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O ensino e a aprendizagem de língua portuguesa no âmbito da linguística aplicada

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O ensino e a aprendizagem de língua portuguesa no âmbito da linguística aplicada.
Atualmente, a linguística aplicada não se ocupa tão somente do ensino de línguas e não se configura como mero espaço de aplicação da Linguística Teórica, diferentemente do que acontecia na metade do século XX, como nos diz um parágrafo presente na apostila fazendo referencia a unidade anterior, segue o parágrafo informativo:
Como estudamos na Unidade anterior, a Linguística Aplicada, hoje, diferentemente do que se deu na segunda metade do século XX, não se ocupa tão somente do ensino de línguas e não se configura como mero espaço de aplicação da Linguística Teórica. Na condição de campo inter/trans/indisciplinar, a Linguística Aplicada focaliza, entre outros tantos temas, discussões sobre identidade, linguagem e trabalho, gêneros antropológicos, tecnologias, comunicação intercultural, línguas minoritárias, gêneros do discurso, formação de professores etc. O ensino de línguas, no entanto, nunca deixou de ser um território privilegiado no campo dos estudos do linguista aplicado e, em se tratando de um curso de formação de licenciados em Língua Portuguesa, importa que secundarizemos tais outros interessantes enfoques e nos valhamos desta disciplina para uma discussão bastante pontual acerca do ensino e aprendizagem de língua materna.
Ao longo dessa unidade trabalharemos com três seções: a primeira delas discute o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita concebidos como um problema linguístico socialmente relevante, no âmbito de ação da Linguística Aplicada; a segunda seção procede a uma digressão histórica, convidando você a (re)construir o percurso de constituição da disciplina de Língua Portuguesa na esfera escolar, de modo a entender a relevância e a configuração dessa disciplina no cenário atual; e a última seção, a seu turno, focaliza o comprometimento do ensino de língua materna hoje com uma concepção de linguagem de base sociointeracional, opção que deriva de documentos públicos institucionais amplamente conhecidos e estudados.
O ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita no Brasil: um problema linguistico socialmente relevante?
Para iniciarmos a discussão a cerca do tema acima explicitado, existe uma reflexão bem pertinente a se fazer: Parece truísmo apontar problemas na formação do leitor e do produtor de textos em muitas escolas brasileiras, no entanto, se dispomos de um conjunto expressivo de anos de escolarização para tal, por que não temos tido, em inúmeros contextos, o êxito esperado no que respeita ao desenvolvimento dessas habilidades? Isso nos leva a questionar, será que os responsáveis são os alunos?
Na maioria das situações só olhamos para os produtores de texto e não observamos se quem deveria lhes passar as devidas informações para que eles desenvolvam essas habilidades esteja com alguma deficiência no momento de ensinar.
Alguns dados institucionais sobre o domínio da modalidade escrita no país
Um dos indicadores que mais têm sido citados nesse âmbito de discussões é o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o qual mensura habilidades e conhecimentos de jovens de quinze anos, cidadãos de países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre outras nações convidadas, a exemplo do Brasil. Em nosso país, o processo é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação.
O PISA foca nas áreas de leitura, matemática e ciências, com o intuito de avaliar se os alunos estão conseguindo apreender e desenvolver as habilidades que são consideradas fundamentais para o ano de escolaridade ao qual estão inseridas. Em relação aos resultados apresentados pela avaliação do PISA: 
Quanto à primeira avaliação do Pisa, aconteceu no ano 2000; dela participaram 4.893 alunos brasileiros, os quais obtiveram o pior desempenho dentre as 43 nações participantes – 396 pontos. Em 2006, 57 países participaram da avaliação do Pisa. O Brasil esteve representado por 9.295 alunos e obteve 393 pontos no exame de leitura, desempenho que colocou o país na 49ª posição, dentre 52 países, no ranking do indicador. (RELATÓRIO PISA, 2009).
Salientamos que esses resultados não estão inseridos os dados relativos à leitura, pois tal conteúdo não só passou a integrar essas avaliações somente em 2009.

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