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Raspado de pele

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Raspado de pele
● Um dos primeiros exames a ser realizado na presença de lesões cutâneas
● Útil para diagnóstico de sarna demodécica, sarcóptica, notoédrica e otodéctica
● Micoses - apesar deste exame não identificar gênero ou espécie de fungo
● Material: raspado de pele
● Método: microscopia direta
Sarna demodécica
● Demodex canis
● Contágio baixo por contato
Sarna sarcóptica
● Ácaro
● Extremamente contagiosa
● Fica nas primeiras camadas da pele
● Erupções cutâneas
● Doença de pele causada por um ácaro escavador
Sarna otodécica
● Ouvido do cão/gato
● Não acomete os homens
Sarna notoédrica
● Escabiose felina
● Acomete a gatos
● Altamente contagiosa
● Manifestação pruriginosa e escamosa
Notoedres cati
● Sarna da cabeça do gato
● Altamente contagiosa para humanos e cachorros
● Dermatite pruriginosa com crostas
● Raspado superficial pois ácaro cava túnel do extrato córneo da epiderme e
devem cobrir áreas extensas, pois pode ser difícil encontrar esse ácaro
● Deve-se utilizar ainda o raspado em áreas com pápulas extensas, crostas
amarelas, na região axilar e borda da orelha
Raspagem
● Maior utilização na dermatologia veterinária
● Profundidade do raspado: adaptada para a doença em questão
● Locais de escolha: áreas onde a pele se encontra anormal, eritematosa e/ou
onde há a presença de pápulas, pústulas, comedões, descamação e alopecia
● Dúvidas: realiza-se antes os raspados superficiais e posteriormente o raspado
profundo
● Escarificar a pele do animal ao redor de lesões
● Suspeitas sobre ácaros: corte dos pelos mais longos da área afetada, seguida
de aplicação de óleo mineral na pele ou na lâmina de bisturi (aumenta
quantidade de material) e raspagem no sentido do crescimento dos pelos para
a coleta de material
● Material deve ser colocado em lâmina de vidro seguida de homogenização,
cobertura com lamínula e exame direto ao microscópio
● O raspado superficial é utilizado em duas afecções contagiosas importantes,
caracterizadas por prurido extremo e pele eritematosa e com formação de
crostas, que são a escabiose canina causada pelo Sarcoptes scabiei (var canis)
e a infecção em felinos pelo Notoedres cati
● Como tais ácaros infectam apenas a camada superficial da pele, e migram por
ela, determinando a formação de túneis, a preocupação no momento da coleta
consiste em raspar áreas mais amplas da pele que fazer o raspado profundo,
não sendo necessário o sangramento capilar
● Os raspados devem ser múltiplos e as áreas de escolha são as bordas dos
pavilhões auditivos, a pele glabra da região abdominal e aquela que recobre
as articulações úmero-rádio-ulnar e tíbio-társica (cotovelo)
● O encontro de um único ácaro tem valor de diagnóstico, bem como o encontro
de peletes fecais castanho-escuros ou ovais, ou ainda ovos de ácaro
● Caso seja necessária a clarificação do material, acrescentar KOH 20% e
aquecer por alguns minutos
● Por outro lado a sensibilidade do raspado de pele é pequena, apenas cerca de
50% dos raspados em animais sabidamente doentes apresentam raspados
positivos
● Resultados negativos não eliminam a doença - raspagem ineficaz, só em locais
apontados pelo tutor - exame não pode ser utilizado para acompanhamento
da evolução clínica/terapêutica da doença
Demodex canis
● A sarna demodécica ou demodicose ocorre quando o ácaro Demodex canis,
habitante natural da pele do cão, multiplica-se aos milhares, geralmente,
devido a desequilíbrio nos sistemas imune cutâneo e sistêmico do animal
● A doença pode ser localizada ou generalizada e a pele apresenta-se
extremamente eritematosa edemaciada com regiões de hipotricose ou
alopecia e, por vezes, pústulas (inflamação dos folículos muito comum em
sarna, que podem se romper - foliculite)
● Em casos crônicos, observa-se hiperpigmentação cutânea (sarna negra - não
pruriginosa)
● O prurido não é característica marcante, exceto em determinadas raças de
cães
● Suspeita de demodicose
○ Pele deve ser fortemente comprimida entre os dedos para facilitar a
extrusão dos ácaros do interior dos folículos e os raspados devem ser
profundos, até que se observe sangramento capilar, e realizado
aproximadamente em cinco locais
● A visualização de um grande número de adultos vivos ou de formas imaturas,
quais sejam, ovo, larvas e ninfas, é necessário para confirmar o diagnóstico, já
que um ácaro ocasional pode fazer parte da flora normal a pele e também
pode ser visto em outras patologias cutâneas
● Nesta dermatopatia, o raspado também é útil quando da decisão de
interromper o tratamento, pois, independente do protocolo terapêutico
utilizado, a obtenção de dois raspados negativos, ou seja, livre de ácaros,
intervalados de uma semana indicam a remissão parasitária da doença
Dermatofitoses
● Podem ser definidas como infecções fúngicas de tecido corneificado, como a
epiderme, pêlos e unhas
● Os microrganismos mais comumente envolvidos nestas patologias são:
Microsporum canis e Trichophyton mentagrophytes
● As lesões circulares, de bordas eritematosas e centro descamativo são mais
comuns em humanos e em felinos, que também apresentam dermatite miliar,
ou seja, pequenas crostas amareladas aderidas à pele
● Em cães, as lesões podem iniciar-se com pelagem de má qualidade e áreas de
hipotricose (baixa quantidade de pelo), que podem evoluir para lesões
alopécicas e crostosas
● A descamação, eritema, hiperpigmentação e prurido são variáveis. A doença
tende a ser focal, mas alguns casos podem chegar à alopecia generalizada
● Devido ao amplo espectro de apresentações clínicas das dermatofitoses, bem
como o seu caráter zoonótico e os efeitos colaterais observados em alguns
tratamentos, o diagnóstico laboratorial é o único que oferece completa
confiabilidade
● Deve-se colher o material raspando a pele limpa com álcool, após cortar os
pelos, se necessário
● O raspado deve ser feito de forma bastante superficial e delicada, pois a
contaminação com sangue ou exsudatos pode comprometer os resultados,
especialmente o da cultura
● O material obtido deve conter pelos (fraturados ou íntegros), obtidos das
bordas das lesões alopécicas, descamação e crostas e deve ser colocado em
frascos de boca rosqueada, mas a tampa não deve ser apertada, pois a falta
de oxigênio pode matar os dermatófitos
● Instruções para coleta de raspado de pele
1. É de extrema importância que o animal não esteja sendo tratado por no
mínimo 15 dias, para evitar o resultado falso-negativo
2. Em animais de pêlo comprido, corte o pelo até cerca de 1,0 cm da pele
3. Coletar o raspado de pele nas bordas da lesão, raspando
profundamente até que ocorra sangramento utilizando
preferencialmente lâmina
4. Evitar o uso de tesoura por não ser o instrumento adequado para
raspado de pele
5. A amostra enviada deve ser representativa da lesão, contendo bastante
material celular, pois pouco material dificulta o diagnóstico e pode
acarretar em resultado falso negativo, por isso, pode-se evitar coletar
raspado em lâminas, utilizando tubos de soro ou frascos coletores
6. Nunca envie apenas pelo, é necessária a presença de células de
descamação
7. Não lavar o animal ou a região da lesão para fazer o raspado. No
máximo se tiver muita sujidade e com crostas, retire as crostas e limpe
o local usando apenas toalha de papel
Técnica
● A coloração da amostra entre duas lâminas, unidas por fita adesiva apenas nas
pontas ou ainda em envelopes de papel
● Para o exame direto, pelos e descamação obtidos no raspado devem ser
clarificados com KOH 20%, mas esta técnica, além de exigir muito tempo em
sua execução leva a resultados falso-negativos em muitos casos
● Toda a face da lâmina do bisturi deve passar na lâmina de vidro e seguir com a
observação em microscópio
● Utilizar óleo mineral para fazer a raspagem

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