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Retalhos Fasciocutâneos

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RETALHOS FASCIOCUTÂNEOS
· Um conhecimento crescente da origem da circulação da pele após o reconhecimento do músculo e sistema musculocutâneo levou à identificação de pedículos vasculares emergentes entre músculos (pedículos septocutâneos) que adentram a fáscia profunda. A elevação da pele juntamente com sua fáscia profunda representou uma nova base vascular para o design de um retalho.
· Um retalho fasciocutâneo, originalmente chamado de retalho axial, inclui a pele, o tecido subcutâneo e a fáscia subjacente, que pode ser distinta da fáscia que cobre o músculo. O suprimento vascular da base do retalho é derivado de artérias perfurantes musculocutâneas ou septocutâneas e cutâneas diretas, ramos das artérias principais.
· Os primeiros retalhos fasciocutâneos foram descritos por Ponten em 1981 para reconstrução da extremidade inferior e Tolhurst em 1983 para reconstrução do tronco e região axilar. Investigações demonstraram que o sistema fasciocutâneo consiste em vasos perfurantes que surgem das artérias regionais e passam ao longo dos septos fibrosos entre os ventres musculares ou compartimentos musculares. Os vasos então se espalham no nível da fáscia profunda, tanto acima quanto abaixo, para formar plexos, que por sua vez desprendem ramos para a pele. 
· Em 1975, Schafer encontrou três principais sistemas vasculares da fáscia profunda:
1. Artérias perfurantes do músculo subjacente emitindo vários ramos radiais, que penetram a fáscia antes de continuar para o plexo subdérmico. 
2. Artérias subcutâneas correndo na gordura e se anastomosando frequentemente com o plexo superficial da fáscia profunda e entre si. 
3. Artérias subfasciais surgindo dos septos intermusculares e correndo no tecido areolar frouxo abaixo da fáscia profunda e adjacente ao plexo profundo e superficial. 
· Esses pedículos consistem em uma artéria (geralmente um ramo da artéria para a região anatômica específica da fáscia e musculatura regional) e de veias comitantes emparelhadas que drenam para dentro de veias principais regionais correspondentes. 
· O vaso cutâneo direto e os pedículos septo cutâneos são razoavelmente constantes em sua localização. 
· Existe uma maior variabilidade na localização das perfurantes musculocutâneas. 
· Esses pedículos fornecem uma base vascular para retalhos fasciais ou fasciocutâneos e com base nisso, Mathes e Nahai classificou retalhos de fáscia e fasciocutâneos como tipos A, B e C.
CLASSIFICAÇÃO DE RETALHOS FASCIOCUTÂNEOS:
· Estudos anatômicos demonstram que os retalhos fasciocutâneos tipo A têm um pedículo vascular para a fáscia profunda que emerge de uma fonte regional que corre inicialmente sob a fáscia profunda e, eventualmente, continua seu curso superficial à fáscia profunda. Este pedículo fornece numerosas perfurantes fasciocutâneas para a pele. Devido o pedículo tender a cursar de forma radial de sua fonte regional em sua distribuição cutânea distal, o retalho é muitas vezes referido como axial. O curso longo e relativamente superficial do pedículo dominante permite avaliação por palpação ou Doppler. 
· Os retalhos fasciocutâneos do tipo B têm um pedículo septocutâneo, que percorre entre os principais grupos musculares em um septo intermuscular ou entre músculos adjacentes. Esse pedículo está localizado dentro do septo intermuscular ou no espaço potencial entre os músculos adjacentes e supre um sistema vascular facial regional. Os pedículos septocutâneos mais amplos são os pedículos dominantes para os retalhos fasciocutâneos específicos e são razoavelmente constantes no local. 
· Em certas regiões, as maiores perfurantes musculocutâneas entram na fáscia profunda e contribuem tanto para a circulação da fáscia profunda quanto cutânea. O desenho de um retalho fasciocutâneo pode ser baseado nestes vasos perfurantes dominantes sem incorporação do músculo subjacente; este padrão vascular representa o retalho fasciocutâneo tipo C.
ANGIOSSOMOS: 
· O conceito de angiossomo consiste em um bloco composto de tecido que é suprido por um vaso principal.
· A teoria dos angiossomos foi muito bem aceita no território que abrange a cirurgia plástica e cirurgias reconstrutivas e permitiu a conceitualização do suprimento vascular de todos os tecidos no corpo humano.
VANTAGENS DOS RETALHOS FASCIOCUTÂNEOS: 
1. Eles são finos e flexíveis. 
2. O suprimento de sangue é confiável e resistente. 
3. A morbidade do local doador é mínima em relação a função. 
4. Eles poupam músculos. 
5. Eles têm a capacidade de restaurar as sensações. 
6. Existem muitas potenciais áreas doadoras. 
DESVANTAGENS DOS RETALHOS FASCIOCUTÂNEOS: 
1. Falta volume para defeitos profundos. → se de repente tiver uma úlcera muito profunda atingindo a parte óssea o volume não seria suficiente. 
2. Eles são tecnicamente mais desafiadores (dissecção do pedículo; muitos requerem anastomose microvascular ou pelo menos técnicas de microcirurgia).
3. Existem limitações de tamanho.
4. O arco de rotação às vezes é limitado, embora muitas vezes melhor do que o retalho muscular correspondente por causa do pedículo ser mais longo. 
5. O local doador pode exigir o fechamento com enxerto de pele, resultando em deformidade da área doadora.
RETALHO NASOLABIAL (Tipo C): 
· Seu pedículo principal baseia-se na artéria angular, com contribuição secundária de vasos da a. labial superior através de ramos alares da mesma.
RETALHO MEDIOFRONTAL (Tipo C):
· Irrigação baseada nos vasos supratrocleares e, em menor grau, nos supraorbitais.
RETALHO DELTOPEITORAL (Tipo C):
· Seu pedículo é baseado em perfurantes do terceiro, quarto e quinto vasos intercostais da artéria torácica interna.
RETALHO TORÁCICO LATERAL (Tipo A):
· Seu pedículo se baseia em vários ramos perfurantes dos vasos da artéria torácica lateral (e em seu ramo cutâneo, presente em cerca de 30% das dissecções), da artéria torácica lateral acessória (presente em 70% dos casos) e no ramo cutâneo da artéria toracodorsal, visualizado em 70% das cirurgias.
RETALHO TORACOEPIGÁSTRICO (Tipo C):
· Irrigado por vasos perfurantes musculocutâneos do músculo reto abdominal e por duas ou três artérias subcostais e suas veias associadas.
RETALHO RADIAL (Tipo B):
· Na forma tradicional, a artéria radial recebe suprimento proximal no sentido normal de fluxo sanguíneo, sendo as veias do sistema profundo e ramos venosos superficiais (cefálica e basílica) as vias usuais de retorno venoso. 
· No padrão dito reverso, a irrigação arterial se dá pela artéria radial suprida pelo sangue que a ela chega via arcos palmares profundos (artéria ulnar) e a drenagem venosa fica a cargo de veias tributárias profundas.
RETALHO DA REGIÃO INGUINAL (“Groin Flap”):
· Irrigação: vasos cutâneos diretos das artérias e veias circunflexas ilíacas superficiais.
RETALHO ANTEROLATERAL DA COXA (Tipo B e C):
· Irrigado pelos ramos septocutâneos do ramo descendente da artéria circunflexa lateral femoral, que também fornece ramos musculocutâneos distalmente, justificando assim a classificação mista desse retalho.
COMPLICAÇÕES:
· As complicações mais comuns incluem seroma, hematoma, superficial necrose da pele, separação da ferida (deiscências), cobertura inadequada do defeito, infecção e perda parcial ou total do retalho. Ao analisar essas complicações em relação ao julgamento, técnica e manejo do paciente, o cirurgião deve ser capaz de entender a causa de cada complicação, a fim de prevenir complicações subsequentes.

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