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GRAVIDEZ ECTÓPICA É uma gravidez que está sendo gerada fora da cavidade uterina. · Etiologia → Etiolog · Doença Inflamatória Pélvica; · Dispositivo Intra Uterino; · Cirurgia Tubária Prévia; · Endometriose; · Pílula de emergência - A pílula tem uma dosagem exagerada de progesterona e a progesterona diminui o movimento ciliar da tuba. Se a pílula é usada erroneamente (exemplo: 3 dias após a relação desprotegida) a progesterona vai cessar esses movimentos ciliares de maneira muito efetiva, porém, já ocorreu a fecundação. Devido ao excesso de progesterona, a hora que o óvulo é liberado para entrar em contato com o esperma na tuba, o movimento ciliar da tuba está reduzido e então a fecundação acaba ocorrendo na região da trompa. · Doença Sexualmente Transmissível; · Antecedentes de Gravidez Ectópica; · Procedimento de reprodução assistida; · Tabagismo e drogas → drogas e tabaco diminuem o movimento ciliar; → Localização e frequência: 96% - Tuba uterina (70% ampular) Paciente com suspeita de ectópica, qual a sua conduta? Expectante → mais rara · Para nós tomarmos uma conduta expectante na prenhez ectópica o estado hemodinâmico da mãe tem que estar bem compensado, além disso, os níveis de beta hCG devem estar baixos (< 5000) e que vão declinando em controles após 48 horas em que repetimos o beta; · Massa anexial não vista ou discreto volume; · Sem embrião visível e/ou sem BCF presentes; Medicamentosa · Estado hemodinâmico compensado; · Níveis de beta (< 5000); · Massas anexiais (< 3 - 3,5cm); · Sem BCF presentes; · Falha no tratamento expectante O tratamento medicamentoso é quimioterapia com Metotrexato. METOTREXATO · Uso do metotrexato, antagonista do ácido fólico, usado na prenhez tubária com saco gestacional menor que 3-4cm medido pela USG, beta < 5000, sem ruptura, sem alteração do estado hemodinâmico, sem BCF presente ao ultrassom; · Utilizado por via IM. Raramente pode ser utilizado no sítio de implantação do ovo (na videolaparoscopia ou por ultrassom endovaginal); · No caso de prenhez abdominal (casos raros) o tratamento é fundamentalmente cirúrgico, indicado tão logo o diagnóstico tenha sido feito e haja sangue disponível para reposição volêmica. Cirúrgica · Mal estado hemodinâmico; · Ruptura tubária; · Níveis de beta hCG > 5000UI; · Massa anexial > 5,0 cm; · BCF presentes; · Falha nos tratamentos anteriores Na conduta cirúrgica, pode utilizar videolaparoscopia ou laparotomia. É utilizado nos casos maiores de 5,0 cm, mal estado hemodinâmico, ruptura tubária, níveis de beta maiores do que 5000UI, beta hCG crescendo após 48 horas após o tratamento clínico, com BCF presente, falha no tratamento expectante ou clínico. A cirurgia laparoscópica tem preferência sobre a laparotomia por ser menos invasiva, com menor perda de sangue e menor exigência anestésica; Pode ser feita a salpingostomia, com remoção do saco gestacional por sucção ou salpingectomia reservada para sangramentos incontroláveis, gestação ectópica de repetição. Laparotomia · Ectópica rota com grande sangramento (> 2 litros); · Hemodinamicamente instável; · Grande quantidade de sangue em cavidade que se refaz contínua e rapidamente; · Falta de aparelhagem ou treinamento cirúrgico Laparoscopia · Também pode ser utilizada na ruptura tubária; · Hemodinamicamente estável; · Grande quantidade de sangue em cavidade, porém que permite a lavagem da cavidade e sua visualização; · Aparelhagem possível e equipe com treinamento cirúrgico. Na videolaparoscopia pode retirar a trompa (salpingectomia - casos de trompa destruída ou rota), ou pode conservá-la (salpingostomia). Na cirurgia conservadora, pode haver persistência de beta, com necessidade de complementação de tratamento com metotrexato. FATORES DE RISCO → Fatores que obstruem a mobilidade dentro da trompa: ALTO RISCO: · Salpingites por clamídia ou gonorreia; · Alterações anatômicas na trompa; · DIU; · Prenhez ectópica anterior; · Endometriose; · Procedimentos cirúrgicos anteriores como laqueadura e plástica tubária; MODERADO RISCO: · Infertilidade tratada com indutores da ovulação; · Múltiplos parceiros sexuais; · Infecção ginecológica antiga; PEQUENO RISCO: · Cirurgias abdominais prévias como apendicectomia; · Uso de duchas vaginais; · Tabagismo; · Início da atividade sexual com menos de 18 anos; Quando a paciente nos procura, ela vai apresentar um beta hCG positivo, sangramento vaginal e no ultrassom não apresenta saco gestacional dentro do útero. · Para mulher estar grávida tem que ter um beta hCG de aproximadamente 25; · Para começar a se formar um saco gestacional intra útero, o beta hCG tem que estar > ou = 1500. Então se você pediu um beta hCG quantitativo com o resultado > ou = 1500, essa mulher está grávida. Fez o ultrassom e o saco gestacional não está no útero, em algum lugar tem que estar!!! Repetir dosagem de beta hCG em 48 horas → continua aumentando → repete ultrassom → não encontra nada → prenhez ectópica. · Quando é mola hidatiforme os betas oscilam (sanguíneo: 40.000, urinário: 100.000); O problema é que a maioria das pacientes chegam para nós em choque ou pré-choque → dor abdominal intensa, sinais de irritação peritoneal, alterações hemodinâmicas = ruptura tubária. Paciente com história de atrasos menstruais, relação desprotegida, dor abrupta intensa, alterações hemodinâmicas → prenhez ectópica rota. Ao toque, dor em fundo de saco → paciente grita de dor → grito de Douglas. A tuba uterina é um ramo direto da aorta abdominal, logo, sangra muito quando se rompe (em média de 20 compressas - 2L de sangue). Gravidez ectópica nem sempre é visualizada no ultrassom → íntegra inicial, dificilmente vai ser visualizada pela ultrassonografia. O exame mais fidedigno é o beta hCG, que se acima de 1500 temos que visualizar saco gestacional intrautero. Sangramento em gestação ou bolsa rota = exame especular. O controle é sempre com ultrassonografia endovaginal e dosagem de beta hCG quantitativo.
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