Início do bloco de respiratório • Aula professora Simone • Capítulo 15, Robbins. Doenças obstrutivas que podem alterar o funcionamento do pulmão, lá na frente pode causar uma dilatação do lado direito e afetas a oxigenação dos tecidos. o DPOC é uma doença crônica, e devemos pensar em um processo patológico no pulmão, que no caso é uma inflamação crônica. • A base dessas patologias é o processo inflamatório, que irá alterar o parênquima pulmonar, diminuindo sua capacidade de funcionamento. Na DPOC, duas doenças se sobrepõem, no caso o enfisema e a bronquite. O Sistema Respiratório As doenças do sistema respiratório podem afetas determinadas partes do pulmão, como lobos, pleura, por isso a necessidade dessa noção anatômica. • Pulmão esquerdo não tem lobo médio, apenas superior e inferior. Na histologia, temos as células que compõe os alvéolos 1) Pneumócitos do tipo I Revestem a maior parte da superfície alveolar, sendo que possuem uma parede delgada e não se dividem, logo, se temos uma lesão, quem repõem caso haja destruição do parênquima é outro 2) Pneumócitos do tipo II Responsável pela produção de surfactante, que diminui a tensão superficial, melhora a complacência Pode se diferencias em pneumócitos do tipo I. 3) Macrófagos alveolares Originam-se de monócitos circulantes ou do próprio pulmão. DEFINIÇÃO DA DOENÇA • É uma doença comum, evitável e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação de fluxo aéreo devido anormalidades das vias aéreas e/ou alveolares geralmente causadas por exposição significativa ou gases nocivos. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 2 Esse esquema é do livro, sendo que a DPOC temos o enfisema e a bronquite crônica, doenças relacionadas as vias aéreas menores, afetando mais os alvéolos, e isso acabará refletindo numa superinflação devido a perda da elasticidade desse órgão. Com isso, dificuldades respiratórias. Bronquite, tosse produtiva e inflamação também das vias aéreas. • Asma, ocorre devido hiper-responsividade brônquica estimulada por Alérgenos, infecção etc. Resposta imunológica exacerbada, principalmente a do tipo I. EPIDEMIOLOGIA Tendências das causas básicas de mortes no brasil, entre 2000-2016 Vemos que DEPOC está crescendo, por isso a necessidade de estudo, cuidado, já que afeta significativamente a população. O que segue matando mais são patologias do sistema cardiovascular. • A DPOC afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo. • No brasil, há cerca de 7,3 milhões de pacientes com a doença. Ela é mais prevalente em indivíduos acima de 50 anos. • DPOC sempre é uma prevalência. ETIOLOGIA DPOC • Tabagismo, como agente importante desencadeador dessa doença, visto que o cigarro libera, em uma tragada, cerca de 4 trilhões eros, sendo que esses eros são muito danosos a tudo. Vale destacar que o tabaco não é um teratógeno sobre o feto. • Exposição ocupacional, minas de carvão, churrasqueiro, pizzaria. • Poluição intradomicilar • Doença de alfa-1 antitripsina, algumas pessoas têm essa deficiência genética, e a própria resposta inflamatória secreta elastase, que degrada elastina, que faz parte das fibras elásticas dos alvéolos. • Hiperatividade brônquica, Nessa imagem vemos pulmões de diferentes pessoas, que fazem uso de cigarro e que também ficam expostos a poluentes, e teremos impactos em consequência disso. o Ou seja, a DPOC irá envolver o enfisema e a bronquite crônica, e elas podem se relacionar ENFISEMA PULMONAR • Dilatação irreversível dos espaços aéreos distamente ao bronquíolo terminal, acompanhado por destruição de suas paredes sem fibrose evidente • Iremos ter devido essa destruição, um processo inflamatório crônico, e com isso: Presença de mediadores inflamatórios, leucócitos. Muitos EROS sendo absorvidos na tragada. Infecção exacerbada Desiquilibro entre proteases e anti-proteases, e essas são secretadas junto a liberação de leucócitos, e iremos ter destruição acelerada do parênquima. + proteases: mais destruição. FISIOPATOLOGIA DO ENFISEMA: O que acontece com o tabaco e como o mesmo acaba lesando nosso sistema pulmonar. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 3 Teremos um cigarro, ou seja, a partir do fumo, liberação de EROS, esses EROS inativam as anti- proteases, causando deficiência funcional de 1-AT. Com isso, muita presença de elastase devido resposta inflamatória e neutrófilos estarem secretando a mesma. A elastase destrói elastina, que compõe fibras elásticas alveolares. • Neutrófilos produzindo elastase, macrófagos alveolares também secretam por conta dessa lesão do tabaco, grande quantidade de elastase destruindo fibras elásticas. • Destruição desse parênquima, ou seja, causando o enfisema. TGF beta, em alguns pacientes temos variante, e nesse caso temos uma diminuição de reparo celular para as lesões pulmonares. CLASSIFICAÇÃO DO ENFISEMA O enfisema é classificado de acordo com distribuição anatômica lobular, por isso, chamamos de: 1) Enfisema Centroacinar Uma alteração na porção central do ácino pulmonar, junto ao bronquíolo respiratório, está acometida, poupando os alvéolos distais. Esse é o enfisema mais comum. 2) Enfisema Panacinar Todo ácino está aumentado, difícil a distinção entre os alvéolos e ductos alveolares. É o pior tipo de enfisema. Afeta todo ácino, condição mais séria e dificuldade respiratória maior. 3) Enfisema parassetal Afeta porção mais distal do ácino, nas regiões adjacentes a pleura. Pode formar bolhas na regiao da pleura. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 4 4) Enfisema irregular Esse tipo de enfisema envolve o ácino irregularmente, geralmente associado a uma cicatrização, ou seja, fibrose, focos pequenos e clinicamente irrelevantes para a clínica. MACROSCOPIA • Pulmões aumentados de volume • Pulmões mais pálidos • Formação de bolhas • Presença de cavidades como resultado da dilatação dos espaços aéreos distais. Microscopicamente • Destruição de bronquíolos e alvéolos, resultando em: o Dilatação permanente dos alvéolos, sacos e ductos alveolares, formando cavidades de 1mm ou mais, facilmente vistas a olho nu o Perdas dos componentes elásticos, que resulta em diminuição da expiração e aumento do ar residual o Redução do leito capilar pulmonar, pela destruição dos septos alveolares SINAIS CLÍNICOS • Dispneia progressiva/ tórax em barril- hiperinsuflacao • Retração intercostal • Fadiga • Tosse • Sibilo • Apneia obstrutiva do sono o Os testes de função pulmonar, espirometria, está reduzida. o Óbito está relacionado com falência pulmonar acompanhada de acidose respiratória, hipóxia, doença arterial coronariana. Raio x de Tórax: BRONQUITE CRÔNICA • Definida clinicamente como tosse persistente produtiva por, no mínimo 3 meses em pelo menos 2 anos consecutivos, na ausência de qualquer outra causa inidentificável • Histórico recorrente de infecções com secreção purulenta • A dispneia é menos proeminente do que no enfisema • Alguns podem demonstrar vias aéreas hipe- responsivas com broncoespasmos intermitentes e sibilo • Por motivos não compreendidos, os pacientes apresentam tendências a obesidade e são denominados inchados azuis • Se persistir por muitos anos pode provocar cor Pulmonale, icc ou causar Metaplasia atípica e displasias do epitélio respiratório= câncer. O que causa? • Tabagismo, quase 90% dos casos • Exposição ocupacional • Poluição atmosférica Patogenia da doença • Processo inflamatório crônico presente • pequenas áreas de fibrosenas áreas aéreas • mais fibrose, luz do bronquíolo diminui, sendo ocluída. • Hipersecreção de muco= hipertrofia da glândula submucosa, hiperplasia de células caliciformes UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 5 • Infecções= exacerbações agudas. • Protease neutrofilia aumentam secreção de muco • Infiltrado inflamatório na parede brônquica (plasmócitos e linfócitos.) • Lesão patognomônica= aumento das glândulas secretoras de muco. MORFOLOGIA: • Presença de células inflamatórias na submucosa • Infiltrado mononuclear • Hipertrofia da camada muscular • Edema, infiltrado inflamatório • Hiperplasia de glândulas como resposta adaptativa essa inflamação crônica Manifestação clínica: • Tosse persistente com expectoração • Dispneia • Fadiga • Alteração de troca gasosa • Cianose ASMA Epidemiologia da ASMA • Mundialmente 339 milhões de pessoas são afetadas por essa doença • Até 2025, 400 milhões • Prevalência alta em países em desenvolvimento • Brasil, 10%, 20 milhões de pessoas sofrem. Precisamos entender o quanto a asma é prevalente e o quanto essa doença afeta as pessoas e suas qualidades de vida. • Questão genética envolve muito a chance do individuo ter asma. DEFINIÇÃO o Doença crônica das vias aéreas de condução, geralmente causada por uma reação imunológica, marcada por broncoconstricao episódica devido ao aumento da sensibilidade das vias aéreas a estímulos, inflamação das paredes brônquicas. ETIOLOGIA • FATORES AMBIENTAIS o Vírus, bactérias, Alérgenos, exposição ocupacional, aditivos alimentes, produtos químicos e poluentes. • FATORES GENÊTICOS o Cromossomo 5- codificam IL3, 3 5, 9 E 13 o Alelos HLA classe II- IgE o Superexpressao de quitinases. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 6 • Respostas exacerbadas, Alérgenos, crise e limitação do fluxo aéreo. • A crise asmática é uma crise aguda, e tratável emergencialmente com broncodilatadores. • Apesar das crises agudas, precisa ser tratada cronicamente. ASMA, ETIOPATOGÊNESE Resposta exacerbada de células TH2 e igE aos Alérgenos ambientais em indivíduos geneticamente dispostos. • Th2- produzem IL4 estimulando células B a se diferenciar em plasmócitos, IgE E IL- 5 ativações mastócitos e eosinófilos • Reposta muito exacerbada • As células th2 secretam citocinas que promovem uma inflamação e estimulam produção de IgE. A partir do momento que tenho a ativação do IgE pela exposição do antígeno, muitas células são ativadas de defesa. • Mastócitos: liberam aminas vasoativas: histamina • Enzimas: protoases/ hidrolases • Fosfolipases o EOSINÓFILOS: o Enzima proteolíticas o Agridem células epiteliais, liberam citocinas- aumento de permeabilidade vascular e edema, estimulam terminações vagais: bronco-constrição. Temos as fases imediatas e as fases tardias. • Análise da diferença das fases. A gente tem a reposta exacerbada do TH2 mas existe outros TH que também recrutam neutrófilos e monócitos menos ativadas mas que também ativam. MORFOLOGIA DA ASMA: • Espessamento das paredes da via aérea • Fibrose abaixo da membrana basal, resposta a destruição • Aumento da vascularização • Aumento do tamanho das glândulas submusocsas e no número de células caliciformes das vias aéreas • Hipertrofia e/ou hiperplasia do musculo da parede brônquica. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO JEAN LUQUE T5C 7 • Atentar-se a esses sinais na clínica.