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Análise do Discurso - Avaliação On-Line 2 (AOL 2)

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Análise do Discurso - 20211.B 
Avaliação On-Line 2 (AOL 2) - Questionário 
 
Pergunta 1 
Foucault e Pêcheux pensaram a organização dos discursos e as relações que se estabelecem entre eles, já Bakhtin 
apresenta a noção de gêneros do discurso. Assim, assinale a alternativa que apresenta a adequada concepção de 
Gêneros do Discurso, proposta por Bakhtin. 
 
Os gêneros do discurso são um termo diferente para apresentar a noção de formação discursiva, considerando a perspectiva 
de Foucault. 
Seriam formas padrão, relativamente estáveis e determinadas sócio-historicamente, de um enunciado para efetivar 
a comunicação humana em suas diversas formas. 
Os gêneros do discurso se modificam radicalmente a cada situação de comunicação. Por isso, torna-se impossível 
estabelecer qualquer regularidade de função ou estrutura. 
Os gêneros do discurso são responsáveis por regular os sentidos dos enunciados em relação a cada período histórico. 
Os gêneros do discurso regulam apenas as formas escritas de comunicação. 
 
 
Pergunta 2 
Eni Orlandi (1987) e outros pesquisadores defendem uma vertente da Análise do Discurso (AD) numa abordagem 
de “teoria crítica que trata da determinação histórica dos processos de significação” (ORLANDI, 1987, p.12). Em 
relação ao objetivo da AD, Orlandi (2005) esclarece que a mesma reconhece a linguagem como mediadora 
indispensável entre o homem e o meio social e natural em que vive, assim, não considera a língua como um sistema 
abstrato, mas como método de interação. Assim, assinale a alternativa que apresenta a indicação do propósito da 
AD. 
 
Não se preocupa com a língua ou com a gramática, embora todas essas coisas lhe interessem, mas confere um alto valor 
aos aspectos psicanalíticos do discurso. 
Preocupa-se com o estudo da língua-linguagem e de alguns aspectos da gramática, mas o seu foco principal está no 
interdiscurso. 
Não se preocupa com a língua ou com a gramática, embora todas essas coisas lhe interessem. Ela tem como foco 
o discurso. 
Tem como foco o estudo da língua, da gramática e todas essas coisas lhe interessam. Ela trata de detalhes do discurso. 
Não trata da língua, mas da gramática, embora todas essas coisas não lhe interessem tanto. O seu foco está apenas nas 
Formações imaginárias (FI). 
 
Pergunta 3 
A noção de Formação Discursiva apresenta-se em diferentes abordagens por Foucault e Pêcheux. Analise as 
asserções abaixo acerca das noções sobre Formação Discursiva, identificando-as com os seguintes códigos em 
relação aos teóricos citados: (F) Foucault; (P) Pêcheux. 
 
I – ( ) A formação discursiva não é um domínio fechado de saberes; pelo contrário, está em contato com saberes outros 
que podem adentrar suas fronteiras. Daí, se ressalta a heterogeneidade da formação discursiva: numa mesma formação 
discursiva, diversos saberes coexistem. 
II – ( ) Afirma ainda que a aparição de um objeto de discurso depende de condiçõeshistóricas que o permitam, ou seja, o 
conjunto de regras que permitem formá-lo como tal. Isso quer dizer que não se pode falar sobre qualquer coisa em qualquer 
época e que os enunciados são regulados por um feixe complexo de relações. 
III – ( ) Descrição de um sistema de dispersão e definição de uma regularidade (uma ordem, correlações, posições e 
funcionamentos, transformações). 
IV – ( ) Uma mesma formação ideológica comporta diferentes formações discursivas, e isso dialoga com as modalidades 
de identificação do sujeito: é porque há várias formações discursivas em contato que o sujeito pode se desidentificar de uma 
para se identificar com outra. 
V – ( ) Compreende-se como formação discursiva “aquilo que, numa formação ideológica dada, isto é, a partir de uma 
posição dada numa conjuntura dada, determinada pelo estado da luta de classes, determina o que pode e deve ser dito”. 
VI – ( ) A noção de formação discursiva está relacionada sobretudo à regularidade. Para o autor, é esse sistema de dispersão 
semelhante que caracteriza os enunciados como pertencentes a uma mesma formação discursiva. 
 
I – P; II – P; III – F; IV – P; V – P; VI - P 
I – F; II – F; III – P; IV – F; V – F; VI - F 
I – P; II – F; III – F; IV – P; V – P; VI - F 
I – F; II – F; III – F; IV – P; V – P; VI - P 
I – F; II – P; III – P; IV – F; V – F; VI - P 
 
Pergunta 4 
Orlandi (1999) considera que “todo o funcionamento da linguagem se assenta na tensão entre processos 
parafrásticos e processos polissêmicos”. Assim, a autora propõe particularidades de cada processo. Analise as 
asserções acerca das características de cada um dos processos, identificando-os com os seguintes códigos: (PA) 
Paráfrase; (PO) Polissemia. 
 
I - ( ) Retorno aos mesmos espaços do dizer e diferentes formulações do mesmo dizer sedimentado. 
II – ( ) Deslocamento e ruptura dos processos de significação. 
III – ( ) Jogo com o equívoco e criatividade. 
IV – ( ) Estabilização e produtividade. 
V – ( ) Fonte da linguagem, pois sem a multiplicidade de sentidos não haveria necessidade de dizer. 
VI – ( ) Matriz do sentido, pois não há sentido sem repetição. 
 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
 
I – PA; II – PO; III – PO; IV – PA; V – PO; VI - PA 
I – PO; II – PA; III – PA; IV – PO; V – PA; VI - PO 
I – PO; II – PO; III – PO; IV – PA; V – PA; VI - PA 
I – PO; II – PO; III – PA; IV – PO; V – PO; VI - PA 
I – PA; II – PA; III – PA; IV – PO; V – PO; VI - PO 
 
Pergunta 5 
Em “A Arqueologia do Saber”, Foucault apresenta primeiro sua noção de formação discursiva para depois 
apresentar a de enunciado. Para Foucault, essa noção é pensada em comparação a outras, e, por isso, afirma que 
o enunciado é: 
 
Uma unidade do mesmo gênero da frase, proposição ou ato de linguagem, pois não se apoia nos mesmos critérios. 
Uma função de existência que pertence aos signos e aos significados, a partir da qual se define o sentido. 
Uma unidade como um objeto material pode ser, pois tem seus limites e sua independência. 
Uma função que cruza um domínio de estruturas e unidades possíveis, fazendo com que apareçam no tempo e no 
espaço com conteúdos concretos. 
Uma unidade como um objeto material pode ser, pois tem seus limites e sua independência. 
 
Pergunta 6 
Podemos, introdutoriamente, pensar o interdiscurso como o espaço que abriga o conjunto das diferentes formações 
discursivas e disponibiliza os dizeres que o sujeito pode vir a mobilizar nos processos discursivos. Assim, assinale 
a única alternativa que diverge das concepções acerca do Interdiscurso segundo a Análise do Discurso. 
 
O interdiscurso também abriga as articulações. Essas constituem o sujeito em sua relação com os sentidos nas formações 
discursivas. 
Orlandi (1999) também explica o interdiscurso como aquilo que fala antes, em outro lugar, independentemente. 
Tudo que se fala num dado momento só é possível porque há dizeres anteriores que sustentam aquele dizer atual. Nesse 
jogo entre anterioridade e atualidade, as noções de paráfrase e de polissemia são fundamentais. 
O interdiscurso se constrói a partir do pré-construído, ou seja, o “sempre-já-aí” da interpelação ideológica, impondo uma 
realidade, um sentido ao sujeito. 
Todo discurso é construído por uma manifestação atual, ou, em outras palavras, uma relação entre o momento e 
com o próprio funcionamento linguístico. 
 
Pergunta 7 
Orlandi (1999) afirma que é possível pensar que todo discurso é um movimento na rede de filiação de sentidos, mas 
formado por palavras já ditas. Em relação a essa declaração, podemos considerar que: 
 
Isso garante uma repetição regular de um mesmo número de palavras. 
Mobilizam sentidos possibilitados pelo já-dito do interdiscurso, mas sem considerar movimento de retorno ou de 
deslocamento dos sentidos. 
Novos sentidos são instaurados a cada novamanifestação. 
Tudo que se fala num dado momento é possível mesmo sem relação com dizeres anteriores, pois é preciso considerar a 
atualização do interdiscurso 
Algo fala antes, e o discurso atual pode tanto ser um retorno dessa anterioridade quanto deslizar para novos 
sentidos. 
 
Pergunta 8 
Para se trabalhar a noção de discurso é necessária a mobilização de outras noc ̧ões. Isso é característico da Análise 
do Discurso: suas noções se entrelaçam e se definem mutuamente. Assim, assinale a alternativa que não condiz 
com as características mobilizadas acerca das Condições de Produção pela Análise do Discurso. 
 
Orlandi (1999) explica que essas condições de produção compreendem fundamentalmente os sujeitos e a situação, e podem 
ser pensadas de dois modos: em sentido estrito, dizem respeito às circunstâncias de enunciação, ao contexto imediato; em 
sentido amplo, incluem o contexto sócio-histórico ideológico. 
Orlandi (1999) destaca que é a memória cognitiva que aciona e faz valer as condic ̧ões de produção. 
Por exemplo, numa professora falando em sala de aula, as condições de produção em sentido estrito vão dizer respeito ao 
ambiente da sala, à presença dos alunos, ao espaço temporal em que a aula ocorre. 
A noção de condições de produção é proposta por Pêcheux junto à de discurso, quando o autor afirma que “um discurso é 
sempre pronunciado a partir de condições de produção dadas” (PÊCHEUX, 2010, p. 75). 
Já se você considerar as condições de produção em sentido amplo, num contexto de uma professora falando em sala de 
aula, deve levar em conta questões como a orientação pedagógica seguida pela instituição de ensino, se esta se insere num 
contexto de ensino público ou privado, se tem orientação religiosa ou laica, se a aula diz respeito a um assunto 
potencialmente polêmico ou a um ponto pacífico... 
 
Pergunta 9 
Só por meio da Ideologia que o indivíduo se constitui como sujeito, inscreve-se em uma Formação Discursiva e 
consegue atribuir sentido. Além disso, Pêcheux propôs o discurso como “efeito de sentido”. Dessa forma, assinale 
a única alternativa que não se articula às concepções acerca da relação entre ideologia e efeito de sentido. 
 
Pelo viés da Análise do Discurso, o sentido é movente, e o sentido que se julga verdadeiro é apenas um efeito de sentido 
recortado entre os outros tantos sentidos possíveis. Assim, é possível pensar que a Ideologia faz os efeitos de sentido 
figurarem como se fossem um sentido real, o único possível. 
A Ideologia permite que o sujeito mobilize o sentido literal de um enunciado, estabelecido fora de uma formação 
discursiva. 
Pêcheux e Fuchs (2010, p. 167) afirmam que “o sentido de uma sequência só é materialmente concebido na medida em que 
se concebe esta sequência como pertencente necessariamente a esta ou àquela formação discursiva”. 
Quando a Formação Discursiva aparece relacionada à Ideologia e aos efeitos de sentido, essa é a Formação Discursiva 
conforme proposta por Pêcheux. 
Os sentidos não são inventados ou criados no instante do processo discursivo, mas, sim, mobilizados e recortados pela 
memória discursiva. 
 
 
Pergunta 10 
As formações imaginárias estão implicadas nas condic ̧ões de produção (ORLANDI, 1999). Foram propostas por 
Pêcheux como parte constitutiva do processo discursivo. Assim, assinale a alternativa que apresenta as 
características propostas por Pêcheux para Formação Discursiva. 
 
Quando a Formação Discursiva aparece relacionada à Ideologia e aos efeitos de sentido, essa é a noção conforme proposta 
por Pêcheux e também por Foucault. 
Além de propor que a sequência verbal seja chamada de discurso, o autor define que o “destinador” e o 
“destinatário” seriam algo diferente da presença de humanos individuais: seriam lugares sociais, e estes atuariam 
no processo discursivo não como tal, mas representados. 
Para Pêcheux, essas formações são resultados de processos discursivos anteriores, ocorridos nas mesmas condições de 
produção, que originaram “tomadas de posição” explícitas, e estas permitem a emergência das formações imaginárias no 
processo discursivo atual. 
É uma noção proposta em contestação à noção de discurso. 
Ele afirma que o que funciona nos processos discursivos é uma série de formações imaginárias que designam o lugar do 
destinador e do destinatário, sem considerar a posição que cada um enxerga para si e para o outro, nem a imagem que eles 
se fazem de seu próprio lugar e do lugar do outro.

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