Prévia do material em texto
Dinâmica Celular II -Endereçamento de Proteínas e Tráfego Vesicular- • Para produção de proteínas, temos um processo de transcrição, seguido por um de tradução, onde teremos a mensagem para ser transportada para os ribossomos do RER. • O tráfego de proteínas dentro da célula muito importante para os processos fisiológicos. Ex: as chaperonas a judam as proteínas a se locomoverem entre as organelas. • A estratégia mais eficaz utilizada pelas células eucarióticas consiste em confinar os diferentes processos metabólicos, e as proteínas necessárias para conduzi-los, dentro de compartimentos envoltos por membranas. → Compartimentos Celulares envoltos por Membrana ➱ Endereçamento de Proteínas pela Sequência-Sinal: • Para algumas organelas, incluindo as mitocôndrias, os cloroplastos e o interior do núcleo, as proteínas são entregues diretamente a partir do citosol. • Para outras, incluindo o aparelho de Golgi, os lisossomos, os endossomos e as membranas nucleares, as proteínas e os lipídios são entregues indiretamente pelo RE, o qual é, ele próprio, o sítio principal de síntese de proteínas e lipídios • As proteínas entram no RE diretamente a partir do citosol, algumas são lá retiradas, porém a maioria é transportada por vesículas ao aparelho de Golgi e então adiante para outras organelas ou para a membrana plasmática. • O que irá endereçar as proteínas e o trafego vesículas é uma SEQUÊNCIA SINAL, elas são uma sequencia de aa. da proteína que fazem a sinalização do endereço ao qual a proteína deve se dirigir - os sinais poderão ser para importação para o RE; retenção no lúmen do RE; importação para as mitocôndrias; importação para o núcleo e importação para o peroxissomo. O DESTINO DE UMA PROTEÍNA SINTETIZADA NO CITOSOL DEPENDE DA SUA SEQUÊNCIA SINAL. • A sequência-sinal é frequentemente (mas não sempre) removida da proteína acabada, uma vez que a decisão de distribuição tenha sido executada. • GERALMENTE elas ficam na parte n terminal da proteína mas podem estar presente em outras partes também (no meio, no começo) - lembrando que se ela estiver no meio ela não é clivada mas no indo e no fim ela pode ser clivada - essas sequências sinal se ligam a receptores de endereçamento complementares fazendo com que a proteína tome o rumo correto. • LEMBRETE: as proteínas citosólicas NÃO POSSUEM SEQUÊNCIA SINAL, uma vez que irão parmanecer no citosol. ➱ Os Tipos de T ransportes de Proteínas: !!! TODOS SÃO REALIZADOS A PARTIR DE UMA SEQUÈNCIA SINAL !!! Compartimento Função Citosol Contém muitas vias metabólicas; síntese de proteínas. Núcleo Contém o genoma. REL Síntese lipídica RER Síntese proteica Complexo de Golgi Modificação, distribuição e empacotamento de proteínas e lipídeos para suas secreções ou entregas para outra organela. Lisossomos Degradação intracelular. Endossomos Distribuição de materiais endocitados. Mitocôndrias Síntese de ATP e fosforilação oxidativa. Peroxissomos Oxidação de moléculas tóxicas (radicais livres). → Transporte através do núcleo de poros nucleares (NPCs): é um tipo de transporte mediado que ocorre do citosol com direção ao núcleo, ou vice versa - transporta ácidos nucleicos e proteínas enoveladas. • O envelope nuclear é perfurado por poros nucleares, os quais formam canais por onde todas as moléculas entram ou saem do núcleo - o transporte pode ocorrer do núcleo em direção ao citosol e do citosol em direção ao núcleo através dos poros nucleares. • Sequência sinal para importação para o núcleo ou exportação do núcleo são formadas por licitas ou argininas carregadas positivamente. • Após leitura, a sequencia sinal NÃO é clivada nas proteínas nucleares - a maioria dessas proteínas são sintetizadas no citosol e são importadas para o núcleo. • E SE A PROTEÍNA FOR GRANDE DEMAIS? Ela receberá um sinal de localização nuclear (NLS), nesse caso há gasto de energia (transporte ativo) - para moléculas pequenas não precisamos de sequência sinal e as moléculas atravessam os NPCs por difusão simples. • Existem receptores de transporte nuclear que auxiliam o direcionamento das proteínas através da interação com as nucleoporinas. • Esse processo de transporte gasta energia proveniente da hidrólise no GTP. * PASSO A PASSO DO TRANSPORTE: 1. As proteínas citosól icas, chamadas de receptores de transporte nuclear ligam-se ao sinal de localização nuclear nas proteínas recém-sintetizadas destinadas ao núcleo. 2. Esses receptores ajudam a direcionar a nova proteína ao poro nuclear por interações com fibrilas semelhantes a tentáculos que se estendem na borda do poro. 3. Logo após a proteína estar dentro do núcleo o receptor de transporte nuclear retorna ao citosol. 4. Neste caso, os poros transportam as proteínas em sua forma nat iva, completamente enove lada , e t ransfere componentes ribossomais como partículas montadas. Isso difere o transporte por poros dos outros!!! → Transporte Transmembrana por Translocadores Proteicos: é um tipo de transporte transmembrana que leva proteínas desenoveladas do citosol para a m i tocôndr i a ; do c i toso l para o re t ícu lo endoplasmático ou do citosol para os peroxissomos e vice versa. ↪ TRANSPORTE CITOSOL ↔ MITOCÔNDRIA. • Grande parte das proteínas mitocondriais são codificadas por genes presentes no núcleo e são importadas a partir do citosol. • SEQUÊNCIA-SINAL: geralmente está presente na região n-terimal, permitindo que a proteína entre na mitocôndria. • Dentro das mitocôndrias as chaperonas (família de proteínas Hsp70) ajudam a puxar as proteínas pelas duas membranas e a restituir as suas conformações, uma vez que estas estejam internalizadas. • O transporte é realizado pós tradução. • Cada sub-compartimento da mitocôndria contém um conjunto distinto de proteínas - o transporte a um sítio específico na organela requer outra sequência sinal. • A S P R O T E Í N A S S Ã O I M P O R T A D A S DESENOVELADAS. • Teremos a chaperona (hsp70+) + proteína percursora + sequência sinal para transportar a proteína pra dentro da mitocôndria. Esse complexo encontra um translocador de membrana externa (TOM), se conectando com o receptor - ocorre inserção desse complexo na MP pelo complexo TOM e a chaperona pega um fosfato para ter energia para desenovelar a proteína (clivar essas ligações entre os peptídeos). O complexo tom se conecta ao complexo TIM com a proteína desenovelada entrando dentro da célula, após isso, ocorrerá uma nova clivagem pela enzima peptidase-sinal e a proteína estará madura. • Portando, podemos concluir que a proteína é enovelada dentro da mitocondria pela chapetona mitocondrial. ↪ TRANSPORTE CITOSOL ↔ PEROXISSOMOS: • Possuem receptores da sequência-sinal solúveis no citosol, que são as peroxinas - ex: Pex5. • Os peroxissomos utilizam oxigênio molecular e peroxido de hidrogênio para realizar as reações oxidativas - a principal função dessas reações é a quebra das moléculas de ácidos graxos (processo determinado β-oxidação que encurta as cadeias dos ácidos graxos convertendo-os em acetil-coA). Além disso, a água oxigenadas (H2O2) é utilizada para oxidar as substâncias tóxicas na célula, em uma reação metabolizada pela enzima catalase. • SÍNDROME DE ZELLWEGER: é uma doença rara, congênita, caracterizada pela redução ou ausência de peroxissomos nas células do fígado, rins e cérebro - faltam enzimas para trazer o transporte para os peroxissomos e isso afeta diversos órgãos ↪TRANSPORTE CITOSOL ↔ RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: • É o mais extenso sistema de membranas em uma célula eucariótica. Serve ainda de ponto de entrada para proteínas destinadas para outras organelas, bem como de proteínas para o próprio RE. As proteínas destinadas ao Aparelho de Golgi, aos endossomos e lisossomos, assim como as proteínas destinadas à superfície celular, entram primeiro no RE provenientes do citosol. • Uma vezdentro do RE ou na membrana do RE, as proteínas individuais não retornarão ao citosol durante as suas jornadas adiante. Elas serão carregadas de uma organela para outra por vesículas de transporte e, em alguns casos, de uma organela para a membrana plasmática ou para o exterior celular. • PROCESSO COTRADUCIONAL: acontece concomitantemente ao pro esso de tradução. • Transporte por translocador de proteínas solúveis: precisamos de uma sequência sinal e, para que ela se ligue ao receptor de SRP, transportando proteínas do citosol para o lúmen do RE precisamos de uma molécula intermediária pois a sequência sinal não se liga automaticamente. Para isso, ela anteriormente ela se liga a uma partícula SRP que reconhece esse sinal que se liga ao receptor de SRP presente no lúmen do RE. * Sequência sinal é produzida dentro do ribossomo se liga a uma molécula de SRP, que por sua vez se liga em um receptor de SRP presente no lúmen do RE - todo esse processo de sinalização ocorre enquanto a proteína esta sendo sintetizada - processo cotraducional. - T R A N S L O C A Ç Ã O D E P R O T E Í N A S TRANSMEMBRANA DE PASSAGEM ÚNICA: ocorre uma translocação parcial dessas proteínas; temos uma sequência de parada de transferência que faz com que parte da proteína fique para fora da membrana; ocorre em proteínas de membrana do tipo I. Ex: receptor de LDL e do GH. - I N T E G R A Ç Ã O D E U M A P R O T E Í N A TRANSMEMBRANA DE PASSAGEM MÚLTIPLA NA MEMBRANA DO RE: pode haver mais de uma sequência de início e de parada de transferência; ocorre nas proteínas de membrana do tipo IV e nos receptores acoplados a proteína G. RELELMBRANDO ALGUNS CONCEITOS SOBRE O RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: atuam na biossíntese de lipídeos; na produção de todas proteínas transmembranas para a maioria das organelas celulares, vesículas secretoras de MP; as proteínas destinadas à secreção, aparelho de Golgi, lisossomos, endossomos e MP passam do citosol ao RE; armazenamento de Ca2+ que atua na sinalização celular; produção de lipoproteínas (fígado); reações de detoxificação hepática - enzimas citocromo P450; glicosilação de proteínas. TIPOS DE PROTEÍNAS QUE SÃO IMPORTADAS: proteínas transmembrana - embutidas na membrana - MP do RE e outras organelas ou MP; proteínas hidrossolúveis - liberadas no lúmen do RE - secreção/RE ou outra. * MODIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS NO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: Formação de ligações dissulfeto - estabilidade à estrutura da proteína; N- glicosilação - ‘’ indicador’’ do enovelamento proteico protege a proteína contra degradação; Os oligossacarídeos geralmente são originados de um lipídeo especializado, o Dolicol.. > temos a transferência em bloco de um oligossacarídeo para o grupo amino da cadeia lateral da asparagina na proteína. Apesar de todo o auxílio das chaperonas, muitas moléculas proteicas transportadas para o RE falham em enovelar-se adequadamente… E o que acontece? Essas proteínas são exportadas para o citosol , desglicosiladas, ubiquitinadas e degradadas nos proteassomas (retrotranslocação). * TRANSPORTE DO RE ATRAVÉS DO COMPLEXO DE GOLGI - VIA DE RECUPERAÇÃO: o receptor de KDEL (no Golgi) captura as proteínas solúveis residentes no RE e as carrega em vesículas revestidas por COP I de volta ao RE. No RE, as proteínas se dissociam do receptor KDEL, que é, então, devolvido ao aparelho de Golgi para reutilização. → Transporte por Vesículas: • .O transporte vesicular entre compartimentos envoltos por membranas do sistema de endomembranas é altamente organizado. Uma via secretória principal, para fora, inicia com a síntese de proteínas sobre a membrana do RE e sua entrada no RE, e conduz pelo aparelho de Golgi até sua superfície celular; no aparelho de Golgi, uma rota lateral conduz o transporte através dos endossomos até os lisossomos. Uma via endocítica principal, para dentro, responsável pela ingestão e degradação de moléculas extracelulares, move materiais a partir da membrana plasmática, através dos endossomos, para os lisossomos. • As vesículas possuem revestimentos que dão forma a sua parte externa e auxiliam na captura da molécula a ser transportada (parte interna). • Esses revestimentos irão endereças as proteínas transportadas pelas vesículas transportadoras: - FORMAÇÃO DAS VESÍCULAS REVESTIDAS POR CLATRINA: ex: LDL. Hipercolesterolemia (colesterol alto) - o receptor está totalmente ausente ou os receptores serão defeituosos - número normais de receptores de LDL mas não há conexão com as claritinas. - FORMAÇÃO DAS VESÍCULAS REVESTIDAS POR COP: está envolvida no transporte de moléculas entre o RE e uma parte do Golgi para outra. * VIA SECRETORA E ENDOCÍTICA: • .O tráfego vesicular não está confinado somente ao interior da célula. Ele se estende para e a partir da membrana plasmática. Proteínas recém- sintetizadas, lipídeos e carboidratos são distribuídos do RE, via aparelho de Golgi, para a superfície celular pelas vesículas de transporte que se fundem à membranas plasmática em um processo chamado de exocitose. Cada molécula que viaja ao longo dessa rota passa por uma sequência fixa de compartimentos definidos por membranas e é quimicamente modificada durante a rota. • A adição de oligossacarídeos as proteínas é apenas a primeira etapa de uma série de outras modificações futuras, antes que a glicoproteína madura surja no final da via secretória. Algumas proteínas produzidas no RE tem seu destino nessa própria organelas, mas outras não, elas devem ser conduzidas para outras organelas. Para que ocorra essa condução de uma organela para a outra a proteína tem em sua estrutura um sinal que indica a uma proteína receptora ligada a superfície da membrana da organela que ela proteína tem como destino tal organela. • Proteínas incorretamente enoveladas são retidas no RE. As proteínas corretamente modificadas são encaminhadas ao Golgi, sendo que as proteínas solúveis entram pela face cis e vão brotando de uma cisterna para a outra. As proteínas saem da rede trans do Golgi para a superfície celular ou para outro compartimento. O processo de secreção consiste na reposição de proteínas perdidas da membrana, também feito pelo aparelho de Golgi. Outra via é aquela que consiste no uso de vesículas secretórias que brotam da rede trans do Golgi e se acumulam perto da membrana plasmática até que o sinal extracelular estimule a sua saída da célula e posterior liberação do conteúdo para o meio extracelular. • As células eucarióticas estão continuamente capturando líquido, assim como moléculas grandes e pequenas, pelo processo de endocitose. Células especializadas são também capazes de internalizar grandes partículas e até mesmo outras células. O material a ser ingerido é progressivamente encerrado por uma pequena porção da membrana plasmática, que primeiro brota para dentro e então se destaca para formar uma vesícula endocítica intracelular. O material ingerido, é enfim, entregue aos lisossomos, onde é digerido. Os metabólitos gerados pela digestão são transferidos diretamente para fora do lisossomo no citosol, onde eles podem ser usados pela célula.