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Fisiologia da Reprodução ❖ A reprodução humana é sexuada, havendo a necessidade de genótipos de ambos os pais ❖ ▪ Aumento da variabilidade genética ▪ Aumento da chance de adaptação da espécie ❖ ▪ Alto consumo de energia ▪ Competição por parceiros ❖ XX ou XY (gônada indiferencia- da) ❖ ovários (9ª semana) ou testí- culos (6-7ª semana) ❖ Com a formação de testículos, há as células de Sertoli (hormônio antimulleriano) e as células de Leydig (testosterona) ❖ Com a formação de ovários, não há hormônio antimulleriano e nem testosterona ❖ trato genital feminino e trato genital masculino e genitálias externas ❖ Os homens nascem com espermatogônias, que serão amadurecidas na puberdade ❖ faz com que o ducto de Muller entre em degeneração e haja o desenvolvimento do ducto de Wolf, formando posteriormente próstata, vesícula seminal, ducto deferente, epidídimo e testículo ❖ Na mulher, o ducto Wolf entra em degenera- ção e o ducto de Muller se desenvolve, formando ovário, oviduto, trompa, útero e vagina ❖ Inicialmente, ocorre a definição do sexo genético, seguido pela definição do sexo gonádico e, por fim, o estabelecimento do sexo fenotípico (genital) ❖ ▪ O líquido seminal oferta o ambiente para que o espermatozoide fecunde o óvulo ▪ Quando o indivíduo atinge a puberdade, ele tem células germinativas em diversos graus de desenvolvimento ▪ Barreira hematotesticular: forma de tentar proteger a carga genética do homem ▪ O hipotálamo sintetiza o GNRH (hormônio liberador de gonadotropinas), que age na adeno-hipófise induzindo a liberação de FSH (hormônio folículo estimulante, que age nas células de Sertoli, liberando inibina que retroalimenta a própria liberação de FSH) e de LH (hormônio luteinizante, que age nas células de Leydig para produzir testosterona, que retroalimenta a produ- ção de LH e de GNRH) ▪ A produção de testosterona só ocorre na puberdade porque é quando o hipotála- mo completa o desenvolvimento dos núcleos neuronais responsáveis pela produção de GNRH ▪ O LH age nas células de Leydig, aumentando a síntese de testosterona, que se difunde para a célula de Sertoli, sendo conjugada com a proteína de ligação de androgênios, sendo levado para fora do testículo e estabelecer as características sexuais secundárias, como aumento da massa muscular, voz grossa, pelos no corpo, barba, virilidade, produção de espermatozoides e libido sexual mas- culino ▪ A proteína de ligação é crucial para o estabelecimento das características sexu- ais secundárias, precisando ser sintetizada a partir da ligação do FSH com seu receptor na célula de Sertoli ▪ A testosterona local é fundamental para a espermatogênese ▪ Nos testículos, sob ação do LH, o colesterol é convertido em pregnenolona, que é convertida em 17-hidroxipregne- nolona, sendo convertida em desidroepi- androsterona (DHEA), que é convertida em androstenediona, para ser convertida em testosterona ▪ Uma vez que a testosterona produzida é sai dos testículos para ser distribuída pelo corpo, ela sobre uma transformação peri- férica, sendo reduzida e transformada em di-hidrotestosterona, que é muito mais potente do que a testosterona, sendo responsável pela virilidade masculina, pelo interesse sexual, crescimento de barba e voz grossa, por exemplo ▪ O acrossoma do espermatozoide protege o núcleo, que é onde fica o material genético, e possui enzimas que digerem a zona pelúcida do óvulo ▪ O espermatozoide é dotado de mitocôn- drias, para ter energia necessária para percorrer todo o útero até fertilizar o óvulo ▪ Os principais hormônios da espermatogê- nese são o LH, o FSH e a testosterona, sendo esta que define as características sexuais secundárias masculinas ❖ ▪ Em decorrência da disposição dos órgãos genitais femininos, onde o ânus está pró- ximo da uretra, as mulheres são mais pro- pensas a terem infecções urinárias, sendo a maioria causada por bactérias que vem do trato digestivo ▪ O hipotálamo produz GNRN, induzindo a hipófise anterior a produzir FSH e LH, que agem no ovário para induzir a produção de estrogênios, que são responsáveis pelo desenvolvimento do óvulo, pela deposição de gordura e pelo desenvolvi- mento das mamas, que influenciam a inibina a retroalimentar a hipófise anterior ▪ A produção de estrogênios retroalimenta a hipófise anterior e o hipotálamo ▪ A progesterona só passa a predominar em relação ao estrogênio quando há gravidez ▪ O estrogênio predominante é o 17-beta- estradiol ▪ Sob ação do LH, há a indução na célula da teca para a produção de andrógeno ▪ Sob ação do FSH na célula da granulosa, há aumento da expressão da enzima aromatase, que é responsável por converter o andrógeno produzido pela célula da teca em estrógeno (na gravidez, há a conversão em progesterona) ▪ Nos ovários, há a conversão de colesterol em pregnenolona por meio da indução do LH, que é convertida em progestero- na, não sendo a rota biossintética não é a prevalente, acontecendo apenas na gravidez ▪ Na rota predominante, a pregnenolona é convertida em 17-hidroxipregnenolona, que é convertida em desidroepiandroste- rona, sendo convertida em androstenedi- ona, transformando-se na testosterona e, sob indução do FSH, havendo a conver- são para 17-beta-estradiol por ação da enzima aromatase ▪ A mulher já nasce com um número determinado de ovócitos primários e, ao atingir a puberdade, de forma cíclica, ela amadurece um desses ovócitos ▪ O ciclo ovariano dura por volta de 28 dias ▪ A partir do dia 1, começa a maturação dos folículos ovarianos, para formar o óvulo ▪ A menstruação ocorre paralelamente a essa maturação dos folículos ovarianos, porque a partir do dia 1 já começa a haver liberação de FSH e de LH ▪ Quando a maturação é completada, ocorre ruptura do folículo ovariano, havendo a liberação do óvulo maduro e, os outros dois ou três folículos que começaram a maturação pararelo, eles sofrem atresia e formam o corpo lúteo ▪ Em torno do 14ª dia, há a ovulação, tendo o óvulo e o corpo lúteo ▪ Se o óvulo não é fecundado, o corpo lúteo regride e em torno do 28º dia, tanto o corpo lúteo quanto o óvulo são liberados por descamação uterina, inician- do-se outro ciclo ▪ A liberação do estrogênio retroalimenta negativamente a liberação de FSH e de LH e, quando o pico de estrogênio está muito elevado, há surto de liberação de LH e de FSH por indução na adeno- hipófise, explodindo o folículo ovariano e liberando o óvulo ▪ O nível de progesterona, após a liberação do óvulo, começa a aumentar significa- tivamente, porque é produzido pelo corpo lúteo em uma forma de entender que, como houve a ovulação, a mulher está perto de engravidar ▪ O aumento da progesterona altera a composição do endométrio, liberando mais muco e secreção para o óvulo se preparar para a fecundação ▪ Quando o corpo lúteo é destruído, começa a descamação e o nível de estrogênio diminui drasticamente ▪ Para haver a fertilização, é necessária proximidade entre o coito e a ovulação, motilidade uterina, progesterona (espes- samento do muco cervical) e sobrevida e capacitação do espermatozoide ▪ O zigoto recém-formado, o zigoto de uma célula e o zigoto de duas células ficam na trompa, enquanto que o zigoto de quatro células (mórula), o zigoto de oito células, o blastocisto inicial e o blastocisto maduro se encontram no útero ▪ Quando o blastocisto começa a implanta- ção, há também o início da nutrição histrotrópica (por difusão) e, quando o feto passa a se desenvolver mais, essa nutrição passa a ser hemotrópica (trans- ferência bidirecional de gases, nutrientes e excretas) ▪ A placenta possui importantes funções, como respiratória, excretora, nutriz e endócrina (estimula a produção de pro- gesterona e de gonadotrofina coriônicahumana, que estimula o córtex adrenal fetal e os receptores de LH no corpo lúteo) ▪ A progesterona é responsável pelo cres- cimento e diferenciação das mamas e pela redução da excitabilidade miometrial (para evitar um possível aborto espontâ- neo, bloqueando a contração uterina) ▪ Durante o trabalho de parto, há o feedback positivo para produção de ocitocina ▪ Após o parto, há uma diminuição nos níveis de progesterona e de estrógeno, fazendo com que ocorra a sensibilização para a produção de prolactina (hormônio chave para a lactogênese) ▪ Os ciclos ovariano e menstrual são resul- tado da variação cíclica de LH, FSH, es- trógeno e progesterona ▪ A determinação das características sexu- ais secundárias femininas é induzida pelo estrógeno ▪ A progesterona é o hormônio chave na manutenção da gravidez ❖ ▪ Vasectomia: procedimento cirúrgico que interrompe o fluxo de espermatozoides, por meio de corte no ducto deferente ▪ Preservativo peniano: é um envoltório peniano que pode conter agentes espermicidas e previne DSTs ▪ Preservativo feminino: inserido na vagina e previne DSTs ▪ Diafragma: colocado na entrada do útero e impede a entrada de espermatozoides ▪ DIU: cria um ambiente intrauterino des- favorável para os espermatozoides (o de Mirena é hormonal e o de cobre é sem hormônios) ▪ Pílula anticoncepcional: combinação de estrogênio e progesterona (em concen- trações mais altas do que o fisiológico) ▪ Pílula do dia seguinte: método contra- ceptivo de emergência que tem a com- binação de estrogênio e progesterona em nível elevado