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AISM I – 5º P | Izabel Karolayne | @enfermeirove Consulta ginecológica CONSULTA DE ENFERMAGEM GINECOLOGIA “A Consulta de Enfermagem é uma atividade desenvolvida para uma melhor assistência a saúde, em nível ambulatorial que utiliza componentes do método científico para identificar situações de saúde-doença, prescrever e implementar medidas de Enfermagem que contribuam para a proteção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo.” A ginecologia é um ramo da medicina. Sendo uma especialidade própria para estudar, cuidar e tratar a saúde do aparelho reprodutor feminino. • • COLETA DE DADOS: - Identificação (caracterização social, econômica, cultural, demográfica, dentre outras); - Antecedentes ginecológicos (menarca, ciclos menstruais, DUM, método anticoncepcional, lesões cervicais e vaginais, periodicidade de exames, cirurgias e tratamento); - Antecedentes sexuais (sexarca, número de parceiros, lubrificação, libido, dispareunia e práticas sexuais); - Antecedentes obstétricos (gestações, partos, abortos, nascidos vivos/vivos atualmente, óbitos fetais e neonatais, mal formações congênitas e aleitamento materno); - Outros antecedentes pessoais (doenças, agravos agudos ou crônicos); - Antecedentes familiares (Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, câncer, cardiopatias, doenças renais, dentre outros); - Queixas atuais. EXAME FÍSICO - Peso e altura (IMC) - SSVV: pressão arterial, pulso, respiração e temperatura - Exame céfalo-podálico – inspeção, palpação, ausculta e percussão - Pele e anexos - Ausculta pulmonar e cardíaca - Abdome (distensão abdominal/percussão, dor à palpação e massas anexiais) - MMII (edema e telangiectasias/varizes) EXAME GINECOLÓGICO - Mamas + Rede ganglionar - Genitália externa - Genitália interna Atenção Integral à Saúde da Mulher I ANAMNESE • Câncer de colo de útero: - Caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, que pode invadir outros órgãos próximos ou a distância. - Carcinoma epidermoide, tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso – externo. - Adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular – interno. Figura 1. Comparação entre células normais e células cancerígenas. O câncer do colo do útero começa com alterações anormais no revestimento celular ou superfície do colo do útero. A infecção pelo HPV é causa necessária para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. (!) A infecção pelo HPV é muito comum, até 8O% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER: 2013 – Portaria nº 54: “Tornar pública a decisão de incorporar a vacina quadrivalente contra HPV na prevenção do câncer de colo do útero no Sistema Único de Saúde – SUS.” - A população alvo para vacinação contra o HPV são as meninas e adolescentes de 09 a 14 anos e os meninos e adolescentes de 11 a 14 anos de idade. - Também são contempladas mulheres e homens de 09 a 26 anos de idade vivendo com HIV/Aids e os indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos. FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS AO CÃNCER DE COLO DO ÚTERO TIPOS DE PREVENÇÃO: - Prevenção primária: diminuição do risco de contágio pelo HPV – assistência e educação em saúde. - Prevenção secundária: detecção precoce – exame citopatológico. - Prevenção terciária: acesso ao tratamento e gerenciamento do câncer nos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico hospitalares. RASTREAMENTO – POPULAÇÃO ALVO: - O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame de Papanicolau ou citopatológicos; - Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos (se houver atividade sexual segura!) História familiar Fumo HPV Início precoce da vida sexual Comprometimento da imunidade Maior número de parceiros sexuais Condições de higiene inadequadas - O início da coleta deve ser aos 25 anos para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual e seguir até os 64 anos Situações especiais: - Em gestantes, o rastreamento deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres. - Mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres. Se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta. - Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais. - Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo de útero. - Nas mulheres imunossuprimidas, o exame citopatológico deve ser realizado após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. Preparação da lâmina Figura 2. Preparação adequada da lâmina para coleta do exame citopatológico. 10/04/20 IKCS L - 3298 Data da coleta Iniciais do nome da paciente Número da lâmina É necessário escrever essas informações na parte fosca da lâmina. (Questione a mulher a respeito dos sinais e sintomas) - Clinicamente, o primeiro sinal é um sangramento vaginal anormal, geralmente após uma relação sexual, além da dispareunia. - É necessário estar alerta para relatos de desconforto vaginal, corrimento fétido, disúria e dor pélvica. 1 Devem-se afastar os grandes e pequenos lábios com o polegar e 3º dedo da mão esquerda para que o espéculo seja introduzido suavemente na vagina. 2 A mão direita que introduzirá o espéculo deve segurá-lo pelo cabo; 3 O espéculo é introduzido fechado com o pino para baixo (não usar lubrificantes). 4 Apoia-se o espéculo sobre a fúrcula, ligeiramente oblíquo – para evitar trauma uretral – e faz-se sua introdução lentamente. 5 Antes de ser completamente colocado na vagina, deve ser rodado, ficando as valvas paralelas às paredes anterior e posterior da vagina. Posição que ocupará no exame e o pino para baixo. 6 Segurar com a mão esquerda o cabo e roda o pino com o mão direita. 7 Abrir o espéculo encaixando cuidadosamente no colo do útero; 8 Usar uma espátula de Ayre para fazer a coleta da ectocérvice, girar 360º ao redor do colo do útero colocando a parte mais longa no canal, retirar e segurar com a outra mão (passar na lâmina somente após a coleta da endocérvice para evitar que resseque o material). 9 Para coleta do endocérvice, utilizar a escova endocervical. Recolher o material introduzido a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 360º, percorrendo todo o contorno do orifício cervical. 10 Estender o material sobre a lâmina de maneira delicada para obtenção de um esfregaço uniformemente distribuído, fino e sem destruição celular; A amostra ectocervical deve ser disposta no sentido transversal, na metade superior da lâmina, enquanto que o material retirado da endocérvice deve ser colocado na metade inferior da lâmina, no sentido longitudinal. 11 Fixar o material na lâmina de vidro identificada com spray fixador, mantendo uma distância de cerca de 20 cm da mesma. Figura 3. Fixação do materialectocervical e endocervical na lâmina de vidro. 12 Acondicionar cuidadosamente a lâmina. 13 Retirar o espéculo delicadamente, inclinando levemente para cima, observando as paredes vaginais. 14 Informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento devido a realização do procedimento. 15 Enfatizar a importância do retorno para o resultado e se possível agendar conforme rotina da unidade básica de saúde. 16 Registrar no prontuário todos os achados e condutas da consulta ginecológica! Na presença de corrimento, verificar: quantidade, cor, odor, bolhas e sinais inflamatórios associados. CITOPATOLÓGICO Coleta de exame
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