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PCC DE DIDÁTICA
Aluna - Tatyane Valadares Freitas
Matrícula - 202008208327
PPC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
DIDÁTICA – CEL01334/EEL0003
TEMA DA ATIVIDADE DE PRÁTICA CURRICULAR: Conceito de Didática e sua Origem.
Para que um profissional esteja na sua frente, foi trilhado um caminho que chamamos de Formação de Professores. E a Didática é uma parte primordial desse caminho.
Ela é, de maneira geral, um conjunto de conteúdos, métodos e técnicas para a instrução do ensino. Esse conjunto é fundamentalmente alinhado à aplicação do Processo de Ensino e Aprendizagem.
A Didática é um elemento pedagógico imprescindível para a docência, seja ela em qualquer nível (ensino básico ou superior) ou modalidade (presencial ou a distancia).
Por conta dessa definição, todos os cursos de Pedagogia e Licenciaturas exigem essa disciplina no currículo, tornando-a parte do núcleo comum e obrigatório da formação acadêmica nesses cursos.
A didática, em uma perspectiva instrumental, é concebida como um conjunto de conhecimentos técnicos sobre o “como fazer” pedagógico, conhecimentos estes apresentados de forma universal e, consequentemente, desvinculados dos problemas relativos ao sentido e aos fins da educação, dos conteúdos específicos, assim como do contexto sociocultural concreto em que foram gerados.”
Participar do processo de ensino e aprendizagem não é uma tarefa fácil e exige um olhar atento aos processos pedagógicos e às discussões contemporâneas sobre Educação. É preciso pensar novas imagens sobre esse processo e levar experiências interessantes para o educando.
Estudamos que a Didática é a articulação de conteúdos, métodos e técnicas. Esses elementos têm participação fundamental na construção de estratégias facilitadoras para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça de forma eficaz.
Podemos então relacionar da seguinte forma:
PEDAGOGIA – DIDÁTICA
· CONTEUDOS + MÉTODOS + TÉCNICAS = ESTRATÉGIAS
Papel do pedagogo
Atualmente, há um discurso, às vezes mal-entendido, que o profissional de ensino precisa ser o mediador do conhecimento ou não será mais necessário no futuro (LIBÂNEO, 2010).
Não apenas mediador: o professor, para atuar em sala de aula precisa, além de fazer a diferença na vida de seus alunos, utilizar fundamentos didáticos clássicos. E alinhar às estratégias uma prática didático-pedagógica que considere os novos tempos e as tecnologias disponíveis
As principais discussões no campo da Didática apontam que o professor continuará atuando e orientando o processo de aprendizagem em qualquer nível ou modalidade.
· O primeiro passo para a sua atuação, como vimos, é definir estratégias pensando em conteúdos, métodos e técnicas.
· O passo seguinte, é adaptar essas estratégias à realidade do aluno – e isso é um desafio que inclui considerar:
BASES FILOSÓFICAS
É preciso estudar as novas tendências pedagógicas. Por exemplo, como o professor pode se posicionar diante das discussões sobre ensino militarizado e escolas que desejam abolir a sala de aula.
BASES HISTÓRICO-SOCIAIS 
É necessário que o profissional esteja atento às mudanças da sociedade. Por exemplo, pensando na evolução tecnológica, é necessário considerar os atributos específicos das gerações mais novas: os nativos digitais (pessoas que nasceram em meio às últimas tecnologias e não tiveram que passar pela mesma adaptação que gerações anteriores).
BASES POLÍTICAS
É de extrema importância que se esteja atento às mudanças legislativas que envolvam a política da educação. Por exemplo, como implementar a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) em ambientes diversos de educação.
REALIDADE DO ALUNO 
É importante observar o meio em que o aluno vive. Por exemplo, o mesmo professor pode atuar tanto em escolas de periferia quanto em escolas particulares localizadas em bairros nobres. É preciso formular estratégias personalizadas com base nas variáveis demográficas e geográficas.
Aplicação da Didática
Para aplicar as estratégias é preciso que estejam alinhados: informações pertinentes ao ensino e a inteligência emocional do docente.
PEDAGOGIA – DIDÁTICA
Concebendo a Estratégia
· CONTEUDOS + MÉTODOS + TÉCNICAS = ESTRATÉGIAS
Aplicando a Estratégia
· INFORMAÇÕES + INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
Assim, utilizando saberes didáticos-pedagógicos em sala de aula, o professor demonstra capacidade de adaptação necessária para lidar com as situações comuns e incomuns que podem ocorrer em sala de aula e no contexto escolar.
“Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe, não praticar o que se ensina, e não perguntar o que se ignora.”
Ensinar e aprender sempre foram processos inerentes às práticas humanas.
Desde os primórdios da humanidade, podemos constatar através da evolução as famílias e comunidades primitivas ensinando seus filhos e membros as atividades da tribo, rituais e práticas sociais.
Certamente, com o passar dos anos, essas práticas foram ganhando uma estrutura de Didática e finalmente se tornaram uma ação didático-pedagógica. Essa evolução estrutural dos processos didáticos contribuiu para a formação do conceito de Didática.
“ENSINAR TUDO A TODOS”.
Assim, iniciou um método mais ativo e efetivo que partia dos conhecimentos mais simples aos mais complexos.
Os principais fundamentos do pensamento pedagógico de Comenius baseiam-se em 4 pilares:
1. Aquilo que o aluno deve construir como um saber.
2. O que nós, professores, temos que ensinar.
3. O conhecimento tem que ter aplicação prática e sólida.
4. O processo de ensinar deve ser claro e objetivo, e se pautar pelas necessidades do indivíduo.
As principais ideias publicadas em Didática Magna
· REALIDADE DO ALUNO
Comenius entendia que a Educação precisa utilizar a experiência pessoal do aprendente como parte do processo. Para isso, o aluno precisava observar sua realidade para depois agir sobre ela. Ele também instituiu o diálogo como forma de aproximação e afeição do aluno com o conteúdo estudado.
· UNIVERSALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
Outro ponto muito importante é sobre a ideia de universalização da Educação, porque ele determina que a educação deve ser para todos. É importante salientar que essa visão representava uma quebra de paradigma, pois até o século XVII poucos grupos sociais tinham acesso à educação formal.
· ÉTICAS E VALORES 
Para Comenius, o processo da educação não é apenas o conteúdo a ser estudado, mas a aprendizagem de valores e de atitudes que ajudarão a pessoa a ser melhor no presente e no futuro. Os propósitos educativos precisam estar baseados no raciocínio lógico, na investigação científica e na formação do conceito de ser humano enquanto um sujeito moral, social, político, racional e afetivo. Um objetivo fundamental da educação de Comenius era formar um sujeito bom e virtuoso, dotado de fé, a ponto de praticar boas ações mediante às capacidades subjetivas do aluno.
· CONSTRUÇÃO DO SABER
A construção do saber não é um processo isolado, mas possui relação com outras ciências, conteúdos e significados. Afinal, aprender é estabelecer inter-relações entre os conteúdos e temas estudados.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
O que é Tendência? 
“A ação ou força pela qual um corpo tende a mover-se para alguma parte.”
Nesse sentido, as tendências correspondem aos princípios que orientam as ações de cada indivíduo. No campo educacional não é diferente: o professor, a escola, o aluno e o ensino estão marcados por pensamentos que exercem forte influência sobre as práticas educativas. Dessa forma, é importante compreender as características de cada tendência pedagógica, pois esse conhecimento lhe ajudará a decidir os caminhos que deseja seguir no processo de ensino-aprendizagem.
PEDAGOGIA LIBERAL × PEDAGOGIA PROGRESSISTA
Tendência Liberal
Na concepção liberal, os papéis que os indivíduos devem desempenhar são voltados para a sociedade. Nesse sentido, cabe à escola preparar o indivíduo, de acordo com as suas aptidões, para atender às demandas sociais.
Uma das técnicas de aprendizagem utilizadas por essa tendência é a memorização, bastante comum no ensino de tarefas operacionais ou de Matemática nas sériesiniciais, para decorar tabuada, por exemplo.
A Tendência Pedagógica Liberal dá ênfase ao ensino e ao conteúdo que o aluno deve aprender a fim de responder plenamente às expectativas da sociedade em que está inserido. Assim, o professor é responsável pelo processo de ensino-aprendizagem, enquanto o aluno deve aproveitar ao máximo o conhecimento transmitido.
A educação assume a função de preparar o indivíduo para esse novo mundo, criando possibilidades para que ele desenvolva o seu potencial. A escola, nesse sentido, aperfeiçoa o homem, fornecendo instrumentos para que ele cumpra o seu papel no progresso social.
Nesse contexto de mudanças, a Pedagogia Liberal se ramifica em três linhas de pensamento:
· TENDÊNCIA TRADICIONAL
Nessa tendência, o professor possui uma atuação primordial, pois ele é quem define qual conteúdo será estudado e elabora o planejamento do processo de ensino-aprendizagem. Por ter um papel central, cabe ao professor não só repassar os conhecimentos, mas também observar os alunos, aconselhar e corrigir possíveis erros.
Ela forma o aluno intelectualmente.
· TENDENCIA RENOVADORA
Traz a reflexão de que a Educação deveria ser ampliada para todos os indivíduos, com o objetivo de construir uma sociedade mais justa e equilibrada. 
Essa tendência começa a valorizar os interesses do aluno, permitindo que ele manifeste a sua curiosidade e criatividade, cabendo ao professor estimular e facilitar o processo de construção do conhecimento. 
valoriza as experiências de vida dos alunos.
· TENDÊNCIA TECNICISTA 
O tecnicismo é fruto da melhoria dos processos industriais e de uma sociedade urbana. Nesse sentido, a sistematização passa a ser central para melhorar os produtos e aumentar a produtividade.
Dessa forma, a escola pode formar os alunos, tornando-os competentes para o mercado de trabalho.
Para a tendência tecnicista, o aluno é o recebedor e é parte da esteira de execução do processo de ensino-aprendizagem.
Tendência Progressista
Na concepção progressista, o homem é pensado como um protagonista. A escola, nesse sentido, deve fornecer os instrumentos necessários para que o indivíduo possa discutir a sua atuação em sociedade.
Uma das técnicas utilizadas nessa tendência é a discussão em grupo, muito empregada em diferentes áreas de conhecimento. Podemos citar, como exemplo, uma atividade em sala de aula em que um grupo de alunos de Publicidade se reúne para elaborar uma estratégia de marketing.
Perceba que a implementação dessas tendências no processo de ensino-aprendizagem está condicionado ao tipo de conhecimento que será aprendido e ao contexto no qual essa aprendizagem será construída.
A Pedagogia Progressista, então, passou a fazer uma análise crítica sobre a Educação, buscando identificar os fatores que interferem diretamente no campo educacional e explicam o sucesso e o fracasso do aluno.
Defende uma Educação mais integradora, que contemple a realidade social do aluno no processo de ensino-aprendizagem.
A Pedagogia Progressista se ramifica em outras três linhas de pensamento:
· TENDÊNCIA LIBERTADORA 
· TENDÊNCIA LIBERTARIA
· TENDÊNCIA CRÍTICO- SOCIAL
TENDÊNCIA LIBERTADORA – 
Problematiza a realidade social.
De acordo com essa tendência, o homem deve ser libertado de tudo aquilo que lhe impossibilita de exercer todo o seu potencial.
Para que isso ocorra, é necessário que o homem tome consciência do seu estado atual e das suas possibilidades de mudar a sua realidade.
Um dos caminhos utilizados pela Tendência Libertadora para se alcançar esse objetivo é a problematização da realidade social, na qual o aluno, por meio de discussões, começa a analisar o seu contexto e a identificar necessidades de melhoria da sua realidade.
TENDÊNCIA LIBERTÁRIA – Rejeita toda forma de opressão.
A Tendência Libertária traz a ideia de que, para construir uma sociedade mais livre, a Educação precisa rejeitar todo tipo de repressão. Assim, no processo educacional, somente têm relevância os conteúdos que permitem o seu uso prático. Essa tendência enfatiza, também, a aprendizagem informal, via grupo. 
Busca construir indivíduos livres e autogestores.
TENDÊNCIA CRÍTICO- SOCIAL – Reavalia os conteúdos universais frente à realidade dos alunos.
Ela prioriza os conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. Nesse sentido, a Educação deve assegurar que todos tenham acesso aos conhecimentos científicos para que possam desenvolver a sua consciência crítica frente à sociedade.
 A Tendência Crítico-social dos Conteúdos faz uso do princípio da aprendizagem significativa, que considera o que o aluno já sabe como ponto de partida para a aquisição do conhecimento. Nesse sentido, a aprendizagem só ocorre quando o aluno é capaz de sintetizar o novo conhecimento, relacionando-o com o que ele já sabe. Esse processo permite que o aluno tenha uma visão mais ampla daquilo que está sendo aprendido.
PEDAGOGIA PROGRESSISTA
A Pedagogia Progressista, faz uma análise crítica sobre a Educação, buscando identificar os fatores que interferem diretamente no campo educacional e explicam o sucesso e o fracasso do aluno.
Vista por muitos estudiosos como uma concepção resultante da tendência renovadora, a Pedagogia Progressista defende uma Educação mais integradora, que contemple a realidade social do aluno no processo de ensino-aprendizagem. O seu principal representante é Carl Rogers (1902-1987), que desenvolveu técnicas aplicadas à Educação que estimulavam o desenvolvimento da autonomia do indivíduo.
 
Também se ramifica em outras três linhas:
Libertadora: problematiza a realidade social ✔
Libertária: rejeita toda forma de opressão. ✔
Crítico-social dos Conteúdos: reavalia os conteúdos universais frente à realidade dos alunos. ✔
Tendência Libertadora
Essa é uma das linhas mais famosas no Brasil por sua busca de romper com o autoritarismo. De acordo com essa tendência, o homem deve ser libertado de tudo aquilo que lhe impossibilita de exercer todo o seu potencial. Assim, as mulheres não precisam aceitar o machismo; os trabalhadores do campo não devem se submeter à vontade dos grandes proprietários; e os negros não devem aceitar o racismo como algo natural. Para que isso ocorra, é necessário que o homem tome consciência do seu estado atual e das suas possibilidades de mudar a sua realidade.
Um dos caminhos utilizados pela Tendência Libertadora para se alcançar esse objetivo é a problematização da realidade social, na qual o aluno, por meio de discussões, começa a analisar o seu contexto e a identificar necessidades de melhoria da sua realidade.
Tendência Libertária
 A Tendência Libertária traz a ideia de que, para construir uma sociedade mais livre, a Educação precisa rejeitar todo tipo de repressão. Assim, no processo educacional, somente têm relevância os conteúdos que permitem o seu uso prático. Essa tendência enfatiza, também, a aprendizagem informal, via grupo. 
Busca construir indivíduos livres e autogestores.
Tendência Crítico-Social dos Conteúdos
Ela prioriza os conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. Nesse sentido, a Educação deve assegurar que todos tenham acesso aos conhecimentos científicos para que possam desenvolver a sua consciência crítica frente à sociedade.
A escola deve dar ao aluno todos os instrumentos necessários para que ele seja capaz de transformar a sua realidade a partir da reflexão de sua prática social.
A Tendência Crítico-social dos Conteúdos faz uso do princípio da aprendizagem significativa, que considera o que o aluno já sabe como ponto de partida para a aquisição do conhecimento. Nesse sentido, a aprendizagem só ocorre quando o aluno é capaz de sintetizar o novo conhecimento, relacionando-o com o que ele já sabe. Esse processo permite que o aluno tenha uma visão mais ampla daquilo que está sendo aprendido.
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA OU BEHAVIORISMO
Originada em estudos feitos no campo da Psicologia, esta corrente de pensamento compreende e define o comportamento humano como o resultado de influências sociais. Segundo a teoria behavorista, o sujeito pode ser moldado de acordocom estímulos e respostas. 
O processo educativo no plano de aula behaviorista tem como característica o estímulo e a resposta do que é pedido ao aluno: à medida que ele consegue desenvolver o conhecimento sobre determinado assunto, obtém um melhor aproveitamento e é recompensado. Tal recompensa varia desde a valorização do aluno até outras premiações, enquanto sua avaliação ocorre por meio de provas e testes somativos.
Características 
O aluno é passivo ao processo de ensino;
O professor somente passa as informações;
O professor reforça pelo método da repetição para que o aluno compreenda o conteúdo.
ABORDAGEM COGNITIVISTA
Nesta abordagem, o conhecimento é considerado uma construção contínua do sujeito no meio em que transita. O cognitivismo realça aquilo que é ignorado pela abordagem comportamentalista: o ato de conhecer. O interesse da teoria cognitivista é saber como o ser humano conhece o mundo, investigando a percepção, o processamento de informação e a compreensão dele.
1. Ela ajuda o sujeito a compreender e atribuir significado para sua realidade.
2. Dessa forma, esta teoria tem como foco específico a compreensão de como o sujeito guarda e organiza os conhecimentos adquiridos ao longo do percurso escolar.
3. Sua ênfase está no papel humano frente ao processo de construção do conhecimento, pois ela se concentra no desenvolvimento da personalidade do sujeito e na sua capacidade de atuar de forma integrada.
4. A figura do professor não é a de um transmissor do conhecimento, mas o de um facilitador da aprendizagem.
5. O conteúdo, por sua vez, é proveniente de experiências próprias realizadas pelo estudante na sala de aula. Elas são orientadas pelo professor, que atua como um articulador entre o conhecimento e o aluno. O docente, portanto, possibilita a criação de condições para que os discentes aprendam.
A educação centra-se no aluno. Devem emanar dele os motivos para a aprendizagem, pois a sua finalidade é a criação de condições que facilitem o aprendizado integral do sujeito. Por isso, a autodescoberta e a autodeterminação constituem atributos da abordagem cognitivista.
O processo de ensino cognitivista ocorre a partir de uma metodologia criada pelo professor na qual a aprendizagem do aluno se desenvolve em um contexto que privilegia a liberdade para aprender. Notemos que várias correntes e diversos representantes desta teoria podem ser agrupados da seguinte maneira:
 Cognitivista
Segundo as teorias cognitivistas, o processo do conhecimento é construído pela relação entre sujeito e sujeito ou sujeito e objeto, ou seja, cada sujeito constrói o seu conhecimento a partir do contato com o meio e da relação que ele faz.
O sujeito constrói o seu conhecimento não a partir de uma estrutura fixa, mas sempre em uma relação de troca. Por isso, tais teorias designam a existência de uma variedade de elementos responsável por possibilitar o aprendizado.
Construtivista
Investiga como são construídas pelo sujeito as estruturas cognitivas para a elaboração do conhecimento. Também se ocupa dos processos do pensamento humano desde a infância.
O Construtivismo é uma linha de pensamento que gerou um grande impacto na Pedagogia, principalmente pelas ideias de Jean Piaget.
Sua principal indagação diz respeito à forma como o sujeito conhece o mundo. Uma das principais preocupações de Piaget era compreender como e quais são os mecanismos utilizados pelo homem para o conhecer e se adaptar a ele.
Para Jean Piaget, a interação social não está relacionada apenas a uma transferência verbal, e sim ao uso do pensamento e da cooperação.
IINTERAÇÃO - Ao interagir com pessoas e objetos, há o progresso do pensamento do sujeito e, consequentemente, de sua ação.
Neste processo interacional, o sujeito entende que sua ação deve COOPERAÇÃO - Neste processo interacional, o sujeito entende que sua ação deve contribuir para a cooperação do grupo, desenvolvendo, com isso, uma vida afetiva
Sociointeracionista
Preocupa-se com a importância da experiência e da cultura do meio para o processo de construção de conhecimento e de constituição do indivíduo.
Lev Vygotsky é seu maior representante. Para este autor, a mediação é um fato fundamental para o processo cognitivo do sujeito, sendo realizada por meio da relação interpessoal e dos sistemas de signos(linguagem, escrita, símbolos e objetos).
A linguagem é um instrumento de mediação da aprendizagem para criar situações concretas de produção, reflexão, colaboração e construção de conhecimento. Ela abandona, dessa forma, o esquema linear de reprodução ou consumo.
A teoria sociointeracionista impeliu os docentes a uma reflexão sobre a prática pedagógica devido aos apontamentos feitos por Vygotsky sobre as relações existentes entre a aprendizagem, o desenvolvimento e a interação nos processos educativos.
Podemos reconhecer a interação entre os alunos como uma estratégia pedagógica. Para que haja um conhecimento, o sujeito deve ser entendido como um ser social que constrói sua individualidade a partir das interações mediadas pela cultura. Dessa maneira, a relação que a pessoa estabelece com o meio social é condição fundamental para ela se constituir como indivíduo.
Características 
O aluno é um sujeito ativo na produção do conhecimento;
O professor é um mediador na relação conhecimento-aluno;
O professor observa o contexto social e abre o diálogo entre os alunos.
No plano de aula sociointeracionista, o professor tem o papel de promover avanços e diálogos entre os alunos. Cada aluno tem um tempo de aprendizagem, sempre desenvolvendo-se em conjunto com os outros colegas. Por isso, no plano de aula de gramática, encontramos na metodologia e no processo valiativo características que corroboram a ideia defendida pela teoria em questão, como escutar e dar voz aos alunos, percebendo que o processo da avaliação é uma construção social e coletiva.
Significativa
Realça a importância do significado na aprendizagem e investiga o processo cognitivo a partir do entendimento de que a nova informação se relaciona com várias outras já conhecidas pelo sujeito e presentes na estrutura cognitiva.
Os estudos sobre esta teoria têm como base o autor David Paul Ausubel, responsável pela elaboração do conceito de aprendizagem significativa. Na abordagem cognitiva, ele observa o que ocorre dentro da mente humana durante a construção do conhecimento.
Para Ausubel, a estrutura cognitiva refere-se ao conteúdo total das informações, aos fatos, aos conceitos e aos princípios organizados pela pessoa. A aprendizagem é vista como o processo em que o novo conteúdo se organiza e se integra à estrutura cognitiva já existente. Dessa maneira, o professor precisa fazer a relação significativa entre o conteúdo acadêmico e o social para que o aluno perceba o significado do que aprende.
Para haver aprendizagem significativa, são necessárias duas condições:
· Primeira condição - O aluno precisa ter uma disposição para aprender. Se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, a aprendizagem será mecânica.
· Segunda condição - O conteúdo escolar a ser aprendido deve ser potencialmente significativo, ou seja, ele precisa se mostrar lógica e psicologicamente significativo. O significado lógico depende somente da natureza do conteúdo; o psicológico, por sua vez, significa a experiência de cada indivíduo. Todo aprendiz faz uma filtragem própria do significado dos conteúdos.
Essas relações têm um caráter hierárquico; dessa forma, a estrutura cognitiva é compreendida fundamentalmente como uma rede de conceitos organizados hierarquicamente de acordo com o grau de abstração e de generalização.
Afinal, o que seria a didática? Por que professores precisam dela?
A didática serve para indicar os processos de ensino-aprendizagem. Com eles, você vai poder pensar tecnicamente e acompanhar a evolução dos alunos.
Não basta, porém, compreender um conteúdo do ponto de vista técnico. O processo de compreensão é do aluno, e não do professor, pois será o estudante que vai descobrir os seus caminhos e construir as pontes necessáriaspara seu desenvolvimento. Ser didático, além de se preparar, é estar disposto a compreender que seu aluno precisa de acompanhamento no processo de aprendizado.
A didática não deve ser entendida como uma prática, mas como um processo no qual cada aluno desenvolve seus aspectos cognitivos. O professor, por sua vez, acompanha esse processo e fomenta novas descobertas, possibilitando a ampliação desses conhecimentos.
Todo aquele que se coloca na condição de educando espera que quem o conduzirá esteja preparado. Independentemente de nosso tempo de convivência, nós, enquanto professores, devemos estar dispostos e sermos capaz de acompanhá-lo para provocar e permitir processos de aprendizagem, cada um com seu ritmo e dentro de suas necessidades. Desse modo, atuar didaticamente é:
· Preparar-se para estabelecer a ação pedagógica.
· Perceber o desenvolvimento do sujeito conforme se desenvolve a educação.
· Ter o aprendizado como foco do resultado, mesmo entendendo que nem sempre ele ocorrerá da forma esperada e planejada.
A didática deve ser entendida como uma ferramenta pedagógica que impulsiona o professor a refletir sobre as formas de abordagem do conhecimento, das metodologias, da necessidade de planejamento e de tudo que envolve o processo de ensino-aprendizagem. Como não se limita à técnica, ela se dedica ao estudo do processo de ensino-aprendizagem, oferecendo uma reflexão constante que orienta as abordagens didáticas a fim de fortalecer tal processo.
A abordagem didática também ultrapassa a dimensão técnica, pois exige compromisso do mestre com o aprendiz, fazendo com que o professor adote uma postura reflexiva, na qual a construção de conhecimentos ganha nova dimensão, provocando a entrada de aprendizagens significativas que façam sentido para o público a que se destina.
Atualmente, o professor na sala de aula da educação básica trabalha principalmente com crianças das gerações Z e Alpha. Dessa forma, ele terá de repensar sua prática pedagógica e seus caminhos didáticos, pois precisará lidar com perfis geracionais diferentes do seu.
Essas medidas são importantes. Nossos alunos têm um perfil geracional diferente, já que cresceram utilizando ambientes colaborativos, como Instagram, Facebook, Pinterest e Snapchat. Além disso, eles estão acostumados aos games, que são jogados em grupos, embora seus jogadores estejam distantes geograficamente.
Por essa razão, a abordagem didática atual deve enfatizar o enfoque social em detrimento do individual, privilegiando atividades e trabalhos realizados em mesas agrupadas fisicamente nas quais sejam utilizadas ações de pesquisa, análise de situações e resolução de problemas.
O melhor procedimento didático é aquele acompanhado de uma significação para cada geração. A didática está presente de forma imperativa em todos os espaços de aprendizagem: na construção de instrumentos de apoio ao ensino, como conteúdos digitais, assim como em materiais, livros e projetos didáticos. Afinal, ela mesma é um instrumento qualificador do trabalho educativo.
PLANO DE AULA
Durante a elaboração do plano de aula, o professor deve articular as competências e habilidades solicitadas pelo seu demandante com as estratégias que serão utilizadas. Portanto, ele corresponde ao nível de maior detalhamento e objetividade do processo de planejamento didático, tendo como finalidade a previsão dos conteúdos e atividades de cada aula.
Todo plano de aula deve ser composto por conteúdo e tema, competências, estratégias didático-metodológicas e avaliação (com possíveis intervenções didáticas). Durante a elaboração do planejamento e deste plano, é preciso ter em mente as seguintes perguntas:
1. O QUE ENSINAR? – OBJETIVOS
Indicam os propósitos de nossa ação didática, devendo estar expressos por verbos no infinitivo que contemplem comportamentos, habilidades, atitudes e competências esperados dos alunos. Dividem-se em geral (amplo e de longo prazo) e específicos (ações observadas mais rapidamente pelo professor).
2. PARA QUE ENSINAR? – FINALIDADE
Representa o propósito de nossa ação didática, abrangendo os conceitos e temas que serão trabalhados durante a disciplina. Recomenda-se que a finalidade esteja articulada com os objetivos para atingi-los de maneira interdisciplinar.
3. COMO ENSINAR? – ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-METODOLÓGICAS
Correspondem aos processos subjacentes à prática e aos objetos concretos, como as abordagens psicológicas da aprendizagem que utilizaremos, as atividades e os exercícios empregados para a consecução dos dois primeiros itens do planejamento.
4. COM O QUE ENSINAR? – RECURSOS
Os recursos didáticos podem ser classificados em:
4.1. Naturais – elementos da natureza: água, plantas etc.;
4.2. Pedagógicos: quadro, slide, maquetes etc.;
4.3. Tecnológicos: computador, internet, rádio etc.;
4.4. Culturais: biblioteca pública, museus, exposições, visitas técnicas etc.
São estabelecidas três dimensões: a realidade (onde estamos), os fins (aonde queremos chegar ou o que desejamos alcançar) e a mediação (como alcançar o que planejamos).
Quando planejamos e aplicamos nosso plano em sala de aula, temos uma intenção subjacente à ação didática. Para que as competências se concretizem mais facilmente, é necessário que este plano tenha as seguintes características:
· Coerência e Unidade – Conexão entre tema, conteúdo e meios.
· Continuidade e Sequência – Integração entre as atividades.
· Flexibilidade – Ajuste e Adaptação
· Objetividade e Funcionalidade – Análise das condições da realidade.
· Precisão e Clareza – Redigir de forma clara, sem dupla interpretação.
Que tal elaborarmos um utilizando as duas teorias aprendidas (cognitivista sociointeracionista e behaviorismo)? Para isso, lembre-se de que todo plano deve conter:
1 - Conteúdo: assunto central sobre o qual será tratado o plano.
2 - Tema da aula: tópicos relacionados ao conteúdo da aula.
3 - Segmento: para o qual ano este plano foi pensado.
4 - Duração: tempo estimado da aula.
5 - Objetivos: aquilo que se pretende alcançar com ela.
6 - Metodologia: que caminhos são realizados nela e o que é feito.
7 - Recursos: que materiais são necessários para que haja a aula.
8 - Avaliação: como ocorre a mensuração da aprendizagem.
AÇÃO PEDAGÓGICA
· O conceito de Ação Pedagógica entrou em vigor ao longo do século XX. Antes disso, o entendimento da didática era filosófica. Assim, perdia seu sentido diante da necessidade de estruturas mais concretas. Como exemplo, a taxa de analfabetismo do Brasil, que apresentava como média nacional a ordem de 74,6%.
· A Ação Pedagógica não é sinônimo de ação docente, mas a efetiva articulação entre as ações do professor e do aluno. Então, a didática atua na reflexão da prática que se dá entre professores e alunos.
· A educação não acontece apenas pelo docente. Todos os envolvidos no processo de planejamento – sejam eles professores, coordenadores pedagógicos e gestores – devem ter como guia dessa ação os alunos e seus conhecimentos e saberes. 
 A educação não acontece somente na escola. Embora essa afirmação possa ser considerada óbvia, é necessário que percebamos o quanto ela está relacionada à educação escolar e, consequentemente, com a prática docente.
Se por um lado a educação é um processo que não se restringe apenas à escola, mas à sociedade, por outro a escola é um espaço privilegiado de ensino-aprendizagem legitimamente estabelecido. Quando a escola se constitui enquanto espaço social de ensino, aquilo que será ensinado passa a ter mais legitimidade que outros tipos de saber que não passam por esse mesmo lugar. 
O sujeito que atua na educação precisa se preparar, desenhar estratégias, perceber objetivos, entender as forças que influem em seu trabalho.
Ação Pedagógica pode ser pensada em três passos fundamentais:
· PERCEBER O PROFESSOR COMO UM AGENTE EDUCADOR
· IDENTIFICAR AS NECESSIDADES DO EDUCANDO
· DEFINIR O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
O professor deve apresentar o conteúdo não só com qualidade conceitual e científica, mas coerente com a realidade dos alunos, de modo que faça sentidopara eles e que desperte o desejo de aprender.
· I – INFORMAÇÃO - A apresentação do conteúdo deve possuir informações de qualidade, bem organizadas e estruturadas de forma que o aluno possa ter acesso ao conhecimento facilmente em qualquer lugar e de forma compreensiva.
· E – EMOÇÃO - O aluno precisa ter suas emoções despertadas para que a informação possa lhe fazer sentido: ele não deve ficar apático diante daquilo que lhe é apresentado.
· C – CONHECIMENTO - A combinação da informação do conteúdo com o impacto das emoções do aluno gera o conhecimento, e a ferramenta que auxilia no equilíbrio dessa combinação é a Transposição Didática.
A junção da informação com a emoção para formar o conhecimento é chamada de Transposição Didática.
Com a Transposição Didática compreendemos a importância de o professor identificar que o seu trabalho é produzir um novo caminho para o desenvolvimento do aluno, proporcionando novas formas de aprender e levando em consideração o cotidiano escolar sem impedir o acesso dos alunos a essas informações.
Transposição Didática trabalha com a adaptação do conhecimento científico para transmiti-lo ao aluno com base em estratégias pedagógicas de ensino.
Pode ser compreendida como a passagem do saber científico ao saber ensinado.
A Transposição Didática é uma ferramenta que auxiliará a identificar os conteúdos e conceitos científicos que necessitam ser trabalhados a fim de que tenham sentido na escola. Assim, através da Transposição Didática, o saber científico se molda ao cotidiano e à realidade dos educandos.
A Transposição Didática também permite que o professor reflita sobre a própria prática docente, tendo assim o objetivo de manter o equilíbrio entre o que é ensinado e o que é aprendido. Para isso, é necessário que sua interferência harmonize a informação com a emoção, combinando o conteúdo relevante e estruturado à emoção do aluno, sempre fomentando a curiosidade e a experimentação.
O processo de troca de conhecimentos é interligado pela transposição em três momentos:
1. Saber Sábio - É utilizado pelos autores, livros didáticos e pela ciência.
Vem do meio acadêmico para a escola através dos livros e do conhecimento do professor.
2. Saber Ensinar - É usado para atingir os objetivos em sala, ou seja, o planejamento escolar.
Através do planejamento, o saber sábio se transforma em saber ensinar, pensando e refletindo sobre as ações que ocorrerão dentro da sala de aula.
3. Saber Ensinado - É produzido efetivamente em sala de aula com os alunos.
No saber ensinado, a ciência e o planejamento são colocados em prática e o conhecimento é construído conjuntamente com o aluno, aquele para quem é pensado todo esse processo.
O conceito de Transposição Didática é fundamental para se pensar sobre a produção do conhecimento escolar. Sendo assim, quando nos debruçamos sobre o conceito, podemos perceber que alguns professores estão acostumados a pegar o conhecimento de forma bruta e transmiti-lo da mesma forma ao aluno e, por isso, algumas matérias podem ser consideradas incompreensíveis e até desestimulantes.
Dois movimentos são centrais para essa Transposição Didática:
TRANSPOSIÇÃO EXTERNA – 
Envolve os processos de produção curriculares mais formais e textuais.
Como documentos normativos e livros didáticos.
TRANSPOSIÇÃO INTERNA - 
Refere-se áquilo que ocorre no campo da didática, com profissionais e professores operacionalizando os conteúdos, que se remetem aos saberes científicos.
TRANSPOSIÇÃO DIGITAL
A Transposição Didática pode ocorrer não só no ambiente presencial, mas também à distância. Quando falamos na adequação do conhecimento em meios digitais, temos a Transposição Didática digital.
Esse tipo de abordagem busca dialogar sempre com quem está do outro lado da tela, seja através de computadores, tablets ou até celulares, valendo-se de recursos e técnicas que estimulam o aluno a interagir com diversos objetos de aprendizagem.
Na transposição digital, devemos ter atenção em relação à linguagem utilizada para que ela seja acessível a diferentes públicos. Este tipo de linguagem é chamada de hipermidiática.
LINGUAGEM HIPERMIDIÁTICA
A linguagem hipermidiática na transposição digital exige a integração de diferentes linguagens (verbais e não verbais) em busca de um sentido ou objetivo. No nosso caso, fazer com que o aluno adquira conhecimento de forma autônoma. Essa integração entre várias linguagens tem como objetivo promover o interesse pelo assunto e oportunizar o melhor entendimento do conteúdo.
Quando um professor consegue fazer a Transposição Didática de um conteúdo é porque ele trouxe aquele assunto complexo para um nível de fácil compreensão, ou seja, para o inteligível, de modo a democratizar o conhecimento. E é através da linguagem hipermidiática que será possível realizar uma Transposição Didática digital eficaz, recursos esses que ilustrarão ou simplificarão os conceitos sem reduzi-los.
A simples articulação entre as palavras conhecer-fazer-conviver-ser já aponta para as características essenciais da Educação: contribuir para que o aluno construa conhecimentos, de modo que ele possa agir sobre a sua realidade social e transformá-la.
10 competências necessárias para o professor:
Os pilares da Educação para o século XXI, conhecer-fazer-conviver-ser, influenciam significativamente na aprendizagem dos alunos. Um fator importante nesse processo é a motivação para a aprendizagem.
A evolução das tecnologias digitais de informação e comunicação tem transformado profundamente a sociedade em todas as suas dimensões, inclusive na Educação.
Por isso, torna-se necessário integrar essas tecnologias às metodologias de ensino, de modo que sejam importantes aliadas da aprendizagem.
As metodologias ativas são pontos de partida em direção a processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas. Nas metodologias ativas, o aprendizado se dá a partir da antecipação, durante o curso, de problemas e situações reais (os mesmos que os alunos vivenciarão depois na vida profissional).
Portanto, as metodologias ativas buscam colocar o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem, permitindo que crie soluções e busque os conhecimentos de que necessita. Nesse contexto, o professor atua muito mais como um orientador do processo de construção da aprendizagem, estimulando, também, a interação entre os alunos. 
Ao professor, cabe, então, orientar os alunos nessa busca pelo conhecimento.
Podemos citar alguns dos métodos utilizados nas metodologias ativas:
· Estudos de caso 
· Aula em laboratório
· Trabalhos em grupo 
· Simulações
· Aprendizagem baseada em problemas ou projetos 
· Aprendizagem baseada em perguntas 
O sucesso de qualquer uma dessas metodologias depende da mudança decisiva na atuação do professor em sala de aula. Com o uso de metodologias ativas, o professor precisa enxergar o aluno sob a perspectiva da ação e da parceria, ou seja, o trabalho pedagógico deve estar fundamentado no diálogo.
Além de pensar, o aluno precisa sentir o que está fazendo para não ficar entediado com o conteúdo. Para incluir os sentimentos na construção de conhecimento, é necessário dar significado ao que se aprende, a partir do bom humor, da disposição e da alegria no processo de aprendizado. Portanto, as tecnologias digitais são muito importantes para oferecer ferramentas para a realização dessa proposta.
O aluno pode, de acordo com suas características, utilizar diferentes ferramentas e métodos para buscar uma informação e construir o conhecimento, de acordo com seu perfil de aprendizagem. O autor Howard Gardner desenvolveu uma teoria que nos ajuda a identificar diferentes perfis de aprendizagem – a Teoria das Inteligências Múltiplas –, segundo a qual existem nove perfis de inteligência que determinam a forma de aprender. São eles:
Inteligência verbal –
Habilidade de utilizar as palavras de forma efetiva.
 Inteligência lógico-matemática - 
 Habilidade de utilizar os números de forma efetiva
Inteligência cinestésica-corporal- 
 Habilidade de expressar ideias e sentimentos usando o corpo.
Inteligência espacial – 
Habilidade de perceber o espaço físico.
Inteligência musical –
Habilidade de expressar formas musicais.
Inteligência interpessoal – 
Habilidade de perceber os sentimentos, as emoções e as motivações das pessoas.
Inteligência intrapessoal -
 Habilidade de se autoconhecer e agir com base nisso.
Inteligência natural - 
Habilidade de lidar com a natureza.
Inteligência existencial –
Habilidade de compreender o mundo transcendental.
O conhecimento dos diferentes tipos de inteligência permite ao professor selecionar os métodos que mais se adéquam aos perfis de aprendizagem dos seus alunos. Esse autoconhecimento possibilita ao aluno escolher as ferramentas e os métodos que facilitarão não só a busca, como também a manifestação do conhecimento.
Quando a criança inicia sua escolaridade, leva consigo quatro impulsos inatos:
· Comunicar 
· Construir 
· Indagar 
· Expressar-se de forma mais precisa
Esses impulsos são os recursos naturais, que devem ser utilizados como pontos de partida para se investir no desenvolvimento ativo da criança.
Conectando a sala de aula
A tecnologia faz parte do cotidiano das pessoas e, consequentemente, da maioria dos nossos alunos. Eles estão imersos nas mídias digitais, valorizam as interações por meio de redes sociais e não são apenas consumidores de informações, mas também são produtores. Esse contexto traz um novo desafio à Educação: pensar em métodos de ensino e avaliação capazes de auxiliar o aprendizado dos alunos com o uso das tecnologias digitais.
Algumas tendências de uso de tecnologia no contexto educacional para que você conheça suas características e possibilidades de aplicação para a Educação Básica e Ensino Superior. Veja a seguir:
ARMAZENAMENTO EM NUVEM
O acesso a qualquer hora e em qualquer lugar é o grande apelo do uso de nuvem. Além de compartilhar arquivos e materiais, as ferramentas de colaboração presentes nessas plataformas permitem cocriar, o que facilita o uso para trabalhos em grupo. Soma-se a isso a quase infinita capacidade de armazenamento de conteúdo.
ROBÓTICA EDUCACIONAL
Muitas escolas começaram a oferecer em seus currículos a disciplina de Robótica, algo que já existia com mais frequência no Ensino Superior, em especial nos cursos de Engenharia e de Tecnologia. Seu estudo estimula a associação entre teoria e prática, além usar o erro e a criatividade como métodos de ensino. Outro aspecto fundamental é a possibilidade de inserir o ensino de linguagem de programação como parte da metodologia, permitindo explorar a competência de pensamento computacional. 
REALIDADE VIRTUAL, AUMENTADA E MISTA
Primeiramente, é importante conhecer as diferenças:
A realidade virtual ocorre quando temos a sensação de imersão e usamos um óculos específico para isso;
A realidade aumentada usa um dispositivo (como o celular) para expandir a realidade física observável;
A realidade mista mescla aspectos físicos com virtuais, como, por exemplo, um voo virtual de asa-delta com o uso de ventiladores e molas para simular o ambiente físico real.
USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS
Apesar de ainda ser visto como um inimigo do professor, o celular pode ser um grande aliado para o emprego de novas metodologias. Os benefícios são muitos: leitura de textos didáticos, pesquisa, atividades online síncronas, criação de conteúdo, uso de aplicativos educacionais etc.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)
Trata-se de um vastíssimo campo de aplicação. Porém, se concentrarmos o foco no contexto educacional, podemos destacar algumas aplicações:
Tecnologias de voz;
Uso de chatbots;
Reconhecimento facial.
Como vimos, o uso das tecnologias digitais em sala de aula permite aproximar os métodos de ensino à realidade do aluno. Essas tecnologias também são ferramentas capazes de potencializar o aprendizado. Uma vez que as tecnologias evoluem continuamente, é importante que o professor esteja atento a essas mudanças, pois elas trazem novas possibilidades ao processo de ensino e aprendizagem, bem como novas competências a serem alcançadas pelo professor e pelos alunos.

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