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Luana Soares Módulo II – P4 Patologia das Principais Afecções da Mama POLITELIA E POLIMASTIA • POLIMASTIA (Mamas Acessorias) o É a presença de duas ou mais mamas em seres humanos. o O tecido mamário acessório possui a mesma capacidade de sofrer alterações benignas e malignas que o tecido mamário normal o A polimastia apresenta forma ectópica ou aberrante que não é acompanhada de papila mamária ou aréola e é comumente confundida com lipoma, linfoadenopatia ou hidradenite • POLITELIA (Mamilos Acessórios) o É considerada uma anomalia congênita benigna o Apresenta tecido mamário extranumerário, presentado por aréola e mamilo, podendo ser uni ou bilateral. o Acontece no desenvolvimento embrionário em o 3° mês de gravidez ➢ É observado em ambos os sexos. ➢ Mulheres (alterações hormonais fisiológicas) TECIDO MAMÁRIO AXILAR ACESSÓRIO • Persistência do tecido mamário ao longo da linha do leite. • Geralmente bilateral. • Não é acompanhado por aréola ou mamilo. • O sistema ductal normal se estende ao tecido subcutâneo da parede torácica da fossa axilar (cauda axilar de Spence). • Pode ser confundido com lesões ganglionares INVERSÃO MAMILAR CONGÊNITA • Falta de eversão do mamilo. • É comum e pode ter caráter unilateral. • Geralmente é corrigido espontaneamente durante a gravidez ou por tração simples. • A retração mamilar adquirida pode indicar a presença de um câncer invasivo ou um distúrbio inflamatório. Luana Soares Módulo II – P4 PROCESSOS INFLAMATÓRIOS MASTITES PERIDUCTAL • Conhecida também como metaplasia escamosa dos ductos galactíferos, abscesso subareolar recorrente, mastite periductal e doença de Zuska. • associada a substância tóxica do fumo, alterando o tecido epitelial ductal. • Relacionada com a deficiência de Vitamina A • Não está associada a lactação ECTASIA DUCTAL DA MAMA • É uma doença benigna, caracterizada histologicamente por dilatação dos ductos mamários. • Massa palpável periareolar não definida, frequentemente associada a descarga papilar espessa, esbranquiçada, e ocasionalmente com retração da pele • Acomete normalmente pacientes entre 50-60 anos, geralmente em multíparas • Lesão: o Ductos dilatados são preenchidos por secreções espessas e numerosos macrófagos repletos de lipídios. o Quando os ductos são rompidos, ocorre uma reação inflamatória crônica intersticial e periductal, composta por linfócitos, macrófagos e número variado de plasmócitos o Fibrose de Dutos dilatados, com densos infiltrados linfocitários. Luana Soares Módulo II – P4 − A consequente fibrose produz uma massa irregular com retratação da pele e do mamilo o Sem metaplasia do ducto escamoso. NECROSE GORDUROSA • Massa palpável indolor. • Densidade ou calcificações mamográficas. • História de trauma ou cirurgia prévia da mama. • Lesão: o Esteatonecroses irregulares. o Material intracelular necrótico. o Macrófago carregado com lipídios. MASTITE GRANULOMATOSA • Inclui doenças granulomatosas sistêmicas. • Infecções ( Mycobactéria, fungos actinomicetos, histoplasmose) • Mastopatia linfocítica (lobulite linfocítica esclerosante) • Uma ou mais massas palpáveis duras. (difícil de obter pela Punção aspirativa por agulha fina PAAF) • Eles podem ser bilaterais • Podem ser detectados como densidades mamografia • A mastite lobular granulomatosa é uma doença incomum que acomete mulheres que amamentaram (Os granulomas estão relacionados aos lóbulos, sugerindo que a doença pode ser causada por uma reação de hipersensibilidade a antígenos durante a lactação) • Lesão: Os implantes mamários de silicone podem causar resposta caráter inflamatório e fibrosante A inflamação crônica e fibrose envolvem um ducto ectasiado preenchido por resíduos espessos. A resposta fibrótica pode produzir uma massa firme irregular que simula o carcinoma invasivo na palpação ou mamografia Esteatocitos irregulares com núcleos não periféricos e material necrótico amorfo rosa interposto e células inflamatórias, incluindo células gigantes de corpo estranho respondendo a células necróticas de gordura. Luana Soares Módulo II – P4 o Estroma colagenizado em torno dos ductos e lóbulos atróficos. o Membrana epitelial basal espessada com frequência de Infiltrado linfocitário que envolve o epitélio e capilares. ALTERAÇÕES MAMÁRIAS NÃO PROLIFERATIVAS (FIBROCÍSTICAS) CISTOS • Formados dilatação dos lóbulos. • Fechado contém um líquido turvo semitranslúcido que produz uma cor marrom ou azulada (cistos na cúpula azul). • Os cistos são revestidos por epitélio ou células atróficas planas apócrinos metaplásicos. • Calcificações são comuns e podem ser detetadas na mamografia “Leite de cálcio” • O diagnóstico é confirmado pelo desaparecimento da lesão após a aspiração de seu conteúdo com agulha fina Mastopatia Granulomatosa Lobular Luana Soares Módulo II – P4 FIBROSE • Ruptura de cisto. • Liberação de detritos secretores no estroma (inflamação e fibrose) • Aumento da consistência e dureza da mama. • A inflamação crônica e a fibrose secundárias contribuem para o aspecto nodular na palpação da mama. ADENOSE • Aumento do número de ácinos por lóbulos. • Ácinos dilatados e podem conter calcificações (Calcificações estão ocasionalmente presentes dentro das luzes) • É comum na gravidez (adenose fisiológica) • Em mulheres não grávidas, a adenose pode ocorrer como uma alteração focal. • Os ácinos são recobertos por células colunares, que podem parecer benignas ou apresentar atipia nuclear (“atipia epitelial plana”). o A atipia epitelial plana é uma proliferação clonal associada à perda do cromossomo 16q. o Essa lesão precursora é a mais reconhecida dos carcinomas de mama de baixo grau, mas não representa um aumento no risco de câncer de mama, provavelmente porque outras etapas no desenvolvimento do câncer limitam as taxas. DOENÇA PROLIFERATIVA DA MAMA HIPERPLASIA EPITELIAL MODERADA (FLORIDA) • Presença de mais de duas camadas de celulas mioepiteliais e células luminares • Na hiperplasia epitelial, o aumento do número de células luminais e mioepiteliais preenche e distende os ductos e lóbulos. • Luzes irregulares podem frequentemente ser observadas na periferia das células em proliferação • É geralmente um achado incidental. cistos preenchidos com líquido turvo e escuro. Os cistos são revestidos por células apócrinas com núcleo arredondado e citoplasma granular abundante. Luana Soares Módulo II – P4 HIPERPLASIA DUCTAL ATÍPICA • Hiperplasia ductal atípica é o termo usado para uma lesão benigna da mama que indica um risco acrescido de câncer na mama. • Proliferação irregular de células epiteliais variáveis na forma e tamanho. • Semelhança com carcinoma ductal in situ (DCIS). • Não ocupa todos os espaços ductais e não possui a monomorfismo que caracteriza carcinoma in situ HIPERPLASIA LOBULAR ATÍPICA • Consiste em células idênticas a do carcinoma lobular in situ, no entanto, as células não preenchem ou distendem mais de 50% dos ácinos em um lóbulo • Na hiperplasia lobular atípica, as células lobulares atípicas podem repousar na membrana basal dos ductos, sobrepondo-se às células luminais normais.esões de Ácino. Um ducto ou ácino normal com uma única camada de células mioepiteliais basais (células com núcleo compacto e escuro e pouco citoplasma) e uma única camada de células luminais (células com núcleo maior aberto, nucléolo pequeno e citoplasma mais abundante) A luz é preenchida por uma mistura de populações celulares, luminais e mioepiteliais. Fendas irregulares são proeminentes na periferia. Luana Soares Módulo II – P4 ADENOSE ESCLEROSANTE • Há um aumento no número deácinos, que estão comprimidos e distorcidos na porção central da lesão. • A fibrose estromática pode comprimir completamente as luzes, criando um aspecto de cordões “cabos” sólidos ou camada dupla de células repousando em um estroma denso, um padrão histológico que algumas vezes simula um carcinoma invasor. • A adenose esclerosante desperta a atenção clínica quando se apresenta como um nódulo palpável, uma densidade radiológica, ou como calcificações. PAPILOMA DE PEQUENOS DUTOS • Descarga serosa ou com sangue do mamilo ou causa retração deste. • Pequenas massas palpáveis. • Células que cobrem eixos fibrovasculares que se estendem para a luz dos dutos. TUMORES TUMORES ESTROMAIS FIBROADENOMA A unidade ducto lobular terminal envolvida está alargada, e os ácinos são comprimidos e distorcidos pelo estroma denso. As calcificações estão presentes em algumas luzes. Uma população de células monomórficas pequenas, redondas e não coesas preenche parcialmente o lóbulo. Embora as células sejam morfologicamente idênticas às células do carcinoma lobular in situ, a extensão do envolvimento não é suficiente para esse diagnóstico. Luana Soares Módulo II – P4 • Tumor benigno mais frequente da mama. • Os fibradenomas variam em tamanho de menos de 1 cm a tumores grandes, que podem ocupar a maior parte da mama. • Crescem como nódulos esféricos que geralmente são bem circunscritos, elástica, branco-acinzentada que sobressai do tecido adjacentes e geralmente contêm espaços semelhantes a fendas. • Epitélio cercado por estroma ou comprimido e distorcido por ele. • Geralmente comete as mulheres entre 20 e 30 anos, e são frequentemente múltiplos e bilaterais ou calcificações agrupadas • Mulheres jovens geralmente apresentam uma massa palpável e mulheres idosas exibem densidade momográfica • O componente epitelial responde ao estímulo hormonal, e há um aumento típico do tamanho devido às alterações de lactação durante a gravidez TUMORES EPITELIAL CARCINOMA DE MAMA • Neoplasia não cutânea mais comum em mulheres. • Mais de 95% são adenocarcinomas • São divididos em: o Carcinomas in situ: Proliferação neoplásica limitada aos ductos e lóbulos pela membrana basal. o Carcinomas invasivos: (sinônimo de carcinoma "infiltrado") penetra no estroma através da membrana basal. Tipos Comuns de Câncer na Mama Carcinoma ductal in situ - Também conhecido como carcinoma intraductal, é considerado não invasivo ou um câncer de mama pré-invasivo. Cerca de 20% dos novos casos de câncer de mama são de carcinoma ductal in situ. Quase todas as mulheres diagnosticadas neste estágio (in situ) da doença podem ser curadas. Carcinoma invasivo - Sem outras especificações (antigo carcinoma ductal invasivo). Este é o tipo mais comum de câncer de mama. Cerca de 70% dos cânceres de mama invasivos são carcinomas ductais invasivos. O carcinoma ductal invasivo (ou infiltrante) se inicia em um ducto mamário. Carcinoma lobular invasivo - Começa nas glândulas produtoras de leite (lobulos). Cerca de 10% dos cânceres de mama invasivos correspondem ao carcinoma lobular invasivo, que pode ser mais difícil de ser diagnosticado na mamografia do que o carcinoma ductal invasivo. A proliferação do estroma intralobular envolve, empurra e distorce o epitélio ductal associado. As margens são bem individualizadas do tecido adjacente. Luana Soares Módulo II – P4 Tipos Especiais de Carcinoma de Mama Invasivo • Existem alguns tipos especiais de câncer de mama que são subtipos do carcinoma invasivo. • Alguns deles podem ter um prognóstico melhor do que o carcinoma ductal invasivo e incluem: o Carcinoma cístico adenoide. o Carcinoma metaplásico. o Carcinoma medular. o Carcinoma mucinoso. o Carcinoma papilífero. o Carcinoma tubular. Tipos menos comuns de Câncer de Mama Câncer de Mama Inflamatório - É rum tipo raro que representa cerca de 1 a 3% dos cânceres de mama. Doença de Paget - Este tipo de câncer de mama começa nos ductos mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola. É raro, representando cerca de 1% dos casos de câncer de mama. Tumor Filodes - É um tipo de tumor de mama muito raro, que se desenvolve no estroma (tecido conjuntivo) da mama, em contraste com os carcinomas, que se desenvolvem nos ductos ou lobos. Angiosarcoma - Este tipo de câncer começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos. Raramente ocorre na mama. Luana Soares Módulo II – P4
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