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SUMÁRIO 1. RECEPCIONISTA ................................................................................................... 3 1.1 QUEM É O PROFISSIONAL RECEPCIONISTA? ................................................. 3 1.2 O PROFISSIONAL RECEPCIONISTA E O MERCADO DE TRABALHO ............. 4 1.2.1 Como é o Ambiente de Trabalho? Conhecendo a Empresa ......................... 4 1.3 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL RECEPCIONISTA .......................... 5 1.4 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL E DO SETOR DE RECEPÇÃO .............. 6 1.5 AS ATRIBUIÇÕES DO RECEPCIONISTA ............................................................ 7 2. ATENDIMENTO - O QUE É ATENDIMENTO, QUALIDADE E CLIENTE? ............ 9 2.1 CONCEITOS DE ATENDIMENTO ........................................................................ 9 2.2 OBJETIVOS DO ATENDIMENTO ....................................................................... 10 2.3 ASPECTOS NECESSÁRIOS PARA UM BOM ATENDIMENTO ......................... 11 2.4 CONCEITOS DE CLIENTE E DE QUALIDADE .................................................. 11 2.4.1 Conceito de Cliente ........................................................................................ 12 2.4.2 Conceito de Qualidade ................................................................................... 12 2.5 QUALIDADE NO ATENDIMENTO ...................................................................... 13 2.5.1 Alguns Mandamentos para a Busca da Qualidade ..................................... 14 2.5.2 Princípios Básicos para o Bom Atendimento Pessoal ............................... 14 2.6 SATISFAÇÃO DO CLIENTE ............................................................................... 16 2.7 ERROS DE ATENDIMENTO A SEREM EVITADOS .......................................... 18 2.8 COMO ADMINISTRAR RECLAMAÇÕES ........................................................... 19 2.9 CONHECENDO OS TIPOS E O PERFIL DOS CLIENTES ................................. 20 2.10 TÉCNICAS DE ATENDIMENTO ....................................................................... 27 2.10.1 Técnicas e Dicas de Atendimento a pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida ............................................................................................... 30 2.11 OS TRÊS PASSOS DO PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO ........................ 35 3. A COMUNICAÇÃO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO .............................................. 38 3.1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO .................................................................... 38 3.2 TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO ........................................................................ 43 3.3 RELACIONAMENTOS ........................................................................................ 45 3.4 ATENDIMENTO TELEFÔNICO E AO CLIENTE ................................................. 47 3.4.1 Atendimento Telefônico ................................................................................. 47 4. ORGANIZAÇÃO LOCAL DE TRABALHO ........................................................... 52 4.1 CLASSIFICAÇÃO E ARQUIVO DE DOCUMENTOS .......................................... 55 4.2 RELAÇÃO DAS ESPÉCIES DE DOCUMENTOS ............................................... 58 4.2.1 Modelos de Espécies de Documentos ......................................................... 61 4.3 ARQUIVO ELETRÔNICO/DIGITAL ..................................................................... 73 5. ÉTICA, ETIQUETA PROFISSIONAL E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 79 5.1 ÉTICA E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL ............................................... 79 5.2 ETIQUETA PROFISSIONAL ............................................................................... 84 5.3 POSTURA E APRESENTAÇÃO PESSOAL ........................................................ 87 5.3.1 Trajes, Vestimenta e Higiene Pessoal .......................................................... 90 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 93 3 1. RECEPCIONISTA 1.1 QUEM É O PROFISSIONAL RECEPCIONISTA? O recepcionista é um prestador de serviço que exerce papel estratégico dentro da empresa. O profissional desempenha função muito importante, pois é ele quem recepciona e atende os visitantes ou clientes de uma instituição ou de um estabelecimento se relaciona com todas as áreas dentro de cada estabelecimento. Segundo Souza (2012), é uma profissão muito antiga, e sua história chega se confundir com a profissão de telefonista ou de secretaria, já que as diferenças de funções são mais recentes. Desde o surgimento das primeiras empresas e desde que as mesmas passaram da fase rudimentar, quando houve a necessidade de um atendimento especializado, os recepcionistas se destacaram. Esse profissional é o "cartão de visitas" da empresa ou loja, pois é quem realiza o primeiro contato com os visitantes ou clientes, portanto, é exigido, atualmente, que o profissional seja sério, instruído e educado, além de se manter sempre atualizado acerca de assuntos que acontecem diariamente na sociedade, visando conduzir os assuntos que serão discutidos e abordados no dia a dia. Para desempenhar com sucesso o seu trabalho, o recepcionista deve sempre estar atento ao aperfeiçoamento das habilidades específicas relacionadas a sua função, visando que a qualidade de seus serviços se transforme em benefícios para a empresa e no seu crescimento pessoal. Figura 1 - Recepcionista Fonte: Adaptado de SENAC 2013 4 1.2 O PROFISSIONAL RECEPCIONISTA E O MERCADO DE TRABALHO Muitas companhias necessitam do toque humano e da habilidade na recepção. Atualmente, quase toda empresa tem um profissional recepcionista, mas para manter-se atuante no setor é necessário atualização constante. Isso pode se dar por meios de cursos e de muita dedicação a função, pois para cada bom profissional, sempre haverá mercado aberto, pois o recepcionista se relaciona com todas as áreas dentro de cada estabelecimento. Deve-se atentar a um fato, há muitos recepcionistas desempenhando funções de secretária e vice versa, pois existem algumas atribuições em comum, mas deve-se sempre diferenciar as duas profissões. 1.2.1 Como é o Ambiente de Trabalho? Conhecendo a Empresa É necessário que o profissional recepcionista tenha conhecimento da empresa onde trabalha para que possa dar o atendimento adequado aos clientes internos e externos. Imagine o recepcionista que desconhece, por exemplo, o diretor/presidente!? Não sabe sequer o nome dele, isso de fato acontece, principalmente quando o recepcionista não assume o seu papel como funcionário de atendimento. (ALMEIDA, 1995). Ainda é fundamental que: Tenham conhecimento do ramo de atividade, os produtos e os serviços que a empresa oferece; Tenham conhecimento da hierarquia dos cargos, quem é o presidente da empresa e quem são as pessoas que ocupam cargos de chefia: gerentes, supervisores e etc.; Tenham conhecimento das pessoas que exercem funções operacionais e administrativas (setor de vendas, produção, Rh, fiscal, contábil, serviços gerais, manutenção e etc.) objetivando prestar qualquer informação de interesse dos clientes quando essa lhe for solicitada; Fazer o possível para evitar o uso da frase “não sei” ou “não vi”, afinal é pelo setor que na maioria das vezes, passam todos e todas as informações diariamente, por isso é de suma importância a sua atenção com relação ao cotidiano da empresa; 5 Devem conhecer a disposição física da empresa, portaria, áreas guarda- chaves, transporte, segurança, manutenção, refeitório, limpeza, etc. Utilizam telefones, mesas telefônicas, computadores, copiadoras e faxes. Interagem com muitas pessoas como: clientes, funcionários, gerentes, visitantes, etc. Muitas recepcionistas trabalham usando computadores,em locais bem iluminados, com ar condicionado, etc. Entretanto, se o local não tiver tido um bom projeto o profissional poderá experimentar desconforto. Trabalham nas horas normais das organizações. Entretanto, em hotéis, hospitais e outros locais trabalham em turnos (fins de semana, feriados, noite, dia, etc.). Figura 2 – Recepção Fonte: Adaptado de SENAC 2013 1.3 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL RECEPCIONISTA Como destacado anteriormente, o recepcionista é o profissional que recepciona os visitantes ou clientes. Ele pode atuar em qualquer tipo de empresa pública ou privada que trabalhe com atendimento ao cliente ou com visitantes. Vejamos: Multinacionais; Agências de publicidade - propaganda e marketing; Agências de viagens e turismo; Empresas de recursos humanos; Em hotéis, pousadas, motéis; Consultórios médicos e odontológicos; Hospitais, clínicas, Spas; Comércio em geral; Eventos em geral; Aeroportos; 6 Empresas de logística e transporte; Cruzeiros marítimos; Bancos e financeiras, entre outras. Figura 3 – Recepcionista Fonte: Adaptado de SENAC 2013 1.4 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL E DO SETOR DE RECEPÇÃO A recepção é o setor mais importante dentro de uma empresa. É o cartão de visitas, é bem mais do que apenas um local onde as pessoas aguardam, é neste ambiente que o cliente fará suas primeiras observações e tirará conclusões sobre a qualidade do serviço e a seriedade da empresa/instituição. Por isso, o profissional dessa área deve revelar a eficácia de uma atitude prestativa na criação de um clima amistoso de boas vindas e demonstrar a importância da recepção como um elo entre clientes e empresa (ANDERSON, 2010). Figura 4 – O setor Fonte: Adaptado de Anderson, 2010. 7 Entre os serviços disponíveis estão: Fornecimento de informações; Estabelecimento de contatos; Avisos de chegada de clientes e fornecedores; Encaminhamento das pessoas p/os setores procurados; Agendamento de visitas e de reuniões, etc. Costuma-se dizer que uma empresa começa na recepção, por isso, o funcionário que trabalha ali, tem que ser bem preparado, organizado, educado, orientado sobre tudo da empresa, no que se refere ao funcionamento, ao empreendimento e equipe. Fato que demonstra, que toda empresa necessita de pessoas preparadas e felizes para recepcionar os clientes, pessoas importantes que são nada mais nada menos que parceiros que garantem o sucesso e o lucro das empresas. Comumente acontece de que o cliente é quem “precisa” ser atendido. O recepcionista acha que está acima dos clientes e que eles deverão submeter-se a tudo (atrasos, mau humor e descaso), pois precisam da empresa/instituição que estão visitando ou necessitando. Este é um erro grave! É a empresa e a recepcionista quem precisam dos clientes. A primeira precisa para manter-se no mercado. A segunda, para manter o seu emprego. Se os clientes não retornam e não fazem boas recomendações para outras pessoas, dentro de pouco tempo a agenda de atendimento estará vazia. A atitude do pessoal encarregado da recepção deve refletir a postura da empresa com relação ao seu cliente, e deve ter uma pessoa qualificada para atender e se portar diante de algumas circunstâncias que possam ocorrer. Na recepção é que sabemos como é o interior de uma empresa, lembre-se sempre disso! 1.5 AS ATRIBUIÇÕES DO RECEPCIONISTA 8 Figura 5 – Atribuições Fonte: Adaptado de Anderson, 2010. Dependendo da área em que atua a empresa pode coloca-lo em diversas funções ao mesmo tempo (GABARDO, 2012). Lembrando que este profissional é o cartão de visitas da loja ou empresa, pois ele é quem realiza o primeiro contato com os visitantes ou clientes, portanto é exigido, atualmente, que este profissional seja sério, instruído e, sobretudo educado. Entre as atribuições do recepcionista estão: Atender o público; Orientar os visitantes, dar informações; Atender telefones, transferir ligações; Controlar a entrada e saída de visitantes e equipamentos; Ser responsável pela guarda e controle de chaves; Esclarecer dúvidas; Responder perguntas gerais sobre a empresa ou direcionar as perguntas para outros funcionários qualificados a responder; Elaborar relatórios para registro de suas atividades; Controlar e sugerir compras de materiais pertinentes à sua área de atuação; Receber e interagir com o público externo de forma agradável, solícita e colaborativa para prestação de informações e no encaminhamento ao local desejado; Prestar atendimento telefônico, dando informações ou buscando autorização para a entrada de visitantes; 9 Efetuar registro e manter controle de todas as visitas efetuadas, registrando nome, horários e assunto; Manter-se atualizada sobre a organização, departamentos, pessoas e eventos de sua área; Arquivar documentos; Processar a correspondência recebida (pacotes, documentos, faxes e mensagens), organizá-los e distribuir para o destinatário; Executar outras tarefas correspondentes, conforme necessidade ou a critério de seu superior, entre outras atribuições; Aplicar as normas de etiqueta; Zelar pela boa imagem, não só da empresa, mas com a sua própria, através de uma boa apresentação pessoal, postura e desempenho social e profissional. 2. ATENDIMENTO - O QUE É ATENDIMENTO, QUALIDADE E CLIENTE? Figura 6 – Importância do cliente Fonte: Adaptado de Almeida 2000 2.1 CONCEITOS DE ATENDIMENTO Segundo Perfomance Research Associates (2008), as palavras “Atendimento ao Cliente” têm vários significados: Atendimento é o ato ou efeito de atender; Atendimento é a maneira como habitualmente são atendidos os usuários de determinado serviço; 10 Responder a perguntas; Resolver problemas; Consertar o que estava errado; Encontrar o que foi perdido; Acalmar o cliente furioso e deixar o tímido à vontade; Atendimento é prestar assessoria, consultoria, sanar dúvidas; Atender é acolher; Atender é receber com atenção e cortesia. Atender é dar ou prestar atenção a algo. Fazer com que as pessoas encontrem os produtos, os serviços e as soluções ideais. O atendimento pressupõe uma ajuda de uma pessoa à outra. Sempre que você atende, você está relacionando-se com outra pessoa. Figura 7 – Importância do cliente Fonte: Adaptado de Almeida 2000 2.2 OBJETIVOS DO ATENDIMENTO O atendimento tem por objetivo assistir o cliente em suas necessidades que geraram a procura pelo serviço; 11 Atualmente, o objetivo principal do atendimento é encantar o cliente, permitindo torná-lo um parceiro da instituição, capaz de agregar desenvolvimento e aprimoramento. 2.3 ASPECTOS NECESSÁRIOS PARA UM BOM ATENDIMENTO Preparo: Conhecimento do seu serviço e do funcionamento da instituição em suas partes e no todo. Prepara nas habilidades emocionais exigidas pelas relações sociais inerentes a situação de atendimento; Dedicação: O atendente deve estar sempre atualizado nas informações que possui e que sua função exige. A auto-observação e percepção do atendente são instrumentos utilizados com constância e, portanto, necessário para excelência do atendimento; Presença de espírito: Permite que o atendente seja criativo e assertivo em sua conduta, em especial nas situações de conflito e tensão. Obs.: Quando as relações sociais do atendimento são envolvidas em experiências emocionais de tensão e conflito com o público, o atendente torna-se uma espécie de "para-raios afetivo", destinado a captar as descargas emocionais dos clientes; Intuição: Deve basear-se na observação atenta das necessidades do cliente, as verbalizadas e as não verbalizadas, mas que podem ser percebidas. Por exemplo, quando o cliente não compreende com clareza a informação,mas não tem coragem de dizer ao atendente; ou quando o cliente chega à instituição e não tem certeza do que quer. 2.4 CONCEITOS DE CLIENTE E DE QUALIDADE Figura 8 – Cliente Fonte: Adaptado de Almeida 2000 12 2.4.1 Conceito de Cliente Do latim cliens, o termo cliente permite fazer alusão à pessoa que tem acesso a um produto ou serviço mediante pagamento e, dependendo do contexto, a palavra cliente pode ser usada como sinônimo de comprador (a pessoa que compra o produto), utilizador (a pessoa que utiliza o serviço) ou consumidor (quem consome um produto ou serviço). (NUNES, 2008). Também podemos conceituar como: Pessoa que tem acesso a um produto ou serviço mediante pagamento; O cliente é seu freguês, ele é que determina o sucesso do seu estabelecimento, empresa, loja e etc.; O Cliente também é o turista viajante que se desloca voluntariamente do seu local de origem por um determinado tempo, motivado por diversas necessidades, como por exemplo, religião, negócios, eventos, pesquisas, esportes, entre outras. Realizam suas viagens, por certo período, para locais diferentes de onde residem ou de seu trabalho; É todo aquele (pessoas, segmentos e organização) que mantém contato com a empresa ou a quem você direciona seus serviços e/ou produtos. Somente o cliente pode determinar se a qualidade de um serviço é boa ou não. São identificados como: Cliente Externo: Também conhecidos como clientes finais; são os que mantêm financeiramente a organização, adquirindo produtos ou serviços; Cliente Interno: É o diretor, gerente, chefe ou colega de trabalho. São as pessoas a quem são direcionados os serviços ou que recebe algum tipo de produto, necessário a realização do nosso trabalho. 2.4.2 Conceito de Qualidade Qualidade é aquilo que o cliente percebe quando sente que o produto ou serviço atende às suas necessidades e satisfaz suas expectativas; A Qualidade no atendimento é a satisfação das exigências do cliente; A qualidade no atendimento envolve a eficácia no atendimento ao consumidor na satisfação de seus anseios e desejos de consumo; 13 Qualidade no atendimento significa o melhor que se pode fazer, o padrão mais elevado de desempenho, a excelência. Resumindo: Qualidade é o alicerce para a conquista da credibilidade no mercado. Portanto, serão gratificados os profissionais que consigam proporcionar aos clientes excelência na oferta de produtos e prestação de serviços ofertados! (Almeida, 2000) 2.5 QUALIDADE NO ATENDIMENTO Para Almeida (1995), o cliente é o verdadeiro e único juiz da Qualidade em Serviços. Um atendimento de qualidade prima pela total satisfação do cliente e este deve ser surpreendido o tempo todo, tendo suas expectativas superadas por meio de benefícios que são acrescidos nos produtos ou serviços adquiridos, sempre visando o interesse individual de cada cliente. Não basta ser prestativo, deve-se perceber até onde ir com cada cliente, proporcionando exclusividade, reconhecimento, ou seja, um atendimento personalizado. No competitivo mercado atual, o atendimento é a diferença que faz o sucesso ou insucesso de uma organização; Os colaboradores, conscientes e preocupados com o crescimento profissional e com o crescimento da empresa o qual trabalham ou prestam serviço, devem preocupar-se e não pouparem esforços para distinguir o cliente com um atendimento de qualidade; O cliente deve viver o seu sonho plenamente e ao final perceber que a realidade foi bem melhor do que ele esperava – Encantamento; O atendimento é o “cartão de visitas” de um estabelecimento ou localidade e pode desencadear seu sucesso ou fracasso. Afinal quem voltará a um local em que não foi bem tratado? 14 Atenção para não: Dar informações sobre um determinado cliente a quem quer que seja, sobretudo se for por telefone; Fazer comentários sobre um cliente na frente de outros; Não passar as mensagens de maneira errada ou incompleta e, pior ainda, deixar de entregá-las; Dar informações erradas sobre os serviços e horários de funcionamento. Caso você esteja confuso, procure se informar para dar a informação correta; Usar de muita intimidade com os clientes. 2.5.1 Alguns Mandamentos para a Busca da Qualidade O nível da qualidade no atendimento depende de vários aspectos, dentre os quais a experiência e vivência do cliente com outras empresas. Almeida (1995), pontua alguns desses aspectos: Busque plenamente a satisfação dos clientes - Precisamos prever as necessidades e superar as expectativas do cliente. Os clientes são a própria razão da existência de uma organização; Melhore continuamente tudo - O avanço tecnológico, a renovação dos costumes e do comportamento, leva a mudanças rápidas as reais necessidades dos clientes. Acompanhar, e até mesmo antecipar as mudanças que ocorrem na sociedade, é uma forma de garantir mercado e descobrir novas oportunidades de negócios; Tenha qualidade nas informações - A participação coletiva na definição dos objetivos é a melhor forma de assegurar o compromisso de todos com sua execução; Procure enxergar os erros e falhas como grande oportunidade para melhoria - O padrão de desempenho desejável na empresa deve ser o de “zero defeitos”. Esse princípio deve ser incorporado à maneira de pensar de todos que compõem uma organização/comunidade na busca da perfeição em suas atividades. 2.5.2 Princípios Básicos para o Bom Atendimento Pessoal Motivar-se profissionalmente para atender bem. Algumas pessoas começam o dia de trabalho falando assim (ARATA, 2013): 15 Vou prá batalha! Tô indo prá guerra! Hoje é dia de labuta... Vou pegar no pesado. Vou pegar no batente. Tô indo descascar o abacaxi. Existem várias outras expressões para indicar trabalho, mas a grande maioria das pessoas refere-se de forma negativa ao trabalho. Que tal, acordar de manhã e dizer: Hoje vou pro lazer! Vou pra diversão! Oba, vou trabalhar! O otimismo e palavras positivas atraem pensamentos bons e esses por sua vez, atraem situações de prazer e conforto. Trabalhar não pode ser e não deve ser sinônimo de tortura! Trabalhar é extrair o prazer do obrigatório. Ser cortês – Atender bem a qualquer clientela que se dirija a empresa. Para isso, o funcionário precisa vencer seus próprios preconceitos ou eventual má impressão inicial que tenha do cliente. Dar boas vindas – Cumprimentar a todos com um sorriso natural e espontâneo, facilitando o contato com o cliente. Sempre que possível chamá-lo pelo nome, pronunciando corretamente. E nunca diga que o nome do seu cliente é estranho, engraçado e etc. Atender de imediato – O cliente deve ser priorizado em qualquer atendimento, principalmente se o funcionário estiver realizando apenas uma conversa ou um ato que não esteja relacionado com o seu trabalho. Lembre-se que para quem chega a sua empresa você é o responsável pela primeira impressão e um minuto de espera pode representar uma eternidade. Mostre boa vontade – Mesmo fora de sua área de trabalho, o recepcionista pode cumprimentar a todos e tentar ajudar, na medida do possível, a gentileza não precisa ficar restrita ao setor de trabalho ou às pessoas que conhece. É sempre gratificante para o cliente ser atendido ou cumprimentado por um funcionário da empresa que o reconheça. 16 Dispensar atenção ao cliente – Dar tempo para o cliente explicar o que deseja. Escutá-lo e não apenas ouvir. Lembre-se de manter uma atitude agradável buscando principalmente respeitar a opinião de seu cliente. Agir com rapidez – O tempo é muito importante tanto para você como para o seu cliente. Ele deseja que o seu problema seja solucionado o mais rápido possível e você, deve atendê-lo com agilidade para que possa dar andamento ao atendimentodos demais clientes. Mas lembre-se que rapidez não é sinônimo de descaso ou irritação. Nunca demonstre ao cliente que está sendo rápido para se livrar dele. Não dê ordens – Jamais ordene algo ao cliente. Uma expressão cordial é o necessário para que o cliente faça o que você quiser. “Por favor, o Senhor pode assinar nesta linha?” Em casos especiais chame o superior – Diante de um cliente autoritário (e muitas vezes sem razão), o funcionário deve buscar ajuda com habilidade é claro, e sem demonstrar ao cliente insegurança ou pouco conhecimento do assunto. Evitar atitudes negativas – expressões negativas tendem a criar um clima negativo. Evite: - “não deve”; - “não pode”; - “não dá” Falar a verdade – A verdade é extremamente importante nas informações dadas, mas lembre-se que nem sempre o nosso superior coopera para que digamos a verdade, e nesses casos a mentira não é sua, você está apenas cumprindo ordens. Agir como o melhor cartão de visitas – Lembre-se de que sua imagem equivale à imagem da empresa, seu local de trabalho deve estar sempre limpo, organizado, a sua linguagem deve ser a mais correta, sem exageros, o seu vestuário deve ser o mais sóbrio possível, sem exageros. 2.6 SATISFAÇÃO DO CLIENTE 17 QUAL O MAIOR OBJETIVO DE UMA ORGANIZAÇÃO HUMANA??? A SATISFAÇÃO DO CLIENTE!!! INVISTA NO CLIENTE. SEM CLIENTE NÃO HÁ NEGÓCIO Figura 9 – Cliente satisfeito Fonte: Adaptado de Barros 2012 A satisfação do cliente é primordial em qualquer organização. Através dela se pode mensurar e avaliar os negócios da empresa na busca da identificação de melhorias e ajustes necessários para o bom atendimento. (BARROS, 2012) A satisfação do cliente está ligada a dois fatores: Expectativa do cliente - é fruto de uma ação quase automática e antecede ao contato com a Organização que fornece o produto ou serviço, ou seja, é tudo o que o Cliente espera e imagina do produto, serviço ou atendimento; Percepção do cliente - é o resultado do contato com a Organização que fornece o produto ou serviço. É, portanto, a realidade sentida, o "Momento da Verdade". O Cliente forma a sua opinião e manifesta a sua satisfação ou insatisfação do atendimento. Sendo ele positivo, ocorrerá o encantamento, e, quando negativo, a decepção. 18 Figura 10 – Expectativa/Percepção Fonte: Adaptado de Barros 2012 É preciso rever conceitos e aplicar novos processos no relacionamento com o cliente. Na visão do cliente, sempre quem é o mais importante é quem o atende primeiro, portanto é necessário estar atento em todos os segmentos da organização, para se manter uma boa imagem perante o público em geral. O julgamento da qualidade de um serviço recebido depende da Expectativa e da Percepção pessoal de cada cliente (ALMEIDA, 1995). Qualidade é atender às necessidades, expectativas e desejos do Cliente. Em outras palavras, a satisfação do Cliente e a qualidade são tão intimamente ligadas que chegam a ser a mesma coisa. 2.7 ERROS DE ATENDIMENTO A SEREM EVITADOS Frases que irritam o cliente: “Eu não sei"..., "Não podemos fazer isto”..., "É a norma"..., "Isto não é comigo"..., "Olha você ligou para o número errado”..., “Infelizmente, o expediente terminou“. A "indiferença" é a causa de maior irritação do cliente, pois transmite sentimento de impotência e de raiva, perante a expectativa de um bom atendimento. 19 Erros capitais no atendimento ao cliente: Erro: Tratar os clientes como amigos íntimos. O cliente, por mais amigo que seja, normalmente, não tolera intimidades em ambiente de trabalho. Acerto: Use a liberdade que lhe for permitida. Não passe o sinal vermelho. Na dúvida recolha-se. Você jê ouviu o ditado: “amigos! amigos; negócios, à parte”. Erro: Atender os clientes de formas diferentes. Cedo ou tarde você atenderá o cliente certo da forma errada, e daí, porá em risco seu relacionamento. Acerto: Estabeleça um roteiro padrão de atendimento, formal e respeitoso, depois faça pequenos ajustes de acordo com cada cliente. Erro: Ouvir, mas não escutar. Isto significa não entender a real necessidade do cliente. O desfecho será apresentar soluções erradas e a perda da venda. Acerto: Ouça com interesse o seu cliente e antes de ofertar qualquer coisa, cheque se o seu entendimento foi preciso: - Se eu bem entendi o senhor precisa. Erro: Ceder antecipadamente um desconto ou um prazo de pagamento que não foi solicitado. Não deve ser concedido. Isto causa uma péssima impressão. Acerto: Negocie individualmente cada uma das solicitações que o cliente fizer, valorizando o negócio. Ceda após certificar-se de que ele fechará o pedido. 2.8 COMO ADMINISTRAR RECLAMAÇÕES A reclamação do cliente deve ser aceita como uma oportunidade para aprimorar o atendimento e, quando começamos a perder a paciência, lembre-se de que você também é Cliente de alguém. Um cliente que reclama é um consultor, pois ele dá feedback, indica pontos de melhorias, mostra como aperfeiçoar processos e, o que é melhor, não cobra nada por isto (ANDERSON, 2010). 20 Figura 11 – Reclamações Fonte: Adaptado de Anderson 2010 2.9 CONHECENDO OS TIPOS E O PERFIL DOS CLIENTES Figura 12 – Perfil do Cliente Fonte: Adaptado de Braga 2013 Para Braga (2013), o verdadeiro profissional sabe adequar a sua postura aos mais diversos tipos de situação e algumas características são fundamentais para tratar com os mais diferentes perfis de cliente: NORMAL Características de Comportamento: Ouve com naturalidade, pensa, pondera e decide. Como tratá-lo: Expor com clareza e ouvir atentamente; Manter a calma; 21 Aceitar as observações contrárias; Argumentar com objetividade; SABE TUDO Características de comportamento: É crítico, autossuficiente e vaidoso; Julga-se em posição mais importante que os outros; É esnobe e não aceita opiniões; Como tratá-lo: Escutar com tolerância; Orientar e fornecer a informação com cortesia e atenção; Repetir as frases demonstrando que concorda com ele; Manter uma atitude profissional sem deixar que o seu emocional interfira na conversa; IMPULSIVO Características de comportamento: É impulsivo; Não aceita opiniões; Ao se sentir prejudicado, reclama da empresa e de seus funcionários; Como tratá-lo: Seja rápido e objetivo; Saiba ouvi-lo; Dê uma orientação cuidadosa; Explique todos os detalhes; DESCONFIADO Características de comportamento: Difícil de expor; Não confia em nada; Gosta de debater e raciocinar; É firme; Geralmente já sofreu desenganos e decepções; Como tratá-lo: Conquiste sua confiança por meio de apresentações seguras; 22 Forneça-lhe detalhes racionais e lógicos; Exponha os fatos; Não se apresse; Utilize carisma; Dê-lhe provas de suas afirmações; NERVOSO Aquele cliente insatisfeito, nervoso, descontrolado, que grita, nos fornece mais aprendizado, pois temos que agir exatamente de forma contrária, controlando a nossa emoção. Assim, poderemos controlar a dele também. A capacidade de poder controlar as emoções do outro é o núcleo da arte de lidar com relacionamentos e é fundamental para as situações de atendimento. Figura 13 – Perfil do cliente Fonte: Adaptado de Braga 2013 Dessa forma, quando atender um cliente com este perfil, atenha-se nas seguintes sugestões: 1. Deixe que ele fale tudo, sem interromper. Deixe-o esvaziar-se, livrar-se do problema. Coloque-se no lugar dele, assim ficará mais fácil perceber o que ele está sentindo; 2. Jamais o confronte, pois isso levaria a uma discussão cuja dimensão poderia ser incalculável; 3. Anote as causas da sua insatisfação, comoforma de respeito ao problema e credibilidade no assunto; 4. Dê encaminhamento e seguimento ao assunto, evitando o dissabor do problema ficar maior por falta de solução ou descaso. Apresente a ele o que poderá 23 ser feito pela sua situação e não prometa o que não pode cumprir se não o tiro sai pela culatra; 5. Seja cortês, assumindo uma postura natural. Dessa forma, não haverá passionalidade e sim racionalidade. 6. Em casos especiais chame o superior. Diante de um cliente imperioso (e muitas vezes sem razão), o funcionário deve buscar ajuda com habilidade é claro, sem demonstrar ao cliente insegurança ou pouco conhecimento do assunto. 7. Cuidado com a expressão corporal. Use as palavras certas (o senhor tem razão, desculpe-nos, etc.). Jamais diga para ele: ”Calma, o senhor está muito nervoso, tente acalmar-se”. Diante de erros ou problemas causados pela empresa: Admita o erro, sem evasivas, o mais rápido possível; Peça desculpas; Corrija o erro imediatamente ou diga quando vai corrigir; Diga quem e como vai corrigir o problema; Explique o que ocorreu, evitando justificar (Explica, mas não justifica); Diga que “sente muito”, mas que fará tudo o que estiver ao seu alcance; Faça contato “pós-erro”. Após a correção do problema, contate o cliente e certifique-se se ele está satisfeito. Figura 14 – Tipos de cliente Fonte: Adaptado de Almeida 2000 Ainda segundo Silva (2013), não há uma fórmula de como agir com cada cliente, mas podemos destacar mais algumas ações que servem como facilitadores nesta gestão. Alguns tipos de clientes e como atendê-los: 24 Cliente decidido Sabe o que quer e tem conhecimento do produto/serviço. Já sondou os concorrentes e na maioria das vezes está pronto para fechar um acordo. Dicas para atendê-lo: Ouvir mais do que falar; Fazer o atendimento rapidamente; Deixar o cliente decidir a hora de fechar o acordo; Não competir em conhecimento com o cliente; Realizar demonstrações curtas; Usar linguagem técnica; Ser prestativo. Cliente indeciso Busca informações que subsidiem sua decisão de compra. Compara diferentes condições oferecidas pela concorrência. Dicas para atendê-lo: Fazer perguntas breves para descobrir o que o cliente está procurando; Deixá-lo à vontade, prontificando-se a atendê-lo; Mostrar-lhe rapidamente as opções disponíveis; Ter à mão todo o material de apoio, como manuais, panfletos e folhetos; No momento apropriado, tomar pelo cliente a decisão de compra. Cliente confuso Tem uma vaga noção de seus desejos e necessidades. Mostra-se indeciso diante de muitas opções. Dicas para atendê-lo: Fazer perguntas básicas para descobrir seus desejos e necessidades; Limitar desde logo o número de opções conforme a disponibilidade da loja e as próprias necessidades do consumidor; Argumentar de forma simples e persuasiva. Cliente apressado Dá mostras de agitação e impaciência, consultando muitas vezes o relógio. Dicas para atendê-lo: Ser paciente; 25 Atendê-lo como se ele fosse um cliente “decidido”, fazendo demonstrações rápidas e simples; Se necessário, trata-lo com objetividade e realizar um rápido fechamento. Cliente sem pressa É metódico. Raramente compra por impulso e costuma pensar duas vezes antes de tomar qualquer decisão. Dicas para atendê-lo: Mostrar calma, paciência e interesse; Limitar o número de opções para evitar indecisão; Estar preparado para repetir os principais argumentos; Deixar que ele indique o momento adequado para o fechamento do atendimento. Cliente comunicativo Deseja apenas estabelecer um simples contato social. Dicas para atendê-lo: Agir com cortesia, ouvindo-o atenciosamente, mas procurando descobrir logo suas intenções; Evitar, educadamente, assuntos não relacionados com o processo do tipo de atendimento; Deixa-lo vender/atender para si mesmo, incentivando-o a discutir os méritos dos diversos produtos/serviços. Cliente não comunicativo Dificilmente procura estabelecer qualquer tipo de comunicação verbal. Dicas para atendê-lo: Observar atentamente suas expressões e gestos; Limitar desde logo as opções disponíveis, com perguntas do tipo “sim” ou “não”; Elaborar um discurso que ele poderia assumir como dele mesmo. Cliente atento Costuma prestar muita atenção no que o funcionário diz. Tem o costume de fazer também muitas perguntas. 26 Dicas para atendê-lo: Responder detalhadamente às suas perguntas, evitando, porém, ser cansativo; Encaminhá-lo gradualmente para o fechamento do atendimento. Cliente desatento Costuma chegar acompanhado de crianças impacientes ou estar preocupado com algum outro problema. Difícil prender sua atenção. Dicas para atendê-lo: Mostrar paciência; Limitar o número de opções oferecidas e não se aprofundar em eventuais demonstrações; Procurar descobrir logo seus desejos e necessidades e então concentrar- se numa escolha e fechar o atendimento. Cliente que só diz sim Deseja ser socialmente aceito e frequentemente está disposto a gastar algum dinheiro com quem o receba bem. Dicas para atendê-lo: Esforçar-se para descobrir seus verdadeiros desejos e necessidades, evitando “empurrar” produtos/serviços, de modo a conquistar sua confiança e fidelidade; Formular uma série de perguntas do tipo “sim” para conduzir a venda a um fechamento positivo. Cliente “estrela” Gosta de atrair as atenções para si mesmo. Fazem pedidos absurdos tentando demonstrar mais conhecimento do que realmente possui. Dicas para atendê-lo: Mostrar paciência, não tomando como pessoais às críticas que ele possa fazer; Dar toda a atenção que ele deseja; Evitar discutir ou dar motivos para tanto; Apelar para seu ego, de modo a desarmá-lo em suas tentativas de argumentação; Procurar resolver os problemas por ele apresentados. 27 Cliente negociador Deseja sentir que está ganhando alguma vantagem extra com a compra. Dicas para atendê-lo: Ser prestativo e mostrar os benefícios do produto/serviço a ser prestado; Estar aberto a negociações, mas não ceder fácil, para evitar desconfiança. O cliente em uma negociação pode “passear” por vários dos tipos mencionados, cabe saber interpretar cada momento e agir da melhor forma, buscando sempre o relacionamento entre as partes. 2.10 TÉCNICAS DE ATENDIMENTO Figura 15 – Atendimento Fonte: Adaptado de Almeida 2000 O cliente quer atenção, quer ser tratado com respeito e, acima de tudo, procura determinado serviço em busca de soluções e não de problemas. Por isso, fazer com que ele se sinta especial, o deixa mais propício à compra, acordos e propostas. Marques (2013) apresenta algumas dicas e técnicas para a realização de um excelente serviço: Apresente-se Diga claramente seu nome e a sua função; Tenha atenção Não se esqueça de perguntar o nome do consumidor, e disponibilize-se para escutar o que ele tem para lhe falar; Seja solícito 28 Mostre-se interessado e faça perguntas para saber exatamente o que o cliente está procurando; Mostre propostas de acordo com as suas expectativas; Exponha possibilidades Quando necessário, dê sugestões, mas procure seguir o perfil e estilo do cliente; Mostre segurança Nunca deixe de ser gentil, mas também mantenha firmeza na voz e na postura; Mostre confiança em seu trabalho; Informe o cliente Caso o cliente se mostre inexperiente no assunto, mostre seu conhecimento e coloque-o a par das opções e possibilidades; Nunca deboche do consumidor; Seja sincero Procure sempre conversar de maneira sincera; Caso não saiba de alguma coisa, diga que não sabe e que vai procurar as informações para responder adequadamente. - Clientes com DeficiênciaSegundo o site Acessibilidade Brasil, existe no Brasil cerca de 24,5 milhões de pessoas que apresentam algum tipo de incapacidade ou deficiência, o que corresponde a 14,5% da população brasileira. Desses, 8,3% apresentam deficiência mental; 4,1% apresentam deficiência física; 22,9% apresentam deficiência motora; 48,1% apresentam deficiência visual e 16,7% apresentam deficiência auditiva e surdez. Pessoas com deficiência e as com mobilidade reduzida requerem atitudes e atendimento que condizem com suas necessidades. Sendo assim, algumas recomendações ou dicas podem ajudar no dia a dia dessas pessoas. A partir de informações obtidas no site, veremos a seguir, técnicas e dicas para auxiliar no atendimento a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/uma-boa-postura-profissional-como-diferencial-na-sua-carreira/ http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/3-dicas-sobre-como-conversar-com-pessoas-de-forma-sincera/ 29 Figura 16 – Pessoas com deficiência Fonte: Adaptado de Almeida 1995 A pessoa com deficiência e o idoso sempre devem ser consultados sobre a melhor maneira de serem atendidos ou abordados, evitando-se, assim, constrangimentos desnecessários; Quando interagir com alguém com deficiência, não faça rodeios. Seja direto, perguntando como pode ajudá-lo. E não se ofenda caso a ajuda for recusada. Isso porque há determinadas atividades que ela realiza melhor sozinha, sem ajuda de ninguém. Caso precise de informação, dirija-se à própria pessoa com deficiência. As situações mais observadas, em alguns locais, nas dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência no seu dia a dia e que devem ser de conhecimento dos prestadores de serviços, são: Ausência de acessibilidade em equipamentos terminais rodoviários, hotéis, comércio e serviços alimentícios; Ausência de acessibilidade em transporte público e privado; Ausência de acesso da pessoa com deficiência visual usuária de cão-guia nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo; Ausência de cardápio impresso em Braille nos restaurantes com o nome do prato, ingredientes utilizados no preparo e preço; Precariedade no atendimento prioritário de pessoas com deficiência, de idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo; Falha no atendimento especializado por meio da LIBRAS para as pessoas surdas e com deficiência auditiva severa em estabelecimentos público e privado; Não cumprimento da reserva de vagas especiais com o símbolo de acesso internacional em edificações de uso público, coletivo ou privado. 30 2.10.1 Técnicas e Dicas de Atendimento a pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida Atendimento Prioritário Pessoas com deficiência e as com mobilidade reduzida devem ter atendimento imediato e diferenciado, conforme descrito no Art.6º do Decreto nº. 5.296/2004. Figura 17 – Pessoas com deficiência Fonte: Adaptado de Almeida 1995 Pessoas com deficiência física Ao falar com uma pessoa em cadeira de rodas, procure situar-se de frente e na mesma altura da pessoa, sentando-se, por exemplo; Pergunte ao usuário se quer alguma ajuda, dirigindo-se sempre a ele e não ao acompanhante, se for o caso; A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é parte do espaço corporal da pessoa, uma extensão de seu corpo. Não se agarre ou se apoie na cadeira de rodas; Nunca movimente a cadeira de rodas sem pedir permissão. Quando estiver empurrando alguém sentado em uma cadeira de rodas e parar para conversar com alguém, vire a cadeira de frente para que o cadeirante também possa participar da conversa; Ao ajudar um usuário de cadeira de rodas a descer uma rampa inclinada é preferível usar a “marcha ré”, para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa desequilibre e possa cair para frente; 31 Ao subir degraus, incline a cadeira para trás para levantar as rodinhas da frente e apoiá-las sobre a elevação. Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha à ré, sempre apoiando a cadeira para que a descida seja confortável e sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em sequencia, é indicado pedir a ajuda de mais uma pessoa; Procedimento para auxiliar a subir e descer de um meio de transporte não adaptado: - Colocar a cadeira de rodas freada, paralela ao veículo. Para maior segurança é conveniente a ajuda de duas pessoas: uma para segurar o tronco (axilas) e outra para segurar as pernas, logo abaixo dos joelhos; - Para subir, deve-se posicionar a pessoa de costas para o degrau ou porta do veículo, conduzindo-a para o interior; - Para descer, deve-se adotar o mesmo procedimento, sendo que quem segura pelas pernas deve descer primeiro, apoiado por quem segura pelo tronco; Se estiver acompanhando uma pessoa com deficiência que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar o passo dela; Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência. Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda e, sendo aceita, pergunte como deve fazê-lo. Isso porque as pessoas desenvolvem técnicas pessoais. Às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode atrapalhar. Em outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte sempre; Se presenciar a queda de uma pessoa com deficiência ofereça ajuda imediatamente; Nunca ajude sem perguntar se e como deve fazê-lo. Pessoa com deficiência auditiva/surdo Ao se dirigir a esses se recomenda utilizar a terminologia surdo, que é como a maioria prefere ser conhecida. A grande maioria dos surdos não usa aparelho auditivo, não possui fala oral ou realiza leitura labial. Comunicam-se, de forma eficiente, apenas através de Libras, a língua oficial da comunidade surda brasileira. Porém, a língua de sinais não é universal. Surdos de diferentes países usam diferentes línguas de sinais. Num país de dimensões continentais, como o 32 Brasil, também podem ser verificadas algumas diferenças entre a libras usada em uma e outra região; Figura 18 – Alfabeto em Libras Fonte: Adaptado de Almeida 1995 Ao desejar falar com uma pessoa surda, chame a atenção dela, seja sinalizando com a mão ou tocando- lhe o braço; Evite referir-se à pessoa com termos como deficiente auditivo, surdo- mudo, mudo, surdinho, mudinho. Se a pessoa surda estiver acompanhada de intérprete de Libras, dirija a comunicação oral a ela e não ao seu intérprete; Se optar por se comunicar oralmente, fique em frente à pessoa surda, com o olhar para sua face e pergunte se ela faz leitura labial. Em caso afirmativo, continue a conversa, pronunciando as palavras com boa articulação, com os lábios bem visíveis, sem nenhum objeto à frente ou mastigando; Na impossibilidade de uso da Libras e na ausência de intérprete, procure utilizar recursos como a mímica, gestos e escrita (frases curtas e objetivas); Diante de dificuldade de entendimento peça que a pessoa repita. Caso ainda não a entenda, peça-lhe para escrever. Pessoas com deficiência visual/cego Quando estiver ao lado da pessoa com deficiência visual ou cega, se apresente, faça com que ela perceba a sua presença e se identifique sempre; Ao apresentar alguém cego faça com que a pessoa apresentada fique de frente à pessoa cega, de modo que ela estenda a mão para o lado certo; 33 Caso note que a pessoa cega ou deficiente visual esteja necessitando de ajuda, identifique-se, e pergunte se aceita seu auxílio. Caso sim, pergunte qual é a melhor forma de ajudá-la para não ocorrer constrangimentos de ambas as partes; Seja claro e objetivo ao explicar direções à pessoa cega ou com deficiência visual; Ao conduzir uma pessoa cega, dê-lhe o braço para que a mesma possa acompanharseu movimento; não a deixe falando sozinha; Em lugares estreitos, sempre caminhe na frente da pessoa com deficiência e coloque seu braço para trás, para ela ir seguindo você; Ao conduzi-la a uma cadeira guie a mão para o encosto, informando se a cadeira tem braços ou não; Quando conduzi-la, avise os possíveis obstáculos que estão à sua frente como buracos, degraus, possíveis desníveis, tipos de pisos; Comunique-se com seu tom de voz normal, não precisa gritar com a pessoa cega ou com deficiência visual, a menos que ela solicite; Com pessoas que possuem baixa visão (sérias dificuldades visuais) proceda com o mesmo respeito, perguntando-lhe se precisa de ajuda se notar que ela está com dificuldades; Informe à pessoa cega quando estiver passando por um obstáculo qualquer evitando assim possíveis acidentes; Nunca distraia um cão guia, pois ele tem a responsabilidade de guiar seu dono que tem uma deficiência visual; Sempre avise quando for sair do lado da pessoa cega ou com deficiência visual. O Sistema Braille - O Braille é um sistema de leitura tátil e escrita para pessoa cega, que permite uma forma de escrita eminentemente prática. 34 Figura 19 – Alfabeto em Braile Fonte: Adaptado de Almeida 1995 Lidando com pessoas com Mobilidade Reduzida As pessoas com mobilidade reduzida são alvo de cuidados por parte de cada um que com elas se relacionam. Tanto os idosos, como os obesos, as gestantes, mães com crianças de colo, entre outros, precisam em determinado momento uma atenção especial. Para todos os casos vale a regra do bom senso associada de um questionamento direto à pessoa à qual oferecemos nosso atendimento. Com relação aos obesos o atendimento precisa atentar para toda a questão do espaço físico e mobiliário. Para ele deve-se oferece instalações onde possa se sentir à vontade e que não venham a proporcionar-lhe situações vexatórias como tombos ou quedas. Quanto às gestantes e mulheres com crianças de colo, deve-se ajudar com pacotes, bagagens, e oferecer ajuda em tarefas como esquentar o leite para a mamadeira, colocar pacotes no porta-malas... Quanto aos idosos é importante respeitar o tempo de cada um oferecendo-lhes, nos casos de maior comprometimento da mobilidade, um local adequado para que ele se sente, e uma pessoa para atendê-lo exclusivamente – se possível uma pessoa também idosa. Deve-se ouvi-lo com atenção e atender seus pedidos sempre que possível. Algumas dicas específicas são: - Ao dirigir-se a um idoso comunique-se com atenção, olhando na expressão facial e nos olhos; - Chame o idoso pelo nome; - O idoso deve ser tratado como adulto; - Identifique se o idoso apresenta boa comunicação verbal e não verbal; 35 - Dê atenção, saiba ouvir e demonstre compreensão no processo de comunicação com o idoso; - Identifique se o idoso apresenta deficiências visuais, auditivas e motoras; - Auxilie o idoso nas suas dificuldades para ter acesso aos diversos meios de comunicação. Resumindo, leve em conta as particularidades de cada um. Caso o local não possa dar conta dessas preferências, a pessoa deve saber o quanto antes, e da maneira mais clara possível. Por fim, em casos onde as pessoas possam apresentar alguma limitação das levantadas anteriormente, sejam auditivas, visuais, intelectuais ou físicas, pode-se valer das informações já descritas. Segurança Em situações de emergência, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida requerem cuidados especiais. Portanto, funcionários de estabelecimentos comerciais, órgãos públicos e hotéis devem estar preparados para proceder de forma correta nestas ocasiões, conforme segue: Nos locais de hospedagem, é importante que os funcionários saibam onde estão acomodadas as pessoas com deficiência para auxiliá-las; Pessoas com deficiência auditiva devem ser informadas ao soar alarme de emergência; Treinamento de funcionários para auxiliar pessoas com deficiências em situações de emergência; As edificações devem seguir as recomendações da NBR 9050: 2004 quanto às sinalizações de emergência, alarmes sonoros e visuais e rotas de fuga. 2.11 OS TRÊS PASSOS DO PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO 1) Entender o seu verdadeiro papel, que é o de compreender e atender as necessidades dos clientes, fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante e proporcioná-lo um ambiente agradável. Para este profissional, não basta apenas conhecer o produto ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse em relação às necessidades dos clientes e atendê-las. 2) Entender o lado humano, conhecendo as necessidades dos clientes, aguçando a capacidade de perceber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário que este profissional tenha uma formação voltada para as pessoas e goste de lidar com 36 pessoas. Espera-se que fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional, a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante em que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar a felicidade do outro. 3) Entender a necessidade de manter um estado de espírito positivo, cultivando pensamentos e sentimentos positivos, para ter atitudes adequadas no momento do atendimento. O primeiro passo do dia é iniciar o trabalho com a consciência de que o seu principal papel é o de ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades. E por falar em profissional de atendimento, vamos ler a história abaixo? MOMENTO REFLEXÃO TUDO EM UM DIA DE TRABALHO Bob foi internado no pronto-socorro e levado ao andar da cardiologia. Cabelos compridos, barba por fazer, sujo, perigosamente obeso, e uma jaqueta de motoqueiro jogada na prateleira sob a maca. Ele era um corpo estranho nesse mundo esterilizado de pisos reluzentes, profissionais eficientes uniformizados e métodos rigorosos de controle de infecção. Definitivamente, um intocável. As enfermeiras do posto de enfermagem arregalaram os olhos ao ver aquela massa humana passar de maca, todas olhando de relance, nervosamente, para a enfermeira - chefe. "Tomara que não seja eu a acomodar, dar banho e cuidar desse aí..." era o apelo ouvido. Uma das características verdadeiras de uma líder, de uma profissional consumada, é fazer o inimaginável. Tentar resolver o impossível. Tocar o intocável. Foi Blondie quem disse: - Quero cuidar desse paciente pessoalmente. Bastante incomum para uma enfermeira-chefe - fora dos padrões normais - mas o tipo da coisa que faz o espírito humano crescer, curar e elevar-se. Enquanto calçava as luvas e começava a dar banho naquele homem enorme e sujo, seu coração quase partiu. Onde estaria a família dele? Quem era sua mãe? Como teria sido quando pequeno? Ela cantarolava calmamente enquanto trabalhava. Isso parecia aliviar o medo e a vergonha que ela sabia que ele deveria estar sentindo. E então, num impulso, ela disse: - Atualmente, não temos tempo para esfregar as costas em hospitais, mas aposto que você se sentiria muito bem. Iria ajudá-lo a relaxar os músculos e 37 começar a sarar. É isto que esse lugar é acima de tudo - um lugar para as pessoas sararem. A pele grossa, áspera e avermelhada denunciava um estilo de vida desregrado: provavelmente, abuso de comida, de álcool e drogas. Enquanto esfregava aqueles músculos tensos, ela cantarolava e rezava. Rezava pela alma de um garotinho crescido rejeitado pela vida, que lutava para ser aceito em um mundo hostil e cruel. A etapa final foi uma loção tépida e talco de bebê. Quase ridículo - um contraste tão grande com aquela superfície enorme e estranha. Quando ele se virou, lágrimas escorriam pelas suas faces e seu queixo tremia. Com olhos castanhos incrivelmente bonitos, ele sorriu e disse com a voz trêmula: - Há anos ninguém me tocava. Obrigado. Estou sarando. Naomi Rhode38 3. A COMUNICAÇÃO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO Figura 20 – Comunicação Fonte: Adaptado de Almeida 1995 O que falamos, ouvimos ou lemos é somente uma pequena parte do modo como nos comunicamos com as pessoas. Especialista estimam que em situações de contato pessoal, pelo menos 70% da comunicação é não-verbal. Performance Research Associates (2008). Aprendemos, inconscientemente, a identificar os sons que formam as palavras, a ordem em que devemos formar nossos enunciados, o significado das palavras, de algumas expressões e a entender o que as pessoas dizem sem dizer, ou seja, as suas intenções. 3.1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Para Bártolo (2009) a comunicação pode ampliar ou limitar conhecimentos, facilitar ou dificultar o desenvolvimento de criatividade e de habilidades inerentes ao melhor desempenho pessoal. Por meio da comunicação, as pessoas expõem objetivos, revelam poderes, valores e culturas que envolvem as relações profissionais e interpessoais. Deve-se, portanto, administrar o processo global de comunicação, que necessariamente abrange os seguintes elementos: Fonte: é o emissor, a pessoa que está tentando enviar uma mensagem (falada, escrita, por meio de sinais ou não verbal) a uma pessoa ou pessoas, por meio da codificação do pensamento; Codificação: é a tradução dos símbolos escolhidos pela fonte para que a mensagem possa ser adequadamente transmitida pelo canal; 39 Mensagem: é o produto físico codificado pelo emissor, e pode ser a fala, o texto escrito, um quadro, uma música, os movimentos de nossos braços e expressões faciais; Canal: é o meio que existe fora do emissor pelo qual é escolhido para conduzir a mensagem. Esse veículo pode ser o discurso oral (audição), a documentação escrita (visão e tato) e a comunicação não verbal (sentidos básicos); Decodificação: é a tradução da mensagem, para que a mesma possa ser compreendida pelo receptor; Receptor: é o sujeito a quem a mensagem se dirige, o destino final da comunicação. Também é chamado de destinatário; Feedback: é o elo final no processo de comunicação. O feedback – ou retorno – determina se a compreensão foi alcançada ou não e, Ruídos: perturbação indesejável que tende a deturpar, distorcer ou alterar, de maneira imprevisível, a mensagem transmitida. Resumindo, O processo de Comunicação ocorre quando o emissor (ou codificador) emite uma mensagem (ou sinal) ao receptor (ou decodificador), através de um canal (ou meio). O receptor interpretará a mensagem que pode ter chegado até ele com algum tipo de barreira (ruído, bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação. Figura 21 – Comunicação Fonte: Adaptado de Performance Research Associates 2013. Para Gabardo (2012), a forma como a recepcionista trata o cliente e vice- versa deve ser também identificada, mantendo certo grau de formalidade exigido no ambiente de trabalho. Ao perguntar a um cliente se ele deseja algo para beber, o que a recepcionista quer dizer ao oferecer água ou café ao cliente? 40 Ao perguntar “Deseja uma água, um café...?” a recepcionista está dizendo indiretamente ao cliente que a empresa se preocupa com o bem estar dele e deseja que ele se sinta o mais confortável possível, amenizando assim o mal estar que esse possa vir a sentir pela demora em ser atendido ou outra situação. Além disso, oferecer água ou café é um gesto de cordialidade e simpatia o que diminui a formalidade do ambiente profissional. A seguir, destacamos alguns itens que podem interferir na comunicação segundo Performance Research Associates (2008): Figura 22 – Interferências na Comunicação Fonte: Adaptado de Performance Research Associates 2013. Percepções diferentes: – Às vezes, uma pessoa fala e a outra não entende exatamente o que foi dito, até mesmo por disparidade de conhecimento/idade; Palavras que significam coisas diferentes para pessoas diferentes: – No Rio Grande do Sul: Lomba, nos demais: ladeira; Cacetinho, nos outros: pão francês; Sinaleira, nos outros: farol ou sinal; Brigadeano, nos demais: PM ou policial; Sinais não verbais incoerentes: – Um estudo, publicado há 36 anos por Albert Mehrabian, diz: quando nós falamos, a linguagem corporal responde por 55% da mensagem, o tom de voz por 38%, e as palavras que usamos, por apenas 7%. Os gestos, muitas vezes 41 desmentem as nossas palavras. A lista de sinais não verbais é longa, mas aqui vão alguns exemplos: Se você cruza os braços enquanto alguém está falando, é sinal de desinteresse; Se você coloca a mão em frente à boca quando fala, é sintoma de incerteza; Se você se senta na beira da cadeira, e inclina o corpo para a frente, é disposição para entrar em ação; Se você fica olhando para o teto, o chão ou as paredes, você mostra insegurança; Tamborilamos os dedos com impaciência; Efeitos das emoções. Ruído: – O ruído representa tudo aquilo que interfere na transmissão e recepção das mensagens, reduzindo a fidelidade destas. Ex: os vírus nos sistemas de computação O barulho que rodeia uma conversa ou reunião; Os erros de ortografia e outras deficiências da mensagem escrita; A distância física entre emissor e receptor, etc. Imprecisão dos termos: – Alterações na fluência (“gagueira”) e articulação imprecisa dos sons; gírias; jargões; Prolixidade: – Pessoa que se prolonga muito quando fala, não é objetiva. Uso de palavras supérfluas; Falta de atenção: – Do emissor ou o receptor, não há comunicação; Ambiguidade na mensagem: – Ocorre quando há mais de uma interpretação para uma determinada frase. Ela é gerada pelo vício de linguagem involuntário. Exemplo: 1) Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto. 2) O garotinho estava no quarto dele ou da senhora? Eliminando a ambiguidade: 1) Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dela. 2) Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dele. Dupla mensagem – a mensagem denota duplo sentido. Exemplo: 42 1) Já está tomando tronco de homem; 2) Vamos perder, nada foi resolvido; 3) Vamos perder nada, foi resolvido. Omissão de partes da mensagem – quando falta pontuação, letra... Exemplo: 1) SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA. Neste caso, onde você colocaria a vírgula? Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER. Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM. Figura 23 – Interferências na Comunicação Fonte: Adaptado de Performance Research Associates 2013. Saber escutar – A natureza deu a cada homem, dois ouvidos e uma língua, procurando ensiná-lo que ele deve escutar mais e falar menos. Ao lidar com o turista, seja rápido no ouvir, lento no falar. Ouvinte atento conta com diversas vantagens: Dispõe de melhor informação; Economiza tempo; Permite assegurar-se de como a sua mensagem está sendo recebida; Estimula o interlocutor a falar; Previne mal – entendidos. Dizendo “Não” ao cliente: – Existem situações em que não podemos atender ou resolver o problema do turista/cliente, nestes casos deve haver uma forte ênfase na comunicação. A compreensão dos motivos que levaram ao não atendimento faz 43 parte da manutenção do cliente. Entretanto, devemos explorar ao máximo a situação, verificando as possibilidades de "ajuda", no encaminhamento a outros serviços ou recursos. Se errou assuma! – Pedir desculpas é uma forma de demonstrar preocupação - prova de sensibilidade para com as emoções alheias. A explicação e a correção imediata são atitudes que reforçam a lisura, a credibilidade e a confiança. 3.2 TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO Técnica pode ser definida como maneira, jeito ou habilidade especial deexecutar ou fazer algo. Para que o recepcionista possa se comunicar com sucesso existem maneiras apropriadas para tal. As técnicas podem ser aprendidas e praticadas visando ao aprimoramento das habilidades de comunicação. Conforme Bátolo (2009), segue abaixo uma série de dicas importantes para o aperfeiçoamento: Postura e expressão corporal: De acordo com o autor, há dois erros comuns que precisam ser evitados na gesticulação. O primeiro deles é a ausência de gestos, pois os movimentos do corpo são importantes no processo de comunicação da mensagem. O outro, geralmente mais grave do que o primeiro é o exagero de gestos. Fale sempre com segurança; Não fale rápido demais. As pernas: Procure se posicionar com equilíbrio sobre as duas pernas, evitando ficar apoiado ora sobre a perna esquerda, ora sobre a direita observe que elas não fiquem demasiadamente abertas, para que não tornem sua postura deselegante, ou, ao contrário, que não permaneçam muito juntas, para que sua mobilidade não seja prejudicada. Os braços e as mãos: Não carregue caneta, papel e outros objetos, pois eles podem muito mais atrapalhar do que ajudar. Se você estiver visivelmente nervoso, tremerá a mão ao segurar um papel, e isso ficará claro para as pessoas. Deixe suas anotações sobre a mesa e verifique-as quando necessário. 44 Tente ser o mais claro, objetivo e dê informações da forma mais completa possível. Gestos: Ao gesticular, é recomendável fazer os movimentos acima da linha da cintura e alternar a posição de apoio dos braços, deixando-os às vezes ao longo do corpo, em outros momentos gesticulando apenas com um deles, para em seguida atuar com os dois. Evite cruzar os braços, posicioná-los nas costas ou colocar as mãos nos bolsos, procure fazer os repousos de mãos a frente ou deixar os braços soltos. Evite também esfregar ou apertar nervosamente as mãos. Tome cuidado ainda para não coçar a cabeça o tempo todo, ou ficar segurando sucessivamente a gola da blusa ou do uniforme. Esteja sempre disponível para sanar possíveis dúvidas. Olhar para as pessoas: Olhar na direção das pessoas fará com que elas se sintam incluídas no ambiente, por isso não esquive o seu olhar. Ouça com atenção ao que os outros estão dizendo antes de julgar ou mesmo responder. A voz: É importante diferenciar o tom da sua voz para lugares grandes e pequenos. Você deverá falar mais alto ou mais baixo dependendo da acústica do local, da distância em que se encontrar do último ouvinte, dos ruídos que possam interferir na compreensão do público. Evite falar alto quando estiver próximo de poucas pessoas em uma pequena reunião Sempre mantenha a calma, por mais que as pessoas a sua volta não estejam calmas. Repetições: Cuidado com repetições de palavras como: né? Ok? Tá? E outras. Esses recursos costumam ser utilizados quando se quer enfatizar o assunto ou buscar aprovação das pessoas. Evite-os, pois em excesso servem para deixar a fala caricata e desagradável de ouvir. Preste atenção a sua fala e perceba se existe um chavão ou palavra que costuma repetir. Experimente construir suas frases sem eles e ouça como irá soar de maneira mais agradável. Pessoas que falam devagar tendem a preencher os espaços de tempo com sons do tipo: ãããããã ou éééééé. Fique atento para esse fato e prefira o silêncio entre as frases. Uma técnica utilizada para evitar esse tipo de som é iniciar imediatamente a frase seguinte. 45 Linguagem fática: Linguagem fática tem como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. É o tipo de linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Exemplos: Ex: “entenderam?”. É também a função empregada, quando no decorrer de uma conversa, emitimos sons: Ex: “heim!“, “hum hum!”. E alem de ser utilizada para testar o canal, a função fática ocorre também quando o emissor quer iniciar uma comunicação: Ex: - olá! Como vai? – perguntou o homem de olhos empapuçados; Ou quando visa prolongar o contato com seu receptor: Ex: - ela não desanima nunca... Você concorda? Não acha? Ou quando deseja interromper o ato de comunicação: Ex: - qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar. E em alguns casos, percebe-se que a única preocupação do emissor é manter o contato com o destinatário ou testando o canal com frases do tipo: “veja bem” ou “olha...” ou “compreende?”. Preze pela qualidade no atendimento atendendo com atenção aos que lhe procuram. 3.3 RELACIONAMENTOS Já sabemos que o recepcionista trabalha diretamente com o público interno e externo e que qualquer pessoa que lida com o público deve ter paciência, ser imparcial, saber ouvir, entre outras habilidades, pois desempenha um cargo fundamental na empresa. (GABARDO, 2012). Para desenvolver um bom relacionamento no ambiente de trabalho, deve-se exercitar algumas virtudes fundamentais para uma boa convivência com o chefe e clientes. Entre as quais: 46 Figura 24 – Relacionamento com cliente interno. Fonte: Adaptado de Gabardo 2012. Saber ouvir: você já deve ter escutado aquela frase famosa: “Ouvir é ouro, falar é prata”, porque ao ouvir podemos aprender algo novo, um profissional quando sabe ouvir, fica bem informado, cria elementos indispensáveis para um bom interlocutor a uma solução justa para ambas as partes. Demonstre interesse; Mantenha contato visual; Esteja consciente de sua linguagem corporal; Participe oportunamente da conversa; Explore a força do silêncio. Paciência: Está intimamente ligada ao saber ouvir. É sendo paciente que o profissional consegue em determinados casos, controlar a agressividade de algum cliente e tratar o cliente de maneira adequada é positivo para você. Iniciativa: É importante ter iniciativa para lidar com os mais diversos tipos de situações, saber distinguir quando deve agir por conta própria ou quando deve consultar o chefe ou algum colega. Saiba resolver os pequenos problemas que ocorrem no escritório do seu chefe, aliviando a sua carga de trabalho e suas preocupações. Exemplo: Seu chefe está em uma reunião importante e lhe pede uma ligação urgente para um cliente e você percebe que não possui o telefone deste cliente. Você possui três alternativas: Perguntar ao chefe (mas ele está em reunião e não pode ser interrompido); Perguntar a algum colega; Usar sua iniciativa e obter os endereços nas listas telefônicas, arquivos ou em algum site de endereços e telefones. 47 Qual a alternativa você considera a mais adequada? Amabilidade: Trate as pessoas com simpatia, atenção e amabilidade. Qualquer tipo de impressão que você causar refletirá na imagem que as pessoas farão da empresa. Tato e Discrição: Seja discreta com naturalidade; A vida particular de seu chefe é confidencial e não deve ser assunto “de corredor”. Não queira impressionar os colegas com comentários sobre a vida particular de seu superior ou informações particulares sobre outras pessoas; Aprenda a guardar segredos profissionais. O que foi dito ou ocorreu no escritório não deve ser comentado. Nunca revele assuntos comerciais a clientes ou visitantes, pois, o que para você pode parecer sem importância, poderá fornecer a um concorrente uma informação valiosa; Quando seus colegas tentarem obter de você uma informação confidencial saiba contornar tais perguntas sem ofendê-los; Se o chefe de outro departamento lhe perguntar informações confidenciais e você não souber se ele pode ter conhecimento ou não da informação, encaminhe-o ao seu superior; Diga: “Meu chefe poderá dar-lhe melhores informações do que eu. O Senhor quer que eu peça a ele para recebê-lo?” Nunca permita a alguém entrar na sala do seu chefe, na ausência dele, a não ser que tenha ordens específicas; Não se envolva em fofocas e na vidaparticular de seus colegas. 3.4 ATENDIMENTO TELEFÔNICO E AO CLIENTE 3.4.1 Atendimento Telefônico As empresas fazem de tudo para se modernizar e usam todas as tecnologias disponíveis para oferecer um bom atendimento ao cliente. Isso, sem dúvida nenhuma, é de grande valia. O problema é que colocam tudo a perder quando o atendimento telefônico é falho, ineficiente e ruim. Quantas vezes você pesquisou uma empresa na internet, viu o site, achou uma maravilha o que a empresa oferece ao cliente e, quando precisou de um 48 contato telefônico, veio a decepção: atendimento péssimo e sem receber o retorno de seu questionamento. Figura 25 – Atendimento telefônico. Fonte: Adaptado de Gabardo 2012. O telefone ainda é um instrumento de vendas e de networking muito importante, por isso é necessário levar em conta alguns fatores quando precisar falar com um cliente ou mesmo para encantá-lo. Não esquecer também da qualidade do atendimento que se deve dar às ligações internas, que também comprometem a comunicação e a agilidade no andamento dos negócios da empresa. (GABARDO, 2012). Lembre-se: Trate sempre bem o cliente. Não se esqueça de que você também é cliente e deseja ter um bom atendimento e ser tratado com respeito. Então, faça o mesmo! Dicas: Nunca fale o habitual “alô”. Use a prática utilizada pela empresa: nome da empresa, seu nome e sua saudação para ligações externas e apenas seu nome ou, se preferir, também uma saudação para as internas; Evite o terrível “quem fala?”, “quem é?” “quem gostaria?”. Seja cortês ao telefone e pergunte de uma outra forma como “por gentileza, quem deseja falar ou quem quer falar?” 49 Se o cliente precisar aguardar na linha, não o deixe esperando por muito tempo, pois se corre o risco dele desligar o telefone ou atender outra linha interna dele; Ao deixar recados você deve primeiramente, identificar-se, dizendo seu nome, empresa, e o assunto de forma compreensível. Seja conciso, os recados devem ser objetivos e não extensos; Ao usar o viva-voz sempre informa à pessoa com quem você está falando ao telefone que você está usando o “viva voz” por determinado motivo. Se houver mais pessoas na sala, identifique-as primeiro e deixe que essas pessoas cumprimentem quem está do outro lado da linha; Nunca digite enquanto fala ao telefone e evite fazer barulho ao redor que possa prejudicar a conversa com o cliente; Caso esteja em uma ligação particular e seu telefone tocar (linha interna ou externa), desligue ou coloque sua chamada em “espera”. Dê prioridade às ligações da empresa; Se tiver uma crise de riso, soluço ou tosse, peça licença ao cliente e coloque o telefone em “espera”; Se tocar outra linha, peça licença por 1 minuto, atenda a 2ª linha e diga que está em outra ligação e que retornará em seguida; Evite comer, beber, mascar chiclete ou chupar bala enquanto fala ao telefone; Caso seu chefe não esteja disponível para atender o cliente, jamais peça para o cliente ligar mais tarde ou de novo. Quem deve retornar a ligação é você; Se combinar dia e horário para retornar a ligação, faça-o conforme o combinado, ou, caso haja algum imprevisto, avise ao cliente. Se a ligação for feita para um celular, sempre inicie a conversa, perguntando se a pessoa pode atender naquele momento; Nunca diga “Ele não se encontra”, afinal ele não está perdido. Diga apenas “Ele não está”; Quando for transferir uma ligação externa a alguém internamente da sua empresa, tenha a delicadeza de adiantar o assunto ao colega de trabalho e só assim transferir a ligação. Não cometa a grosseria de transferir diretamente a ligação sem mesmo saber se seu colega está em seu local de trabalho ou mesmo se ele poderá atender o cliente, pois o cliente voltará a ligar para você, e, provavelmente estará irritado; 50 Use um tom de voz firme, claro e gentil ao telefone. Evite gírias, diminutivos, gritos, intimidades (amor, bem, querida); Se estiver ao telefone com o cliente, evite conversar com a colega de trabalho quando ele sair da linha por alguns instantes. Ele poderá ouvir algum assunto pessoal ou da empresa; Se estiver resfriada, evite tossir, espirrar ao telefone enquanto fala. Peça um minuto e coloque o telefone em “espera”. Caso a situação esteja crítica, peça desculpas e ligue em seguida, quando estiver se sentindo melhor; Sorria ao telefone. Você pode não perceber, mas fará toda a diferença. Você não se sente mais à vontade quando alguém fala com você sorrindo? Pois é... Se não quiser ofender o cliente, evite falar “Ele saiu”, “Está em reunião”, “Não pode atender”. Procure ser sincera na medida do possível e evite esses clichês; Seja natural ao telefone. Você não percebe quando alguém está mentindo ao telefone? Tenha certeza de que os outros também! Tente conter-se com clientes mal-educados. Mantenha sua classe e postura e tente acalmá-lo. Jamais o interrompa, grite, ou seja, agressiva com ele; Na necessidade de anotar um recado para o chefe ou colega de departamento, tenha sempre à mão papel e caneta, escreva com letra legível e fale e anote corretamente. Atenção: não faça o cliente repetir várias vezes o recado. Ninguém suporta isso! E, não se esqueça de anotar o dia, hora e assinar o recado ou, se preferir, envie um e-mail; Não faça o que geralmente a maioria faz; que ë o de transmitir o recado quando se encontrar com o colega. E se você não vê-lo? Ele ficará sem receber o recado? Quando precisar deixar um recado no celular ou no escritório do cliente, fale de forma clara e pausada, repita apenas o telefone de contato e agradeça; Por fim, quando ligar para alguém, diga já na primeira frase seu nome, empresa e porque está ligando. Assim evitará aqueles intermináveis e cansativos diálogos. Diga: “Bom dia, sou fulana, da empresa tal... e dê seu recado”. Simples assim! Etiqueta ao Telefone - por Maria do Carmo Lima 51 Você já ligou para alguém e sentiu-se cansada, desmotivada só de ouvir o tom de voz do outro? Não que a conversa fosse propriamente chata. Mas, tom de voz, a falta de entonação não era adequada. Outra situação, já ligou para uma empresa e teve a sensação de que a recepcionista queria fazer qualquer outra coisa, menos atender ao telefone? Parecia alguém que estava ali "amarrada", sendo forçada a atender o cliente. Por isso, para evitar este comportamento, é necessário sabermos utilizar as regras da etiqueta ao telefone: Assim como nas mais diversas situações, precisamos ser simpáticos, claros e demonstrar ânimo naquilo que fazemos; Não importa se é a primeira ligação das 8h da manhã ou a última do dia. Tenha ênfase em sua fala, seja cordial, gentil, empático; Procure compreender o problema alheio; Seja empático: Coloque-se no lugar do cliente. Para isso você precisa imaginar o quanto é sério e significativo a reivindicação do outro; Imagine que você é um atendente de um Pronto Socorro Infantil. Uma mãe desesperada, chorando entra na sala com o filho com 38,5 de febre. Bom, isso não é uma febre muita alta, você pensa. Então, vira-se para a mãe e diz: “Senhora, isso não é nada (com o ar mais natural do mundo). Vou preencher sua ficha e em 15 minutos o médico a atenderá”. Imagine a aflição dessa mãe, ela pode não ter a menor idéia do quanto é considerado “normal” para uma febre. Mas sabe que ama seu filho... Talvez, se você mudar um pouco a forma de falar...: "Senhora, o médico vai atender seu filho em poucos minutos. Procure ficar calma porque esta temperatura indica apenas uma febrícula. Nós estamos aqui para ajudá-la. Não se preocupe". Você vai perceber que o retorno positivo virá naturalmente. Por outro lado, para nos comunicarmos com precisão é fundamental sermos bons ouvintes. Concentre-se no que o outro diz! Demonstre que sua atenção
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