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Priscilla Prado – turma 22 B 1 Hipertensão arterial sistêmica Prevalência : aproximadamente 30% da população tem HAS. Em torno dos 75 anos, cerca de 90% estão hipertensos. Apenas metade dos pacientes encontram-se controlados e com o tratamento regulado. Grande risco para AVC e IAM. A mulher tende a desenvolver hipertensão após a menopausa. FISIOPATOLOGIA Tabaco, dislipidemia = dano endotelial Hipervolemia : aumento do retorno venoso : aumento do volume diastólico : aumenta pressão diastólica Vasoconstrição : aumento da resistência venosa : reduz débito cardíaco : aumenta PVE : aumento da pressão sistólica Pequenas artérias aumentam vasoconstrição -> aumenta retorno venoso = aumenta P diastólica Grandes artérias aumentam resistência periférica = aumenta P sistólica Pressão de pulso -> diferença entre Psistólica e Pdiastólica MECANISMO NEURAL + baroceptores carotídeos -> + Simpático -> vasoconstrição MECANISMO RENAL Excesso de sódio -> + aparelho justa glomerular MECANISMO VASCULAR Dano endotelial -> zera liberação de NO e prostaciclinas vasodilatadoras -> aumenta ação de vasoconstritores, pró-trombóticos e fatores de crescimento MECANISMO HORMONAL Priscilla Prado – turma 22 B 2 + Sistema renina-angiotensina-aldosterona -> aumento da volemia por retenção de sódio e água + aumenta ativação do S. simpático DIAGNÓSTICO 1. Aferir PA Normal : PA < 120X80 PRÉ HIPERTENSO : 121X81 < PA < 139x89 HIPERTENSO 1 : 140x89 < PA < 159X99 HIPERTENSO 2 : PA > 200X100 HIPERTENSÃO DO JALECO BRANCO : PA elevada quando aferida na consulta, e PA normal quando aferida em casa. Diagnóstico pelo método MAPA (monitoração ambulatorial da PA durante 24h). HIPERTENSÃO MASCARADA : picos da PA durante a noite, sendo extremamente difícil o diagnóstico durante a consulta. 2. Fundoscopia Visualização da condição vascular dos capilares, podendo identificar hemorragias, papiledema (hipertensão intracraniana), exsudatos etc. Grau de recomendação de conduta CLASSE 1 : recomendada. Paciente com AVC = fibrinólise com AAS CLASSE 2A : sugerida. CLASSE 2B : não sugerida. CLASSE 3 : não recomendada -> conduta danosa ao paciente ou ao serviço de saúde Tratamento 1. Não farmacológico Dieta, perda de peso, parar de fumar, reduzir a ingestão de bebida alcóolica (para mulheres, 50mL de destilado. Para homens, 100mL de destilado), atividade física 3x na semana por no mínimo 40 min. Classificação da atividade física Leve: quando atinge 70% da FC máx Priscilla Prado – turma 22 B 3 Moderada: quando atinge 80% da FC máx Intensa: quando atinge 90% da FC máx FC máx = 220 - idade IMC > 25 -> 50% de risco para HAS A cada 10kg emagrecido, a P sistólica diminui 20mmHg. 2. Farmacológico A. IECA ou BRA Inibidor da enzima conversora de angiotensina -> reduz TFG pois abre A. eferente Bloqueador do receptor de angiotensina II (mesmo efeito, melhor opção) IECA -> captopril, enalapril. BRA -> losartana. Ambos são nefroprotetores ! B. BBC (bloqueador dos canais de cálcio) Reduz [Ca2+] nas células musculares lisas dos vasos, amenizando a vasoconstrição -> tende à vasodilatação -> edema de MMII. • Central: verapamil e diutiazem • Periférico: anlodipino -> mais usado para HAS C. Diuréticos tiazídicos Reduzem RVP em 6 semanas. 3. Intervenção percutânea Em HAS persistente que não responde à 3 classes de anti-hipertensivos. A. Denervação renal Bloqueio da invervação renal -> reduz efeito do simpático sobre os rins Priscilla Prado – turma 22 B 4 Crise hipertensiva Ps > 180mmHg + Pd > 120mmHg + sintomatologia relacionada ao aumento de pressão em órgãos alvo Paciente chega no pronto socorro -> sinais vitais + perguntar sintomatologia -> checar subsistemas nobres -> decidir se paciente vai para UTI ou pode ficar no PS. Urgência hipertensiva -> risco de vida em potencial Paciente assitomático ou oligossintomático, sem sintomas de disfunção orgânica -> mantido no PS Þ Redução da PA em 24h, com drogas enterais. Þ Monitorar PA e repouso Estratégia terapêutica Reduzir a PA em 20% Captopril (6,25 - 25mg VO) Clonidina (0,2mg VO) Emergência hipertensiva -> risco iminente à vida Paciente sintomático com disfunção orgânica, que acomete rins, cérebro, coração, aorta (subsistemas nobres) -> encaminhado para UTI. Þ Redução da PA na 1ª hora, com drogas parenterais. NUNCA reduzir a PA rapido nem mais que 25%, pois pode levar à uma hipovolemia e à sequelas graves (hipoperfusão cerebral -> AVC). Þ Pegar acesso venoso, monitorar PA com linha intra-arterial (curva de pulso arterial médio), monitorização por ecocardiografia. Priscilla Prado – turma 22 B 5 ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA Sintomatologia: PA elevada + cefaleia, alteração de consciência, hiperestesia, náuseas, distúrbios visuais e motores, edema cerebral, papiledema. Hipertensão cerebral -> barorreceptores fazem vasoconstrição dos vasos para regular perfusão -> quando sobrecarregados, inativam tal mecanismo -> vasodilatação = hiperperfusão cerebral -> extravasamento do líquido para o interstício = edema cerebral Diagnóstico diferencial: AVC, hemorragia subaracnoídea, lesões tumorais -> não possuem HA importante. Estratégia terapêutica Reduzir a PA em 20% na primeira hora (ideal Pd 100mmHg) Nitroprussiato de sódio 0,25 - 0,5mcg/kg/min (vasodilatador pleno) Labetalol 0,5mg/min (ß bloqueador) PA IDEAL: 72mmHg PIC limite: 12mmHg (seu aumento indica aumento de LCR ou massa) Se administrar o nitroprussiato em dose errada = asfixia por formação de cianato (tóxico) DISSECÇÃO AÓRTICA Sintomatologia: PA elevada + dor torácica aguda Como identificar? ECG, angiotomografia, ecocardiografia. Estratégia terapêutica Reduzir PA para < 120 x 80 mmHg Nitroprussiato de sódio Labetalol, Osmolol (ß bloqueador - regula FC devido possibilidade de taquicardia reflexa - reduz risco de progressão) A bradicardia leva à um aumento do tempo da diástole, favorecendo uma regurgitação por insuficiência aórtica. Priscilla Prado – turma 22 B 6 EDEMA AGUDO DE PULMÃO Sintomatologia: PA elevada + IC aguda (dispneia, estertor) Estratégica terapêutica Atuar tanto na pré quanto na pós carga, para tirar a sobrecarga cardíaca. Furosemida (reduzir pelo menos 20% da volemia - pré carga) Nitroprussiato de sódio (reduzir vasoconstrição/RP - pós carga) Choque cardiogênico = edema + hipotensão SÍNDROME CORONARIANA AGUDA Como identificar: ECG com supra de ST em 2 derivações! Estratégia terapêutica Reduzir pós carga e MVO2 Nitroglicerina (vasodilatador coronariano) Nitroprussiato de sódio (vasodilatador) Labetalol (ß bloqueador) ECLÂMPSIA Sintomatologia: PA . 14x9 + proteinúria > 300mg/24h + convulsão -> gestantes após a 20ª semana = grande mortalidade. Estratégia terapêutica Sulfato de magnésio 4g IV / 1-2g IV para manutenção Reverter quadro e interromper a gestação em até 4h. EVITAR IECA pois atrapalha no processo de parto. Como lidar com uma crise convulsiva? Permear vias aéreas, proteger língua, oxigenar, sentar paciente.
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