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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO FATEC-SP Guilherme Lopes de Carvalho Mecânica de Precisão – 3º semestre Turma - 133 RELATÓRIO DA EXPERIÊNCIA Nº 1 Disco de Inércia Poá 2020 Experie ncia: Disco de Ine rcia Objetivo Esta experiência tem como objetivo estudar a dinâmica de rotação de um disco rígido e determinar experimentalmente seu momento de inércia, comparando-o com seu valor teórico. Introduça o A dinâmica de um corpo rígido (objeto que conserva sua forma durante o movimento) envolve dois tipos de movimento: o de translação e o de rotação. Nesta experiência abordaremos o movimento de rotação de um cilindro maciço em torno de um eixo fixo, sendo este o eixo principal de inércia (figura 1). Figura 1: Eixos principais de Inércia para Corpos Rígidos Ixx , Iyy e Izz O momento angular total ( L ) de um corpo que gira em torno de um eixo principal de inércia, é paralelo à velocidade angular ( ), sempre dirigida ao longo do eixo de rotação. Desta forma: �⃗� = 𝐼 ∙ �⃗⃗� equação (1) Na equação acima I representa o momento principal de inércia, determinado pela equação que segue: 𝐼 = ∫ 𝜌 ∙ 𝑟2 𝑉 𝑑𝑉 equação (2) Onde 𝜌 = 𝑚 𝑉 é a densidade do material do qual o corpo é fabricado, r é o raio, E é a espessura e V é o volume do corpo. Assim, a massa de cada cilindro é: 𝑚 = 𝜌 ∙ 𝑉 equação (3) O momento de inércia de um cilindro maciço e homogêneo em relação ao eixo axial que passa pelo centro de gravidade é calculado pela equação 2, lembrando que o volume é: 𝑉 = 𝜋𝑟2 ∙ 𝐸 implica que 𝜌 = 𝑚 𝜋𝑟2∙𝐸 e o elemento de volume: 𝑑𝑉 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟 ∙ 𝐸 ∙ 𝑑𝑟 𝐼 = ∫𝜌 ∙ 𝑟2 ∙ 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟 ∙ 𝐸 ∙ 𝑑𝑟 𝑟 0 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝜌 ∙ 𝐸 ∙ 𝑟4 4 | 0 𝑟 = 𝜋 ∙ 𝜌 ∙ 𝐸 ∙ 𝑟4 2 equação (4) 𝐼 = 𝑚∙𝑟2 2 Figura 2: Cilindro maciço e homogêneo com Movimento em torno do seu eixo Equação de um movimento para a rotação de um corpo rígido: Na segunda Lei de Newton para a rotação: �⃗⃗� 𝑅 = 𝐼 ∙ 𝛼 aplicada ao Disco de inércia, contribuem para o Momento Resultante, o torque da Tração T devido ao fio: �⃗⃗� = 𝑟 × �⃗� e o Conjugado do Atrito (Matrito). Todos são vetores na direção axial do disco, então: equação (5) 𝑟 ∙ 𝑇 − 𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 = 𝐼 ∙ 𝛼 Mas 𝑎 = 𝛼 ∙ 𝑟 → 𝛼 = 𝑎 𝑟 vem: Equação (6) 𝐼 ∙ 𝑎 𝑟 = 𝑟 ∙ 𝑇 − 𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 Aplicando a segunda Lei no bloco: 𝐹 𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎 𝑃 − 𝑇 = 𝑚 ∙ 𝑎 → 𝑇 = 𝑚 ∙ (𝑔 − 𝑎) Substituindo T na equação (6), vem: 𝐼 ∙ 𝑎 𝑟 = 𝑟 ∙ 𝑚 ∙ (𝑔 − 𝑎) − 𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 Na experiência são duas massas: m1 e m2 Massa 1: 𝐼 ∙ 𝑎1 𝑟 = 𝑟 ∙ 𝑚1 ∙ (𝑔 − 𝑎1) − 𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 Massa 2: 𝐼 ∙ 𝑎2 𝑟 = 𝑟 ∙ 𝑚2 ∙ (𝑔 − 𝑎2) − 𝑀𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 Subtraindo uma da outra, chega-se a expressão do momento de inércia do Disco: Equação (7) 𝐼 = 𝑟2∙[𝑚1∙(𝑔−𝑎1)−𝑚2∙(𝑔−𝑎2)] (𝑎1−𝑎2) As acelerações dos blocos podem ser calculadas a partir da equação horária do MRUV: 𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0 ∙ 𝑡 + 𝑎 2 ∙ 𝑡2 → 𝑎 = 2 ∙ ℎ 𝑡2 Equação (8) 𝑎 = 2∙ℎ 𝑡2 onde h é a altura e t é o tempo de queda dos blocos. Parte Experimental a) Método Estático: O disco de inércia é constituído por três cilindros maciços de ferro. O volume de cada cilindro é: 𝑉 = 𝜋 4 ∙ 𝑑2 ∙ 𝐸 A massa é: 𝑚 = 𝜌 ∙ 𝑉 O momento de inércia total teórico é igual a soma dos momentos de inércia de cada cilindro: 𝐼𝑡𝑒𝑜 = 𝑚1 ∙ 𝑟1 2 2 + 𝑚2 ∙ 𝑟2 2 2 + 𝑚3 ∙ 𝑟3 2 2 As dimensões de cada cilindro estão listadas na tabela 1. Calcule o volume e a massa para completar a tabela: cilindro diâmetro (mm) Espessura (mm) Volume (cm³) Densidade (g/cm³) Massa (g) I (g.cm²) 1 25,43 ± 0,01 40,05 ± 0,01 20,34 7,87 160,09 129,41 2 170,94 ± 0,01 23,02 ± 0,01 528,30 7,87 4157,74 151863,97 3 25,43 ± 0,01 40,05 ± 0,01 20,34 7,87 160,09 129,41 Calcule o momento de inércia total teórico. 𝐼𝑡𝑒𝑜 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 = 152122,79 𝑔. 𝑐𝑚² b) Método Dinâmico: A figura apresenta o arranjo experimental que será Utilizado para determinar o momento de inércia Através do método dinâmico. Escreva as massas m1 e m2 que você utilizou: m1 = (200 ± 1) g m2 = (400 ± 1) g Prenda um barbante no cilindro 3 e enrole-o tomando cuidado para não ocorrer sobreposição do barbante. Fixe uma altura de queda h e coloque uma das massas na extremidade livre do barbante. h = (1300 ± 1) mm Deixe a massa cair cronometrando o seu tempo de queda (evite a queda brusca dos massores no chão). Repita o procedimento cinco ( 5 ) vezes e faça a mesma experiência com a outra massa. Coloque os dados na tabela 2. Calcule a aceleração usando os dados da Tabela 2 e a equação 8. leitura t1 (s) t2 (s) a1 (cm/s²) a2 (cm/s²) 1 11,867 8,500 1,846 3,599 2 11,563 8,231 1,945 3,838 3 12,019 8,276 1,800 3,796 4 11,778 8,405 1,874 3,680 5 11,678 8,189 1,906 3,877 média 11,781 8,320 1,873 3,756 desvio padrão 0,175 0,129 0,055 0,116 valor experimental (11,781 ± 0,078) s (8,320 ± 0,058) s (1,873 ± 0,025) cm/s² (3,756 ± 0,052) cm/s² Calcule Iexp usando a equação 7. Neste caso, r é o raio do cilindro 3 que é onde o barbante foi enrolado. Iexp = (167013 ± 5085,673) g.cm² Compare Iteo e Iexp através do erro percentual E% E% = 8,916% Conclusa o O objetivo de estudar a dinâmica de rotação de um disco rígido foi alcançado, consegui aplicar todas as fórmulas e realizar os cálculos. Os valores obtidos foram bastante similares, tendo 8,916% de erro percentual. Tive bastante dificuldade ao calcular a incerteza do valor experimental, pois tive que fazer vários cálculos de propagação de incerteza até chegar a aquela evidenciada. Estou bastante convencido com os resultados, pois consegui ver na pratica o experimento e como os resultados bateram me deu mais convicção sobre os cálculos realizados. Referências CARRERO, J. C. B. Tratamento de Dados Experimentais.pdf, São Paulo, ano 25, 12 ago. 2020. Disponível em: <https://iscic.webnode.com/programas/>. Acesso em: 22 fev. 21.
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