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Benefícios do Exercício Físico Durante a Pandemia

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APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE
Efeitos Benéficos do Exercício Físico Durante a Pandemia
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo²
RESUMO
A pandemia do corona vírus infelizmente ainda é uma realidade em que estamos vivendo, ela teve seu início em dezembro de 2020 e a partir de março de 2020 a OMS declarou como uma pandemia global. Durante a realização deste trabalho, queremos investigar os efeitos benéficos do exercício físico durante a pandemia, para uma melhora da saúde e da aptidão física. Para obter todas as informações necessárias, foram lidos alguns artigos e estudos referentes a essa temática. O que podemos identificar é que o exercício é, e sempre foi, um grande aliado para obtenção e manutenção da saúde tanto física quanto mental. Manter a prática regular de exercícios, permite que todo indivíduo tenha uma condição física melhor, bem como uma saúde mais preservada e com menores risco de desenvolver doenças. Pode ser observado também a importÂncia do profissional de educação física, onde verificamos a necessidade de uma adaptação na forma de trabalho durante a pandemia. 
Palavras-chave: Saúde. Pandemia. Exercício Físico. 
1. INTRODUÇÃO
A pandemia do COVID-19 tomou conta do mundo rapidamente, ela vem trazendo inúmeros malefícios para a população em geral, desde o isolamento em massa de pessoas, problemas de cunho financeiro, trazendo malefícios e sérios problemas de saúde e levando milhares de pessoas a óbito. 
A prática de exercícios físicos regulares por sua vez, proporciona inúmeros de benefícios aos seus praticantes, desde melhoras na saúde e aptidão física quanto na saúde mental, permitindo alívio de tensão e melhora psicológica significativa. 
Vale ressaltar que em muitas pesquisas e estudos, podemos observar a prática dos exercícios físicos como um hábito que permite o fortalecimento do sistema imunológico. 
Visto isso, nosso trabalho tem como necessidade compreender e esplanar, quais os benefícios trazidos pela prática de atividade física, para a saúde a a melhora da aptidão física durante a pandemia. Abordaremos também um pouco sobre o histórico da pandemia do COVID-19, suas formas de prevenção e outros aspectos relevantes sobre a saúde, aptidão física, capacidade funcional e cuidados da saúde mental. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A contaminação pelo vírus SARS-Cov-2, denominada COVID-19 surgiu em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. Trata-se de uma doença infecciosa e de alta transmissibilidade e contágio, a mesma apresentou rápida propagação entre os continentes e em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde a declarou como uma pandemia global, tornando-se um emergente desafio de saúde pública (OMS, 2021).
Por se tratar de uma doença altamente contagiosa e ter tomado conta do mundo com muita rapidez, diversas políticas públicas foram adotadas. Peçanha et al (2020, p. 4) citam entre as políticas o isolamento social e o fechamento de estabelecimentos como bares, escolas, lojas, clínicas, restaurantes, lugares públicos e privados destinados a prática de atividades físicas.
O fechamento de estabelecimentos da prática de atividade física causou longas discussões, e após um longo processo, em maio de 2020 foi assinado um decreto, incluindo os locais de práticas de atividades físicas como essenciais. 
“A atividade física planejada, estruturada e repetitiva é o campo de atuação do Profissional de Educação Física e não por acaso é reconhecida como um fator determinante e condicionante da saúde, ela representa um eixo prioritário de ação na Política Nacional de Promoção da Saúde e também um elemento de ampliação da integralidade do cuidado.” (MALTA, 2016, p. 4)
A atividade física é recomendada à população em geral, sendo considerada uma ferramenta importante para a melhoria da saúde. Alinhada aos benefícios à saúde, a atividade física parece exercer um efeito positivo sobre vários processos cognitivos em diferentes populações, como crianças, adultos idosos (DIAMOND et al., 2020). 
“No cenário de distanciamento social onde os exercícios físicos ao ar livre e emambientes fechados como clubes e academias estão suspensos, os recursos tecnológicos de videoconferência pela internet mostraram-se importantes aliados pois, além de permitirem a transmissão em tempo real do conteúdo por instrutores e professores, permitem também a interação entre os participantes” (COSTA; VIGÁRIO 2020, p. 361).
Segundo Hall (2020, p. 21), os baixos níveis de atividade física podem ter efeitos negativosnos processos cognitivos dos indivíduos, adicionando ao próprio estresse do momento de isolamento social. Por isso, devemos incentivar a prática de atividade física regular. 
Outros fatores importantes também foram citados por alguns autores, Simonnet et al, revelam: 
“Durante a pandemia, é natural o aumento de sintomas de ansiedade e depressão, que são fatores de risco para a fome emocional e o comer compulsivo muito prevalente entre os indivíduos que possuem excesso de peso. A obesidade é um fator de risco para outras comorbidades e, como já era esperado, está associada a um pior prognóstico em casos de COVID-19.” (SIMONNET et al., 2020)
A partir da aquisição deste conhecimento, revela-se que devem ser encontradas maneiras de combate ao sedentarismo e controle de doenças psicológicas durante a pandemia da COVID-19. 
Além disso, uma recente pesquisa conduzida no Brasil mostrou que o risco de internação hospitalar por COVID-19 reduz em 34,3% em indivíduos suficientemente ativos, ou seja, que praticam pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade vigorosa por semana (DE SOUZA et al., 2021).
O Colégio Americano de Medicina do Esporte (JOY, 2021) recomenda a prática regular de exercícios físicos para todos, sendo do grupo de risco ou não, com o objetivo de melhorar a função imunológica, diminuir ansiedade e o estresse percebido. Essa recomendação se estende a pessoas em distanciamento social que não estejam infectadas pelo SARS-CoV-2 e para pessoas que estejam infectadas, mas permanecem assintomáticas. Quando percebidos sintomas, deve-se procurar ajuda médica. 
Segundo Alecrim (2020, p.8) sugere que as práticas de atividades físicas e de lazer podem ajudar na diminuição de sintomas de diversas doenças, dentre elas a contaminação e agravamento da COVID-19.
Diversos pesquisadores brasileiros publicaram estudos sobre a importância da prática da atividade em casa ou ao ar livre, enfatizando, também, a importância da redução dos comportamentos sedentários durante a pandemia. Pitanga et al (2021) enfatizaram ainda, em outro ponto de vista, a necessidade de a atividade física ser considerada atividade essencial em qualquer determinação legal que venha a ser publicada por órgãos governamentais. Destacando também atenção, ainda, para a importância de modificações no estilo de vida como forma de reduzir o impacto da pandemia.
Durante as leituras, podemos identificar que muitos autores relatam sobre diversos efeitos benéficos da prática do exercício físico regular durante o período de pandemia, dentre eles: melhora na aptidão física, preservação da saúde, condicionamento físico elevado, diminuíção de estresse, entre outros. 
Os principais grupos de risco para o COVID-19 vem se ampliando, é necessário um cuidado ainda maior com pessoas idosas, lactantes, crianças e portadores de alguma comorbidade (problemas respiratórios, hipertensos, obesos, diabeticos e portadores de doenças autoimunes). Obviamente, pessoas mais jovens e sem comorbidades mesmo que não tenham sintomas e complicações na maioria dos casos ainda podem transmitir o novo coronavírus. 
O papel dos exercícios físicos para pessoas do grupo de risco têm três pilares: capacidade funcional, controle da comorbidade e melhora da imunidade. 
A capacidade funcional está relacionada com a capacidade dos indivíduos em realizar as suas funções habituais. O controle das comorbidades associadas ao grupo de risco da COVID-19 é uma das principais funções da manutenção da rotina de exercícios mesmo estando em casa. E a capacidadeimunológica está ligada a resposta imunológico do corpo, que através do exercícios fortalecemos nosso corpo e assim temos uma condição melhor responder a essa doença. 
A prática regular do exercício físico atua como um modulador do sistema imune, de forma que pode progressivamente minimizar o dano causado. Durante a atividade física, citocinas pró e anti-inflamatórias são liberadas, há um aumento na circulação de linfócitos, assim como no recrutamento celular. Tais efeitos levam ao melhor controle da resposta inflamatória, reduz os hormônios do estresse, e resultam em menor incidência, intensidade de sintomas e mortalidade frente à ocorrência de infecções virais (YAMANADA, 2020).
Referente a realização de atividade física após a recuperação de pacientes covid, Leitão afirma que: 
“A prática de atividades físicas deve ser mantida mesmo após a recuperação da COVID-19, no entanto seguindo recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, todas as pessoas recuperadas devem passar por uma avaliação minuciosa para a volta a prática de exercícios. O alerta é especialmente importante aos pacientes que foram hospitalizados, onde cerca de 20 a 30% apresentam algum acometimento cardíaco.” (LEITÃO, 2020, p.8)
Entendendo a importância da manutenção de um estilo de vida ativo para a saúde e enquanto profissionais da área da saúde, esperamos que como Profissionais de Educação Física sigamps ocupando nosso espaço na área e auxiliando na promoção da saúde, frente aos desafios que a pandemia do COVID-19 têm imposto no contexto da prática de exercícios físicos.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para atingir os objetivos deste trabalho, realizou-se uma pesquisa descritiva e bibliográfica. Foram consultados alguns livros, artigos científicos, sites, materiais de revistas científicas entre outros. Também foi realizada a pesquisa documental, afim de definir alguns conceitos a serem estudados durante o trabalho. Fonseca (2002) diz que, a pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc.
Primeiramente buscou-se textos que falassem sobre a pandemia da COVID-19 e aspectos relevantes com relação a prática de atividade física neste período. Após a leitura destes, procurou-se compreender quais os benefícios trazidos pela atividade física em tempos de pandemia e de que maneira podemos utilizar exercícios físicos para promoção da saúde física e mental.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante o desenvolvimento do processo da pesquisa de dados, pudemos observar que a pandemia da COVID-19 ainda está longe do fim, todavia, nós como profissionais da educação física, devemos promover a pratica de exercícios físicos, tanto para a manutenção da saúde, quanto para um ganho de imunidade e melhora das condições psicológica das pessoas. 
Podemos identificar a importância da sabedoria de como desenvolver atividades por parte dos profissionais de Educação Física, afim de que esses possam promover a prática de exercícios físicos mesmo que em um período de isolamento. 
Através da pesquisa realizada, e da observação feita pode-se notar que a busca pelo conhecimento dos profissionais pode garantir uma melhora na capacidade física de pessoas, bem como auxiliar em relação a saúde mental. 
5. CONCLUSÃO
A atividade física tem papel fundamental para manutenção dos hábitos saudáveis e prevenção de doenças. Em meio ao caos que estamos vivendo, incentivar a prática de atividades físicas e entender de que forma ela pode ser benéfica para as pessoas deve ser uma das prioridades dos profissionais da educação física. 
A pandemia da COVID-19 mostrou pra grande parte do mundo, a necessidade de medidas preventivas ao combate do avanço vírus. Porém, o isolamento social pode trazer malefícios para a saúde física e mental de muitas pessoas. Desta forma, podemos verificar a importância dos exercícios físicos regulares como uma forma de minimizar efeitos colaterais do isolamento na saúde humana. 
Durante o período em que vivemos, devemos dar preferência a atividades realizadas em casa, ou locais ao ar livre e com cuidados, como lavagem frequente das mãos, utilização de máscara e uso de alcóol sempre que possível. Quanto a intensidade e duração, o ideal é que haja um diálogo com profissionais da área, para um orientação segura e que trará inúmeros benefícios físicos e mentais. 
 
 	REFERÊNCIAS
ALECRIM, J. V. C. Políticas públicas de esporte e lazer na promoção da saúde e covid-19: o que devemos aprender para o futuro. Boletim de Conjuntura, 2020.
BRASIL. Decreto No 10.344, de 11 de maio de 2020. Brasília, 2020.
COSTA, R. M. R.; VIGÁRIO, P. A covid-19 e o distanciamento social: quando a onda da internet substituiu a onda do mar para a prática de exercícios físicos. Rio de Janeiro: 2020.
DE SOUZA, F. R A atividade física diminui a prevalência de hospitalização associada a COVID-19. 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1101/2020.>. Acesso em: 28 de abr. de 2021.
DIAMOND, A. Estreita inter-relação de desenvolvimento motor e desenvolvimento cognitivo do cerebelo e cortéx pré-frontal. Estados Unidos: Rev. de Desenvolvimento Infantil: 2020. 
HALL, G. Conto de duas pandemias: como o COVID-19 e as tendências de globais de inatividade física e comportamento sedentário afetarão um ao outro. Estados unidos: Rev. de Saúde Cardiovascular, 2020. 
LEITÃO. Atividade Física e Imunidade. Brasília: Rev. Cient. Bras., 2020. 
MALTA, D. C.; MORAIS NETO, O. L.; SILVA, M. M. A. et al. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS): capítulos de uma caminhada ainda em construção. Rio de Janeiro: Ciência e Saúde Coletiva, 2016.
JOY, L. Ficando ativo durante a pandemia do COVID-19. Disponível em: <https://www.exerciseismedicine.org/support_page.php/stories/?b=892>. Acesso em: 28 de abr. de 2021. 
OMS. Saúde e o COVID-19. Disponível em: <https:www.paho.org/pt/covid19>. Acesso em: 28 de abr. de 2021. 
PECANHA, T.; GOESSLER, K. F.; ROSCHEL, H. et al. Isolameto Social durante a pandemia do COVID-19, inatividadde física e disseminação de problemas cardiovasculares. Texas: Jornal Americano de Fisiologia, 2020.
PITANGA, F. J. G. Atividade Física e Redução do Comportamento Sedentário durante a Pandemia do Coronavírus. <Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2020005007201&lng=en&nrm=iso.> Acesso em: 04 de maio de 2021.
SIMONNET, A et al. Grande prevalência de obesidade com corona vírus: síndrome respiratória agua grave e requisição de ventilação mecânica invasiva. Estados Unidos: Rev. Americana de Doenças, 2020.
YAMADA, A. COVID-19 e sistema imune:qual o papel do exercício físico e recomendações práticas. Saúde em Revista, 2020.
1 Sandra Francisca Momm - Graduanda Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. Bacharelado em Desenho Industrial pela União de Tecnologias e Escolas de Santa Catarina – UTESC. Engenharia de Processos Industriais pela Faculdade de Tecnologia Assessoritec. Especialista em Black Belt Lean Six Sigma pelo Grupo Werkema de Belo Horizonte.
1 Osvanilda Schmidt - Graduanda Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. Processos Gerenciais pela Faculdade Uniasselvi. 
1 Sabrina Duarte Wessoski - Graduanda Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI.
1 Douglas Henrique Dias Adão - Graduando Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI.
1 Gilmar Espindola - Graduando Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI.
2 Marcos Alexandre Martins Ribeiro - Tutor externo do Curso de Bacharel em Educação Física
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (LEF0305) – Prática do Módulo 6– 15/05/2021

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