Buscar

DOENÇAS EXANTEMÁTICAS - VARICELA, MÃO PÉ BOCA E SARAMPO

Prévia do material em texto

Larissa Sodré Coutinho 
 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 
 
VARICELA 
➔ Vacina – dose única – tetra viral (15 
meses) e reforço (4 anos) 
➔ Profilaxia pós exposição – até 5 dias 
depois do contato. Quando o contato for 
imunocompetente e o paciente for maior 
9 meses, aplica-se vacina. Já nos casos 
em que o contato for imunodeprimido e 
o paciente for menor de 9 meses, 
aplica-se a 
➔ Vírus DNA de fita dupla – Varicela- 
zoster vírus. Família: Herpesviridae 
➔ Infecção: 
- Primária: varicela 
- Latente: gânglios nervosos sensoriais 
- Recorrente: Herpes- Zoster 
➔ Transmissão: respiratórias por gotículas 
ou contato. A transmissão acontece 1 a 
2 dias antes do exantema ou 3 a 7 dias 
depois dessas lesões 
➔ Quadro clínico: 10 a 21 dias → febre 
cefaleia, anorexia e dor abdominal leve 
➔ Exantema maculopapulovesicular 
polimórfico → prurido intenso, mácula, 
pápula, lesões com conteúdo purulento 
e crosta. 
 
➔ OBS: varicela modificada: acontece em 
casos de crianças que já foram 
vacinadas. O quadro clínico é mais leve 
➔ OBS: varicela progressiva: 
imunodeprimidos → elevado uso de 
corticoides 
➔ Tratamento: não grave e tratamento 
com sintomáticos (antitérmicos, anti-
histamínicos, não se usa mais o banho 
com permanganato de potássio). Além 
disso, aciclovir VO por 5 dias. 
Varicela grave: aciclovir EV por 7 dias + 
notificação compulsória 
➔ Complicações mais comuns: 
- Infecção bacteriana secundária – 
eritema na base da vesícula e 
recrudescência da febre; 
- Hepatite leve e assintomática 
(elevação de transaminases); 
- Pneumonia por varicela – principal 
causa de mortalidade em adultos; 
- Neurológicas – ataxia cerebelar e 
meningoencefalite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Síndrome de Reye – uso de AAS 
durante influenza e varicela. Cuidado!! 
- Gera: encefalopatia aguda não 
inflamatória. Vômitos, letargia, 
confusão/irritabilidade. Hepatomegalia, 
elevação de transaminases e amônia 
 
Larissa Sodré Coutinho 
 
DOENÇA MÃO PÉ BOCA 
- Vírus de RNA fita única: Coxsackievírus 
- Família: Picornaviridae Enterovírus 
➔ Transmissão: fecal – oral; Fômites; 
respiratória por gotículas e Vertical. 
➔ Período de incubação: 3 a 6 dias 
 
➔ Quadro clínico: 
- Pródomo: febre baixa, irritabilidade, anorexia 
e irritabilidade; 
- Oroscopia: Hiperemia de orofaringe com 
lesões vesiculares; 
- Exantema maculopapulovasicular em mãos e 
pés; 
 
➔ Tratamento: suporte – hidratação 
➔ Complicações: miocardite, pneumonite, 
meningoencefalite. 
 
 
 
 
 
SARAMPO 
➔ Vírus de RNA de fita única – família: 
Paramyxoviridae Morbilivirus 
➔ Transmissão: gotículas – 3 dias antes 
do aparecimento do exantema até 4 
dias após o seu desaparecimento. Taxa 
de ataque: 90%. 
➔ Período de incubação: 8 – 12 dias 
➔ Primeira viremia - replicação: migração 
para os linfonodos regionais. Após isso, 
replica-se, novamente, no sistema 
reticulo endotelial (neste estágio 
aparecem os sintomas prodrômicos - 
febre, leve, conjuntivite com fotofobia, 
coriza e tosse, fácies sarampenta) 
 
➔ Manchas de Koplik: achado 
patognomônico 
 - Aparecem 1 a 4 dias antes do exantema e 
desaparecem 2 a 3 dias após o aparecimento 
do exantema 
➔ Exantema maculopapular mobiliforme 
(máculas e pápulas coalescem e 
formam placas maiores) → inicia atrás 
do pavilhão auricular e dissemina para o 
tronco e extremidades. Duração: 7 dias 
➔ Diagnóstico: 
- clínico -epidemiológico 
- Leucopenia com linfopenia 
- VHS e PCR normais 
- Sorologia: fase aguda (IgM) e fase de 
convalescença (IgG) 
➔ Tratamento: suporte (antitérmico, 
suporte nutricional) 
➔ Precaução de contato e gotículas 
➢ Diagnóstico diferencial: Herpangina 
- Quadro clínico: febre alta, disfagia, dor de 
garganta e linfadenopatia cervical. NÃO possui 
exantema e na oroscopia as lesões possuem 4 
mm e as vesículas encontram-se na orofaringe 
posterior. 
 
Larissa Sodré Coutinho 
 
➔ Suplementação de vitamina A em 
menores de 2 anos (quanto maior os 
níveis de retinol, menor a gravidade do 
Sarampo) 
➔ Complicações: otite média aguda e 
pneumonia de células gigantes ou de 
infecção bacteriana secundária 
- Encefalite APÓS sarampo: 
convulsões, letargia, coma e 
irritabilidade; Líquido Cefalorraquidiano- 
pleocitose linfocítica e 
hiperproteinorraquia 
 - Encefalite por sarampo: mais comuns 
em imunodeprimidos, lesão cerebral 
pelo vírus → convulsões, mioclono, 
esturpor e coma. 
-Panencefalite esclerosante subaguda: 
complicação crônica – infecção 
persistente, após 7 a 10 anos, com o 
vírus do sarampo. Alteração de 
comportamento, mioclono maciço e 
coreoatetose, distonia e rigidez 
- Sarampo negro: aparecimento de 
erupção cutânea 
➔ Profilaxia pós exposição: 
- Vacina em até 72 horas 
- Imunoglobulinas em até 6 dias após o 
contato em gestantes, 
imunocomprometidos ou em crianças 
menores de 6 meses

Continue navegando