Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Módulo do Curso de Licenciatura em Ensino de Física Didáctica de Física II F0086 3 Ano Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino `a Distância Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância). O não cumprimento desta advertência é possível a processos judiciais. Elaborado pela: Egina Paulo Titosse βande Licenciada em Ensino de Física pela Universidade Pedagógica de Moçambique, Delegação da Beira Docente e Coordenadora do Curso de Licenciatura em Ensino de Física da Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED) Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino `a Distância-CED Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa Moçambique-Beira Telefone: 23 32 64 05 Cel: 82 50 18 44 0 Fax:23 32 64 06 E-mail:ced@ucm.ac.mz Website: www.ucm.ac.mz Didáctica de Física II 3 Ano i Índice Visão Geral 1 Benvindo a Didáctica de Física II - 3 Anos .................................................................... 1 Objectivos do curso ....................................................................................................... 1 Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 2 Como está estruturado este módulo................................................................................ 2 Ícones de actividade ...................................................................................................... 3 Acerca dos ícones ........................................................................................ 3 Habilidades de estudo .................................................................................................... 3 Precisa de apoio? ........................................................................................................... 4 Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 4 Avaliação ...................................................................................................................... 5 Unidade 01 7 Didáctica e o Curriculo .................................................................................................. 7 Introdução ..................................................................................................................... 7 Sumário ......................................................................................................................... 8 Exercícios...................................................................... Error! Bookmark not defined. Unidade 02 11 Os Princípios Básicos do Ensino.................................................................................. 11 Introdução .......................................................................................................... 11 Sumário ....................................................................................................................... 13 Exercícios.................................................................................................................... 13 Unidade 03 15 A Aprendizagem ......................................................................................................... 15 Introdução .......................................................................................................... 15 Sumário ....................................................................................................................... 17 Tarefas ........................................................................................................................ 17 Unidade 04 19 Teorias de Aprendizagem ............................................................................................ 19 Introdução .......................................................................................................... 19 Sumário ....................................................................................................................... 21 Tarefas ........................................................................................................................ 22 Unidade 05 23 Estilos de Aprendizagem ............................................................................................. 23 Introdução .......................................................................................................... 23 Didáctica de Física II 3 Ano ii Sumário ....................................................................................................................... 25 Tarefas ........................................................................................................................ 25 Unidade 06 27 Processo da Aprendizagem .......................................................................................... 27 Introdução .......................................................................................................... 27 Sumário ....................................................................................................................... 30 Tarefas ........................................................................................................................ 30 Unidade 07 31 Aprendizagem segundo Piaget ..................................................................................... 31 Introdução .......................................................................................................... 31 Tarefa .......................................................................................................................... 32 Unidade 08 33 Os factores da Aprendizagem ..................................................................................... 33 Introdução ............................................................ Error! Bookmark not defined. Sumário ....................................................................................................................... 34 Tarefa .......................................................................................................................... 34 Unidade 09 35 O Processo de Ensino de Física ................................................................................... 35 Introdução .......................................................................................................... 35 Sumário ....................................................................................................................... 36 Unidade 10 37 A Relação Professor-Aluno no Processo da Aprendizagem .......................................... 37 Introdução .......................................................................................................... 37 Sumário ....................................................................................................................... 39 Unidade 11 40 Estrategia da Aprendizagem ........................................................................................ 40 Introdução ............................................................ Error! Bookmark not defined. Tarefa .......................................................................................................................... 42 Unidade 12 43 Aula Pesquisa .............................................................................................................. 43 Introdução ..........................................................................................................43 Tarefas ........................................................................................................................ 44 Unidade 13 45 O Professor e a Tecnologia .......................................................................................... 45 Introdução .......................................................................................................... 45 Didáctica de Física II 3 Ano iii Sumário ....................................................................................................................... 47 Tarefas ........................................................................................................................ 47 Unidade 14 48 Planificação das aulas de 8ª Classe .............................................................................. 48 Introdução .......................................................................................................... 48 Sumário ....................................................................................................................... 51 Tarefa .......................................................................................................................... 51 Unidade 15 52 Planificação das aulas de 9ª Classe .............................................................................. 52 Introdução .......................................................................................................... 52 Sumário ....................................................................................................................... 55 Tarefa .......................................................................................................................... 55 Unidade 16 56 Planificação das aulas de 10ª Classe ............................................................................ 56 Introdução .......................................................................................................... 56 Sumário ....................................................................................................................... 59 Tarefa .......................................................................................................................... 59 Unidade 17 60 Planificação das aulas de 10ª Classe ............................................................................ 60 Introdução .......................................................................................................... 60 Sumário ....................................................................................................................... 63 Tarefa .......................................................................................................................... 63 Didáctica de Física II 3 Ano 1 Visão Geral Benvindo a Didáctica de Física II – 3o Anos A disciplina didáctica de física II é uma parte especifica da didáctica geral e continuação da Didáctica de Física I. Fazem parte, os conteúdos inerentes ao currículo, e outras componentes específica do ensino de Física. Nesta parte, os conteúdos da física são detalhados quer a nível dos objectivos gerais quer dos objectivos específicos, meios de ensino, métodos, tanto na sua utilização como no mecanismo de implementação. Por fim, dá-se primasia a planificação das aulas, onde os estudntes devem fazer a simulação das mesmas. Objectivos do curso Quando terminar o estudo de Didáctica de Física II, do 3o Ano, o estudante será capaz de: Objectivos 1 Estar apto a fazer uma reflexão exaustiva acerca do ensino de Física; 2 Planificar aulas no ensino básico, usando todos os critérios fundmentais; 3 Fazer uma introspecção dos temas abordados em relação ao contexto Moçambicano. 4 fornecer ao estudante algumas alternativas de condução didáctico- metodológica do processo de ensino-aprendizagem, sobre o 1o Ciclo do Ensino Secundário Geral (8a à 10a Classe); 5 capacitar o estudante, para a uma apresentação da aula Física de modo interessante para os alunos, orientada aos fenómenos, às pré- concepções dos alunos, à experiências e à história da ciência e ligada à vida diária da sociedade; 6 capacitar o estudante a planificar, projectar, realizar e avaliar de forma independente e crítica, as experiências escolares fundamentais no Didáctica de Física II 3 Ano 2 tratamento qualitativo e quantitavo de certos fenómenos e leis físicas; Quem deveria estudar este módulo Este Módulo foi concebido para todos aqueles que terminaram o 2o ano do curso de Física, e estão a cursar o 3o ano, de modo a observarem a evolução desta disciplina em relação a Didáctica de Física I. Como está estruturado este módulo Todos os módulos dos cursos produzidos por Centro de Ensino à Distância, encontram-se estruturados da seguinte maneira: Páginas introdutórias Um índice completo. Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo. Conteúdo do curso / módulo O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um summary da unidade. Outros recursos Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos adicionais para você explorer. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na internet. Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação Tarefas de avaliação para este módulo encontram-seno final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no final do modulo. Didáctica de Física II 3 Ano 3 Comentários e sugestões Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / modulo. Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. Acerca dos ícones Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia. Os ícones incluídos neste manual são... (ícones a ser enviados - para efeitos de testagem deste modelo, reproduziram-se os ícones adrinka, mas foi-lhes dada uma sombra amarela para os distinguir dos originais). Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada um com uma descrição do seu significado e da forma como nós interpretámos esse significado para representar as várias actividades ao longo deste curso / módulo. Clique aqui e seleccione Inserir elementos (imagem/tabela/nova unidade) da janela do Modelo para Ensino à Distância. Escolha ou Todos os ícones abstractos ou Todos os ícones adrinka da lista dada. Habilidades de estudo Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões nomeadamente: O lado social, Professional e estudante, dai ser importante planificar muito bem o seu tempo. Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho, com colegas, outros). Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas competências mediante a resolução de problemas específicos,estudos de caso, reflexão, etc. Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a informação mais relevante. Use estas informações para a resolução das Didáctica de Física II 3 Ano 4 exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de notas desempenha um papel muito importante. Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento. Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar, organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso. Precisa de apoio? Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de clareza conteudística, etc.). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, contacte-o pessoalmente. Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de problemas específicos, ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de expediente. As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras. O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-se mutuamente, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu próprio saber e desenvolva suas competências. Juntos na Educação `a Distância, vencendo a distância. Tarefas (avaliação e auto- avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e auto- avaliação), contudo nem todas deverão ser entregue, mas é importante Didáctica de Física II 3 Ano 5 que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do período presencial. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Os trabalhos devem ser entregue nos pontos focais do CED e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docentes. Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor. O plagio deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autorias devem marcar a realização dos trabalhos. Avaliação Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação. Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira. Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira. Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões presenciais, eles representam 60% , o que adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos e 1 (exame). Não estão previstas quaisquer avaliação oral. Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas como ferramentas de avaliação formativa. Durante a realização das avaliações , os estudantes devem ter em consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. Consulte-os. Alguns feedback imediatos estão apresentados no manual. Didáctica de Física II 3 Ano 6 Didáctica de Física II 3 Ano 7 Unidade 01 Didáctica e o Curriculo Introdução Objectivos Ao completar esta unidade, você será capaz de: Identificar quais os critérios usados para a planificação do currículo; Saber quais a diferença entre a didáctica e o currículo. 1.1 Conceitualização O conceito curriculum aparece pela 1ª vez, em 1918 na obra de Bobbit, na tentativa de planificar o ensino. A princípio a Didáctica e curriculo se desenvolveram de forma paralela, referindo-se aos conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes. Só a partir dos anos 1960, o curriculo começa a tornar-se do campo da didáctica. Mas o paradigma actual considera impercendível uma integração entre o currículo e didáctica. Os estudos curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como se realiza a selecção e organização do conhecimento. O aspecto curricular amplia para questões como: o que”, o porque o para que e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas sempre o colocando no centro das suas considerações o aluno. Para que esses conteúdos curriculares cumoram os objectivos é necessário uma selecção e uso adequado das melhores estratégias didácticas que não podem ser Didáctica de Física II 3 Ano 8 independentes do conteúdo dos objectivos e do contexto. Para atingir metas é importante uma a estreita colaboração entre a elaboração do curriculo e a escolha das estratégias didácticas. Noa anos 1990, apesar do desenvolvimento das teorias sobre currículo e do foco sobre o conhecimento escolar, o distanciamento entre a teoria e prática ainda era muito visível.um dos aspectos que contribui para o distanciamento entre as duas áreas é o facto do currículo não ser planejado pelas escolas, o que torna os educadores apenas transmissores contribuido para manter o currículo e ensino diveorciado da realidade sócio-económico e política. O pensamento curricular actual, passou a interessar-se pelo modo como o projecto educativo se realiza nas aulas, agregando a dimensão dinâmica de sua realização. De forma, que a didáctica precisa se ocupar em questões relacionadas ao conteúdo e os estudos curriculares se estendeu até a prática. Tanto a didáctica como o currículo têm objectivos bem delineados, pois, o primeiro ocupa-se predominantemente das questões relacionadas `a selecção e organização do conhecimento escolr e a segunda, prioriza o ensino como objecto de estudo. Portanto, a escola precisa de uma nova organização de forma que não haja separação entre teoria e prática. Para isso, é necessário romper com o paradigma conservador, no qual uma minoria pensa e uma maioria executa. Além de construir uma maior interação entre curriculistas e especialistas em didática. E dessa forma, poder-se-á resolver o problema do distanciamento entre a produção teórica e a realidade vivida no quotidiano escolar. Sumário A discussão sobre currículo deve ser aberta a sociedade, havendo assim uma descentralização de poderes, e fazendo assim a nossa escolha de que futuro almejamos. E para que esse futuro desejado seja alcançado é necessário que iniciemos no hoje, para assim não Didáctica de Física II 3 Ano 9cairmos no fatalismo das reclamações sem atitude tomar. Tarefas 1. Debruça-se acerca do conceito abordado na unidade. 2. Como acha que o currículo do ensino em Moçambique é abordado? Comente. Didáctica de Física II 3 Ano 11 Unidade 02 Os Princípios Básicos do Ensino Introdução Os princípios básicos do ensino são aspectos do processo do ensino que expressam os fundamentos teóricos de orientação do trabalho docente. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Definer princípios básicos do ensino de Física; Nortear a física através destes princípios. 2.1. Os princípios básicos do ensino Estes princípios levam em conta a natureza da prática educativa escolar numa determinada sociedade, as características do processo do conhecimento, as peculiaridades metodológicas das matérias e suas manifestações concretas na prática docente, as relações entre o ensino e o desenvolvimento cognitivo dos alunos, os aspectos da aprendizagem. As exigências práticas da sala de aulas requerem algumas indicações que orientam a actividade consciente dos professores no rumo dos objectivos gerais e específicos do ensino. 2.1.1. Os princípios didácticos devem: Ter carácter científico sistemático: os conteúdos de ensino devem estar em concordância com os conhecimentos cientificos actuais e com os métodos de investigação próprios de cada matéria; Recomenda ao Professor: buscar explicação científica de cada conteúdo da matéria; Didáctica de Física II 3 Ano 12 Orientar o estudo independente dos alunos na utilização dos métodos científicos da matéria; Garantir a consolidação da matéria anterior por parte do aluno antes da nova matéria; Assegurar através do plano de ensino e na aula a articulação sequencial entre os conceitos e as habilidades; Assugurar a relação objectivos-conteúdos-métodos; Organizar as aulas de modo que sejam enfatizadas as inter- relações entre os conhecimentos da matéria e entre estes. Ser compreensível e possível de ser assimilado: recomendações de práticas para atender a este princípio: dosagem do grau de dificuldades no processo de ensino, tendo em conta superar a contradição entre as condições prévias e os objectivos a serem alcançados; análise sistemática da correspondência entre o volume de conhecimentos e as condições concretas do grupo de alunos; aprimoramento e actualização por parte do professor nos conteúdos da matéria que lecciona como condição de torná-los compreensíveis e assimiláveis pelos alunos. Assegurar a relação conhecimento-prática: algumas recomendações: Exigir dos alunos que fundamentem, com o conhecimento sistematizado aquilo que realizam na prática; Estabelecer sistematicamente, vínculos entre os conteúdos escolares, as experências e os problemas da vida prática; Mostrar como os conhecimentos de hoje são resultados da experiência das gerações anteriores em atender necessidades práticas da humanidade e como servem para criar novos conhecimentos para novos problemas. Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem: algumas recomendações práticas em relação a este princípio: Explicitar a contradição entre idéias e experiências que os alunos possuem sobre um facto ou objecto de estudo e o conhecimento científico sobre esse facto ou objecto de estudo; Esclarecer aos alunos sobre os objectivos da aula sobre a importância de novos conhecimentos para a sequência dos estudos ou para atender necessidades futuras. Estimular os alunos a expor e defender pontos de vista, conclusões sobre uma observação ou experiência e a confrontá-los com outras opiniões; Didáctica de Física II 3 Ano 13 Formular questões que estimulem a exercitação do pensamento e solução criativa ; Criar situações didácticas (discussões, exercícios, testes, conversação dirigida, etc.) em que os alunos possam aplicar conteúdos à situações novas ou a problemas do meio social; Desenvolver formas didácticas variadas de aplicação do método de solução de problemas. Garantir a solidez dos Conhecimentos: este princípio se apoia na afirmação de que o desenvolvimento das capacidades mentais de acção é o principal objectivo do processo de ensino de que é atingido no próprio processo de assimilação de conhecimentos, habilidades e hábitos. A assimilação não é conseguida se os alunos não demonstrarem resultados sólidos por um período mais longo ou menos longo. Sumário O atendimento dum princípio exige do professor frequente recapitulação da matéria, exercícios de fixação, tarefas individualizadas do aluno que apresentem dificuldades e sistematização dos conceitos básicos da matéria. Tarefas 1. Quais os princípios básicos de ensino de Física? 2. Quais as recomendações cruciais para o professor? Didáctica de Física II 3 Ano 15 Unidade 03 A Aprendizagem Introdução O acto ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois, somente este possui o carácter intencional ou a intenção de aprender, dinâmico por estar sempre em mutação e procurar informações para a aprendizagem. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Dar vários conceitos da aprendizagem; Definir a aprendizagem de acordo com os estudiosos citados nessa unidade; Dar exemplos concretos da aprendizagem. 3.1. Conceitualização De acordo com alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação ocorrre através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pelas simples aquisição de hábitos. Outro conceito é uma mudança relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou não, adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivadora. Didáctica de Física II 3 Ano 16 O ser humano nasce potencialmente para aprender, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidades) para oparendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o acto de aprender a falar, a andar, necessitndo que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. A aprendizagem, muitas vezes se verifica no seu meio social e teporal, em que o indivíduo convive, sua conduta muda, normalemt por esses factores e por predisposições genéticas. O processo da aprendizagem pode ser definido de forma sucita, como o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportmento. Porém, existe várias definições de pressupostos político-ideológico, relacionados com a visão do homem, sociedade e saber. 3.2. Aprendizagem na Antiguidade A aprendizagem vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da antiguidade oriental. No Egipto, China, e na India, a finalidade era de transmitir as tradições e os costumes. Na antiguidade clássica, na Grécia e na Roma, a aprendizagem passou a seguir duas linhas opostas, porém, complementares; A pedagogia da personalidade visava a formação individual; A pedagogia humanista desenvolvia os indivíduos numa linha onde o sistema de ensino-sistema educacional era representativo da realidade social e dava ênfase à aprendizagem universal. 3.2.1. A Aprendizagem na Idade Média Na idade Média, a aprendizagem e consequentemente o ensino, passaram a ser determinada pela religião e seus dogmas. No final deste período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem e do ensino com independência em relação ao clero. Devido as modificações que sofreram com o advento do humanismo e da reforma no sec. XVI, e sua ampliação a partir da revolução francesa, as teoriasdo ensino – aprendizagem continuaram a seguir seu rumo natural. Didáctica de Física II 3 Ano 17 3.2.2. Aprendizagem no sec. XX Neste século, os cientistas Edwin Guthrie, Clark Hull pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem. Para Guthrie as resostas ao invés das percepções ou oa estados mentais, poderiam formar os componentes da aprendizagem; Hull, afirmava que a força do hábito, além dos estímulos originados pela recompensas, constituia um dos principais aspectos da aprendizgem, a qual se dava num processo gradual. Tolman, seguia a linha de raciocínio de que o princípio objecivo visado pelo sujeito era a base comportamental para a aprendizagem. Precebendo o ser humano na sociedade em que está inserido, se faz necessário uma maior observação de seu estado emocional. Sumário O processo da aprendizagem pode ser definido de forma sucita, como o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportmento. Porém, existe várias definições de pressupostos político-ideológico, relacionados com a visão do homem, sociedade e saber. Tarefas 1. Dê uma definição, a partir do seu ponto de vista da aprendizagem; 2. Fale da aprendizagem na idade média; 3. Relaciona esta (idade média) com a aprendizagem em Moçambique; 4. Fale do actual paradigma da aprendizagem . Didáctica de Física II 3 Ano 19 Unidade 04 Teorias de Aprendizagem Introdução A aprendizagem é um assunto bastante discutido por vários estudiosos, que enumeram alguns tipos de aprendizagem. Ao completar esta unidade você será capaz de: Objectivos Saber distinguir as várias teorias da aprendizgem, de acordo com os diferentes estudiosos; Interpretar as diversas teorias. 4.1 Teoria de Ausubel O foco da teoria de Ausubel sustenta três tipos gerais de aprendizagem (MOREIRA 1982, p.89 e 90): Aprendizagem cognitiva: é aquela que resulta no armazenamento organizado de informações na mente do ser que aprende. E esse complexo organizado é conhecido como estrutura cognitiva; Aprendizagem afectiva: é aquela que resulta de sinais internos ao indivíduo e pode ser identificada como experiências tais como prazer e dor, satisfação ou descontentamento, alegria ou ansiedade. Algumas experiências afectivas acompanham sempre as experiências cognitivas, portanto, a aprendizagem afectiva é concomitante com à cognitiva. Aprendizagem psicomotora: é aquela que envolve respostas musculares adquiridas mediante treino e prática, mas alguma aprendizagem é geralmente importante na aquisição de habilidades psicomotoras tais como aprender a tocar piano, jogar futebol ou dançar balé. Didáctica de Física II 3 Ano 20 4.2. BEHAVIORISMO (Teóricos do Comportamento) Definição: Teoria da aprendizagem (humana e animal) que se centra apenas nos "comportamentos objectivamente observáveis" negligenciando as actividades mentais. A aprendizagem é simplesmente definida como a aquisição de um novo comportamento. 4.2.1. Princípios do Behaviorismo A forma mais simples de aprendizagem é a habituação, isto é, a diminuição da tendência para responder aos estímulos que, após uma exposição repetida, se tornaram familiares. O organismo aprende que já encontrou um dado estímulo numa situação anterior. O "condicionamento" é um processo universal de aprendizagem: 1) Condicionamento clássico : engloba o reflexo natural de resposta a um estímulo. O organismo aprende a associar dois estímulos : - o EI (estímulo incondicionado) - que surge antes do condicionamento e evoca uma RI (resposta incondicionada); - o EC (estímulo condicionado) - estímulo que se emparelha sucessivamente ao EI e que acaba por evocar uma RC (resposta condicionada) em geral semelhante à RI. 2) Condicionamento instrumental (operante): que envolve o reforço da resposta ao estímulo. Trata-se de um simples sistema de retroacção (feedback) que obedece à lei do efeito de Thorndike segundo a qual a tendência para realizar a resposta é fortalecida se esta for seguida de recompensa (reforço) e enfraquecida se não o for. Ao contrário do que acontece no "condicionamento clássico" - em que a RC é evocada pelo EC - no "condicionamento operante" a "RC é emitida do interior do organismo" (Skinner). Críticas: a) Não leva em conta algumas capacidades intelectuais das espécies superiores; b) Não explica alguns tipos de aprendizagem , como por exemplo o reconhecimento de padrões de fala diferentes detectados em bebés que não tinham sido antes reforçados para tal; Didáctica de Física II 3 Ano 21 c) Não explicam alguns dados conhecidos de adaptação, por parte de alguns animais, dos seus comportamentos (previamente reforçados ) em novos contextos. 4.2.2. O Construtivismo Definição: Teoria da Aprendizagem que parte do pressuposto de que todos nós construimos a nossa própria concepção do mundo em que vivemos a partir da reflexão sobre as nossas próprias experiências. Cada um de nós utiliza "regras" e "modelos mentais" próprios (que geramos no processo de reflexão sobre a nossa experiência pessoal), consistindo a aprendizagem no ajustamento desses "modelos" a fim de poderem "acomodar" as novas experiências... 42.3. Princípios do Construtivismo 1) A Aprendizagem é uma constante procura do significado das coisas. A Aprendizagem deve pois começar pelos acontecimentos em que os alunos estão envolvidos e cujo significado procuram construir. 2) A construção do significado requer não só a compreensão da "globalidade" como das "partes" que a constituem. As "partes" devem ser compreendidas como integradas no "contexto" das "globalidades". O processo de aprendizagem deve portanto centrar-se nos "conceitos primários" e não nos "factos isolados". 3) Para se poder ensinar bem é necessário conhecer os modelos mentais que os alunos utilizam na compreensão do mundo que os rodeia e os pressupostos que suportam esses modelos. Sumário Aprender é construir o seu próprio significado e não o encontrar as "respostas certas" dadas por alguém. Didáctica de Física II 3 Ano 22 (Jackeline e Martin BROOKS : "The Case for Constructivist Classrooms). Tarefas 1. Fale da teoria de Ausubel, mas retratando o nosso contexto (moçambique); 2. Debruça-se na teoria behaviorista. Didáctica de Física II 3 Ano 23 Unidade 05 Estilos de Aprendizagem Introdução Teoria da Aprendizagem que parte da ideia de que os indivíduos têm diferentes maneiras de "perceber" e de "processar a informação" o que implica diferenças nos seus processos de aprendizagem. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Quais os estilos de aprendizagem; Que princípios regem os estilos de aprendizagem. 5.1. Princípios O conceito de "estilos de aprendizagem" tem a sua raíz na Psicologia, especialmente na classificação dos "tipos psicológicos" (C. Jung). Das interacções entre os dados genéticos do indivíduo e as exigências do meio resultam diferentes formas de recolher e processar a informação, podendo apontar-se os seguintes tipos: Relativamente à Recolha da Informação : Os Concretos - recolhem a informação através da experiência directa, fazendo e agindo, percebendo e sentindo; Os Abstractos - Recolhem a informação através da análise e observação, pensando; Relativamente ao Processamento da Informação : Didáctica de Física II 3 Ano 24 Os Activos - Fazem imediatamente qualquer coisa com a informação que recolheram da experiência; Os Reflexivos - Após a recolha de novas informações pensam nelas e reflectem sobre o assunto. (McCarthy - Teaching to Learning Styles with Right/Left Mode Techniques). 5.2. Cérebro direito / Cérebro esquerdo Definição Uma teoria acerca da estrutura e funções do cérebro que sugereque: a) os diferentes hemisférios cerebrais controlam diferentes "modos" de pensar; b) todos nós temos uma preferência por um ou outro desses modos. Princípios. A investigação tem demonstrado que os dois lados (hemisférios) do cérebro são responsáveis por diferentes modos de pensamento admitindo- se que, em geral, essa divisão implica: Hemisfério Esquerdo Hemisfério Direito Lógico Aleatório Sequencial Holístico (simultâneo) Racional Intuitivo Analítico Sintético Objectivo Subjectivo Percebe o pormenor Percebe a forma A maioria dos indivíduos têm uma preferência por um destes estilos de pensamento; no entanto, algumas pessoas são adeptas dos dois estilos (ambidextras). Em geral, a Escola tende a valorizar o modo de pensar do hemisfério esquerdo (que enfatiza o pensamento lógico e a análise) em detrimento do modo característico do hemisfério direito (que é mais adequado para as artes, os sentimentos e a criatividade). 5.3.A Aprendizagem consciente Pode-se definir sete estádios de aprendizagem humana ao longo de toda a vida: i. Primeiro Estádio: Aprendizagem de sinais em função de estímulos-respostas, quer vegetativos, quer involuntários; Didáctica de Física II 3 Ano 25 ii. Segundo Estádio: Aprendizagem das relações estímulos- respostas musculares ou voluntárias; iii. Terceiro Estádio: Aprendizagem de cadeias mentais ou verbais; iv. Quarto Estádio: Aprendizazgem de uma discriminação múltipla, isto é, escolha voluntária entre várias respostas em função de um estímulo dado; v. Quinto Estádio: Aprendizagem de um conceito, isto é, escolha entre várias respostas em função de vários estímulos; vi. Sexto Estádio: Aprendizagem de um princípio, isto é, combinação de conceitos que conduzem ao conhecimento, no quadro de um contexto. vii. Sétimo Estádio: Aprendizagem da resolução de um problema, isto é, reflexão tendo em conta o meio. "É preciso insistir no facto de os processos de aprendizagem serem baseados no sistema de comunicação entre o cérebro e o meio, por intermédio do corpo." (Daniel Dubois (1994): "O Labirinto da Inteligência. Da Inteligência Natural à Inteligência Fractal"; Lisboa: Instituto Piaget; pg 38) Sumário A aprendizagem é, precisamente, o processo que permite a criação de novas representações. Pode ser "inculcada", no sentido em que estas novas representações são propostas aos sistemas inteligentes, que as assimilam. A auto-aprendizagem é o processo pelo qual o sistema inteligente cria, por si próprio, novas representações. Tarefas 1. Distinga os diferentes estilos de aprendizagem; 2. Fale da aprendizagm consciente. Didáctica de Física II 3 Ano 27 Unidade 06 Processo da Aprendizagem Introdução O cognitivismo enfatiza exatamente aquilo que é ignorado pela visão behaviorista: a cognição, o ato de conhecer , ou seja, como o ser humano conhece o mundo. Os cognitivistas também investigam os processos mentais do ser humano de forma científica, tais como a percepção, o processamento de informação e a compreensão. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Identificar os processos da aprendizagem; Distinguir os dois tipos de atenção. 6.1. Processo de Aprendizagem A Educação é um processo que possibilita uma articulação das capacidades de agir intelectualmente e pensar produtivamente; de estabelecer vínculos entre trabalho e educação e para a contextualização cada vez maior do conhecimento, já que esta é condição essencial da eficácia do funcionamento cognitivo. Neste sentido, a missão do ensino é transmitir não o mero saber, mas uma cultura que permita compreender a condição do ser humano e o ajude a viver e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre. Neste contexto, o ensino e aprendizagem são processos complementares, mediados pelo uso da linguagem. O processo de aprender é bastante complexo, envolve vários Didáctica de Física II 3 Ano 28 factores: variáveis cognitivas, afetivas, sociais, econômicas e até políticas. O ensinar envolve também, inúmeras variáveis e pode ser considerado como aberto a experiências dialógicas, assim, a aprendizagem é a construção permanente do conhecimento. A aprendizagem envolve uma integração de factores contextuais e internos do aluno que podem tanto favorecer como afetar de maneira negativa o processo de aprender. A atenção é inata ao indivíduo, mas se relaciona com a mediação simbólica, esta divide-se em voluntária e involuntária. A atenção voluntária é aquela na qual o indivíduo direciona conscientemente para que o que considera essencial ao seu desenvolvimento; e a atenção é involuntária porque o individuo não tem domínio, nem consciência sobre a importância daquilo que lhe chama a atenção. A capacidade de aprender está presente em todos os indivíduos sendo que para alguns ocorre uma relativa dificuldade de assimilação e manutenção de seu conhecimento, ligando o processo de absorção daquilo que se quer aprender a factores muito mais relevantes do que o simples facto de necessitar fixar aquilo que é ensinado. Assim, entende-se que o processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação, onde o mesmo se dá no interior do indivíduo, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. 6.2. Na Escola Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de acção no sentido de apropriar-se do conhecimento. Entende-se assim, que a dificuldade de aprendizagem, quando presente no período inicial da escolarização pode favorecer a vulnerabilidade ao desenvolvimento infantil, sendo necessário a elaboração de programas de suporte visando o enfrentamento de tais situações consideradas críticas para o desenvolvimento. O professor hoje, não é mais o detentor do conhecimento, aquele que sabe tudo e seus alunos são meros receptores do conhecimento. As mudanças de postura, a quebra de paradigmas faz com que o trabalho do professor não seja mais isolado; assim o trabalho Didáctica de Física II 3 Ano 29 em conjunto, cooperativo vem de encontro com as necessidades dos alunos na busca da construção do conhecimento e o professor entra como mediador, orientador deste conhecimento, aquele que mostra os caminhos para seus alunos em conjunto buscarem de forma interativa o saber e a construção de novos saberes. Neste ambiente o professor continuará sendo professor, mas um professor mediador e orientador e não mais o detentor do conhecimento pois o trabalho cooperativo ele aprenderá com seus alunos. Então, cabe aos educadores proporcionar situações de interação tais, que despertem no educando motivação para interação com o objecto do conhecimento, com seus colegas e com os próprios professores; pois, embora a aprendizagem ocorra na intimidade do indivíduo, o processo de construção do conhecimento dá-se na diversidade e na qualidade das suas interações. A educação seja ela no âmbito escolar ou em qualquer ambiente de aprendizagem, tem buscado aprimorar seus conceitos e metodologias no sentido de propiciar ao integrante do processo educacional a assimilação adequada daquilo que lhe é ensinado, facto que tem sido alvo de constantes discussões e reflexões entre agentes educacionais e teóricos do assunto para que se consiga organizar o processo de aprendizagem de forma mais objectiva para a aquisição do conhecimento pelo indivíduo envolvido nesse processo. Embora professores reconheçam a importância de se desenvolver a compreensão e o raciocínio dos alunos, na realidade esses aspectos não parecem fazer parte do conjunto de objectivos principais a serem atingidos pela educação, já que na prática a escola não tem valorizado o pensar e o transformar. Pouco tem sido feito no sentidode desenvolver no aluno a capacidade de aprender a aprender. É fundamental, pois, que se abram espaços para o "aprender a aprender" e o "aprender a pensar". É sem dúvida a possibilidade de discriminação inteligente da informação que permite o desenvolvimento de uma consciência crítica. Didáctica de Física II 3 Ano 30 Sumário O acto de educar é contribuir para que docentes e alunos transformem suas vidas em processos constantes de aprendizagem. É contribuir com os alunos na construção da sua identidade, da sua trajetória pessoal e profissional, no desenvolvimento das habilidades e competências de compreensão, emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seu espaço social, político, econômico, cultural e educacional. Tarefas 1. Mencione os factores no processo de aprender; 2. Diferencie os dois tipos de atenção; 3. “... embora a aprendizagem ocorra na intimidade do indivíduo, o processo de construção do conhecimento dá-se na diversidade e na qualidade das suas interações...” Comente o trecho supracitado. Didáctica de Física II 3 Ano 31 Unidade 07 Aprendizagem segundo Piaget Introdução A aprendizagem, Segundo Piaget categoriza-se por estádios. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Interpreter a pespectiva de aprendizagem de Piaget; Definer os diferentes estádios dessa aprendizagem. 7.1 A perspectiva desenvolvimentalista de Piaget Definição Modelo que se baseia na ideia de que a criança, no seu desenvolvimento, constrói estruturas cognitivas sofisticadas - que vão dos poucos e primitivos reflexos do recém-nascido até às mais complexas actividades mentais do jovem adulto. De acordo com Piaget, a estrutura cognitiva é um "mapa" mental interno, um "esquema" ou uma "rede" de conceitos construidos pelo indivíduo para compreender e responder às experiências que decorrem dentro do seu meio envolvente. 7.1.1. Princípios A teoria de Piaget identifica quatro estádios de desenvolvimento e um conjunto de processos através dos quais acriança progride de um estádio a outro: Didáctica de Física II 3 Ano 32 1) Estádio Sensório-Motor ( do nascimento aos 2 anos) - a criança, através de uma interacção física com o seu meio, constrói um conjunto de "esquemas de ac¡ão" que lhe permitem compreender a realidade e a forma como esta funciona.Acriança desenvolve o conceito de permanência do objecto, constrói alguns esquemas sensório-motores coordenados e é capaz de fazer imitações genuínas (adquirindo representações mentais cada vez mais complexas); 2) Estádio Pré-Operatório (2 - 6 anos) - a criança é competente ao nível do pensamento representativo mas carece de operações mentais que ordenem e organizem esse pensamento. Sendo egocêntrica e com um pensamento não reversvel, a´criança não é ainda capaz, por exemplo de conservar o número e a quantidade; 3) Operações Concretas (7 - 11 anos) - conforma a experiência física e concreta se vai acumulando, a criança começa a conceptualizar, criando "estruturas lógicas" para a explicação das suas experiências mas ainda sem abstracção; 4) Operações Formais (11- 15 anos) - Como resultado da estruturação progressiva do estádio anterior a criança atinge o raciocínio abstracto, conceptual, conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis e sendo capaz de pensar cientificamente. Tarefa Transporte a teoria de Piaget para a nossa realidade Moçambicana, da classe a que você está inserido. Didáctica de Física II 3 Ano 33 Unidade 08 Os factores da Aprendizagem Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Identificar quais os factores que influenciam a aprendizagem; Saber distinguir a relação entre estes factores. 8.1. Alguns Factores que influenciam a aprendizagem Alguns factores são essenciais quando pensamos em um projecto educacional, realmente focado no aprendiz. São estes os factores de aprendizagem: 1) Espacial 2) Temporal 3) Relacional 4) Linguístico 5) Maturidade Cognitiva 6) Variáveis A aprendizagem é influenciada pela motivação, inteligência e segundo alguns teóricos, pela hereditariedade. Este é extremamente importante para o comportamento do indivíduo. Didáctica de Física II 3 Ano 34 Sumário Além disso, métodos didácticos que possibilitam a livre participação do aluno, a discussão e a troca de idéias com os colegas e a elaboração pessoal do conhecimento das diversas matérias, contribuem de forma decisiva para a aprendizagem e desenvolvimento da personalidade dos educandos. Tarefa Detalhes todos os seis (6) factores da aprendizagem, com base na sua experiência educacional. Didáctica de Física II 3 Ano 35 Unidade 09 O Processo de Ensino de Física Introdução Vygotsky sistematizou uma abordagem nova sobre a construção do conhecimento. Para ele, o desenvolvimento não depende apenas da maturação, como defendiam os inatistas, sobre o processo de desenvolvimento do pensamento. Ao falar sobre as funções cognitivas complexas de um sujeito contextualizado e histórico, deu destaque à linguagem, que se interpõe entre o sujeito e o objceto de conhecimento. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Identificar qual o papel do professor; Identificar o papel do aluno no processo de ensino- aprendizagem. 9.1 O papel do Professor no processo ensino - aprendizagem As informações nos chegam, hoje, rapidamente e o que antes demorava uma década para mudar, nos dias atuais ocorre da noite para o dia. Dessa forma e diante da quantidade de informações e da facilidade de acesso a estas, deve o professor conduzir o aluno de forma que possa o aprendizado ser mútuo e repleto de interesse. Aprender é uma constante e ensinar uma dádiva. Didáctica de Física II 3 Ano 36 O professor deve “traduzir” os ensinamentos de forma que o aluno se sinta dentro de uma inesquecível “viagem” e dessa forma possa assegurar a produtividade do ensinamento. O distanciamento entre professor e aluno devem dar lugar a uma relação de proximidade. Uma proximidade tal que aluno seja levado a querer aprender. A desejar sempre mais e que o educador sinta-se como um elemento de importância fundamental na vida daquele aluno que levará para sempre os ensinamentos adquiridos. Os docentes devem ser preparados para a arte do ensinar. Ocorre que ao ensino médio é exigida formação especifica para ministrar aulas. Existem profissionais extremamente habilitados para militar em suas respectivas áreas e ainda munidos de profundo conhecimento, entretanto limitados quando o assunto é transmitir e compartilhar seus conhecimentos. Sumário O professor deve ser um aliado na construção do indivíduo - aluno- e não, simplesmente, um transmissor de disciplinas. O professor deve ainda estar apto as contínuas mudanças do nosso dia a dia. Didáctica de Física II 3 Ano 37 Unidade 10 A Relação Professor-Aluno no Processo da Aprendizagem Introdução O mundo está mudando e isso está ocorrendo a uma velocidade sem precedentes na evolução histórica da humanidade. A globalização, o surgimento de novas tecnologias, como o avanço das telecomunicações e da informática, contribuem para que ocorra mudanças, também, na Educação. A interacção professor - aluno vem se tornando muito mais dinâmica nos últimos anos. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Identificar qual a relação entre professor e aluno; Interpretar o papel do aluno na escola. 10.1. A relação Aluno-professor O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadaniado aluno. Para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-realização. 10.2. Ponto de Vista na Educação A Educação deve não apenas formar trabalhadores para as exigências do mercado de trabalho, mas cidadãos críticos capazes de transformar um Didáctica de Física II 3 Ano 38 mercado de exploração em um mercado que valorize uma mercadoria cada vez mais importante: o conhecimento. Dentro deste contexto, é imprescindível proporcionar aos educandos uma compreensão racional do mundo que o cerca, levando-os a um posicionamento de vida isento de preconceitos ou superstições e a uma postura mais adequada em relação a sua participação como indivíduo na sociedade em que vive e do ambiente que ocupa. O desafio de contribuir com a educação do jovem e do cidadão, num momento de mudanças e incertezas e a necessidade de resgatar valores tão importantes condizentes com a sociedade contemporânea leva o professor a entender que deverá exercer um novo papel, de acordo com os princípios de ensino-aprendizagem adoptados, como saber lidar com os erros, estimular a aprendizagem, ajudar os alunos a se organizarem, educar através do ensino, entre outros. O aluno precisa adquirir habilidades como fazer consultas em livros, entender o que lê, tomar notas, fazer síntese, redigir conclusões, interpretar gráficos e dados, realizar experiências e discutir os resultados obtidos e, ainda, usar instrumentos de medida quando necessário, bem como compreender as relações que existem entre os problemas atuais e o desenvolvimento científico. Isso só será possível, a partir do momento que o professor assumir o seu papel de mediador do processo ensino- aprendizagem, favorecendo a postura reflexiva e investigativa. Desta maneira ele irá colaborar para a construção da autonomia de pensamento e de acção, ampliando a possibilidade de participação social e desenvolvimento mental, capacitando os alunos a exercerem o seu papel de cidadão do mundo. Uma das causas do fracasso do ensino é que tradicionalmente, a prática mais comum era aquela em que o professor apresentava o conteúdo partindo de definições, exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios de aprendizagem, fixação e aplicação, pressupondo-se que o aluno aprendia pela reprodução. Essa prática mostrou-se ineficaz, pois a reprodução correcta poderia ser apenas uma simples indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir, mas não Didáctica de Física II 3 Ano 39 aprendeu o conteúdo. É necessário saber para ensinar. O professor deve se mostrar competente na sua área de actuação, demonstrando domínio na ciência que se propõe a leccionar, pois do contrário, irá apenas "despejar" os conteúdos "decorados" sobre os alunos, sem lhes dar oportunidade de questionamentos e criticidade. Adequar a metodologia e os recursos audiovisuais de forma que haja a comunicação com os alunos, é também, uma forma de fazer da aula um momento propício à aprendizagem. É importantíssimo que o professor tenha, também, competência humana, para que possa valorizar e estimular os alunos, a cada momento do processo ensino-aprendizagem. A motivação é imprescindível para o desenvolvimento do indivíduo, pois bons resultados de aprendizagem só serão possíveis à medida que o professor proporcionar um ambiente de trabalho que estimule o aluno a criar, comparar, discutir, rever, perguntar e ampliar idéias. Sumário É indispensável dar mais ênfase à aprendizagem do que aos programas e provas como é prática comum em nossas escolas, pois, no processo de ensino e aprendizagem, conceitos, idéias e métodos devem ser abordados mediante a exploração de problemas, desenvolvendo competências para a interpretação e resolução dos mesmos. E esta resolução não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo operatório, mas uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o contexto em que se pode aprender conceitos, procedimentos e atitudes. Didáctica de Física II 3 Ano 40 Unidade 11 Estrategia da Aprendizagem Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Definir as estratégias de aprendizagem; Ser capaz de definir estratégia na área que rege. 11.1. As estratégias de aprendizagem Estratégias de Aprendizagem: são técnicas ou métodos que os alunos usam para adquirir a informação (Dembo, 1994). Como aponta Nisbett, Schucksmith e Dansereau (1987, citados por Pozo, 1996), as estratégias de aprendizagem vêm sendo definidas como sequências de procedimentos ou actividades que se escolhem com o propósito de facilitar a aquisição, o armazenamento e/ ou a utilização da informação. Em nível mais específico, as estratégias de aprendizagem podem ser consideradas como qualquer procedimento adoptado para a realização de uma determinada tarefa (Da Silva & Sá, 1997). Alguns teóricos distinguem as estratégias cognitivas das metacognitivas (Garner & Alexander, 1989). Para Dembo (1994), enquanto as estratégias cognitivas se referem a comportamentos e pensamentos que influenciam o processo de aprendizagem de maneira que a informação possa ser armazenada mais eficientemente, as estratégias metacognitivas Didáctica de Física II 3 Ano 41 são procedimentos que o indivíduo usa para planejar, monitorar e regular o seu próprio pensamento. Dansereau e colaboradores (1979) julgam necessário diferenciar estratégias primárias das estratégias de apoio. Para esses pesquisadores, as estratégias primárias são as destinadas a ajudar o aluno a organizar, elaborar e integrar a informação (Dansereau, Collins, MacDonald, Holley, Diekhoff, & Evans, 1979). As estratégias de apoio, por sua vez, são responsáveis pela manutenção de um estado interno satisfatório que favoreça a aprendizagem. Apesar das distinções mencionadas, o termo estratégias de aprendizagem vem sendo amplamente utilizado num sentido que inclui todos os tipos de estratégias (cognitivas, metacognitivas, primárias e de apoio). Weinstein e Mayer (1985) identificaram cinco tipos de estratégias de aprendizagem que foram posteriormente organizadas por Good e Brophy (1986): estratégias de ensaio, elaboração, organização, monitoramento e estratégias afetivas. Como descrito em Boruchovitch (1993), as estratégias de ensaio envolvem repetir ativamente tanto pela fala como pela escrita o material a ser aprendido. As estratégias de elaboração implicam na realização de conexões entre o material novo a ser aprendido e o material antigo e familiar (por exemplo, reescrever, resumir, criar analogias, tomar notas que vão além da simples repetição, criar e responder perguntas sobre o material a ser aprendido). As estratégias de organização referem-se à imposição de estrutura ao material a ser aprendido, seja subdividindo-o em partes, seja identificando relações subordinadas ou superordinadas (por exemplo, topificar um texto, criar uma hierarquia ou rede de conceitos, elaborar diagramas mostrando relações entre conceitos). As estratégias de monitoramento da compreensão implicam que o indivíduo esteja constantemente com a consciência realista do quanto ele está sendo capaz de captar e Didáctica de Física II 3 Ano 42 absorver do conteúdo que está sendo ensinado (por exemplo, tomar alguma providência quando se percebe que não entendeu, auto-questionamento para investigar se houve compreensão, usar os objectivos a serem aprendidos como uma forma de guia de estudo, estabelecer metas e acompanhar o progresso em direção à realização dos mesmos, modificar estratégia utilizadas, se necessário).As estratégias afetivas referem-se à eliminação de sentimentos desagradáveis, que não condizem com à aprendizagem (por exemplo, estabelecimento e manutenção da motivação, manutenção da atenção e concentração, controle da ansiedade, planejamento apropriado do tempo e do desempenho). Mckeachie, Pintrich, Lin, Smith e Sharma (1990, citados por Dembo, 1994) acreditam que as estratégias de aprendizagem anteriormente mencionadas podem ser organizadas em três grandes grupos: 1) estratégias cognitivas (estratégias de ensaio, elaboração e organização); 2) estratégias metacognitivas (estratégias de planejamento, monitoramento e regulação); 3) estratégias de administração de recursos (administração do tempo, organização do ambiente de estudo, administração do esforço e busca de apoio a terceiros). Tarefa Fale em linhas gerais, quais as estratégias de aprendizgem tem usado para alcançar seus objectivos da aula. Didáctica de Física II 3 Ano 43 Unidade 12 Aula Pesquisa Introdução A trajectória da pesquisa em Educação e Ciências já se mostra longa para suscitar a reflexão crítica sobre o assunto. Os problemas da pesquisa dessa área advêm do facto de que se trata de um campo novo de pesquisa que abrange uma diversidade de temas. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Estar disponivel abordar assuntos ligados a pesquisa em educação; Falar da educação em várias vertentes. 12. 1. Aula Pesquisa Pesquisas em ensino de ciências comprovam que o modelo passivo do aprendizado é ineficiente. Estas pesquisas nos conduzem a melhores práticas de ensino que envolvem ativamente os estudantes. Estes estudos apontam para um conjunto de métodos de instrução de ciências nos quais os estudantes participam de maneira similar àquela dos cientistas. Com base nestas pesquisas, desde o segundo período letivo de 2001 nosso Grupo de Ensino de Física tem feito experiências que têm inovado os métodos de ensino na disciplina Física I. Nosso método de engajamento ativo foi elaborado para aumentar o nível de participação do aluno no seu aprendizado. Em nosso método, o engajamento ativo dos alunos é fomentado pelas seguintes componentes da disciplina. Didáctica de Física II 3 Ano 44 Aulas expositivas com instrução por pares. Os alunos resolvem duvidas entre si. Mini-relatórios. Feitos durante a aula, são relatórios de um parágrafo respondendo a questões metacognitivas, como por exemplo “qual assunto foi mais difícil para mim na aula de hoje?” Atividades em Grupo. Atividades na sala de aula com grupo de quatro alunos em que o assunto da aula expositiva é tratado. Listas de exercícios. Listas semanais cobrando também a compreensão conceitual e incluindo problemas contextualmente ricos. As listas são corrigidas não somente para a nota, mas para orientar o aluno em relação a seus erros. Questionários. Relatórios periódicos em que o aluno responde a questões metacognitivas, elaboradas para que pense sobre seu aprendizado. Tarefas Faça uma introspecção do tema, quer dizer, traga a sua realidade profissional mas, suportando-se com os aspectos deste tema. Didáctica de Física II 3 Ano 45 Unidade 13 O Professor e a Tecnologia Introdução De acordo com alguns teóricos, discutir a questão da introdução da tecnologia na escola remete a uma importante reflexão sobre questões da filosofia da educação. Ao completar esta unidade , você será capaz de: Objectivos Usar as tecnologias no ensino; Aplicar em benefício das aulas teóricas e práticas. 13.1. Tecnologia na Educação Para alguns autores o principal desafio da inclusão digital na escola está ligado ao facto de os educadores terem visões muito diferentes do que seja a educação, qual o papel da escola e dos próprios professores quanto à educação escolarizada. Dizem que não há concordância entre eles sobre qual deva ser o papel do computador na escola. Chaves aponta duas visões de educação e como cada uma adopta o computador no ambiente escolar. De um lado estão os que vêem a educação escolar como processo de transmissão de conteúdos informacionais pelos professores aos alunos. O computador é utilizado apenas como máquina de ensinar, ou melhor, como máquina para ajudar o professor ensinar melhor. Do outro lado, estão os que vêem a educação escolar como processo de desenvolvimento pelos alunos, tendo como base o papel desses na construção ou elaboração de sua própria aprendizagem. Os defensores dessa visão acreditam que a escola deva oferecer ambientes favoráveis de aprendizagem para os alunos desenvolverem estruturas cognitivas que se traduzem em competências e habilidades permitindo-lhes sempre Didáctica de Física II 3 Ano 46 aprender. O computador, portanto, dentro dessa visão é utilizado como ferramenta de aprender. Fica claro, que são duas visões diferentes de educação que determinam consequentemente qual será a importância dada pelos professores quanto ao uso da tecnologia no processo educacional. O autor reforça que é preciso estar ciente que a tecnologia tanto na escola como em qualquer outro lugar não promove mudanças por si só. Depende das pessoas que utilizam elas para alcançar alguns de seus objectivos. 13.2. Como o uso do computador pode colaborar na educação escolar? É importante reflectir sobre que sentido terá o uso do computador na escola. Professores precisam se posicionar buscando pautar nos objectivos da educação, revendo sempre os fins e os métodos utilizados para proporcionar uma educação inovadora, que esteja comprometida com a aprendizagem significativa para os alunos. Seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já devem fazer parte do dia a dia de alunos e professores das nossas escolas Moçambicanas. Contudo, fazer com que essas ferramentas de facto auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula, não é tarefa fácil: exige treinamento dos professores. "Ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional." O desafio é mundial. Mas pode ser ainda mais severo no nosso país, devido a eventuais lacunas na formação e actualização de professores e a limitações de acesso à internet - problema que afecta docentes e estudantes. Didáctica de Física II 3 Ano 47 Sumário É preciso estar ciente que a tecnologia tanto na escola como em qualquer outro lugar não promove mudanças por si só. Depende das pessoas que utilizam elas para alcançar alguns de seus objectivos. Tarefas Aborde o assunto da unidade, baseado-se nos desafios que têm enfrentado no seu dia-a-dia, com o uso das tecnologias no ensino de física. Didáctica de Física II 3 Ano 48 Unidade 14 Planificação das aulas de 8ª Classe Introdução Com a planificação da unidade temática, dá-se um passo decisivo para a planificação de uma aula, pois, já se encontram definidos, os principais objectivos dos conteúdos das aulas e os métodos a seguir, as aulas já se encontram ordenadas, assim como estão definidas as funções didácticas para cada uma das aulas. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Planificar uma dada aula de física, para qualquer que seja a classe; Obedecer os critérios para a planificação; Aplicar devidamente os diferentes meios de ensino para a aula. 14.1 . Passos Para A Planificação De Uma Aula De Física 1º Avaliar: se os alunos atingiram os objectivos da aula anterior; - Decidir: se há necessidade de alterar os objectivos da unidade temática; - Dividir os objectivos em específicos paraa aula. 2º Apresentação Do Conteúdo Da Matéria - O professor serve-se da experiência e dos conhecimentos dos alunos; Didáctica de Física II 3 Ano 49 - Subdividir o conteúdo a ser transmitido detalhadamente e evidenciar os aspectos fundamentais. 3º Apresentação Metodológica E Organização Colocar no ponto central a actividade do aluno e o nível do seu cumprimento e assegurar um elevado nível de autonomia; Definir uma estrutura lógica (a sequência da aula); Escolher uma divisão didáctica da aula em funções didácticas que correspondem a função da aula e um processo lógico; Fixar normas e direcção da aula por parte do professor; Definir claramente de acordo com os objectivos, métodos e condições da turma, actividades do aluno e do professor durante a aula; Determinar outros métodos e formas organizativas auxiliares `a aplicar; Planificar e aplicar os meios de ensino, como por exemplo, como usar o livro do aluno, o quadro, etc.. Exemplar De Uma Estrutura Do Plano De Aula CABEÇALHO ESCOLA___________________________________________________ _____ ____________ CLASSE _________TURMA__________DATA______________ TEMA DA AULA________________________________________HORAS (INICIO)_____ OBJECTIVOS_______________________________________________ ______ 1. O aluno deve possuir conhecimentos sobre: - - 2. O aluno deve ser capaz de: - - Meios de ensino ( aquilo que vai usar na própria aula) Didáctica de Física II 3 Ano 50 _ _ Métodos (o número depende do professor) - - TEMPO FUNÇÕES DIDÁCTICAS CONTEÚDO METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO ACTIVIDADE DO PROFESSOR ACTIVIDADE DO ALUNO 7h00 - Saudações e controlo de presenças; - - saúda e faz chamada; - o professor questiona; - os alunos respondem. 7h05 Orientação dos objectivos - Perguntas e respostas. - corrige perguntas erradas. 7h15 Trabalho na matéria nova. Notas: Os métodos da aula são reflectidos nas actividades do professor e dos alunos; No controlo do tempo, é melhor registar a hora em que deve iniciar cada actividade. Cada momento da aula determina uma dada função didáctica; Na coluna do conteúdo, regista-se todo o conhecimento a ser transmitido durante a aula, incluindo as perguntas, respostas, conclusões, apontamentos, procedimento da experiência, etc. Didáctica de Física II 3 Ano 51 Sumário Planificação de uma aula, depende crucialmente da planificação da própria unidade temática e dos conteúdos a serem ministrados numa aula. Tarefa Faça a planificação duma aula, com a livre escolha, das seguintes unidades temáticas: Estrutura da matéria; Cinemática; Dinâmica; Trabalho e Energia. Didáctica de Física II 3 Ano 52 Unidade 15 Planificação das aulas de 9ª Classe Introdução Com a planificação da unidade temática, dá-se um passo decisivo para a planificação de uma aula, pois, já se encontram definidos, os principais objectivos dos conteúdos das aulas e os métodos a seguir, as aulas já se encontram ordenadas, assim como estão definidas as funções didácticas para cada uma das aulas. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Planificar uma dada aula de física, para qualquer que seja a classe; Obedecer os critérios para a planificação; Aplicar devidamente os diferentes meios de ensino para a aula. 15.1. Passos Para A Planificação De Uma Aula De Física 1º Avaliar: se os alunos atingiram os objectivos da aula anterior; - Decidir: se há necessidade de alterar os objectivos da unidade temática; - Dividir os objectivos em específicos para a aula. Didáctica de Física II 3 Ano 53 2º Apresentação Do Conteúdo Da Matéria - O professor serve-se da experiência e dos conhecimentos dos alunos; - Subdividir o conteúdo a ser transmitido detalhadamente e evidenciar os aspectos fundamentais. 3º Apresentação Metodológica E Organização Colocar no ponto central a actividade do aluno e o nível do seu cumprimento e assegurar um elevado nível de autonomia; Definir uma estrutura lógica (a sequência da aula); Escolher uma divisão didáctica da aula em funções didácticas que correspondem a função da aula e um processo lógico; Fixar normas e direcção da aula por parte do professor; Definir claramente de acordo com os objectivos, métodos e condições da turma, actividades do aluno e do professor durante a aula; Determinar outros métodos e formas organizativas auxiliares `a aplicar; Planificar e aplicar os meios de ensino, como por exemplo, como usar o livro do aluno, o quadro, etc.. Exemplar De Uma Estrutura Do Plano De Aula CABEÇALHO ESCOLA___________________________________________________ _____ ____________ CLASSE _________TURMA__________DATA______________ TEMA DA AULA________________________________________HORAS (INICIO)_____ OBJECTIVOS_______________________________________________ ______ 3. O aluno deve possuir conhecimentos sobre: - - 4. O aluno deve ser capaz de: Didáctica de Física II 3 Ano 54 - - Meios de ensino ( aquilo que vai usar na própria aula) _ _ Métodos (o número depende do professor) - - TEMPO FUNÇÕES DIDÁCTICAS CONTEÚDO METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO ACTIVIDADE DO PROFESSOR ACTIVIDADE DO ALUNO 7h00 - Saudações e controlo de presenças; - - saúda e faz chamada; - o professor questiona; - os alunos respondem. 7h05 Orientação dos objectivos - Perguntas e respostas. - corrige perguntas erradas. 7h15 Trabalho na matéria nova. Notas: Os métodos da aula são reflectidos nas actividades do professor e dos alunos; No controlo do tempo, é melhor registar a hora em que deve iniciar cada actividade. Cada momento da aula determina uma dada função didáctica; Na coluna do conteúdo, regista-se todo o conhecimento a ser transmitido durante a aula, incluindo as perguntas, respostas, conclusões, apontamentos, procedimento da experiência, etc. Didáctica de Física II 3 Ano 55 Sumário Planificação de uma aula, depende crucialmente da planificação da própria unidade temática e dos conteúdos a serem ministrados numa aula. Tarefa Faça a planificação duma aula, com a livre escolha dos temas: Fenómenos térmicos; Estática dos sólidos; Estática dos fluídos; Óptica Geometrica. Didáctica de Física II 3 Ano 56 Unidade 16 Planificação das aulas de 10ª Classe Introdução Com a planificação da unidade temática, dá-se um passo decisivo para a planificação de uma aula, pois, já se encontram definidos, os principais objectivos dos conteúdos das aulas e os métodos a seguir, as aulas já se encontram ordenadas, assim como estão definidas as funções didácticas para cada uma das aulas. Ao completar esta unidade, você será capaz de: Objectivos Planificar uma dada aula de física, para qualquer que seja a classe; Obedecer os critérios para a planificação; Aplicar devidamente os diferentes meios e métodos de ensino para a aula. 16.1. Passos Para A Planificação De Uma Aula De Física 1º Avaliar: se os alunos atingiram os objectivos da aula anterior; - Decidir: se há necessidade de alterar os objectivos da unidade temática; - Dividir os objectivos em específicos para a aula. 2º Apresentação Do Conteúdo Da Matéria - O professor serve-se da experiência e dos conhecimentos dos alunos; Didáctica de Física II 3 Ano 57 - Subdividir o conteúdo a ser transmitido detalhadamente e evidenciar os aspectos fundamentais. 3º Apresentação Metodológica E Organização Colocar no ponto central a actividade do aluno e o nível do seu cumprimento e assegurar um
Compartilhar