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BLS e ATLS 2020

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41 
Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN 
ANESTESIOLOGIA 
Aula 07 - BLS e ATLS 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) 
 
 Definição: conjunto de medidas que podem ser 
iniciadas por qualquer pessoa treinada fora do 
ambiente hospitalar com a finalidade de prestar o 
primeiro atendimento até a chegada do SAV. 
 Objetivo: reduzir as mortes evitáveis, aumentar 
assim a sobrevida e diminuir as sequelas das vítimas de 
PCR. 
 
 As suas ações encadeiam-se como elos de uma 
corrente: 
 Reconhecimento da parada cardiorrespiratória 
(PCR), 
 Contato com o sistema de emergência (SAMU 192), 
 Início da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e 
 Uso do desfibrilador externo automático (DEA), 
assim que possível. 
 As manobras adotadas abrangem a desobstrução 
das vias aéreas, ventilação e circulação artificial. 
 Principal objetivo: evitar a deterioração miocárdica 
e cerebral, mantendo a pressão de perfusão cerebral 
ou pressão de perfusão coronária por meio das 
compressões com intuito de restabelecer um retorno 
de circulação espontâneo e manter os tecidos 
oxigenados até a chegada do atendimento 
especializado. 
 
PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA 
 Definição: cessação da atividade mecânica do coração 
confirmada pela ausência de sinais de circulação 
juntamente com falha na mecânica ventilatória. 
 Pode ocorrer em 4 ritmos cardíacos: fibrilação 
ventricular, taquicardia ventricular, atividade elétrica 
sem pulso e assistolia 
 Fibrilação ventricular (FV) é um ritmo cardíaco 
acelerado (não conseguimos observar QRS, onda P), 
que se inicia nas câmaras inferiores do coração → 
coração não bombeia adequadamente. 
 Taquicardia ventricular (TV) se caracteriza por 
um QRS alargado, com ritmo maior de 100 bpm. 
 Atividade elétrica sem pulso possui atividade 
elétrica organizada no traçado, mas sem 
intensidade o suficiente para gerar uma contração 
efetiva para perfusão e a geração de pulso. 
 Assistolia: atividade elétrica cessou ou está em um 
nível tão baixo que não foi captado pelo 
eletrocardiógrafo. 
 Os ritmos chocáveis pelo DEA são TV e FV! 
 As principais causas reversíveis da PCR são os 
chamados 6H e 6T: 
Hipovolemia Tamponamento cardíaco 
Hipóxia Tromboembolismo pulmonar 
H+ (acidose 
metabólica) 
Trombose de coronária 
Hipotermia 
Tensão - pneumotórax 
hipertensivo 
Hipocalemia/ 
hipercalemia 
Tóxico 
Hipoglicemia* Trauma (não reconhecido)* 
 
 Diferença entre PCR x IAM 
 PCR: perda súbita da função cardíaca, respiração e 
consciência de forma inesperada 
 IAM: necrose coagulativa do músculo cardíaco por 
isquemia e consequente deficiência de nutrientes e 
oxigênio 
 
CADEIAS DE SOBREVIVÊNCIA 
 
Intra-hospitalar 
 
 
Extra-hospitalar 
 
 
ATENDIMENTO NA PCR 
 Para garantir um atendimento adequado e eficiente na 
PCR é necessário montar um sistema integrado de 
ressuscitação: 
 Os componentes desse sistema de atendimento são: 
 Estrutura: pessoas devidamente treinadas e 
equipamentos essenciais, 
 Processo: protocolos, políticas e procedimentos 
 Criando um sistema que otimize os desfechos, com 
sobrevivência, segurança dos pacientes, qualidade 
e satisfação. 
 Estratégias: criação de sistemas de times de resposta 
rápida e sistema de times de emergência médica 
 
42 
Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN 
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) 
 CABDE 
 C: circulação → checar responsividade e a 
respiração da vítima, checar o pulso da vítima, 
compressões torácicas de alta qualidade, chamar 
por ajuda. 
 A: abordagem das vias áreas; 
 B: boa respiração → iniciar ventilação; 
 D: déficit neurológico → avaliação neurológica. 
 E: exposição. 
 
 
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO- DEA 
 Conceito: equipamento portátil destinado a reverter a 
parada cardiorrespiratória através da detecção de 
ritmos chocáveis. 
 Objetivo: fazer com que o coração retome o ciclo 
cardíaco normal a partir da aplicação de desfibrilação, 
ou seja, uma corrente elétrica que para a arritmia. 
 Posicionamento do paciente: em decúbito dorsal sob 
uma superfície rígida. 
 
 Como usar o DEA? 
 1. Identifique a necessidade de socorro 
 2. Ligue o DEA 
 3. Posicione os eletrodos 
 4. Conecte os eletrodos ao DEA 
 5. O DEA fará a avaliação do paciente e informará a 
necessidade do choque ou não 
 6. Aplique (ou não) o choque 
 7. Caso o aparelho não indique choque, mantenha a 
massagem cardíaca até a chegada do socorro. 
 
 
Obs.: Crianças de 1 a 8 anos: utilize o DEA com pás 
pediátricas e/ou atenuador de carga. Se o kit DEA possuir 
somente pás de adulto, pode ser necessária a aplicação 
de uma pá anteriormente (sobre o esterno) e outra 
posteriormente (entre as escápulas), para que as pás não 
se sobreponham. 
 
 
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA CARDIOVASCULAR (ATLS) 
 
ATENDIMENTO DA PCR 
 Avaliação Primária (BLS): manobras para 
reconhecimento da PCR e Suporte hemodinâmico e 
respiratório através da RCP. 
 Avaliação Secundária (ACLS): aplicação de 
manobras, utilização de dispositivos invasivos de via 
aérea, estabelecimento de acesso venoso, utilização de 
medicamentos, desfibrilações elétricas, estabilização 
do paciente após a reversão da PCR. 
 
MANOBRAS DE SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 
 O suporte avançado de vida é descrito como o uso 
adicional de equipamentos utilizados no suporte 
básico de vida. 
 Identificar o ritmo por monitor cardíaco 
 Finalidade prática: poupar tempo durante o 
procedimento e desfibrilação precoce em ritmo 
chocável. 
 Ritmos de ECG de pacientes em parada cardíaca 
 
 Chocáveis → des ibrilação precoce. 80% dos casos. 
 Fibrilação ventricular (FV) 
 Taquicardia ventricular sem pulso (TVsp) 
 Não chocáveis → RCP imediata. Não há indicação para 
desfibrilação! 
 Assistolia e Atividade elétrica sem pulso (AESP) 
 
 
RITMOS CHOCÁVEIS E NÃO-CHOCÁVEIS 
 
43 
Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN 
 Fibrilação ventricular: contração incoordenada do 
miocárdio, resultando na ineficiência total do coração 
em manter um bombeamento de volume sanguíneo 
adequado. Esta arritmia se caracteriza pela ausência de 
qualquer atividade elétrica organizada. No traçado não 
é visível a onda P nem complexo QRS, ou onda T. 
 Taquicardia ventricular sem pulso: sucessão rápida 
de batimentos ectópicos ventriculares. FC > 100 bpm. 
O ritmo pode ser regular ou irregular. Torna-se difícil 
reconhecer as ondas P no traçado. Os complexos QRS 
são precoces, alargados. 
 
 Atividade elétrica sem pulso (AESP): existe 
atividade elétrica, mas não há produção de contração 
miocárdica. 
 Assistolia: não se observa atividade ventricular ou 
menor/igual a 6 complexos por minuto. 
 
CAUSAS REVERSÍVEIS DA PCR 
 
 
CHOQUE 
Cuidados prévios na administração do choque 
 Realizar RCP enquanto prepara o desfibrilador; 
 Expor o tórax e remover possíveis adesivos ou 
pomadas; 
 Verificar quantidade de pelos no tórax (em caso de 
grande quantidade, realizar rápida tricotomia); 
 Correto posicionamento das pás ou almofadas 
descartáveis; 
 Se pá manual, uso de gel condutor e pressão adequada 
sobre elas; 
 Se almofadas descartáveis, avaliar a presença do gel 
aderido; 
 Remover fontes suplementares de oxigênio; 
 Afastar-se no momento do choque. 
 Pás: fixar uma pá no lado superior direito do tórax, à 
direita do esterno, abaixo da clavícula e a pá esquerda 
abaixo e à esquerda do mamilo em direção a axila 
esquerda. Em crianças pequenas coloca-se uma no 
tórax e outra nas costas. As pás jamais podem se tocar. 
 
PASSO A PASSO 
1. Preparar o desfibrilador; 
2. Verificar presença de ritmo chocável; 
3. Distribuir o gel condutor pelas pás (boa 
quantidade); 
4. Posicioná-las corretamente; 
5. Carregar o desfibrilador 
 Se monofásico: 360J; 
 Se bifásico: maior carga eficaz recomendada pelo 
fabricante, a fim de evitar choques sequenciais; 
6. Afastar-se do leito/paciente: 
 Observar 360° se todos, inclusive você, estão 
afastadosdo paciente, cama ou qualquer 
equipamento conectado a ele. 
7. Desfibrilação; 
8. Reassumir as compressões torácicas e a ventilação 
imediatamente após o choque; 
9. Verificar ritmo após 5 ciclos ou 2 minutos; 
10. Em caso de não reversão da PCR, providenciar: 
acesso venoso, drogas vasoativas e via aérea 
avançada. 
 
 
 
VIAS DE ACESSO 
 Intravenoso (IV): acesso venoso periférico pode (e 
deve) ser utilizado durante a RCP, a menos que já 
possua um acesso central. 
 Central: pode causar complicações e interrupções 
durante a punção; 
 Periférico: rápida punção, não necessita interromper 
a RCP. 
 Dica: erguer o membro por 10-20 segundos. 
 Intraóssea (IO): Permite a administração de drogas e 
fluidos de forma segura e efetiva durante a RCP, caso a 
via IV não esteja disponível. Melhor absorção e 
controle de dose. Pode ser utilizado por indivíduos de 
todas as idades, ideal para crianças. 
 Todo medicamento que puder ser administrado via 
IV pode ser via IO com segurança! 
 Via Endotraqueal (ET). 
 
 
VIA AÉREA - BÁSICA 
 Dispensa instrumentos e não é invasiva. 
 O objetivo da manobra é: posicionar corretamente as 
estruturas anatômicas das vias aéreas do paciente para 
abri-las para a passagem de ar, evitando que a língua 
obstrua a via aérea de pacientes, principalmente 
aqueles que estão inconscientes. 
 Importante: analisar a posição da língua, obstruções e 
roncos. 
 Na realização da manobra deve-se levar em 
consideração possíveis traumas da medula, pela 
manipulação da cervical, além de eventuais obstruções 
das vias aéreas por objetos estranhos, especialmente 
em situações de trauma. Nesses casos, ocorre a retirada 
manual do objeto obstrutivo (caso na cavidade oral). 
 
44 
Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN 
 Manobra de inclinação da cabeça e elevação do 
queixo (head tilt/chin lift): elevação da mandíbula e 
hiperextensão da coluna cervical; pacientes sem 
suspeita de lesão na coluna. 
 O socorrista coloca sua mão na testa da vítima, 
inclinando a cabeça para trás; com os dedos 
indicador e médio da outra mão posicionada abaixo 
do mento (queixo), eleva a mandíbula, e com o dedo 
polegar traciona o mento para baixo, mantendo a 
boca aberta. 
 
 Manobra de elevação e tração da mandíbula (jaw 
thrust): anteriorização da mandíbula sem 
hiperextensão do pescoço. Usada quando há paciente 
inconsciente e suspeita de lesão cervical. 
 O socorrista posiciona-se atrás da cabeça da vítima, 
apoia suas mãos em ambos os lados da face, 
posicionando seus dedos indicador, médio e anular 
abaixo do ângulo da mandíbula, empurrando-a para 
frente e para cima sem hiperextender o pescoço; 
com os polegares promove a abertura da boca. 
 
 Mantendo-se a VA aberta, deve-se verificar a presença 
de respiração espontânea na vítima. 
 Caso se perceba a presença da ventilação no 
paciente, cabe apenas a checagem de pulso a cada 2 
minutos e o posicionamento da vítima em posição 
de recuperação (decúbito lateral, mantendo via 
aérea aberta) até a chegada do sistema de 
emergência. 
 Caso não se identifique o movimento respiratório, a 
vítima realmente encontra-se em parada 
respiratória. 
 
 
 
DISPOSITIVOS QUE AUXILIAM NA MANUTENÇÃO 
DAS VIAS AÉREAS ABERTAS 
 
 Cânula orofaríngea (cânula de Guedel): Indicações 
para sua inserção incluem pacientes não reativos e que 
não possuem reflexo faríngeo. Dispositivo plástico em 
forma de J. 
 Tamanho da cânula oral: determinado colocando-se 
o dispositivo ao lado da face do paciente e 
selecionando uma cânula que se estenda do canto 
da boca até a ponta do lóbulo da orelha ou ao ângulo 
da mandíbula. 
 
 Cânula nasofaríngea: tubo de plástico macio sem 
balão, desenhada para manter a língua fora da porção 
posterior da garganta. 
 
 Tamanho da cânula nasal: determinado colocando-
se o dispositivo ao lado da face do paciente e 
selecionando uma cânula que se estende desde a 
ponta do nariz até o ângulo da mandíbula, ou até o 
lóbulo da orelha. 
 
VIA AÉREA - AVANÇADA 
 Seleção do dispositivo de via avançada 
 Vias aéreas avançadas incluem: 
 Combitube esôfago-traqueal; 
 Tubo laríngeo; 
 Máscara laríngea (ML); 
 Tubo endotraqueal; 
 Deve-se escolher a que o profissional tiver maior 
experiência. Mas dar preferência para a intubação 
orotraqueal (IOT) que é definitiva. 
 
 
 
INTUBAÇÃO TRAQUEAL 
 Definição: A intubação traqueal diz respeito à inserção 
de um tubo na luz da traqueia e pode ser feito por via 
nasal, oral ou com abertura da traqueia → 
nasotraqueal, orotraqueal, transtraqueal 
 Permite assistência ventilatória e proteção das vias 
aéreas em diversas situações. É utilizado em anestesias 
gerais, mas nos casos de anestesias locais ou regionais 
os materiais também devem estar disponíveis e a 
postos. 
 Principais indicações: falha nos mecanismos de 
controle das vias aéreas; falhas de oxigenação ou 
ventilação; proteção contra aspiração gástrica. 
 Materiais: laringoscópio, tubo endotraqueal, 
equipamentos de ventilação, capnógrafo, estetoscópio. 
 Procedimento: 
1. Posição olfativa: diz respeito à luxação da 
mandíbula, extensão cervical e elevação do occipício 
com coxim de 7 a 10 cm. 
2. Laringoscopia: Afastar língua da direita para 
esquerda, inserir na valécula e fazer tração 
perpendicular à mandíbula. 
3. Inserção do tubo endotraqueal: Pode utilizar-se 
de fio guia. Bordo proximal do balonete deve 
ultrapassar cordas vocais. 
4. Balonete: deve ser insuflado o suficiente para fazer 
vedação, mas sem causar lesão ou isquemia da 
parede traqueal. A introdução excessiva do balonete 
pode causar intubação brônquica acidental. 
5. Confirmação: 
 Visualização do tubo endotraqueal; 
 Visualização do movimento do tórax; 
 
45 
Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN 
 Ausculta epigástrica (ruído deve ser ausente); 
 Ausculta pulmonar bilateral; 
 Capnógrafo; 
 Radiografia do tórax. 
 Em RCP: uma respiração a cada 5-6 segundos e a 
tentativa de intubação não deve ultrapassar 30 
segundos. 
 
 
MEDICAMENTOS ADMINISTRADOS PELO TUBO 
ENDOTRAQUEAL (“O NAVEL”) 
 
 
 
 Obs.: fornecer oxigênio extra; atropina foi retirada do 
protocolo por não ter ação desejada; vasopressina foi 
retirada para simplificar a conduta; lidocaína é usada 
com adjuvante, na ausência da amiodarona. 
 
SEQUÊNCIA DE ATENDIMENTO DA PCR 
 São os ritmos chocáveis: FV E TV. 
 Ritmos não chocáveis: Assistolia e AESP (Atividade 
elétrica sem pulso) 
 Acesso IV/IO: Intravenoso e intraósseo - Servem para 
administração dos fármacos: 
 Epinefrina (Adrenalina - 1mg a cada 3 a 5 min). 
 Amiodarona (Bólus inicial 300 mg e 2ª dose 150 
mg). 
 Se esses ritmos persistirem após um ou mais choques 
são chamados de refratários. 
 Resumo do esquema: Epinefrina após 2º choque (1mg 
a cada 3 a 5 min), Amiodarona após 3º choque (300 mg 
como dose inicial e depois 150 mg a cada 3 a 5 min). 
 
 
46 
Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN 
DROGAS VASOPRESSORAS DA PCR 
 Aumentam a perfusão cerebral e coronariana e a 
pressão de perfusão cerebral durante a ressuscitação. 
Pode ser: 
 Epinefrina (IV/IO) → (adrenalina - 1 mg a cada 3 a 
5 min) 
 Amiodarona (IV/IO) → (Bólus inicial 300 mg e 2ª 
dose 150 mg) 
 
 A epinefrina pode ser administrada assim que 
possível após início de uma PCR por ritmo não 
chocável. Isso significa que não é necessário esperar 
nenhum momento em específico para se fazer a 
primeira dose da medicação. Essa recomendação está 
baseada em melhores desfechos quando a epinefrina é 
administrada precocemente na parada. 
 
 
RVS: resistência vascular sistêmica. 
Precaução: aumenta a demanda miocárdica de oxigênio, 
não misturar com bicarbonato. 
 
DROGAS ANTIARRÍTMICAS 
 
AMIODARONA: 
 Indicações para FV e TVSP não responsiva a RCP, 
desfibrilação e terapêutica vasopressora. 
 Dose inicial: 300 mg EV ou IO. 
 Se necessário, administrar mais uma dose de 
150mg EV 3a 5 minutos após a primeira intercalada 
com o vasopressor. 
 Manutenção após retorno de ritmo com pulso: 1 
mg por minuto por 6 horas e 0,5 mg por minuto por 
mais 18 horas. 
 Não pode ser administrada via tubo 
endotraqueal! 
 
LIDOCAÍNA: Apenas quando a amiodarona não for 
possível. 
 Indicações: FV e TV sem pulso; 
 Dose inicial:.1,0 a 1,5 mg/kg EV; 
 Se necessário, administrar doses adicionais de 0,5 a 
0,75 mg/kg EV com intervalos de 5 a 10 minutos 
após a primeira; 
 Dose de manutenção após o retorno de ritmo com 
pulso: Velocidade de 30 a 60 mg / Kg / minuto ou 
seja (2 a 4 mg / min). 
 
SULFATO DE MAGNÉSIO 
 Indicações: TV polimórfica do tipo Torsades de 
Pointes e hipomagnesemia; 
 Dose deve ser 1 a 2g, diluída em 10 mL de soro 
glicosado 5%; 
 Uso rotineiro não recomendado na RCP! 
 
PROCAINAMIDA 
 Agente antiarrítmico em PCR extra-hospitalar em 
FV/TVSP refratária à lidocaína. 
 Não se observa benefícios nas taxas de admissão 
hospitalar com seu uso nesta situação. 
 
BETABLOQUEADORES 
 Indicações: Após PCR FV e TV sem pulso; 
 Administração via oral ou EV, 
 Mostrou-se reduzir mortalidade 72h após e em 6 
meses a PCR por FV e TVSP. 
 Pode levar à piora hemodinâmica, exacerbar sinais 
de insuficiência cardíaca e causar arritmias. 
 
 Recomendações atuais sobre drogas 
antiarrítmicas 
 Amiodarona ou lidocaína intravenosas são 
indicadas como medicação de primeira escolha; 
 O sulfato de magnésio, 1 a 2 g por via intravenosa, 
pode ser administrado em casos suspeitos de 
hipomagnesemia ou Torsades de Pointes (forma 
específica de TV polimórfica em pacientes com um 
intervalo QT longo). 
 O uso precoce de betabloqueadores pode ser 
considerado em pacientes recuperados de PCR em 
FV/TVSP 
 
ENCERRAMENTO DOS ESFORÇOS DE 
RESSUSCITAÇÃO 
Em ambiente EXTRA-HOSPITALAR, até que ocorra 
uma das seguintes condições: 
 Restauração da circulação e da ventilação 
espontânea e eficaz; 
 Transferência do tratamento a um profissional 
médico de emergência; 
 A presença de critérios confiáveis que indiquem 
morte irreversível do paciente; 
 O socorrista é incapaz de continuar a RCP por estar 
extenuado ou sob riscos; 
 Se prosseguir com a ressuscitação põe em risco a 
vida de outras pessoas; 
 Autorização ou protocolo médico para o 
encerramento da RCP. 
 
Em ambiente INTRA-HOSPITALAR, quando o 
paciente não responder às intervenções de SBV e 
ACLS. Devem ser consideradas as seguintes 
condições: 
 Tempo da PCR até primeiro atendimento; 
 Tempo de atendimento da PCR; 
 Doenças comórbidas; 
 Estado Pré-parada; 
 Prognóstico do paciente 
 Assistolia: quando não houve reversão 
 Idade da vítima 
 
47 
Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN 
ATENDIMENTO PÓS-PARADA CARDÍACA. 
 Último elo da cadeia adulta de sobrevivência. 
 Objetivo: identificar e tratar causas, minimizar as 
lesões nos órgãos-alvo, otimizar a função 
cardiopulmonar e garantir normalizar a perfusão de 
órgãos vitais. 
 Se necessário, deve-se transferir o paciente para uma 
UTI ou hospital para o devido tratamento da PCR. 
 
 Objetivos: 
 Prevenir novas paradas cardiorrespiratórias 
 Definir as condições causantes do problema 
 Minimizar danos aos órgãos e tecidos 
 Definição do prognóstico 
 Otimizar a ventilação e circulação, preservar 
coração e cérebro tecido/função, e manter os níveis 
de glicose no sangue recomendadas. 
 
 Os cuidados também devem ser adaptados para 
cada paciente: 
 Controle direcionado da temperatura; 
 Otimização da hemodinâmica e ventilação; 
 Intervenção coronariana; 
 Diagnóstico, manejo e prognóstico neurológico. 
 
 Otimização de hemodinâmica e ventilação: 
 O oxigênio a 100% é aceitável para intervenção 
precoce, mas não por longos períodos de tempo. 
 Manter a saturação de O2 ≥ 94%; 
 Considere via aérea avançada (IOT) e capnografia; 
 Não hiperventilar; 
 Iniciar em 10 a 12 ventilações/min; 
 Titular PaCO2 de 35 a 40 mmHg; 
 
 Tratar hipotensão (PAS <90 mmHg) 
 Bolus de fluido IV/IO: solução salina ou ringer 
lactato 
 Infusão de vasopressor: epinefrina IV, dopamina IV, 
norepinefrina IV 
 Considere as causas tratáveis reversíveis de PCR (6 
“H”s e 6 “T”s) 
 Avaliar ECG de 12 derivações 
 
Doses/Detalhes: 
 Bolus IV: 1 a 2 litros de solução salina normal ou 
Ringer lactato. Se induzir hipotermia, considere 
fluido a 4° C. 
 Infusão de epinefrina IV: 0,1 a 0,5 mcg/kg por 
minuto 
 Infusão de dopamina IV: 5 a 10 mcg/kg por 
minuto 
 Infusão de norepinefrina IV: 0,1 a 0,5 mcg/kg por 
minuto 
 
 Otimização de hemodinâmica e ventilação: 
 O oxigênio a 100% é aceitável para intervenção 
precoce, mas não por longos períodos de tempo. 
 O oxigênio deve ser titulado, de modo que a 
oximetria de pulso do indivíduo seja superior a 
94% para evitar a toxicidade do oxigênio. 
 
 Não ventile demais para evitar potenciais efeitos 
hemodinâmicos adversos. 
 Taxas de ventilação de 10 a 12 respirações por 
minuto para atingir ETCO2 de 35 a 40 mmHg. 
 Fluidos IV e medicamentos vasoativos devem ser 
titulados para estabilidade hemodinâmica. 
 
 Tratar causas reversíveis de PCR (6 “H”s e 6 “T”s): 
 (H) Hipovolemia; Hipóxia; H+ (acidose); 
Hipotermia; Hipo/hipercalemia; Hipoglicemia. 
 (T) Pneumotórax hipertensivo; Tamponamento; 
Toxinas; Trombose (coronária); Trombose 
(pulmonar); Trauma (não reconhecido). 
 
 Controle da Temperatura (Hipotermia 
Terapêutica): 
 Recomendado para indivíduos comatosos; 
 Manutenção da temperatura entre 32º e 36ºC por 
pelo menos 24 horas. 
 
 Intervenção cardíaca de urgência: 
 Avaliação inicial de ECG de 12 eletrodos; 
 Considerar hemodinâmica para tomar decisões de 
intervenções cardíacas. 
 
 Outros manejos para atendimento crítico: 
 Manter a glicose sérica entre 140 e 180 mg/dL; 
 Manutenção de normoxia, normocapnia e 
euglicemia 
 Monitoramento contínuo por eletroencefalograma 
(EEG): definir o diagnóstico e etiologia da convulsão 
e início de tratamento 
 Ventilação mecânica protetora dos pulmões 
 
 Intervenção Coronária Percutânea 
 A intervenção coronária percutânea (ICP) é 
preferível aos trombolíticos. 
 O indivíduo deve ser levado pelo EMS diretamente 
a um hospital que realiza ICP. 
 Se o indivíduo for encaminhado a um centro que 
distribui apenas trombolíticos, ele deve ser 
transferido para um centro que ofereça ICP, se 
houver tempo. 
 
 Cuidados neurológicos: 
 A avaliação neurológica é fundamental, 
especialmente ao interromper o atendimento (ou 
seja, morte encefálica) para diminuir as taxas de 
falso-positivo. A consulta com um especialista deve 
ser obtida para monitorar os sinais e sintomas 
neurológicos durante todo o período pós-
ressuscitação 
 Considerar hipotermia para pacientes não 
responsivos; 
 Evitar hipertermia; 
 Limitar sedação e analgesia, se possível; 
 Tratar crises convulsivas. 
 Incorporar exames diagnósticos para 
neuroprognóstico que deve ser realizado, no 
mínimo, depois de 72 horas do retorno para 
monotermia. 
 
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Jordana Oliveira e Fernanda Clara | Turma XX | Medicina UERN

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