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Principais financiamentos

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Principais financiamentos 
 
 
Financiamento de capital de giro 
 
Tipo de financiamento destinado, normalmente, a suprir as necessidades de caixa das 
empresas, a reordenar seu fluxo de caixa ou a desenvolver novos projetos e 
empreendimentos. Tais operações podem ser realizadas nos curto, médio ou longo 
prazos. 
 
O empréstimo de capital de giro é feito por bancos comerciais, múltiplos e de 
investimento. 
 
Nesse financiamento, os pagamentos – reembolso – são diversos. O devedor pode 
optar por pagar o empréstimo: 
 
• Em uma única parcela; 
• No vencimento; 
• Em prestações periódicas – mensais, trimestrais etc. 
 
Tudo vai depender da necessidade do empresário, do fluxo de caixa da empresa e da 
linha de crédito oferecida. 
 
Operações de repasses 
 
Operações normalmente contratadas a longo prazo. Trata-se de uma forma de 
concessão de crédito em que a instituição que repassa os recursos recebidos deve 
oferecer as mesmas condições ao tomador do crédito. 
 
Dessa forma, a entidade que efetua a operação de repasse NÃO pode cobrar pelo 
serviço de intermediação financeira – somente uma comissão de repasse. 
 
A maioria dos bancos brasileiros oferece linhas de repasse de recursos do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que têm prazo mais longo e 
são destinadas ao financiamento de investimentos. 
 
Arrendamento mercantil (leasing) 
 
Forma de financiamento de bens móveis – como veículos, por exemplo – ou imóveis. As 
partes desse financiamento são denominadas: 
 
• Arrendador – banco ou sociedade de arrendamento mercantil; 
• Arrendatário – cliente. 
 
 
 
 
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O objeto do contrato de arrendamento mercantil é a compra, por parte do arrendador, 
de bem indicado pelo arrendatário para sua utilização. A empresa de leasing é, 
portanto, a proprietária do bem, mas, durante a validade do contrato, a posse e o uso 
desse bem são do arrendatário. 
 
Esse contrato pode prever ou não a opção de compra – ou Valor Residual Garantido 
(VRG) –, pelo arrendatário, do bem que é propriedade do arrendador. 
 
O leasing é uma operação com características legais próprias, mas não deve ser 
confundido com uma operação de financiamento, na qual o bem – ainda que alienado – 
é de propriedade do mutuário já no ato da compra. 
 
O prazo mínimo do leasing é de: 
 
• Dois anos – para bens com vida útil de até cinco anos; 
• Três anos – para bens com vida útil superior a cinco anos, tais como imóveis, 
equipamentos etc. 
 
Oferta Pública de Ações 
 
Operação em que uma sociedade anônima promove, com o auxílio de uma instituição 
financeira credenciada pela CVM, a emissão e a colocação de ações no mercado de 
capitais. O objetivo é captar recursos de longo prazo. 
 
Uma das formas de Oferta Pública de Ações (OPA) é a Initial Public Offer (IPO) ou 
Primeira Oferta Pública. Nesse caso, uma empresa de capital fechado decide abri-lo e 
acessar o mercado de capitais, promovendo, pela primeira vez, a distribuição pública de 
ações de sua emissão. 
 
Dessa forma, a organização se transforma em companhia de capital aberto. Essa 
transação é chamada de underwriting ou subscrição de ações. 
 
Quando a empresa já tem seu capital aberto, ou seja, já realizou sua primeira oferta, as 
emissões seguintes são conhecidas como follow on ou ofertas subsequentes. 
 
Securitização de recebíveis 
 
Cessão dos créditos a uma companhia constituída especificamente para este fim – 
denominada Sociedade de Propósito Específico (SPE) –, que emite títulos – 
normalmente debêntures – lastreados nos créditos adquiridos. 
 
Essa modalidade de estrutura financeira possibilita à empresa que originou os créditos o 
acesso direto ao mercado de capitais. Trata-se de uma importante ferramenta para a 
desintermediação bancária. 
 
 
 
 
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Aquele que investe em um título securitizado se beneficia porque não corre o risco da 
empresa que originou os créditos, e sim um risco diversificado dos recebíveis que 
lastreiam o título. 
 
Em uma operação de securitização, nomeia-se uma instituição financeira que atua como 
agente fiduciário1, monitorando e auditando a situação econômico-financeira da SPE. 
 
 
Securitização de exportação 
 
Trata-se de uma operação estruturada com o objetivo de captar recursos no exterior 
pelas empresas que exportam sua produção mediante a cessão de seus recebíveis. Seu 
prazo de captação é, normalmente, de 361 dias. 
 
Para facilitar essa operação, o Bacen permitiu que o exportador abrisse duas contas no 
exterior. São elas: 
 
Collection account 
 
Conta de passagem de recursos, cujo objetivo é dar transparência para o investidor 
estrangeiro dos recursos que o exportador recebeu com suas vendas no exterior. 
 
Reserve account 
 
Conta para o depósito de recursos que serão utilizados para pagamento e liquidação da 
obrigação do exportador, de acordo com o cronograma de pagamento acertado no 
momento da contratação. 
 
 
Securitização de recebíveis imobiliários 
 
Neste caso, o processo de securitização começa com um financiamento imobiliário, em 
que determinado cliente assume uma dívida para a compra de um imóvel. Essa dívida 
dá origem a direitos creditórios para a instituição que financiou o empreendimento. 
 
Em seguida, cria-se uma companhia securitizadora – normalmente Fundos de 
Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) –, que emite os chamados Certificados 
de Recebíveis Imobiliários (CRIs).2 
 
 
1 Instituição que representa os interesses dos debenturistas, averiguando o cumprimento das condições pactuadas 
na escritura, e que é responsável pela elaboração de relatórios de acompanhamento. 
 
2 Títulos de crédito nominativos, escriturais e transferíveis, lastreados em créditos imobiliários adquiridos pelos FIDCs. 
Esses títulos estão previstos na Lei nº 9.514/97, que disciplina o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). 
 
 
 
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A operação dos fundos consiste em adquirir, com deságio, os direitos creditórios e 
vinculá-los à emissão de uma série de CRIs, que são lançados no mercado para 
captação de recursos junto aos investidores. 
 
Os devedores que fizeram os financiamentos efetuam os pagamentos a determinado 
banco, que os repassa à companhia securitizadora. Esses recursos são usados para o 
pagamento aos investidores dos CRIs. 
 
 
Ratings das dívidas 
 
Opinião emitida por empresas especializadas3 sobre a qualidade de crédito de um 
devedor ou sobre a capacidade para honrar obrigações financeiras específicas em 
comparação com outros devedores avaliados no país. 
 
Entretanto, essa opinião NÃO deve ser entendida como absolutamente certa. 
 
Os ratings são definidos, principalmente, a partir dos dados contidos nas informações 
contábeis publicadas pelas empresas, além da análise de seu segmento de atuação, e 
procuram expressar a capacidade da companhia para honrar suas dívidas. 
 
O rating de uma empresa está vinculado ao rating do país em que ela se 
situa. 
 
Forfait ing 
 
Este mercado – que se assemelha ao das factoring’s – concentra as negociações com 
títulos de crédito de exportações. 
 
Em outras palavras, após sua mercadoria ter sido entregue ao importador no exterior e 
ter sido aceita por ele, o exportador procura uma instituição financeira que fará a 
compra dos recebíveis, sem direito de regresso, e antecipará os recursos com um 
deságio no valor de face de sua exportação. 
 
 
 
3 Como exemplos de empresas especializadas em classificação de risco de crédito, podemos citar a Standard & Poors 
e a Fitch Ratings.

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