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Mordida cruzada é a relação anormal, vestibular ou 
lingual de um ou mais dentes da maxila, com um ou 
mais dentes da mandíbula. 
Quanto antes o tratamento seja feito, melhor. 
Devendo ser tratada assim que diagnosticada, sendo 
indicada por volta dos 5 ou 6 anos. 
Introdução: 
Mordida cruzada anterior: é uma alteração sagital 
(anteroposterior). 
Mordida cruzada posterior: é uma alteração 
transversal. 
 
É uma relação vestibulolingual anormal entre os dentes 
anteriores com incisivos inferiores posicionados 
anteriormente aos superiores. Clinicamente isso se 
apresenta como overjet negativo. O diagnóstico é 
morfológico, mas precisa também ser etiológico, pois é 
necessário a resolução/entendimento destes para 
evitar recidivas. 
ETIOLOGIA: 
- erupção lingual do superior (ou vestibular do inferior), 
que pode estar relacionado a traumatismos no dente 
decíduo; supranumerário, cistos ou tumores; falta de 
espaço; perda precoce de decíduo; retenção 
prolongada de decíduo. 
- hábito de morder o lábio superior 
- desvio funcional anterior mandibular = pseudo classe 
III. 
- classe III verdadeira = MCA esquelética. 
 
CONSIDERAÇÕES PARA TRATAMENTO: 
- Numero de dentes cruzados 
- Localização da alteração: IC, II ou ambos estão 
deslocados. 
- Disponibilidade de espaço 
- Sobremordida: presença de overbite é interessante 
para contenção dos dentes em posição 
- Origem da alteração: se é dentária ou esquelética, se 
for dentária o tratamento é pela inclinação dos dentes; 
se for esquelético, o tratamento tende à manipulação 
das bases ósseas 
- Avaliação do fechamento mandibular: se está normal 
ou desviando. Manipular a RC para saber se há um 
contato prematuro desviando a RC para uma MIH mais 
confortável que culmina na mordida cruzada (Pseudo 
Classe III). 
- Considerar grau de formação radicular: raiz completa 
ou incompleta. Se estiver incompleta com muita raiz a 
ser formada o tratamento ortodôntico pode induzir ao 
fechamento do ápice. 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM: 
Dividida em três categorias: dentária, funcional 
(pseudo Classe III) e esquelética (Classe III verdadeira), 
que serão destrinchados a seguir. 
 
 MORDIDA CRUZADA ANTERIOR DENTÁRIA: 
CARACTERÍSTICA CLÍNICA: 
Inclinação dentária alterada (localizada); as bases 
ósseas estão com boa inclinação (classe I de Angle); RC 
coincidente ou próximo a MIH; crescimento facial 
equilibrado; recessão gengival no incisivo inferior e 
desgastes na face vestibular dos incisivos superiores. 
 
CARACTERÍSTICA RADIOGRÁFICA: 
Sem alterações esqueléticas craniofaciais significativas. 
Inclinação axial dentária alterada. 
 
TRATAMENTOS: 
1- Espátula de madeira (palito de picolé) 
Indicação: fase de erupção. Atualmente está em 
desuso. 
Vantagem: custo e rapidez do tratamento. 
Desvantagem: cooperação. 
Protocolo: colocar a espátula em 45 graus, intervalos 
de 5 a 10 minutos/hora, totalizando uma média de 
duas horas por dia. 
2- Plano inclinado em resina composta: 
 Movimenta o superior e o inferior (movimento 
recíproco). 
Indicação: quando os incisivos inferiores também estão 
vestibularizados. 
Vantagem: custo, facilidade rapidez no tratamento e 
não necessita de cooperação. 
Desvantagem: desconforto e risco de trauma. 
Protocolo: Faz-se um acréscimo de resina na vestibular 
e palatina do incisivo superior, aumentando sua coroa 
MORDIDA CRUZADA ANTERIOR 
clínica em comprimento e impedindo o cruzamento 
dentário da mordida. 
3- Plano inclinado inferior de acrílico: 
Mais utilizado é um dispositivo de acrílico acoplado nos 
dentes inferiores como pilares e que exerce função em 
um dente da arcada superior. 
Requisitos para indicação: Incisivo (até 2) superior 
lingualizado; espaço suficiente para descruzar; ápice 
próximo à posição correta; relação Classe I de Angle 
(porque trata-se de um problema dentário). 
Sobremordida suficiente = contenção. 
Características: Ancoragem de no mínimo o dente a ser 
descruzado + 2 dentes (A=N+2); rampa lisa; 45 com 
plano oclusal; contorno gengival vestibular e lingual; 
tocar apenas o(s) dente(s) cruzado(s); tempo de uso de 
até 3 semanas. 
Vantagens: fácil construção; rápida correção; rara 
recidiva; fixo. 
Desvantagens: mordida traumática; dificuldade 
temporária de fala e mastigação; força descontrolada; 
risco de trauma. 
O adulto não vai tolerar esse dispositivo na boca, por 
conta do dia a dia corrido. 
 
4- Placa com mola digital: 
Uso de um aparelho removível genérico, qualquer com 
uma placa de acrílico (a foto é só um dos muitos 
exemplos). A presença de um arco vestibular (arco de 
Hawley) limita o movimento e garante a retenção (fio 
0,7mm) e a mola digital acoplada na placa acrílica é 
simples, com uma hélice (fio 0,5 ou 0,6mm, faz passivo 
e depois ativa na instalação). 
Vantagem: ser biológico e efetivo garantindo um 
melhor alinhamento dentário. 
Desvantagens: tem um custo mais alto que as outras 
alterativas (mas não é inacessível), depende da 
cooperação do paciente e o uso deve ser de 24 horas 
por dia. 
 
 
SE A MC ANTERIOR DENTARIA SE NÃO FOR TRATADA: 
Gera perda de espaço no arco. Desgaste vestibular no 
incisivo superior cruzado; oclusão traumática (recessão 
gengival); desenvolvimento de MCA funcional (pseudo 
Classe III); desenvolvimento de má oclusão de casse III 
(gerando então um problema também esquelético). 
 
 
 MORDIDA CRUZADA ANTERIOR FUNCIONAL: 
CARACTERÍSTICA CLÍNICA: 
Desvio funcional anterior mandibular durante o 
fechamento da boca. Um contato prematuro faz a RC 
se desviar para um MIH diferente, onde há maior 
conforto funcional (mastigar, falar), que nesse caso é 
terminando em uma MCA. 
Toda vez que o paciente chega com uma MIH em Classe 
III, precisamos manipular para RC para saber se essa 
MIH é por conta de um desvio acentuado da RC para 
essa posição de MCA ou se realmente o paciente é um 
Classe III verdadeiro. 
Então, quando em MIH, os incisivos se apresentam 
cruzados e os molares tendem a uma classe III, 
configurando um quadro de pseudo Classe III, pois 
quando manipulamos a mandíbula para RC, os incisivos 
tendem a ficar com uma relação de topo e os molares 
tendem a Classe I. 
 
Isso acontece porque há um contato prematuro que 
desvia a mandíbula para essa posição de MCA. 
Precisamos saber a origem desse contato prematuro: 
se é dentária devido a inclinações axiais alteradas ou se 
é esquelética e estamos diante de uma Classe III 
incipiente. 
Quando se percebe que o paciente tem esse desvio 
funcional, a documentação radiográfica deve ser feita 
com um JIG anterior de resina acrílica confeccionado 
para deixar a mandíbula em RC. 
O tratamento é tentar de alguma forma eliminar esse 
contato prematuro, evitando o desvio funcional da 
mandíbula para a posição de MCA e tentar igualar RC 
com MIH. 
SE A MC ANTERIOR FUNCIONAL NÃO FOR TRATADA: 
O crescimento facial pode ficar alterado, de forma a 
restringir o crescimento maxilar e estimular o 
crescimento mandibular, causando tensões excessivas 
na ATM e um possível desenvolvimento de uma Classe 
III verdadeira. 
 
 
 
 
 
 MORDIDA CRUZADA ANTERIOR ESQUELÉTICA 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: 
RC e MIH são coincidentes ou há pouco desvio, sendo 
que a mordida cruzada anterior e relação de molar de 
Classe III persiste em RC e em MIH, caracterizando uma 
Classe III verdadeira. 
É generalizada, envolvendo todos os incisivos. A face e 
cavidade bucal tem todas as características da Classe III 
de Angle: relação de molar de Classe III, perfil côncavo, 
deficiência do terço médio da face e presença 
marcante do terço inferior da face. 
 
CARACTERÍSTICAS RADIOGRAFICAS: 
A primeira consulta clínica é muito importante, a 
documentação ortodôntica radiográfica é o que 
confirmar o que foi observado na clínica. 
Alterações nas medidas esqueléticas: observa-se se há 
deficiência maxilar; excesso mandibular;ou 
combinação de ambos. Observamos e medimos esses 
parâmetros. Se a maxila e a mandíbula estiverem bem 
posicionadas, não estamos diante de um problema 
esquelético. 
Deve-se fazer um JIG para identificar RC, de modo que 
durante a telerradiografia ele usar para não radiografar 
em MIH ao invés de RC. 
Verificamos também a direção de crescimento da 
mandíbula na radiografia. Se a tendência for mais pra 
um crescimento horizontal ou harmônico, o 
prognóstico do tratamento da Classe III é um pouco 
mais favorável do que se a tendência é mais um 
crescimento vertical. 
Os pontos cefalométricos também contribuem para o 
diagnóstico da Classe III e é sempre interessante 
analisar mais de uma medida cefalométrica para fechar 
o diagnóstico. No exame cefalométrico, atentar-se na 
classe III esquelética a base craniana também pode 
estar deficiente prejudicando o ângulo ANB. 
Complementar com o AO-BO. 
 
TRATAMENTO: 
1- Mentoneira: 
Indicação: classe III por prognatismo mandibular, o 
maior desafio da ortodontia, pois é impossível 
controlar o crescimento genético endocondral do 
côndilo. 
É indicada para tratamento precoce de Classe III, para 
contrapor tendência à classe III na dentição decídua ou 
mista inicial; descruzar mordida anterior; restringir e 
redirecionar crescimento mandibular. 
Isso tudo é só a intenção, poque é muito difícil de 
conseguir restringir o crescimento. Tenta corrigir o 
prognatismo mandibular pela restrição por 
compressão do côndilo, porém o prognóstico é ruim. 
Uma coisa positiva e que consegue melhorar é o giro 
vertical da mandíbula no sentido horário, fazendo com 
que a mandíbula cresça um pouco mais para baixo do 
que para frente, o que pode ser bom para a mordida 
cruzada anterior 
Prognatismo mandibular – restrição por compressão 
condilar – crescimento endocondral – prognóstico 
extremamente desfavorável. 
 
 
2- Tração reversa da maxila: 
Indicada para Classe III pela retrusão ou deficiência no 
crescimento maxilar. Tem um prognóstico um pouco 
mais favorável, porque a maxila é muito mais plástica. 
Também pode ser indicado em casos de prognatismo 
mandibular suave a moderado (deficiência maxilar 
relativa). 
O objetivo é sempre estimular o crescimento maxilar, 
possuindo diversos tipos de aparelhos. O mais 
conhecido e utilizado é a máscara facial de Petit, que 
conta com um dispositivo intraoral com ganchos e 
elásticos que tracionam a maxila para anterior com 
uma ancoragem extraoral. 
Outro aparelho que pode ser indicado quando a 
criança não se adapta à máscara facial de Petit é a 
máscara facial de Delaire que tem o mesmo objetivo, 
mas o dispositivo extraoral não é na linha média 
evitando a tendência ao estrabismo. 
Por fim, pode ser utilizado uma mentoneira reversa 
que geralmente é indicada para ter uma ação 
combinada da maxila e na mandíbula. 
Todos esses aparelhos podem trazer problemas 
dentários por pressão excessiva, por isso, sempre se 
atentar a posição e direção das forças. 
 
A melhor época para o tratamento é iniciar o mais cedo 
possível, pois quanto mais precoce, maior o efeito 
esquelético. A melhor cooperação e os melhores 
resultados geralmente são encontrados em pacientes 
de 6 a 9 anos. 
 
 
 
É uma alteração transversal, sendo um problema da 
relação entre os superiores e inferiores em sentido 
vestíbulo lingual, mas agora em plano transversal. 
O diagnóstico é morfológico e etiológico. 
ETIOLOGIA: 
Estamos diante de alterações transversais. Lembrando 
a importância da etiologia, porque mesmo o 
diagnóstico sendo morfológico, precisamos saber de 
onde veio a maloclusão para evitar recidivas. 
- Respiração bucal: leva a atresia maxilar. Esse paciente 
possui uma face característica: aspecto cansado, lábios 
entreabertos, nariz achatado, base nasal estreita, lábio 
superior hipotônico e lábio inferior hipertônico. Tem 
uma tendência, além da mordida cruzada posterior, a 
uma mordida aberta anterior e um palato estreito e 
profundo. 
- Hábitos bucais deletérios: similar à respiração bucal, 
também pode haver atresia da maxila e má posição 
dentária. 
- Interferências oclusais: da mesma forma que da 
mordida cruzada anterior, é possível que um contato 
prematuro desvie a RC para uma MIH mais confortável 
e estável, mas com mordida cruzada 
- Fissuras palatinas: muito comum ter alterações 
transversais da maxila (pela falta de desenvolvimento 
e pelas cicatrizes cirúrgicas). 
- Hábitos posturais incorretos: dormir com a mão 
apoiada na face, se apoiar sobre o rosto ao sentar em 
algum ambiente (ao estudar por exemplo). 
- Migração do germe do permanente: quando ele 
irrupciona fora do plano oclusal cruzando a mordida 
 
CLASSIFICAÇÃO 
- QUANTO A ORIENTAÇÃO ANATÔMICA: 
1- Lingual: mais comum, quando a cúspide vestibular 
dos superiores está atrás da cúspide vestibular dos 
inferiores. Com um ou mais dentes. 
2- Lingual Completa: raro, quando a cúspide vestibular 
dos superiores está atrás da cúspide palatina dos 
inferiores. Migração do germe do permanente. 
3- Vestibular: quando a cúspide palatina dos 
superiores ultrapassa a vestibular dos inferiores. 
 
 
 
 
 
- QUANTO A LOCALIZAÇÃO: 
1- Unilateral: ocorre somente de um lado 
2- Bilateral: ocorre dos dois lados da arcada 
 
 
- QUANTO A ETIOLOGIA: 
Uma mordida cruzada posterior unilateral pode ser 
dentária, dentoalveolar, funcional e esquelética. Já 
uma mordida cruzada posterior bilateral só pode ser 
dentária/dentoalveolar ou esquelética. 
1- Unilateral DENTÁRIA: inclinação dentária alterada 
em um único dente posterior. 
2- Unilateral DENTOALVEOLAR: inclinação dentária 
alterada em um grupo de 2 a 4 dentes posteriores. 
 
3- Unilateral FUNCIONAL: mesmo diagnóstico e 
tratamento que a mordida cruzada anterior funcional, 
em MIH parece ter a mordida cruzada posterior, mas 
quando manipula para RC percebe que há um contato 
prematura que desvia a mandíbula lateralmente para a 
posição de MCP. Em MIH as linhas médias superior e 
inferior não coincidem, já que a inferior está desviada 
para o lado cruzado devido ao desvio lateral após o 
contato prematuro. Em RC as linhas médias coincidem, 
a atresia maxilar se apresenta simétrica e a relação 
posterior tende a ser de topo. 
O contato prematuro em RC leva a um desvio funcional 
lateral para o lado cruzado em MIH, como visto nas 
imagens a seguir. 
 
O desvio mandibular funcional que leva a MCP 
unilateral pode levar a uma assimetria mandibular 
permanente, uma vez que restringe o crescimento 
mandibular consolidando um problema que era 
funcional, como um esquelético. 
4- Unilateral ESQUELÉTICA: inclinação dentária normal 
na presença de uma atresia assimétrica da mandíbula 
(a linha média coincide e só um lado que está cruzado, 
sem desvio funcional). 
MORDIDA CRUZADA POSTERIOR 
 
1- Bilateral DENTÁRIA/DENTOALVEOLAR: inclinação 
dental alterada sempre em mais de um dente (pois é 
bilateral), como mostram as fotos. 
 
Observação: muito difícil ocorrer um problema 
funcional de desvio lateral e a mordida cruzada 
posterior acometer os dois lados, pois como visto, há o 
desvio para um lado somente. 
2- Bilateral ESQUELÉTICA: há uma atresia maxilar real 
que cruza a mordida dos dois lados e a inclinação 
dentária está normal. A forma do arco em V, palato 
profundo e atrésico, presença de apinhamento 
anterior são características marcantes. 
O diagnóstico diferencial da dentária para a esquelética 
se baseia na inclinação dos dentes posteriores e na 
largura do palato. Na dentária, há inclinações dentárias 
para lingual e o palato apresenta largura normal. Na 
esquelética as inclinações estão normais (para 
vestibular) e o palato se apresenta atrésico e profundo. 
Pode ter o dentoalveolar e o esquelético ao mesmo 
tempo, mas o esquelético sendo mais grave deve ser 
tratado primeiro, e geralmente o tratamento do 
esquelético já conserta ainclinação dentária. 
 
 
TRATAMENTO: 
Independente se é uni ou bilateral, o tratamento vai ser 
de acordo com a etiologia. 
- MORDIDA CRUZADA POSTERIOR DENTÁRIA 
Correção através do uso de elásticos 
intermaxilares acoplando um botão na 
palatina do dente superior e outra na 
vestibular do inferior e um elástico 
conectando os dois, fazendo tração para o 
superior ir para vestibular e o inferior para 
lingual. 
 
- MORDIDA CRUZADA POSTERIOR DENTOALVEOLAR 
Normalmente corrigido com um expansor. Quando é 
unilateral com ancoragem também nos anteriores do 
outro lado, como mostra a foto. Esse expansor é só 
para corrigir a posição dentária e inevitavelmente vai 
expandir dos dois lados (e isso deve ser informado ao 
paciente). Realiza uma expansão lenta com um 
expansor removível. Quando é bilateral também é uma 
expansão lenta para corrigir a inclinação dentária 
somente. 
A ativação é de ¼ de volta a cada 2 dias e tem o efeito 
da inclinação vestibular dos dentes posteriores. Pode 
ter efeito de abertura da sutura palatina se realizado 
muito precocemente (para isso são outros aparelhos). 
A contenção nesse caso é de 1 a 3 meses pelo próprio 
aparelho. 
Mesmo usando um aparelho disjuntor fixo, se ativado 
dessa forma lenta, vai realizar somente a expansão 
dentária (inclinação vestibular) 
 
Uma opção interessante pode ser o quadri-hélice que 
é um aparelho fixo capaz de fazer expansão dentária 
bilateral ou unilateral (assimétrica). Ativado antes da 
cimentação e tem efeito de expansão do arco. Pode 
abrir a sutura somente se precoce (até o 1° período de 
transição). 
- MORDIDA CRUZADA POSTERIOR FUNCIONAL 
Somente unilateral e tratada da mesma forma que é 
tratada a mordida cruzada anterior funcional, 
retirando o contato prematuro. 
- MORDIDA CRUZADA POSTERIOR ESQUELÉTICA 
Tem o objetivo principal de coordenar as bases ósseas 
da maxila e da mandíbula. Uso de expansores fixos 
(disjuntores) de ativação rápida), indicados para 
deficiência transversal da maxila, deficiência 
anteroposterior (Classe III), para criação de espaço 
(evitando extrações), favorece a erupção dos caninos e 
quando o paciente tem a capacidade nasal 
inadequada. 
A expansão rápida ou disjunção maxilar deve ser 
realizada o mais precocemente, para obter maior 
efeito esquelético, sendo a adolescência o limite 
máximo. Na fase pós-adolescente e adulto, o risco é 
grande da sutura não abrir. 
Existem diversos aparelhos, como de Haas, Hyrax e 
McNamara. O de Haas é dentomucossuportado, 
enquanto o Hyrax é somente dentossuportado, 
resultando em menos efeitos colaterais de incomodo 
do palato e má higiene. Ambos tem resultados 
parecidos. O McNamara é bastante utilizado e 
aclamado porque também desbloqueia a oclusal por 
cobrir a oclusal dos dentes. 
 
 
 
A dor é suportável em crianças, há pouco resistência da 
sutura palatina mediana e aumento da largura 
internasal. São expansores fixos e para terem efeito 
disjuntor precisam de um padrão de ativação mais 
rápido. Essa ativação é ¼ de volta a 1 volta completa ao 
dia (0,25mm a 1mm por dia). 
Com isso, há a abertura da sutura palatina mediana, 
expansão ortopédica e expansão dentária por 
inclinação vestibular (que pode ser indesejada caso não 
tenha também uma condição dentoalveolar ou 
dentária). 
Devemos acompanhar semanalmente porque a 
expansão é rápida. A disjunção deve ser interrompida 
quando os dentes estiverem sobrecorrigidos, porque 
essa inclinação dentária tende a recidivar um pouco, 
então dessa forma já recorrige a posição. 
O aparelho com acrílico acumula muita placa, então 
devemos ensinar a higienizar, com escova interdental 
ou seringa e jato de água. Também ensinamos a ativar 
com a chave do torno (cada torno tem um mecanismo). 
O resultado esperado é uma expansão rápida da 
maxila, com um efeito clássico que é o diastema inter-
incisivos (que se fecha espontaneamente após o fim 
das ativações). 
É importante aguardar a ossificação da sutura palatina 
mediana e o reposicionamento dos incisivos e por isso 
devemos manter a estabilidade dentária, mantendo o 
aparelho por mais 4 a 6 meses para a ossificação da 
sutura. 
 
 
 
A mordida cruzada não se autocorrige, então se não for 
corrigida, ela agrava. O tratamento precisa ser precoce 
(garante menor custo financeiro e biológico) para 
corrigi-la o quanto antes, assim que for diagnosticada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO

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