Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 1 PROTEÍNAS (proteios = primeira classe) Funções das proteínas: 1 – Catálise enzimática = as enzimas aumentam as velocidades de reação em, pelo menos, um milhão de vezes. Ex: DNA polimerase. 2 – Transporte e armazenamento = transporte de moléculas e íons. Ex: hemoglobina e transferrina. 3 – Movimento coordenado = contração muscular e movimento flagelar. Ex: actina, miosina e microtúbulo. 4 – Sustentação mecânica = manutenção da força de tensão da pele. Ex: colágeno. 5 – Proteção imunitária = reconhecimento de substâncias estranhas. Ex: anticorpos. 6 – Geração e transmissão dos impulsos nervosos = captação de estímulos e conversão elétrica. Ex: proteínas receptoras. 7 – Controle do crescimento e diferenciação = ação de proteínas repressoras do DNA e fatores de transcrição. Ex: repressor lac e TBP. DEFINIÇÃO = São polímeros de aminoácidos. Existem vinte aminoácidos diferentes que entram na composição das proteínas. A seqüência de aminoácidos determina as propriedades da proteína. ESTRUTURAS COVALENTES DAS PROTEÍNAS 1 – Estrutura primária = Seqüência linear de aminoácidos covalentemente ligados por ligações peptídicas. Ligação peptídica = Ligação entre o grupo α- carboxi de um aminoácido com o grupo α-amino de outro aminoácido. As proteínas não são ramificadas! As proteínas podem sofrer modificações covalentes Por exemplo: 1 - Proteínas conjugadas = Grupos químicos que são associados aos aminoácidos, mas com propriedades diferentes destes (grupos prostéticos). BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 2 2 - Grupos prostéticos= Corresponde a parte não aminoácido de uma proteína conjugada. Nomeclatura das proteínas * A ponta amino = é o início da cadeia polipetídica. * Cadeia principal = seqüência de ligações peptídicas (invariável). * Cadeia lateral = cadeias laterais dos resíduos de aminoácidos (variável). A importância da ligação peptídica A cadeia protéica linear não tem atividade biológica. O Dobramento (conformação) corresponde à disposição tridimensional de átomos em uma estrutura que determina a sua atividade biológica. Os aminoácidos determinam a conformação da proteína! A ligação peptídica é rígida e plana. Motivo = disposição trans = hidrogênio do grupo amina é oposto ao oxigênio do grupo carboxila = não há rotação! Onde ocorre a rotação? Em torno do carbono α!!!! 2 – Estrutura secundária = Resulta em dobramentos (conformações) da seqüência primária. Essas estruturas são mantidas por ligações de hidrogênio entre o hidrogênio do grupo amida e o oxigênio do grupo carboxila. Estruturas secundárias básicas: 1 – Alfa hélice (α-helix); 2 – Folha beta pregueada (β- sheet). ALFA HÉLICE Modelo mais simples de conformação que uma cadeia polipeptídica pode assumir. A estrutura primária dobra-se ao longo de um eixo imaginário que passa pelo meio da hélice. Os grupos R dos resíduos de aminoácidos ficam voltados para o exterior da conformação. A estabilidade da estrutura é mantida pela formação de ligações de hidrogênio intracadeia. As ligações de H entre as ligações peptídicas mantêm o giro da hélice. FOLHA BETA A cadeia polipeptídica adota uma seqüência de ZIG-ZAG. Essa organização permite que várias folhas beta, em uma mesma proteína, fiquem orientadas lado a BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 3 lado. Características = 1) A conformação é do tipo extendida; 2) Formação de pontes de H intercadeia; 3) As cadeias laterais ficam voltadas para o exterior da estrutura. MOTIVOS = São combinações de α-hélices e folhas β que aparecem na estrutura e que desempenham uma função na proteína. 1 – Hélice volta hélice; 2 – Hairpin; 3 – Chave grega; 4 – Unidade βαβ; 5 – Barril tipo β. Ex: ligação de cálcio ou promotor do DNA. Estrutura Terciária = consiste em dobramentos da estrutura secundária. Isso permite que regiões distantes da proteína possam interagir. As interações são do tipo efeito hidrofóbico e pontes dissulfeto. Com isso, ocorre a formação dos domínios. Os domínios consistem de combinações de motivos. Surgem os sítios ativos das enzimas que são os locais de ligação do substrato. Estrutura Quaternária = Resulta da união de várias cadeias protéicas. As forças que unem as várias cadeias são do tipo: interações hidrofóbicas e forças eletrostáticas. Desnaturação e Renaturação = A desnaturação resulta na perda da conformação responsável pela atividade biológica da proteína e a renaturação consiste na recuperação da conformação da proteína. O que provoca a desnaturação??? 1 – pH; 2 – Temperatura; 3 – Energia mecânica; 4 – Agentes redutores (β-mercaptoetanol e DTT); 5 – Sais (uréia 8 mol/L e cloridrato de guanidina 6 mol/L). BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 4 ENZIMAS (São os catalisadores biológicos) CLASSES DE ENZIMAS 1 – Oxidorredutases = catalisa reações de óxidorredução. Ex: desidrogenases, oxidases, peroxidases, entre outras. 2 – Transferases = catalisa reações de transferência de grupos. Ex: quinases; 3 – Hidrolases = catalisa reações de hidrólise. Transfere grupos para a água. Ex: pirofosfatases; 4 – Liases = produz reações de eliminação ou gera - quebra duplas ligações. Ex: sintase; 5 – Isomerases = catalisa reações de isomerização (reordenação de grupos dentro da molécula) Ex: racemases; 6 – Ligases = catalisa as reações de união de substratos. Ex: sintetases. PROPRIEDADES DAS ENZIMAS 1 – Altas taxas de reação = Aceleram as reações na ordem de 106 a 1017. 2 – Reações em condições brandas = reações ocorrem à temperatura ambiente, pressão atmosférica e pH neutro. 3 – Especificidade de reação = as enzimas não produzem sub-produtos de reação. 4 – Capacidade de regulação = sofrem regulações por outras substâncias. ☺ ESTEREOESPECIFICIDADE = Reconhecimento e ligação a centros quirais específicos. ☺ ESPECIFICIDADE GEOMÉTRICA = As enzimas são seletivas no reconhecimento de grupos químicos. CARACTERÍSTICAS DAS ENZIMAS 1 – As enzimas não alteram os equilíbrios das reações. A enzima acelera a velocidade da reação mas não altera o equilíbrio de uma reação. 2 – As enzimas aceleram reações estabilizando estados de transição. REAÇÃO CATALISADA POR UMA ENZIMA E + S (substrato) ES (estado de transição) E + P (produto) 1) ES = é o tipo de molécula menos freqüente ao longo da via de reação alto conteúdo energético. 2) As enzimas aceleram reações pelo decréscimo de ΔG (energia livre de Gibbs), a barreira de ativação. Obs. O primeiro passo da catálise enzimática é a formação do complexo enzima-substrato. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 5 CENTROS ATIVOS DAS ENZIMAS É a região da enzima que se liga aos substratos e que contêm os resíduos de aminoácidos responsáveis pela síntese e quebra de ligações químicas. Grupamentos catalíticos = AA’s que fazem a catálise enzimática. CARACTERÍSTICAS DOS CENTROS ATIVOS 1 – Ocupa uma parte pequena do volume total da proteína. 2 – Corresponde a uma entidade tridimensional. 3 – Os substratos ficam ligados por ligações fracas. 4 – São depressões ou fendas na superfície da proteína. 5 – A especificidade de ligação depende do arranjo dos átomos no centro ativo. Modelo chave e fechadura (Emil Fischer - 1890) Centro ativo com estrutura tridimensional complementar aos substratos. Modelo induced fit (DaneilE. Koshland – 1958) Centro ativo sofre modificação após a ligação do substrato. Ocorre um reconhecimento dinâmico. MODELO DE MICHAELIS-MENTEN Representa a cinética enzimática. Algumas enzimas = a velocidade de catálise (V) varia com [S]. Caso = [Enzima] fixa... 1 – [S] pequena V é linear; 2 – [S] alta V quase independe de [S] A equação de Michaelis-Menten: V = Vmax x [S] [S] [S] + KM 1 – [S] é muito baixa V é diretamente proporcional à [S]. 2 – [S] é muito alta V independe de [S]. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 6 Se [S] = KM V = Vmax/2 KM = concentração de substrato na qual a velocidade de reação é a metade de seu valor máximo. DUPLO RECÍPROCO Converte o gráfico de Michaelis- Menten em uma equação de primeiro grau. 1 = 1 + KM . 1 V Vmax Vmax [S] Importância do KM 1 – É a concentração de substrato na qual 50 % dos centros ativos estão ocupados. 2 – Mede o grau da afinidade entre enzima e substrato. Maior KM menor a afinidade da enzima pelo substrato; Menor KM maior a afinidade da enzima pelo substrato. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA Um dos principais mecanismos de controle da atividade enzimática em sistema biológicos. 1 – Inibição irreversível = Ligação muito forte entre inibidor e enzima. O inibidor não se dissocia da enzima. Pode ser uma ligação covalente. Exemplos: a) Ação do gás Sarin = atentado no metrô de Tókio; Ligação muito forte do inibidor com a acetilcolinesterase; b) Uso da iodoacetoamida. Liga-se nos resíduos de cisteína da enzima. 2 – Inibição reversível = Dissociação rápida do complexo enzima-inibidor. A – Inibição competitiva = A enzima liga-se ao substrato ou ao inibidor. O inibidor impede a ligação do substrato ao centro ativo. Sítio único de ligação para inibidor e substrato. Pode ser anulada aumentando-se a [S]. A intercessão 1/V x 1/[S] não varia. A Vmax não é alterada por um inibidor competitivo. Obs. Um inibidor competitivo diminui a velocidade de catálise pela redução da proporção de moléculas da enzima ligadas ao substrato. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 7 B – Inibição não-competitiva = Inibidor e substrato ligam-se, ao mesmo tempo, na molécula da enzima. Sítios de ligação específicos para inibidor e substrato. Não pode ser anulada pelo aumento da [S]. A Vmax é diminuída. O KM não é afetado por esse tipo de inibição. Obs. Um inibidor não competitivo diminui o número de moléculas de enzima disponíveis para a catálise. C – Inibição mista = Inibidor afeta ligação ao substrato e também altera a disponibilidade da enzima. ENZIMAS ALOSTÉRICAS Não obedecem ao modelo de Michaelis- Menten. Gráfico em forma sigmóide. A ligação do substrato ao centro ativo pode afetar as propriedades de outros centros ativos na enzima A ligação ao substrato torna-se cooperativa. DEFINIÇÕES BÁSICAS DE BIOQUÍMICA Essa parte é para ajudá-los no entendimento dos termos bioquímicos a serem usados nas demais partes do texto. Bioquímica = área da Biologia que estuda os princípios químicos dos fenômenos biológicos; Catabolismo = reações bioquímicas de degradação. Consiste na quebra de biomoléculas para a geração de intermediários para as vias bioquímicas; Anabolismo = reações bioquímicas de síntese. Consiste na montagem de biomoléculas a partir de unidades estruturais básicas de carbono; Enzimas = proteínas com função catalítica. São catalisadores biológicos que aceleram as velocidades das reações bioquímicas sem alterar o equilíbrio da mesma; Via anfibólica = via bioquímica usada tanto para a degradação quanto para a biosíntese de biomoléculas; Reação anaplerótica = reação de reposição de intermediários de vias bioquímicas cíclicas; BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 8 Retroinibição = controle da reação catalisada por uma enzima pelo seu produto final; Número de renovação (turnover number) = número de moléculas de substrato convertidas em produto por uma molécula de enzima em uma unidade de tempo, quando a enzima está completamente saturada com substrato. Metabolismo = conjunto global de reações bioquímicas realizadas por uma célula. Glicólise = quebra da molécula de seis carbonos da glicose para a geração de duas moléculas de três carbonos do piruvato. Gliconeogênese = consiste na síntese da molécula de glicose a partir de precursores não glicídicos. Lipólise = consiste na remoção seqüencial de dois átomos de carbono da molécula de ácido graxo na forma de acetil-CoA. Lipogênese = consiste na adição seqüencial de dois átomos de carbono na molécula de ácido graxo em formação a partir do acetil-CoA com a liberação de gás carbônico. NADH = Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo = poder redutor usado nas reações de catabolismo. NADPH = Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Fosfato = poder redutor usado nas reações de anabolismo. Glicogenólise = quebra da molécula de glicogênio gerando glicose-1- fosfato. Glicogênese = síntese da molécula de glicogênio a partir de nucleosídeo-difosfato ligado à glicose. Quinase = enzima que adiciona grupo fosfato ao substrato a partir da quebra do ATP. Fosfatase = enzima que remove grupo fosfato de um substrato com a concomitante quebra de uma molécula de água. GLICÓLISE Quebra da glicose para a geração de energia. Via universal na maior parte dos sistemas biológicos. Definição = é a seqüência de reações que transforma a glicose em piruvato com a produção de ATP. Visão geral = uma molécula de glicose de 6C é quebrada em duas moléculas de piruvato de 3C. Funções da glicólise: 1) Produzir ATP; 2) Fornecer esqueletos de carbono para biossínteses. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 9 A partir da conversão da glicose em piruvato este tem três possíveis caminhos bioquímicos: 1 – acetil-CoA enviado ao ciclo do ácido cítrico e, depois, para a cadeia transportadora de elétrons para a síntese de ATP (respiração celular). 2 – lactato (fermentação lática no músculo em anaerobiose). 3 – etanol (fermentação alcoólica por microrganismos em anaerobiose). Na glicólise há dois tipos de moléculas: 1 - 6C (glicose e frutose) 2 – 3C (gliceraldeído e di-hidroxiacetona). TIPOS DE REAÇÕES NA GLICÓLISE 1-Transferência de fosforila = fosfato transferido do ATP para uma molécula. 2 - Deslocamento de fosforila = transferência de fosfato em oxigênios de uma molécula. 3 – Isomerização = mudança de cetose para aldose e vice-versa. 4 – Desidratação = perda de água. 5 – Clivagem de aldol = quebra de ligação carbono-carbono formando aldeído e cetona. A seguir tem-se a representação das etapas e enzimas da glicólise. A primeira fase é a fase preparatória e a segunda fase da vis glicolítica é a fase de pagamento. O entendimento virá nas próximas páginas. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 10 BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 11 REAÇÕES DA VIA GLICOLÍTICA Primeira etapa (consumo de ATP): ☺** Glicose hexoquinase glicose-6-P Glicose com carga negativa e enriquecida. ☺** Glicose-6-P fosfoglico isomerase frutose-6-P Conversão aldose em cetose. ☺** Frutose-6-P fosfofrutoquinase frutose 1,6-bifosfato Controla a velocidade da via glicolítica. Segunda etapa (produção de ATP):☺** Frutose 1,6-bifosfato aldolase di-hidroxiacetona fosfato e gliceraldeído 3-P Aumenta a capacidade da glicose em gerar energia. ☺** Di-hidroxiacetona fosfato triose fosfato isomerase gliceraldeído 3-P Reservatório de gliceraldeído 3-P. Até agora, gastou ATP. Como pode??? ☺** Gliceraldeído 3-P gliceraldeído 3-P-DH 1,3-bifosfoglicerato Conversão de NAD+ em NADH. ☺** 1,3-bifosfoglicerato fosfoglicerato quinase 3-fosfoglicerato Formação de ATP e NADH. ☺** 3-fosfoglicerato fosfogliceromutase 2-fosfoglicerato Rearranjo de fosfato. ☺** 2-fosfoglicerato enolase fosfoenolpiruvato (PEP) Desidratação. ☺** PEP piruvato quinase piruvato Formação de ATP. Balanço do processo: Glicose + 2 Pi + 2 NAD+ 2 Piruvato + 2 ATP + 2 H+ + 2 H2O BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Paulo Roberto Queiroz e Ponto dos Concursos, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. 12 ENTRADA DE OUTROS AÇÚCARES 1 - Frutose ** Sacarose sacarase (intestino) glicose + frutose ** Frutose frutoquinase frutose 1-P Gasta ATP. ** Frutose 1-P frutose 1-P aldolase di-hidroxiacetona fosfato + gliceraldeído Quebra da molécula em duas unidades. ** Gliceraldeído triose quinase gliceraldeído 3-P A frutose é metabolizada no fígado. 2 – Galactose ** Lactose lactase galactose + glicose Ação intestinal. ** galactose galactoquinase galactose 1-P. Consumo de ATP. ** galactose 1-P + UDP-glicose galactose 1-P uridiltransferase UDP- galactose + glicose 1-P ** UDP-galactose UDP-galactose 4- epimerase UDP-glicose galactose e glicose são epímeros. ** Glicose 1-P fosfoglicomutase glicose 6-P BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Paulo Roberto Queiroz e Ponto dos Concursos, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. 13 REGULAÇÃO DA GLICÓLISE Pontos de controle são as reações irreversíveis da via glicolítica. As reações são catalisadas pela Hexoquinase, Fosfofrutoquinase e a Piruvato quinase. FOSFOFRUTOQUINASE Principal elemento de controle da glicólise. Considerando o fígado... Condições de inibição: Inibida por alta [ATP] regulação alostérica. Inibida por H+ evita a formação de lactato queda de pH (acidose) é evitada. Inibida por alta [citrato]. Ativada por alta [AMP] e por frutose 2,6-BP (F2,6- BP). De onde vem a F2,6-BP??? É produzida pela PFK2. A reação segue abaixo: **Frutose 6-P fosfofrutoquinase 2 (PFK2) frutose 2,6-BP **Frutose 2,6-BP frutose bifosfatase (FBPase) frutose 6-P BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 14 São duas enzimas em uma!!! F 6-P acelera a síntese de F 2,6-BP ativa a PFK1 acelera a glicólise. Condições fisiológicas 1 - Queda [glicose] aumenta [glucagon] fosforilação ativa a FBPase2 e inibe a PFK2 queda da F 2,6BP reduz glicólise. 2 – Aumento [glicose] aumenta [insulina] defosforilação ativa a PFK2 e inibe a FBPase2 aumento da F 2,6-BP acelera a glicólise. HEXOQUINASE E PIRUVATO QUINASE A - Hexoquinase Inibida por alta [G 6-P]. Inibida a PFK 1 inibida a hexoquinase. Mas no fígado... Existe a glicoquinase KM mais alto que a hexoquinase não sofre inibição como a hexoquinase Converte o excesso de G 6-P em glicogênio. Dessa forma, o fígado dá ao cérebro e ao músculo a primeira opção por glicose. Esse ponto de regulação permite que a G 6-P possa ser convertida em glicogênio ou usada na via das pentoses (produção de NADPH). B – Piruvato quinase Controla a saída de metabólitos da via glicolítica. A piruvato quinase no fígado sofre inibição por ATP e Alanina e ativação por F 1,6-BP. Condição fisiológica... Baixa [glicose] alto [glucagon] inativa a piruvato quinase reduz a glicólise. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 15 DESTINOS DO PIRUVATO ☺ Fermentação alcoólica: As reações são: ** Piruvato piruvato descarboxilase acetaldeído Perda de carbono na forma de CO2 e consumo de NADH em NAD+. ** Acetaldeído álcool desidrogenase etanol Equação Glicose + 2 Pi + 2 ADP + 2 H+ 2 etanol + 2 CO2 + 2 ATP + 2 H2O ☺ Fermentação lática: ** Lactato lactato desidrogenase lactato Consumo de NADH. Equação Glicose + 2 Pi + 2 ADP 2 lactato + 2 ATP + 2 H2O GLICONEOGÊNESE Consiste na produção de glicose a partir de precursores não-glicídicos. Importância da gliconeogênese: 1 – Fornecer glicose ao cérebro; 2 – Fornecimento de glicose em períodos de jejum prolongado; 3 – Fornecimento de glicose ao músculo em exercício. Entrada dos precursores na via glicolítica: 1 – Lactato (músculo esquelético) BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 16 2- Aminoácidos (proteínas da dieta e degradação de proteínas do músculo esquelético) 3 – Hidrólise de TAG em glicerol. Utiliza-se o glicerol. Mamífero não converte TAG em glicose. Essencialmente no fígado que fornece glicose ao cérebro e aos músculos para as suas atividades metabólicas. ETAPAS CRÍTICAS DA GLICONEOGÊNESE Usa a reversão das principais etapas da glicólise com desvio das suas respectivas reações de controle. Primeira etapa de desvio: ** Piruvato + CO2 + ATP + H2O piruvato carboxilase oxaloacetato + ADP + Pi + 2 H+ Piruvato carboxilase = única enzima mitocondrial do processo. Necessidade de bombeamento do oxaloacetato para o citossol. 1 - OAA + NADH malato DHmt malato + NAD+ 2 – Bombeamento pela membrana mitocondrial 3 -malato + NAD+ malato DHcit OAA + NADH Segunda etapa de desvio ** Frutose 6-P + H2O frutose 1,6-bifosfatase frutose 6-P + Pi Terceira etapa de desvio ** Glicose 6-P + H2O glicose 6-fosfatase glicose + Pi Ausente no cérebro e músculo. Presente no RE dos hepatócitos. Equação: 2 Piruvato + 4 ATP + 2 GTP + 2 NADH + 6 H2O glicose + 4 ADP + 2 GDP + 6 Pi + 2 NAD+ + 2 H+ Etapa citossólica: * Oxaloacetato + GTP PEP carboxiquinase PEP + GDP + CO2 Os demais pontos da gliconeogênese consistem em reversões das reações da via glicolítica. Ou seja, é a mesma enzima que atua tanto na glicólise quanto na gliconeogênese. A seguir seguem as reações para você comparar tanto a glicólise quanto a gliconeogênese. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 17 BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 18 REGULAÇÃO Glicólise e gliconeogênese são coordenadas de formas opostas. Velocidade da glicólise é a [glicose]. Velocidade da gliconeogênese é a [lactato]. Ponto crucial = conversão de F 6-P para F1,6-BP AMP ativa a PFK1 AMP inibe a F 1,6-BPase Citrato inibe a PFK1 Citrato ativa a F 1,6-BPase Condição fisiológica 1 - Alta [glicose] alta [insulina] aumenta [F 1,6-BP] ativa a PFK1 e inibe a F 1,6-BPase. 2 – Baixa [glicose] alta [glucagon] diminui [F 1,6-BP] inibe a PFK1 e ativa a F 1,6-BPase. Obs. F 2,6-BP = sinalizador para a quebra ou síntese de glicose. OUTRAS ENZIMAS ☺ Piruvato quinaseF 1,6-BP ativa ATP inibe ☺ Piruvato carboxilase Acetil-CoA ativa ADP inibe ☺ PEP carboxiquinase ADP inibe CONVERSÃO DE METABÓLITOS ORIUNDOS DA ATIVIDADE MUSCULAR Músculo esquelético ativo produz lactato e alanina que são matérias- primas da gliconeogênese. No músculo em anaerobiose ocorre a produção de piruvato e NADH na glicólise supera o consumo no Ciclo do Ácido Cítrico e Cadeia Transportadora de Elétrons. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 19 Solução = conversão em lactato e produção de NAD+ para permitir o funcionamento da glicólise. Acumula lactato. O que fazer??? Ocorre o envio do excesso de lactato ao fígado, via plasma. No fígado... Lactato é oxidado a piruvato. O piruvato é convertido em glicose pela gliconeoegênese. O fígado envia a glicose para o músculo. O mesmo se aplica a alanina. A alanina é formada a partir do piruvato por transaminação. Quem reverte???? O fígado. CICLO DO ÁCIDO TRICARBOXÍLICO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO CICLO DE KREBS Ocorre na matriz mitocondrial. É o destino do piruvato produzido durante a glicólise em condições aeróbicas. Via final de oxidação de açúcares, aminoácidos e ácidos graxos. Primeira reação Piruvato + CoA + NAD+ piruvato desidrogenase acetil-CoA + CO2 + NADH Visão geral do processo 1 - Dois carbonos entram no processo como Acetil-CoA. 2 - Dois carbonos saem como CO2 3 – São formados 3 NADH (6 é). 4 – É formado um FADH2 (2 é). 5 – É formado um GTP. Potencial para a síntese de 11 ATP. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 20 Função do ciclo de Krebs: 1 – Via final de oxidação de moléculas alimentares; 2 – Fornecer poder redutor para a produção de ATP; 3 – Fornecer esqueletos de carbonos para outras reações. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 21 Reações: 1) OAA + Acetil-CoA + H2O citrato sintase citrato + CoA Conversão C4 para C6. 2) Citrato cis-aconitato isocitrato (aconitase) 3) Isocitrato isocitrato desidrogenase α-KGT + CO2 + NADH Produção de força redutora. 4) α-KGT + NAD+ + CoA α-KGT DH succinil-CoA + CO2 + NADH Produção de força redutora. 5) Succinil-CoA + Pi + GDP succinil-CoA sintetase succinato + GTP Formação de ligação fosfato rica em energia. 6) Succinato + FAD succinato-DH fumarato + FADH2 Formação de poder redutor. 7) Fumarato + H2O fuamrase malato 8) Malato + NAD+ malato-DH OAA Formação de poder redutor Conversão em ATP: 1 NADH = 3 ATP 1 FADH2 = 2 ATP 1 GTP = 1 ATP O α-KGT e OAA são utilizados para a síntese de aminoácidos. De onde vem o OAA??? Piruvato + CO2 + ATP + H2O piruvato carboxilase OAA + ADP + Pi + 2 H+ BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 22 CONTROLE DO CICLO DE KREBS 1 – Piruvato desidrogenase * Inibição por Acetil-CoA e NADH; * Inibição por GTP; * Ativação por AMP; OUTROS PONTOS DE CONTROLE 1 – Citrato sintase Inibida por ATP 2 – Isocitrato-DH Inibida por ATP Ativada por ADP 3 - α-KGT-DH Inibida por succinil-CoA e NADH O produto ATP controla a velocidade do processo. FUNÇÃO DO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO 1-Principal via degradativa para a geração de energia. 2-Proporciona intermediários para as biossínteses. Participação dos intermediários do CAC: * Succinil-CoA = síntese de porfirinas. * α-KGT e OAA = síntese de aminoácidos. * Citrato = síntese de ácidos graxos e colesterol. * Malato = glicose. Manutenção dos intermediários do CAC Reposição de OAA pela piruvato carboxilase. Piruvato + CO2 + ATP + H2O piruvato carboxilase OAA + ADP + Pi + 2 H+ É uma reação anaplerótica. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 23 FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA A função da glicólise, ciclo do ácido cítrico e oxidação de ácidos graxos é gerar NADH e FADH2 que acumulam grande quantidade de energia livre. Definição É o processo pelo qual se forma ATP quando se transferem elétrons do NADH e FADH2 para o oxigênio. Propriedades: 1) É realizada por complexos respiratórios na membrana interna da mitocôndria. 2) Oxidação do NADH produz 3 elétrons e do FADH2 produz 2 elétrons. 3) A oxidação e a fosforilação são acoplados por um gradiente de prótons através da membrana mitocondrial interna. COMPOSIÇÃO DA CADEIA RESPIRATÓRIA Complexos: 1 – NADH-Q redutase; 2 – Coenzima Q (ubiquinona); 3 – Citocromo redutase; 4 – Citocromo c; 5 – Citocromo oxidase. São bombas de H+!!!! Transferem os elétrons do NADH e FADH2 para o oxigênio. São complexos protéicos que permitem o fluxo de elétrons através da membrana mitocondrial interna, levando ao bombeamento de prótons através da membrana. ☺ Função da NADH-Q redutase ponto de entrada do NADH. ☺ Coenzima Q ponto de entrada do FADH2. ☺ Citocromo C citocromo = proteína transportadora de elétrons que contém um hemo como grupo prostético. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 24 ☺ Citocromo c = transfere os elétrons para o citocromo oxidase. ☺ Citocromo oxidase = transfere os elétrons para o oxigênio. Reação: 4 H+ + 4 e + O2 2 H2O OXIDAÇÃO E FOSFORILAÇÃO VIA FORÇA PRÓTON-MOTRIZ Fluxo de elétrons do NADH até o oxigênio: NADH + ½ O2 + H+ H2O + NAD+ Produção de ATP ADP + Pi + H+ ATP + H2O Como é possível? Pela localização de uma enzima na membrana mitocondrial = ATP sintase. TEORIA QUIMIO-OSMÓTICA DE MITCHELL Transporte de elétrons e a síntese de ATP acoplados por um gradiente de prótons na membrana mitocondrial interna. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 25 A transferência de elétrons pela cadeia respiratória gera um bombeamento de prótons pela membrana mitocondrial interna. A concentração de prótons maior no lado citossólico da membrana gera um potencial elétrico positivo. O retorno dos prótons gera energia para a síntese de ATP pela ATP sintase. ESQUEMA GERAL DO PROCESSO: Inibidores da cadeia transportadora de elétrons: 1 – NADH-Q redutase = rotenona e amital; 2 – Citocromo c redutase = antimicina A; 3 – Citocromo oxidase = cianeto, azida e CO. ESTRUTURA DA ATP sintase ☺ F0 = hidrofóbica = atravessa a membrana mitocondrial = canal de prótons. ☺ F1 = hidrofílica = catalisa a síntese de ATP. Reação catalisada: ADP + Pi + H+ ↔ ATP + H2O Produção de ATP pela ATP sintase: NADH NADH‐Q Cit.Q Cit.C Cit. c Citocromo FADH2 O2 H2O ADP + ATP ADP + ATP ADP + ATP BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 26 REPOSIÇÃO DE NAD+ E NADH DO CITOSSOL Função = Regenerar o NAD+ para dar continuidade à glicólise. Lançadeira glicerol fosfato Reação: NADH(cit) + H+ + FAD(mit) NAD+(cit) + FADH2(mit) Rendimento: São gerados 2 ATP por NADH citossólico. Transferência de elétrons para o FAD. Músculo de vôo de insetos Figado e coração Lançadeira malato-aspartato. Rendimento é de 3 ATP’s por NADH. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 27 BOMBEAMENTO DE ATP PARA O CITOSSOL Ação da ATP-ADPtranslocase. O potencial de membrana positivo no lado citossólico cria uma eversão do sistema que bombeia ATP para fora. Motivo??? Equilíbrio de cargas no lado citossólico da membrana uma carga negativa para fora da matriz. Balanço de ATP da glicólise: Lançadeira glicerol-fosfato 36 ATP Lançadeira malato-aspartato 38 ATP BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 28 LIPÓLISE TAG são hidrolisados por lipases AMPc-dependentes Etapa inicial da utilização de lipídeos = hidrólise do TAG por lipases. Reação: TAG + 3 H2O lipase glicerol + 3 AGL Atividade da lipase nas células adiposas Regulada por hormônios 1) Adrenalina, noradrenalina, glucagon e hormônio adrenocorticotrópico = Estimulam a adenilato ciclase que leva a produção de AMPc. Este, por sua vez, estimula quinase que ativa a lipase por fosforilação. 2)Insulina = inibe a lipólise. Destino do glicerol formado * Glicerol + ATP glicerol quinase glicerol-3-P * Glicerol-3-P + NAD+ glicerol fosfato-DH di-hidroxiacetona-P + NADH No fígado: 1)Conversão em piruvato (glicólise) 2)Conversão em glicose (gliconeogênese) Destino dos AGL Ativação dos AGL’s. Ocorre na membrana mitocondrial externa. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 29 * AGL + ATP + HS-CoA acil CoA sintetase Acil-CoA + AMP + PPi Reação irreversível pela quebra do PPi: PPi + H2O pirofosfatase 2 Pi + 2 H+ Etapas da oxidação dos AGL’s 1) Transporte através da membrana mitocondrial interna = ação da carnitina. 2) Face citossólica da membrana mitocondrial interna. 3) Acil-CoA + carnitina carnitina aciltransferase I acil-carnitina + CoA 4) Transporte através da membrana mitocondrial interna. 5) Ação da translocase. 6) Produção de acil-CoA. 7) Acil-carnitina + CoA carnitina aciltransferase II Acil-CoA + carnitina β-OXIDAÇÃO Seqüência repetitiva de 4 reações: 1 – Oxidação por FAD; 2 – Hidratação; 3 – Oxidação por NAD; 4 – Tiólise por CoA. A cadeia de ácido graxo é encurtada em 2 carbonos. Forma-se FADH2, NADH e acetil-CoA. * Primeira reação Acil-CoA + FAD acil-CoA-DH trans-Δ2-enoil-CoA + FADH2 Etapa de oxidação por FAD. * Segunda reação trans-Δ2-enoil-CoA + H2O enoilCoA hidratase L-3- hidroxiacil-CoA Etapa de hidratação da dupla ligação gerada na reação anterior. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 30 *Terceira reação L-3-hidroxiacil-CoA + NAD L-3-hidroxiacil-CoA DH 3-cetoacil CoA + NADH Etapa de oxidação por NAD. Oxidação do metileno em C3 para grupo cetônico. * Quarta reação 3-cetoacil CoA + HS-CoA β-tiolase acetil-CoA + acil-CoA. Ocorre a tiólise. A seguir, repetem-se as reações anteriores até a remoção total de unidades de 2 carbonos do AGL. ESTEQUIOMETRIA DA OXIDAÇÃO DO PALMITATO Reação completa de oxidação: Estequiometria: FADH2 2 ATP = 7 FADH2 = 14 ATP NADH 3 ATP = 7 NADH = 21 ATP Acetil-CoA CAC 12 ATP = 8 Acetil-CoA = 96 ATP Total = 131 ATP. Perda de 1 ATP na ativação do AGL 130 ATP. FORMAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS NO FÍGADO NA PREDOMINÂNCIA DA DEGRADAÇÃO DE LIPÍDEOS. Metabolismo da Acetil-CoA nas mitocôndrias do fígado = diferente. Condição 1 Entrada de Acetil-CoA no CAC depende de OAA disponível para a formação de citrato. Condição 2 [OAA] diminui na ausência de glicídeos (No caso de jejum ou diabetes). O OAA é usado para formar glicose. O OAA não está disponível para a condensação com acetil-CoA. Acetil-CoA desviado para a produção de acetoacetato, D-3- hidroxibutirato e acetona = são os corpos cetônicos. FORMAÇÃO DO ACETOACETATO PELA TIOLASE Equação global: 2 acetil-CoA + H2O tiolase acetoacetato + 2 CoA + H+ BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 31 Reações de condensação da acetil-CoA: * 2 acetil-CoA 3-cetotiolase acetoacetil CoA * acetoacetil CoA + H2O + acetil-CoA hidroximetil glutaril CoA sintase 3- hidroxi-3-metilglutaril CoA + CoA * 3-hidroxi-3-metilglutaril CoA hidroximetil glutaril CoA liase acetoacetato * acetoacetato + H+ acetona * acetoacetato + NADH D-3-hidroxibutirato DH D-3-hidroxibutirato. Função do acetoacetato Local de produção = fígado acetoacetato e 3- hidroxibutirato. São alimentos da respiração e importantes como fontes de energia. Uso do acetoacetato: Músculo cardíaco e córtex renal = preferência por acetoacetato. Cérebro = jejum prolongado e diabetes. * Acetoacetato + succinil CoA CoA transferase acetoacetil CoA Essa enzima está ausente no fígado. * Acetoacetil CoA + CoA tiolase 2 acetil-CoA ☺ O tecido adiposo libera AGL + glicerol para o fígado. O fígado então produz o acetoacetato que enviado aos órgãos-alvo. ☺ Acetoacetato = forma hidrossolúvel e transportável de unidades acila. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 32 REGULAÇÃO DA LIPÓLISE Alta [acetoacetato] plasmático diminui a velocidade de lipólise do tecido adiposo. Obs. Animais não transformam ácidos graxos em glicose. A acetil-CoA não pode ser convertida em piruvato ou oxaloacetato em animais. Só as plantas possuem duas enzimas para a conversão de acetil-coA em oxaloacetato. LIPOGÊNESE Comparação da β-oxidação e a lipogênese. 1 - Onde ocorre? Síntese = citossol. Degração = matriz mitocondrial. 2 – Molécula que dirige a reação Síntese = proteína carreadora de acilas (ACP). Degradação = CoA. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 33 3 – Enzimas da catálise Síntese = ácido graxo sintase. Degradação = 4 enzimas prinicipais. 4 – Unidade formadora Síntese = malonil-ACP. Degradação = acetil-CoA. 5 – Poder redutor Síntese = NADPH. Degradação = NADH. Etapa de controle da síntese de ácidos graxos Catalisada pela enzima acetil CoA carboxilase. Reação 1 Biotina-E + ATP + HCO3- CO2~biotina-E + ADP + Pi Reação 2 CO2~biotina-E + acetil-CoA malonil CoA + biotina-E Mecanismo de reação pingue-pongue = os substratos ligam-se a enzima e os produtos liberam-se em uma seqüência específica. Regulação da enzima ☺ Ativador = citrato. ☺ Inibidor = palmitil CoA O produto final inibe a primeira etapa reguladora da síntese de AGL. REAÇÕES DE ALONGAMENTO DA CADEIA DE ÁCIDOS GRAXOS *AGL com N° par de carbonos: 1) Acetil-CoA + ACP acetil transacilase acetil-ACP + CoA 2) Malonil-CoA + ACP malonil transacilase malonil-ACP + CoA BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 34 *AGL com N° ímpar de carbonos: 1) Acetil-CoA + ACP acetil transacilase acetil-ACP + CoA 2) Propionil-CoA + ACP propionil transacilase propionol-ACP + CoA *Acetil-ACP + malonil-ACP enzima de condensação acil-malonil-ACP acetoacetil-ACP + ACP + CO2 Reação de condensação. Obs. Todos os átomos de carbono dos ácidos graxos derivam da acetil-CoA. Nenhum átomo de carbono deriva do bicarbonato. * Acetoacetil-ACP + NADPH + H+ β-cetoacil-ACP-redutase D-3- hidroxibutiril-ACP + NADP+ Primeira etapa de redução. Redução do grupo cetona. * D-3-hidroxibutiril-ACP 3-hidroxiacil-ACP-desidratase crotonil-ACP + H2O Etapa de desidratação. * Crotonil-ACP + NADPH + H+ enoil-ACP redutase butiril-ACP + NADP+ BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. PauloRoberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 35 Segunda etapa de redução Demais ciclos de elongamento: 1 - Butiril-ACP combina-se com Malonil-ACP originando um cetoacil de 6 carbonos. 2 - O ciclo se processa até 16 carbonos. A seguir, ocorre a hidrólise para a liberação de palmitato da enzima ACP. Composição das ácido graxo sintases Complexo multienzimático eucariótico. Em mamíferos: ☺ Domínio 1 = unidade de entrada e condensação de substratos = Acetiltransferase, maloniltransferase e β-cetoacil sintase. ☺ Domínio 2 = unidade de redução = Proteína carreadora de acilas, β-cetoacil redutase, desidratase e enoil redutase. ☺ Domínio 3 = unidade de liberação de palmitato = Tioesterase. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 36 Transporte de acetil-CoA da mitocôndria para o citossol 1) Síntese de ácidos graxos = citossol. 2) Síntese de acetil-CoA = mitocôndria. Transporte do acetil-CoA da mitocôndria para o citossol. Citrato + ATP + CoA + H2O citrato liase acetil-CoA + ADP + Pi + OAA Ocorre com alta [citrato] Fonte de NADPH para a síntese de ácidos graxos No citossol 1) OAA + NADH + H+ malato DH malato + NAD+ 2) Malato + NADP+ enzima málica piruvato + CO2 + NADPH Mitocôndria 1) Piruvato + CO2 + ATP + H2O piruvato carboxilase OAA + ADP + Pi + 2 H+ Um NADPH é gerado para cada acetil-CoA que é transferida da mitocôndria para o citossol. 8 acetil-CoA = 8 NADPH Pentose-fosfato = 6 NADPH BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 37 REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE ÁCIDOS GRAXOS ☺ ☺ Oxidação de ácidos graxos ☺ ☺ 1 – Condição fisiológica: Jejum = adrenalina e glucagon = ativa a lipase (adipócito) = alta [AGL]. Pós-prandial = insulina = inativa a lipase (adipócito) = baixa [AGL]. 2 – Carnitina aciltransferase I = alta [malonil-CoA] = pós-prandial. 3 – 3-hidroxiacil CoA-DH = inibida por alta [NADH]. 4 – Tiolase = inibida por alta [acetil-CoA]. ☺ ☺ Síntese de ácidos graxos ☺ ☺ 1 – Condição fisiológica = abundância de açúcares e AGL’s baixos. 2 – Controle de curto prazo Altas [ATP] e [acetil-CoA] alta [citrato] = estimula a acetil-CoA carboxilase. Inibição da isocitrato-DH (CAC) = desvio do acetil CoA para a síntese de lipídeos. 3 – Alta [palmitil-CoA] = inibe a acetil-CoA carboxilase excesso de AGL. 4 – Ação hormonal Baixa [glicose] Glucagon alta [AMPc] ativa proteína quinase acetil CoA carboxilase é fosforilada (inativa). Alta [glicose] Insulina ativa a fosforilase acetil CoA carboxilase é defosforilada (ativa). BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 38 BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 39 INTEGRAÇÃO DO METABOLISMO Estratégias do metabolismo 1 – O ATP como moeda universal de energia. A quebra das ligações fosfato gera energia para tornar reações termodinamicamente desfavoráveis em favoráveis. Ex: contração muscular, transporte ativo, amplificação de sinais e biossínteses. 2 – O ATP é gerado pela oxidação de moléculas como glicose, ácidos graxos e aminoácidos. O Acetil-CoA é um intermediário das reações de oxidação. Destino do Acetil-CoA e a produção de energia: A – Formação de CO2 pelo ciclo do ácido cítrico resulta na produção de NADH e FADH2. B - NADH e FADH2 transferem elétrons para a cadeia respiratória. C – Fluxo de elétrons cria um bombeamento de prótons na membrana interna da mitocôndria. Cria-se uma força próton-motriz que sintetiza ATP. D – O excedente de elétrons é transferido para o O2 para a formação de água. Produção de ATP, ou seja, a glicólise produz 2 ATP e a fosforilação oxidativa gera de 36 ou 38 ATP. 3 – O NADPH é o principal doador de elétrons nas biossínteses redutivas. Os produtos são mais reduzidos do que os precursores. Necessidade de poder redutor NADPH e ATP. Fontes de NADPH: A – Via das pentoses-fosfato = maior fornecedor; B – Lançadeira mitocondrial de citrato-piruvato; C – Enzima málica citossólica. 4 – As biomoléculas são construídas a partir de um conjunto relativamente pequeno de unidades fundamentais. O papel da via glicolítica: A – Di-hidroxiacetona fosfato = esqueleto glicerol dos fosfolipídeos. B – Fosfo-enolpiruvato = esqueleto carbonado dos aminoácidos. C – Acetil-CoA = síntese de lipídeos. Obs. As vias metabólicas centrais têm papéis anabólicos e catabólicos. 5 – As vias anabólicas e catabólicas quase sempre são diferentes. Permitem que as vias bioquímicas sejam termodinamicamente favoráveis constantemente. A separação das vias contribui para a eficácia do controle metabólico. A REGULAÇÃO METABÓLICA - INTERAÇÕES ALOSTÉRICAS Controle do fluxo da via = quantidade e atividade das enzimas. O ponto de controle é a enzima-chave que são reações irreversíveis da via metabólica. As enzimas alostéricas detectam sinais diversos e integram as informações metabólicas. Principais pontos de controle: A - Glicólise = fosfofrutoquinase. B - Síntese de ácidos graxos = acetil-CoA carboxilase. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 40 MODIFICAÇÃO COVALENTE As enzimas reguladoras são o controle adicional que resulta na modificação covalente pela adição de grupos fosfato, metilação ou adenilação. Vantagem = as vias podem ser ligadas ou desligadas rapidamente por sinais químicos muito pequenos (hormônios). COMPARTIMENTALIZAÇÃO Os compartimentos celulares contribuem no controle metabólico. No citossol temos a Glicólise, vias das pentoses-fosfato e síntese de ácidos graxos. Na mitocôndria encontramos a oxidação de ácidos graxos, ciclo do ácido cítrico e fosforilação oxidativa. No citossol/mitocôndria ocorrem a Gliconeogênese e síntese de uréia. NÍVEIS ENZIMÁTICOS As velocidades de síntese e degradação das enzimas reguladoras podem ser reguladas por fatores hormonais. ESPECIALIZAÇÃO METABÓLICA DOS ÓRGÃOS Os órgãos exercem diferentes papéis metabólicos. VIAS METABÓLICAS E LOCAIS DE CONTROLE A – A glicólise converte a glicose (6 C) em duas moléculas de piruvato (3 C). Tem-se a produção de 2 ATP’s e 2 NADH. Destinos do piruvato: 1 – Acetil-CoA ciclo do ácido cítrico fosforilação oxidativa (mitocôndria). 2 – Ácido lático (músculo em anaerobiose). 3 – Etanol (microrganismos em anaerobiose). Função da glicólise é a: 1 – Produção de ATP; 2 – Formação de esqueletos de carbono (biossínteses). Ponto de regulação da glicólise no fígado Enzima = fosfofrutoquinase (PFK). Inibida por altos níveis de ATP e citrato e ativada por AMP e frutose 2,6- bifosfato (F-2,6-BP). Exemplo: Regulação bioquímica no fígado: [Glicose] baixa no sangue liberação de glucagon no pâncreas havendo queda na F-2,6-BP inativa a PFK reduz a velocidade da glicólise. Ação da Adrenalina: No músculo = ativa a glicólise No fígado = inibe a glicólise e estimula a quebra do glicogênio. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 41 B – Ciclo do ácido cítrico resulta na oxidação de açúcares, lipídeos e aminoácidos (mitocôndria) cuja ação gera Acetil-CoA. A oxidação de 1 Acetil- CoA gera 3 GTP, 3 NADH e um FADH2 e 4 pares de elétrons. Em seguida, ocorre a transferência dos elétrons para o oxigênio na cadeia transportadora de elétrons gerando água (11 ATP). Controle do ciclo do ácido cítrico Em alta concentração de ATP diminui as atividades das enzimas: a) citratosintase; b) isocitrato desidrogenase e; c)α-cetoglutarato desidrogenase. Funções: 1) Produção de ATP; 2) Processo de biossíntese de ácidos graxos e aminoácidos. C – Via pentose-fosfato = ocorre no citossol e produz NADPH (biossínteses) e ribose-5-fosfato (nucleotídeos). A via é regulada pelos níveis de NADP+. A enzima-chave é Glicose-6-P-DH (Desidrogenase). D – Gliconeogênese No fígado ocorre a síntese de glicose a partir do lactato, glicerol e aminoácidos. O ponto de entrada é a concentração de piruvato. O ponto de controle é a enzima frutose-1,6- bifosfatase (F1,6BFase). Exemplos de controle: AMP e F-2,6-BP inibem a F1,6BFase. Citrato ativa a F1,6BFase. Seqüência bioquímica: Piruvato oxaloacetato fosfoenolpiruvato Lembrar que a gliconeogênese e a glicólise são vias bioquímicas antagônicas... Regulação [Glicose] alta [F-2,6-BP] alto inibe a gliconeogênese e ativa a glicólise. E – Síntese e degradação do glicogênio Glicogênio sintase é a enzima responsável pela síntese de glicogênio. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 42 Glicogênio fosforilase é a enzima responsável pela degradação de glicogênio. São enzimas antagônicas: ☺ alta [glicose] sintase ativa e fosforilase inativa. ☺ baixa [glicose] sintase inativa e fosforilase ativa. F – Síntese e degradação de ácidos graxos. A síntese ocorre no citossol a partir do acetil-CoA. O transporte dos grupos acetil da mitocôndria para o citossol ocorre por meio das lançadeiras de citrato-malato. Regulação = acetil-CoA carboxilase. Altas [ATP] e [acetil-CoA] = alta [citrato] = ativa a enzima. A degradação dos lipídios ocorre na matriz mitocondrial e forma acetil-CoA. A regulação ocorre pelos níveis de ATP e NAD+ e FAD disponíveis. MOLÉCULAS-CHAVE DO METABOLISMO 1–Glicose-6-fosfato A partir da glicose ocorre a formação de glicose-6-fosfato que assume 3 destinos: 1 – Glicogênio (ATP alto) 2 – Piruvato (ATP baixo e biossíntese) 3 – Ribose-5-fosfato (ácidos nucléicos) Como se obtêm glicose-6-fosfato??? 1) Mobilização do glicogênio; 2) Piruvato e aminoácidos glicogênicos. Queda na concentração de glicose do sangue estimula a glicogenólise e a gliconeogênese. Fígado e rins possuem a glicose 6-fosfatase responsável pela recomposição dos níveis de glicose no sangue. 2 – Piruvato Produzido a partir de: Glicose-6- fosfato; Alanina; Lactato. Função 1 1) Músculo em atividade intensa anaerobiose e a enzima lactato desidrogenase produz ácido lático. O resultado é a produção de ATP e NADH. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 43 2) Após o exercício o lactato é bombeado para o fígado regenera piruvato. Função 2 O piruvato é o elo de ligação da síntese e degradação entre a conversão de açúcares e aminoácidos. É a transaminação. Função 3 A conversão em oxaloacetato na mitocôndria é usada para regenerar a glicose (gliconeogênese). Síntese: a) glicose a partir do piruvato; b) e componentes do ciclo do ácido cítrico. Altos níveis de ATP inibe o ciclo do ácido cítrico. Ativa a gliconeogênese para repor o estoque de glicose (a sequência é piruvato oxaloacetato glicose-6-fosfato). Função 4 Produção de acetil-CoA para a síntese de ATP ou a síntese de lipídeos. A enzima conversora é a piruvato desidrogenase. 3 – Acetil-CoA Produzido a partir: 1) piruvato; 2) lipídeos (β-oxidação); 3 – aminoácidos cetogênicos. Destinos: 1) Ciclo do ácido cítrico usado para produzir ATP; 2) 3-hidroxi 3-metil glutaril CoA gera 3 moléculas de acetil- CoA para a síntese de colesterol e corpos cetônicos. Os corpos cetônicos realizam a comunicação do fígado e tecidos periféricos. 3) a síntese de ácidos graxos ocorre nos mamíferos que não convertem acetil-CoA em piruvato, ou seja, não convertem lipídeos em açúcares. INFELIZMENTE!!! CONTROLE HORMONAL DO METABOLISMO ENERGÉTICO Os hormônios desempenham um papel importante na integração do metabolismo. INSULINA = Secretada pelas células β do pâncreas quando estimulada por glicose e pelo sistema nervoso parassimpático. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 44 Funções da insulina: 1) Sinaliza o estado alimentado; 2) Estimula o armazenamento de alimento; 3) Estimula a síntese de proteínas de vários modos. Ações da insulina: 1) Promove a defosforilação de enzimas-chave interconversíveis; 2) Estimula a síntese de glicogênio no músculo e no fígado e inibe a gliconeogênese no fígado; 3) Acelera a glicólise no fígado e aumenta a síntese de AGL; 4) Permite a entrada de glicose no músculo e células adiposas; 5) Prolonga o metabolismo de aminoácidos e proteínas. Resultado = abundância de glicose e AGL no tecido adiposo síntese e armazenamento de TAG. GLUCAGON = Secretado pelas células α do pâncreas em resposta a um nível baixo de glicose no plasma. Órgão-alvo do glucagon é o fígado. Funções: 1) Estimula a quebra do glicogênio; 2) Inibe a síntese de glicogênio; 3) Inibe a síntese de ácidos graxos = diminui a produção de piruvato e diminui a atividade da acetil CoA carboxilase; 4) Estimula a gliconeogênese e bloqueia a glicólise e abaixa o nível de F-2,6-BP; 5) O glucagon aumenta o nível de AMPc nas células adiposas = ativa a lipase que mobiliza os TAG. O glucagon dispara uma cascata mediada por AMPc que leva à fosforilação da fosforilase e da glicogênio sintase. A função do glucagon é aumentar a liberação de glicose pelo fígado. OBS. Todas as ações do glucagon são mediadas por proteínas quinases que são ativadas pelo AMPc. ADRENALINA E NORADRENALINA = São secretadas pela medula adrenal e terminações nervosas simpáticas em resposta a um baixo nível de glicose no sangue. Função: 1) Estimula a mobilização do glicogênio e TAG = dispara a cascata mediada por AMPc; 2) Inibir a captação de glicose pelo músculo = os AGL liberados pelo tecido adiposo é que são usados como alimento. Exerce efeito glicogenolítico maior no músculo do que no fígado. Adrenalina = 1) Estimula a secreção de glucagon e inibe a secreção de insulina; 2) Aumentam a quantidade de glicose liberada no sangue pelo fígado e diminuem a utilização de glicose pelo músculo. TAMPONAMENTO DO NÍVEL DE GLICOSE PELO FÍGADO BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 45 Controle pelo fígado: Captação ou liberação de glicose aos sinais hormonais e ao nível da glicose. Após uma refeição contendo glicídeos: Aumento da [glicose] no plasma que resulta em um aumento na [glicose-6-P] no fígado e estimula a ação da glicoquinase (não é inibida por glicose-6-P). O destino da glicose-6-P é controlado pelos efeitos opostos da insulina e glucagon. O glucagon dispara uma cascata mediada por AMPc que leva à quebra do glicogênio. A insulina exerce efeito antagônico. Condição fisiológica: Alta [glicose] diminui a secreção de glucagon e aumenta a secreção de insulina pelo pâncreas. Metabolismo do glicogênio Ocorre síntese quando é alto o nível de glicose no sangue. Efeito da glicose: Em alta [glicose] ocorre a conversão da fosforilase a (ativa) em fosforilase b (inativa) e não ocorre quebra do glicogênio. Ao mesmo tempo, ocorre a ativação da glicogênio sintase. AÇÃO DA INSULINA = 1) Promove a entrada da glicose no músculo e no tecido adiposo; 2) Estimula a síntese de glicogênio no músculo e no fígado; 3) A entrada de glicose no tecido adiposo fornece glicerol-3-P para a síntese de TAG. COM O TRANSCORRER DA ALIMENTAÇÃO Queda nos níveis de glicose leva a uma queda nos níveis de insulina e aumento nos níveis de glucagon.BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 46 A ativação de uma cascata mediada por AMPc resulta em alto nível de fosforilase a e baixo nível de glicogênio sintase a. A sintase a fica na forma inativa. Ocorre a mobilização do glicogênio. Forma-se glicose a partir da hidrólise da glicose-6-P derivada do glicogênio e o fígado libera glicose para o plasma. Ocorre uma diminuição da utilização de glicose pelo músculo e tecido adiposo levando à manutenção dos níveis de glicose no plasma. Músculo e fígado usam ácidos graxos como combustíveis metabólicos. Fatores para a manutenção dos níveis de glicose no plasma: 1) Mobilização do glicogênio e liberação de glicose pelo fígado; 2) Liberação de ácidos graxos pelo tecido adiposo; 3) Substituição de glicose por ácidos graxos pelo músculo e fígado. ADAPTAÇÕES AO JEJUM PROLONGADO Reserva energética de um homem de 70 kg: 1) 1600 kcal glicogênio; 2) 24000 kcal proteína mobilizável; 3) 135000 kcal em TAG. Necessidade energética para um dia = de 1600 kcal a 6000 kcal. Reserva de 1 a 3 meses em inanição. Em inanição: A prioridade principal é o fornecimento de glicose ao cérebro e outros tecidos (hemácias). A maior parte do fornecimento vem dos AGL armazenados nos TAG. Outra fonte potencial de glicose são os AA’s derivados da degradação das proteínas. O músculo é a maior fonte de fornecimento AA’s na inanição. Mas o preço é o comprometimento ao movimento do animal. A segunda prioridade é a preservação das proteínas e uso de outros combustíveis metabólicos = AGL e corpos cetônicos. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 47 EVOLUÇÃO DO JEJUM Primeiro dia. Essa é a evolução do processo: 1) Baixa da [glicose]; 2) Queda dos níveis de insulina e aumento dos níveis de glucagon; 3) Mobilização de TAG no tecido adiposo e gliconeogênese no fígado; 4) Elevação de acetil-CoA e citrato = desliga a glicólise; 5) Músculo troca a glicose por ácidos graxos; 6) A β-oxidação no músculo interrompe a conversão de piruvato em acetil CoA; 7) Piruvato, lactato e alanina são exportados ao fígado para a produção de glicose; 8) Proteólise muscular e uso do glicerol da quebra dos TAG = produção de glicose. Após o terceiro dia. Essa é a evolução do processo: 1) Formação dos corpos cetônicos no fígado; 2) Deslocamento de acetil CoA para a produção de corpos cetônicos; 3) Gliconeogênese reduz o OAA; 4) Redução da velocidade do Ciclo do Ácido Cítrico no fígado. 5) Cérebro e coração começam a utilizar os corpos cetônicos. Após várias semanas de jejum. Evolução do processo: 1) Os corpos cetônicos tornam-se o principal alimento para o cérebro. Diminuição sensível da necessidade de glicose; 2) Redução no consumo das proteínas do músculo; 3) A duração do jejum é compatível com a magnitude do depósito de TAG. DIABETES = Padrão anormal no uso de combustíveis metabólicos: 1) Superprodução de glicose pelo fígado; 2) Subutilização pelos órgãos. Características da doença = Metabolismo anormal de glicose. O nível de insulina é muito baixo e o de glucagon é relativamente muito alto para as necessidades do paciente. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 48 Com a insulina insuficiente não ocorre a entrada de glicose nas células. Com o nível de glucagon excessivo = diminuição na [F-2,6-BP] no fígado. O resultado é a glicólise inibida e gliconeogênese estimulada. Com a queda na [malonil CoA] ocorre a ativação carnitina aciltransferase I e oxidação das acil CoA em acetoacetato. O nível elevado de glucagon leva à mobilização de TAG no tecido adiposo. Então, ocorre a mudança de combustível metabólico, ou seja, de glicose para lipídieo. A glicose é desprezada. O excesso da glicose plasmática é excretada. Junto com a perda da glicose é perdida água (fome e sede = características do diabético). A perda da glicose resulta na perda das reservas glicídicas. O resultado é o consumo de lipídeos e proteína. A mobilização de lipídeos leva a formação de grandes quantidades de acetil CoA. O acetil CoA não entra no Ciclo do Ácido Cítrico (baixo nível de OAA) que é então deslocado para a produção de corpos cetônicos. As altas [corpos cetônicos] suplantam a capacidade dos rins em manter o equilíbrio ácido-base. O diabético não tratado pode entrar em coma pelo abaixamento do pH plasmático (acidose). Tipos de diabetes: 1 - Diabetes insulino-dependente (tipo I ou juvenil) Produção insuficiente de insulina. 2 – Diabetes insulino-independente (tipo II ou tardia) Nível normal de insulina mas, não respondem ao hormônio. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 49 EXERCÍCIOS Questão 1 (Papiloscopista – PC – DF - 2007) Considerando o esquema acima, analise as afirmativas seguintes e assinale a alternativa correta. I – O processo metabólico representado acima é um dos mais importantes para a obtenção de energia por parte da célula e recebe o nome de ciclo das pentoses; II – O componente “A” resultante da reação 4 recebe o nome de succinil CoA; III – Diversas substâncias, como a liberada na reação 3, são utilizadas no processo de formação do ATP denominado cadeia respiratória; IV – Ao final desta reação, as moléculas de FADH2 são eliminadas pela urina. (A) Todas as afirmativas estão erradas; (B) Há apenas uma afirmativa certa; (C) Há apenas duas afirmativas certas; (D) Há apenas três afirmativas certas; (E) Todas as afirmativas estão certas. Questão 2 (Papiloscopista – PC –GO - 2010 ) - Texto: O DNA mitocondrial (DNAmt) (DNA da organela mitocôndria) é de origem extranuclear, e seu genoma é encontrado em grande quantidade no citoplasma das células. Este tipo de DNA foi completamente sequenciado, e a região que possui variações de sequência é chamada de região de controle. Uma das características de interesse é que o seu caráter é monoclonal, e todo o DNAmt de um indivíduo apresenta a mesma sequência (Jobim et al., 2006). Ainda considerando as informações do texto, assinale a alternativa correta. (A) A organela citada no texto apresenta duas membranas, e a fosforilação oxidativa ocorre na membrana externa. BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 50 (B) A organela citada no texto apresenta duas membranas, e a fosforilação oxidativa ocorre na membrana interna. (C) No processo de respiração celular que envolve a organela citada no texto, o gás carbônico é o aceptor final de elétrons. (D) No processo de respiração celular, o ciclo do ácido cítrico envolve a síntese de gás oxigênio que será disponibilizado para a atmosfera. (E) O ciclo do ácido cítrico ocorre no hialoplasma das células eucariontes e fora das mitocôndrias. Questão 3 (Papiloscopista – PC – PA - 2006) - Os seres vivos necessitam de uma entrada contínua de energia livre para três finalidades principais: o desempenho de trabalho mecânico na contração muscular e em outros movimentos celulares; o transporte ativo de moléculas e íons; e a síntese de macromoléculas e outras biomoléculas a partir de precursores simples. A respeito do tema abordado, assinale a opção incorreta. A) O metabolismo celular leva em conta as transformações enzimáticas da matéria e da energia, partindo de substâncias simples e chegando à biossíntese de matéria viva. B) A energia livre usada nos processos descritos no texto é retirada do ambiente. C) A regulação das vias metabólicas pode ocorrer por controle hormonal. D) Nascélulas procarióticas, as enzimas que catalisam várias vias do metabolismo estão compartimentalizadas em diferentes organelas celulares. Questão 4 (Papiloscopista – PC – RS - 2008) - Considere o gráfico a seguir, o qual reflete a redução das reservas energéticas de uma pessoa ao longo de um período de jejum. Os números I, II e III, que aparecem na legenda do gráfico, podem ser correta e respectivamente substituídos por: a) carboidratos, gorduras e proteínas. b) carboidratos, proteínas e gorduras. c) gorduras, carboidratos e proteínas. d) gorduras, proteínas e carboidratos. e) proteínas, carboidratos e gorduras. RESPOSTAS Questão 1 – Resposta = item B. Em I, o ciclo representado é o ciclo do ácido cítrico; Em III, na cadeia respiratória são usados apenas o NADH + H+ e o BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 51 FADH2; Em IV, o FADH2 é usado na cadeia transportadora de elétrons e não é perdido na urina. Questão 2 – Resposta = Item B. Em A, a fosforilação oxidativa ocorre na membrana mitocondrial interna (nas cristas mitocondriais); Em C, o oxigênio é o aceptor final de elétrons; Em D, na respiração celular há a produção de gás carbônico; Em E, o ciclo do ácido cítrico ocorre na matriz mitocondrial. Questão 3 – Resposta = Item D. Em procariotos não encontramos organelas. Todas as reações ocorrem no citoplasma. Questão 4 – Resposta = Item A. Na evolução do jejum há o metabolismo dos carboidratos. A glicose rapidamente e o glicogênio do fígado e músculos. Mas essa fonte de energia mantém o indivíduo por curto intervalo de tempo. A maior parte do jejum é mantida pelos lipídios em virtude do alto conteúdo energético. Essa fonte fornece a energia necessária para a manutenção do indivíduo na maior parte do jejum. Em seguida, as proteínas. Mas essas são mobilizadas da musculatura esquelética. Nesse ponto há risco de morte.
Compartilhar