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CASO CLÍNICO 31 CISTO DE FOSSA POSTERIOR

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CASO CLÍNICO 31.1 
CISTO DE FOSSA POSTERIOR 
 
DISCENTE: Mayara Ruth Marinho de Sousa 
2º período de medicina 
A) Descreva o cerebelo macroscopicamente. 
 
 O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra segmentar deriva da parte dorsal do 
metencéfalo e fica situado posteriormente à ponte e ao bulbo e inferiormente à parte 
posterior do cérebro, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Situa-se 
sob o tentório do cerebelo na fossa posterior do crânio. Consiste em dois hemisférios 
laterais unidos por uma parte intermediária estreita, o vérmis do cerebelo. Liga-se à 
medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos 
pedúnculos cerebelares médio e superior. 
 O vérmis é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que 
não ocorre na face inferior, onde dois sucos bem evidentes o separam das partes laterais. 
A superfície do cerebelo apresenta sucos de direção predominantemente transversal, que 
delimitam lâminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sucos mais 
pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo 
conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é especialmente 
evidente em secções do órgão, que dão origem também uma ideia de sua organização 
interna. A divisão em lóbulos e fissuras é totalmente anatômica. O vérmis possui 9 
lóbulos e, a cada lóbulo do vérmis (exceto a língula), correspondem 2 nos hemisférios. 
 Vê se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o 
corpo medular do cerebelo, de onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas 
externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo 
medular do cerebelo e com as lâminas brancas que dele irradiam, quando vistas em 
cortes sagitais receberam o nome de árvore da vida. 
 No interior do corpo medular existem quatro pares de núcleos de substância 
cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e 
fastigial. Destes, pelo menos o núcleo denteado é facilmente identificável, mesmo 
macroscópica mente em sessões horizontais o cerebelo. 
 
 
B) Cite a divisão anatômica do cerebelo. Correlacione essa divisão 
com as funções desse órgão. 
 
 
 O cerebelo se encontra na fossa posterior, e tem formato de uma árvore. É 
constituído por: pedúnculo cerebelar superior, que faz uma conexão diretamente com o 
mesencéfalo, língula, vérmis: com nove regiões e oito fissuras que o delimitam, e 
presença de núcleos: emboliforme, dentedado, emboliforme, globoso e fastigial. 
Divisões: 
- Anatômica: hemisférios (direito e esquerdo), vérmis e faces: face superior, face 
inferior, face anterior. 
- Ontogênica (desenvolvimento embrionário) consiste em: lobo flóculo-nodular (esta 
relacionada com a área do equilibro), lobo anterior e lobo posterior. 
- Filogenética (evolução das espécies): 
 - Arquiocerebelo (equilíbrio); 
 - Paleocerebelo ( movimentos progressivos: andar, pular e tônus muscular); 
 - Neocerebelo: (movimentos precisos movimentos delicados, coordenação motora); 
Funções: 
- Sistema vestibular: posição dos olhos em relação a cabeça, e a cabeça em relação ao 
corpo 
- Medula: informações sobre o grau de contração dos músculos, a tensão das capsulas 
articulares e tendões, posição e velocidade do movimento das partes do corpo. 
- Córtex: informação do córtex oriundo de todos os lobos cerebrais 
Funcional: 
 - Vestibulo- cerebelo: compreende o lobo floculo-nodular e faz conexões com o núcleo 
fastigial e os núcleos vestibulares; 
 - Espino- cerebelo: compreende os vérmis e a zona intermedia dos hemisférios e fazem 
conexões com a medula; 
- cérebro- cerebelo: compreende a zona lateral e faz conexões com o córtex cerebral. 
 
 
C) Defina as relações anatômicas e funcionais do cerebelo com as 
outras regiões do sistema nervoso central. 
 
 As principais funções das subdivisões do cerebelo são: manutenção do 
equilíbrio, controle dos movimentos voluntários e aprendizagem motora. 
- Manutenção do equilíbrio: essas funções se fazem basicamente pelo arquicerebelo e 
pela zona medial (vérmis) que promovem a contração adequada e inconsciente dos 
músculos axiais e proximais dos membros. A influência do cerebelo é transmitida aos 
neurônios motores pelos tractos vestíbulo-espinhais e retículo-espinhais. Tais tractos se 
originam, respectivamente nos núcleos vestibulares (que recebem fibras fastígio-
vestibulares) e na formação reticular (que recebem fibras fastígio-reticulares). 
- Controle do tônus muscular: os núcleos centrais, em especial o núcleo denteado e 
interpósito, mantêm, mesmo na ausência de movimento, um certo nível de atividade 
espontânea. Essa atividade, agindo sobre os neurônios motores via tractos córtico-
espinhal e rubro-espinhal, é importante para a manutenção do tônus. 
- Controle dos movimentos voluntários: lesões do cerebelo têm como sintomatologia 
uma grave ataxia, ou seja, falta de coordenação dos movimentos voluntários decorrentes 
do erro na força, extensão e direção do movimento. O mecanismo através do qual o 
cerebelo controla o movimento envolve duas etapas: uma de modulação do 
planejamento motor (programação motora) e outra de correção do movimento já em 
execução. O planejamento do movimento é elaborado na zona lateral do órgão, a partir 
de informações trazidas, pela via córtico-ponto-cerebelar, de áreas do córtex cerebral 
ligadas a funções psíquicas superiores (áreas de associação) e que expressam a intenção 
do movimento. O ‘plano’ motor já processado pelo cerebelo lateral é então enviado às 
áreas motoras do córtex cerebral pela via dento-talámica-cortical e colocado em 
execução através da ativação dos neurônios apropriados dessas áreas, os quais, por sua 
vez, ativam os neurônios motores medulares através do tracto córtico-espinhal. Uma vez 
iniciado, o movimento passa a ser controlado pela zona intermédia do cerebelo. Esta, 
através de suas inúmeras aferências sensoriais, especialmente as que chegam pelos 
tractos espino-cerebelares, é informada das características do movimento em execução 
e, através da via interpósito-tálamo- cortical, promove as correções devidas, agindo 
sobre as áreas motoras e o tracto córtico-espinhal. Assim, o papel da zona intermédia é 
diferente da zona lateral, o que pode ser correlacionado com o fato de que a zona 
intermédia recebe aferências espinhais e corticais, enquanto a zona lateral recebe apenas 
estas últimas. Ratificando esta diferença, temos o fato de que o núcleo denteado (ligado 
ao planejamento motor) é ativado antes do início do movimento, enquanto que o núcleo 
interpósito (ligado a correção do movimento) só é ativado depois que ele se inicia. 
- Aprendizagem motora: o sistema nervoso é capaz de aprender a executar tarefas 
motoras repetitivas cada vez melhor, o que provavelmente envolve modificações mais 
ou menos estáveis em circuitos nervosos. Admite-se que o cerebelo participa desse 
processo através das fibras olivo-cerebelares, que chegam ao córtex cerebelar como 
fibras trepadeiras e fazem sinapses diretamente com as células de Purkinje. Essas fibras 
podem modular a excitabilidade das células de Purkinje, em resposta aos impulsos que 
elas recebem do sistema de fibras musgosas e paralelas. Tal ação parece ser muito 
importante para a aprendizagem motora. 
 
 
D) Descreva a vascularização cerebelar. 
 
 O cerebelo é suprido por três grandes artérias: artéria cerebelar 
inferior posterior, artéria cerebelar inferior anterior e artéria 
cerebelar superior. A artéria cerebelar inferior posterior é o maior ramo da 
artéria vertebral. Na terminologia clínica, esta artéria é chamada PICA 
(posterior inferior cerebellar artery). Aartéria cerebelar inferior anterior 
(AICA) é oprimeiro grande ramo da artéria basilar. A artéria cerebelar 
superior (SCA) é o último grande ramoda artéria basilar anteriormente à sua 
ramificação nas artérias cerebelaresposteriores. 
 
E) Correlacione os sintomas apresentados com as síndromes 
cerebelares. 
 
 Quatro síndromes cerebelares podem ser reconhecidas com base na 
localização da lesão: síndrome cerebelar hemisférica, síndrome do vermis 
anterior, síndrome do vermis posterior, síndrome pancerebelar. A síndrome 
cerebelar hemisférica é composta de ataxia e hipotonia das extremidades 
ipsilaterais. As causas comuns são infartos e neoplasias. A síndrome do 
vermis anterior consiste em distaxia dos membros inferiores e do tronco, com 
pouco envolvimento das extremidades superiores, da fala e dos movimentos 
oculares. A causa mais comum é a degeneração cerebelar alcoólica crônica. A 
síndrome do vermis posterior, ou síndrome floculonodular, traz incapacidade 
à pessoa de manter-se em pé, devido à ataxia axial. Pode ocorrer nistagmo. 
Essa síndrome é mais comum em tumores de vermis cerebelar,como, 
por exemplo, ependimomas de quarto ventrículo, meduloblastomas 
e astrocitomas cerebelares. A síndrome pancerebelar apresenta 
sintomas como ataxia bilateral de membros superiores e inferiores, de tronco, 
fala cerebelar, nistagmo e hipotonia generalizada.As causas comuns 
são doenças heredodegenerativas, esclerose múltipla ou intoxicação.

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