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1
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO PEDAGOGIA
ALGUMAS ÁREAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUAS CARACTERÍSTICAS
 Aluno(a): Solimara Pereira da silva
 Professor(a): Maria Alejandra Iturrieta Leal
RESUMO
O objetivo geral deste trabalho é realizar a apresentação de algumas áreas que compõem a educação especial, buscando mostrar um pouco sobre suas especificidades. Inclusão implica participação plena, mudanças de valores, práticas e respeito as características. A pergunta problema que norteia este tema é: Para que o processo de inclusão na escola seja de qualidade, o que pode ser considerado essencial? É necessário trabalhar em função do aproveitamento escolar dos alunos, a fim de que a escola não gere fracasso, superando o estigma, o preconceito e toda forma de discriminação. Como hipótese, os gestores tem a responsabilidade de estabelecer na escola um ambiente inclusivo, trabalhando de forma significativa, gerando resultados. Este trabalho se baseia em pesquisa bibliográfica e qualitativa, onde a fundamentação se baseia nos seguintes autores: Amaral, Baptista, Belisário Filho, Bonet, Cader-Nascimento, Costa, Calcante, Dias, Fernandes, Magalhães, Maia, Mercadante, Oliveira, Pires, Silva, Taveira, Vigostky.
Palavras Chaves: Educação Especial, Inclusão, Escola.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho, tem como objetivo geral, analiar algumas áreas da educação especial, a fim de adquirir subsídios teóricos que possibilite m atuar com competência na escola regular, enfrentando os desafios da inclusão, analisando as possibili-dades da inclusão em cada área.
Abordando tais objetivos de forma mais específica, reconheceremos a importância do trabalho de estimulação, essencial para o desenvolvimento global da criança de 0 a 3 anos e 11 meses de idade, refletindo sobre a barreira do preconceito, a ética e a inclusão do aluno com NEE. Como oportunidade de minimizar situações de discriminação, promovendo a igualdade de oportunidades e verificando a inclusão do aluno adolescente ou adulto, analisaremos o trabalho realizado na educação de jovens e adultos e a educação sexual dos deficientes intelectuais.
A Didática utilizada pelo professor que trabalha com a inclusão tem fundamental importância diante dos processos de ensino e aprendizagem, principalmente as estratégias de ensino que favoreçam a flexibilização curricular e atendam a diversidade em relação aos níveis de abstração e o ritmo de cada aluno, principalmente em relação aos alunos por sala; o ideal seria no máximo dois que apresentem necessidades especiais em cada sala. A inclusão de avaliação processual e contínua, para possibilitar adequações, sendo um desafio para os professores. Nossa responsabilidade é estabelecer na escola um ambiente inclusivo, trabalhando de forma significativa e tendo como princípio, a motivação, que é fundamental para o sucesso da aprendizagem.
Pensaremos sobre práticas inclusivas na educação de crianças, jovens e adultos, serão desenvolvidos temas sob a ótica inclusiva, a fim de refletir quanto a melhoria da qualidade de vida e condições educacionais, possibilitando a socialização no espaço escolar.
Abordaremos algumas áreas da educação especial, a saber, deficiência intelectual, auditiva, visual, física, transtorno global do desenvolvimento - TDH, deficiência múltipla, altas habilidades, super dotação, surdo cegueira. 
A inclusão precisa ser assumida por todos, através de um projeto político-pedagógico que seja comprometido com a diversidade, baseado em princípios democráticos, que tenha um currículo adaptado, permitindo concretizar metas, desafiando o professor a ser flexível, levando-o a caminhar para níveis elevados de formação, compromisso e enfrentamento das dificuldades em relação ao processo inclusivo.
A pergunta problema que norteia este tema é: Para que o processo de inclusão na escola seja de qualidade, o que pode ser considerado essencial?
Sobre as hipoteses nota-se que é necessário o preparo de toda comunidade escolar para receber bem os alunos. Uma nova concepção de escola precisa ser desenvolvida, a fim de que experiências educacionais possam contribuir com a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais, tornando a escola um espaço acolhedor, de aprendizagem, sustentado por uma prática educativa que favoreça novas formas de compreensão sobre a deficiência, redefina o planejamento e acompanhe a trajetória escolar dos alunos, contribuindo com a crença da possibilidade de mudanças e aprendizagem, e garantindo o direito de todos a educação.
O trabalho caracteriza-se metodologicamente como sendo uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, e foi desenvolvido baseado nos seguintes autores: Amaral; Batista; Belisário Filho; Bonet; Costa; Cader-Nascimento; Cavalcanti; Dias; Fernandes; Maia; MAGALHÃES; Marcadante; Oliveira; Pires; Silva; Taveira; Vygotsky
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Conceitos Relacionados a Educação Especial
 Para falar sobre educação especial podemos citar vários autores. Entre eles destacamos Almeida (2012) pelo fato de nos dar uma idéia prática e teórica a respeito desta modalidade.
 Educação Especial é uma modalidade de ensino que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas portadoras de necessidades especiais, condutas típicas ou altas habilidades e, que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-se em referenciais teóricos e práticos compatíveis com as necessidades específicas de seu alunado (ALMEIDA, 2012)
 A educação especial é voltada para os portadores de deficiências, como deficiências auditivas, visuais, intelectual, física, sensorial, surdo-cegueira e as múltiplas deficiências.
 Para que esses educandos tão especiais possam ser educados e reabilitados, é de extrema importância a participação deles em escolas e instituições especializadas. Para isto torna-se necessário a escola dispor de profissionais capacitados para este tipo de educação. A Lei nº 9394/96 define a educação especial da seguinte forma:
 Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. (LDB n. 9.394/96 Art. 58).
 Segue abaixo alguns conceitos relacionados à educação inclusiva.
inclusão: ato ou efeito de incluir (BRASIL, 2021)
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Educação inclusiva é uma abordagem de desenvolvimento das necessidades de aprendizagem para todas as crianças, jovens e adultos, especialmente aqueles que são vulneráveis à marginalização e exclusão. 
EDUCAÇÃO ESPECIAL: é o ramo da Educação, que se ocupa do atendimento e da educação de pessoas com deficiência em instituições especializadas, tais como escola para surdos, escola para cegos ou escolas para atender pessoas com deficiência mental. 
PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS: são aquelas que, por alguma espécie de limitação requerem certas modificações ou adaptações no programa educacional, para que possam atingir todo seu potencial. 
DEFICIÊNCIA: segundo a Organização Mundial de Saúde é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia da pessoa.
DEFICIÊNCIA MENTAL: o estado de redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência doméstica, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA: é um especialista que exerce sua profissão dentro do magistério profissional, conforme nos lembra Almeida (2005), para atuar diretamente com alunos com necessidades educacionais especiais, já que o encaminhamento desses ao ensino regularé processo irreversível no contexto escolar da atualidade.
CLASSE ESPECIAL: é uma sala de aula preferencialmente distribuída na educação infantil e ensino fundamental, organizada de forma a se constituir em ambiente próprio e adequado ao processo ensino/aprendizagem do educando portador de necessidades educacionais especiais.
 Existem muitos outros conceitos relacionados à Educação Inclusiva que poderíamos destacar neste trabalho. Porém as definições abordadas já são suficientes para que os leitores tenham uma noção sobre a educação inclusiva bem como a atuação do professor neste contexto.
 No contexto escolar, o professor ainda se sente despreparado para atender esse aluno e realizar a flexibilização curricular. Para que possa promover a aprendizagem de todos, é necessário rever metodologias, adequar seu projeto político-pedagógico, procedimentos avaliativos e a questão do tempo e ritmo do aluno. 
 A escola precisa utilizar e disponibilizar, além de recursos tecnológicos, recursos físicos e materiais voltados às suas necessidades, como o sistema Braille, máquina de datilografia Braille, reglete (régua que é composta por adaptado em relevo), entre outros. O espaço físico também precisa ser pensado em função da deficiência. O aluno com baixa visão necessita de iluminação adequada na sala de aula, para que consiga visualizar o quadro de giz e se posicionar adequadamente nesse espaço, possibilitando assim, a escolha de um lugar adequado para desenvolver seu aprendizado.
 Silva (2016) considera, na educação de alunos cegos, que a escolha de estratégias precisa considerar a aceitação do cego e sua condição, o funcionamento dos outros órgãos dos sentidos e os recursos disponíveis. Cader- Nascimento e Costa (2014) consideram de fundamental importância que o ambiente da escola possa ser organizado, gerando oportunidades, levando a criança a aceitar a mediação do professor, a fim de que possa colaborar com as atividades pedagógicas, estabelecendo uma relação de cumplicidade, de apego, de amor e de afeto e, consequentemente, de confiança entre as pessoas diretamente envolvidas no processo educacional.
A surdo cegueira representa um desafio para a inclusão escolar pois diz respeito ao educando com problemas nos órgãos sensoriais, ou seja, a audição e a visão. Por ser caracterizada como uma deficiência múltipla, o ensino precisa ser totalmente individualizado. A surdo cegueira é concebida como única deficiência e não como a junção da deficiência visual e auditiva. Para esses alunos são necessários os serviços de: guia intérprete de instrutor mediador, para guiar, interpretar e mediar a comunicação (BRASIL, 2010, p.10).
Em se tratando de alunos com deficiência auditiva, o professor precisa identificar os diferentes graus de surdez, para que possa construir um planejamento de ensino adequado para a situação real do aluno, pois a perda auditiva tem consequência no desenvolvimento infantil. O professor precisa conhecer a causa da deficiência apresentada por seu aluno “[...] valorizando o sentido visual, já que os recursos sonoros estão reduzidos ao ausentes” (DIAS; SILVA; BRAUN, 2017, P. 103).
Baseado nesse pressuposto torna-se fundamental, a escola oferecer adaptações e suportes para o aluno, possibilitando o acesso a comunicação. Para auxiliar o professor na execução de práticas inclusivas, Bevilacqua e Balieiro (1984) apresentam algumas orientações gerais que o professor pode seguir quando contar em sua sala de aula com a presença de um aluno com deficiência auditiva: Solicitar que a criança sente-se próxima ao professor, nunca de frente a janela, pois é necessária boa iluminação para a leitura orofacial. O aluno com deficiência auditiva poderá ser atendido na sala de recursos, por um profissional especializado e usufruir de materiais diferenciados, além de jogos e brinquedos educativos, podendo ser atendido individualmente ou em grupos.
 A deficiência múltipla é definida pela junção de duas deficiências ou mais. Maia (2010) destaca que “as manifestações da deficiência podem ocorrer nas seguintes áreas: Física e Psíquica, Sensorial e Psíquica, Sensorial e física, Física, Psíquica e sensorial”.
 As possibilidades de desempenho satisfatório das crianças com deficiência múltipla são variadas; é necessário que estejam em processo de inclusão na escola comum, com adaptações e suplementação em classe comum. É importante que o professor conheça as necessidades dos seus alunos e saiba como interpretá-las e sinta-se impulsionado a auxiliá-las sempre com ações que vão desde as alterações no projeto político-pedagógico como aprendizagem sobre formas de comunicação e interação.
 O aluno com deficiência física pode ter nascido assim ou adquirido posteriormente, por motivo de acidentes ou doenças. Uma das mudanças imprescindíveis para a sua inclusão consiste na adequação do espaço físico, aquisição de mobiliários adequados, construção de rampas de acesso, espaço maior entre as prateleiras da biblioteca, piso antiderrapante, corrimão nas escadas, banheiros com adaptação, portas mais largas, equipamentos, entre outros.
Quanto ao aluno que tem problema motor envolvendo os membros inferiores, todo cuidado é necessário com relação ao deslocamento do cadeirante, que mesmo “[...] feito de forma autônoma, e mesmo com supervisão e ajuda, exigem a preocupação com barreiras, que tanto podem estar na inadequação do piso a ser percorrido, como na altura do armário que será utilizado para guardar o material” (PIRES, BLANCO, OLIVEIRA, 2007, p.138). A deficiência neuro motora implica em elevado comprometimento motor, ocasionado por sequelas neurológicas que podem comprometer a fala, o desenvolvimento motor e os movimentos. As lesões no sistema no cerebral podem causar também a deficiência mental.
A paralisia cerebral é fruto de uma lesão no encéfalo, podendo ocorrer antes, durante ou após o nascimento; provoca modificação no movimento e na postura. A criança com distrofia genética, ou seja, que apresenta doenças genéticas caracterizadas por uma degeneração do tecido muscular, “[...]apresenta um quadro motor distinto de uma criança com paralisia cerebral (mais caracterizada pela incoordenação dos movimentos), assim ambas irão necessitar de adaptações diferentes no seu cotidiano”(MAGALHÃES, 2010, p.50).
O TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento) é um conjunto de distúrbios que afetam as interações sociais, levando o indivíduo a comportamentos diversos e inapropriados, sendo um desafio para o processo de inclusão. Crianças e jovens geralmente têm dificuldade de manter o contado visual e podem apresentar fobias (medos desproporcionais ou inusitados de situações corriqueiras, como o toque da sirene, mosca voando etc.). 
De modo geral, as crianças apresentam grandes resistências às mudanças, tanto na dimensão especial (organização da sala) quanto temporal (organização da rotina das atividades) (FERNANDES et al., 2007, p. 153). O professor deve buscar formas adequadas para se comunicar com esse aluno, trabalhar com dramatização que “[...] oportuniza o suporte ao raciocínio lógico, ajudando a integrar, organizar e sequenciar as ideias” (FERNANDES et al., 2007, p.163), propiciar o trabalho integrado com fonoaudiólogos, terapeutas, psicólogos, médicos, assistentes sociais, sendo essencial o envolvimento com a família.
Taveira (2011) sintetizou as orientações contidas no Manual de diagnóstico e estatísticas de transtornos mentais (DSM.IV), apresentando as características do TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento), as quais serão apresentadas.
 O aluno com quadro de autismo tem prejuízos em relação ao seu desenvolvimento, sua interação social e a comunicação. São indivíduos que apresentam dificuldades de compreensão da linguagem e, muitas vezes, não conseguem entender uma pergunta, como orientação sobre atividades ou até mesmo uma simples piada. 
As brincadeiras imaginativas são ausentes ou prejudicadas, interessam-se 
por rotinas ou rituais não funcionaise movimentos estereotipados, como bater palmas, estalar dedos, movimentar a cabeça ou o corpo, movimentos não comuns e postura não normal. Apresentam também certa preocupação com objetos, por exemplo, botões, ou partes do seu próprio corpo. “Ficam encantados por objetos que se movem, como rodinhas dos brinquedos, gostam de abrir e fechar portas, observar o ventilador em movimento, entre outros” (BELISÁRIO FILHO; CUNHA, 2010).
A síndrome de Rett manifesta-se entre 6 e 18 meses de idade; a criança apresenta diferentes déficits, o perímetro cefálico tende a crescer mais lentamente. Ocorre a “[...] perda das habilidades voluntárias das mãos adquiridas anteriormente, e posterior desenvolvimento de movimentos estereotipados semelhantes a lavar ou torcer as mãos” (TAVEIRA, 2011, p. 51).
A criança também pode apresentar convulsão. A primeira etapa, chamada estagnação precoce, começa entre os 6 e os 18 meses, na qual ocorre desaceleração do perímetro cefálico e o isolamento social; o estágio não é prolongado, dura alguns meses. 
A segunda fase, tem início entre o primeiro e o terceiro ano de vida e tem como característica a regressão psicomotora, “[...] choro imotivado, irritabilidade, perda da fala adquirida, comportamento autista e movimentos estereotipados das mãos, irregularidades respiratórias (apneia durante período da vigília e episódios de hiperventilação, ente outras) e epilepsia podem estar presentes”. (MERCADANTE; GAAG; SCHWARTZMAN, 2006, p.13). 
A terceira fase chamada de pseudestacionária, ocorre entre os 2 e 10 anos de idade, muitas crianças perdem peso, outras apresentam perda de fôlego, aerofagia, expulsão forçada de ar e saliva, surgem distúrbios motores, ataxia, apraxia, espasticidade, escoliose e bruxismo.
A quarta etapa, denominada deterioração motora tardia, surge por volta dos dez anos, na qual ocorre pequena progressão de prejuízos motores, como também escoliose, desvio cognitivo grave, e deficiência intelectual severa.
Na síndrome de Asperger, a criança apresenta dificuldade em relação á interação social; manifesta-se no período de 3 a 5 anos. Em seu desenvolvimento o indivíduo produz padrões restritos e repetitivos, em relação ao seu comportamento social e suas áreas de interesse. São crianças isoladas do convívio social, abordam de maneira inapropriada, insensíveis quanto a sentimentos; alguns são ansiosos e escassos de intuição. Não há comprometimento significativo na linguagem oral e habilidades de autocuidado; são crianças que apresentam excelentes habilidades cognitivas, com QI normal ou acima da média.
O Transtorno Desintegrativo da Infância, também conhecido por Síndrome de Heller, manifesta-se após dois anos de idade e antes dos onze. É considerada em razão de suas poucas manifestações. Sua etiologia ainda é desconhecida. As crianças apresentam nível grave e profundo de deficiência intelectual, sendo necessário um trabalho multidisciplinar.
As crianças com Deficiência Intelectual leve apresentam desempenho pouco diferenciado em relação às crianças de sua idade, podendo enriquecer sua aprendizagem através do convívio com outras crianças da sua idade, que representam modelos, e podem realizar trocas cognitivas. É fundamental que todo o professor respeite as limitações das crianças e seu ritmo próprio para a realizar as atividades propostas, realizar adaptações em relação ao conteúdo, buscando concentrar seu trabalho em conteúdos essenciais. Os professores que recebem os alunos com deficiência intelectual têm poucas informações sobre as crianças, o que, muitas vezes, contribui para seu fracasso escola.
É necessário analisar o processo de inclusão de forma ampla, oferecendo todas as condições necessárias para que efetive, o que implica em um processo de mudanças e de adaptações necessárias de toda a estrutura escolar. A partir das contribuições de Vygotsky, “O estado de desenvolvimento mental de uma criança só pode ser determinado se forem revelados os seus dois níveis. O nível de desenvolvimento real e a zona de desenvolvimento proximal” (VYGOSTKY, 1996, p.113).
De acordo com Renzulli (1988, p.20 apud BAPTISTA; VIEIRA, 2006, p. 167) Altas Habilidades/superdotação “[...] são manifestações do desempenho humano que podem ser desenvolvidas em certas pessoas, em determinados momentos e sob determinadas circunstâncias.” São pessoas que apresentam as seguintes características: “habilidade acima da média, comprometimento com a tarefa e a criatividade”. 
Esse aluno apresenta excelente desempenho e grande potencial em relação a sua capacidade cognitiva, pensamento criativo, capacidade de liderança, e outras habilidades. Todo educador necessita de maior compreensão acerca dos interesses, necessidades afetivas, cognitivas e sociais dos alunos que se enquadram nessas áreas, assim, tem a possibilidade de respeitar o ritmo de cada um e possibilitar a construção do conhecimento.
A educação de jovens e adultos volta-se para jovens e adultos que não realizaram seu processo de escolarização na idade adequada ou que retorna á escola após um determinado tempo para dar continuidade aos seus estudos ou iniciá-los. A EJA atende os alunos com necessidades educacionais especiais, buscando oferecer igualdade de oportunidades. 
A realidade mostra que os alunos com deficiência que ainda não foram alfabetizados frequentam escolas especiais, classes especiais ou mesmo o ensino regular, onde muitos estudam com crianças e não em sala de aulas da EJA, que ainda necessitam ampliar seu atendimento, pois, muitas das vezes, esses alunos recebem uma educação infantilizada. Ela é uma modalidade que atende indivíduos diferenciados, que precisam ser valorizados por seus professores e socialmente, sendo necessário que se redimensione a prática pedagógica.
O MEC (Ministério da Educação e Cultura), salienta que a área da educação especial, abrange a EJA e a educação profissional, como forma de ampliar as possibilidades e oportunidades de escolarização, preparação o mundo do trabalho e inserção social. A deficiência não pode ser considerada um empecilho para a construção do conhecimento e desenvolvimento do aluno.
É importante destacar que as pessoas com necessidades educativas especiais podem exercer plenamente a sua cidadania; é necessário combater estigmas em relação a sua capacidade, dando respostas ás suas necessidades; assim, a escola pode contribuir para a minimizar as desigualdades, por meio de trabalho com os valores que permeiam o seu cotidiano, pois reconhecer seus direitos não é o suficiente, o importante é dar condições para que possa exercê- los.
Criar uma nova cultura escolar, que possa sensibilizar a todos em relação às mudanças em sua proposta pedagógica. Estabelecer a solidariedade, a cooperação e atitude lógica, pode romper com a discriminação e o preconceito, considerando a diversidade humana como fator que enriquece o processo de ensino aprendizagem.
Por meio das interações e vivências na sala de aula é possível identificar as dificuldades presentes na representação social dos alunos com NEE. Para Oliveira (2006, p.98c): Esses saberes imaginários, representações e práticas de exclusão precisão ser analisados pelos educadores que possam intervir em seu cotidiano escolar, construindo novos saberes e representações, bem como efetivando práticas inclusivas.
Pensar em uma sociedade inclusiva envolve aceitação das diferenças, respeito e compromisso com a mudança. Vencer o preconceito implica quebra de paradigmas. Sendo o preconceito uma barreira atitudinal, existe vários caminhos para modificar essa situação, como investir na formação inicial e continuada dos professores, resgatar a ética no relacionamento humano, verificando a importância de compreender as necessidades dos nossos educandos.
alunos com NEE precisam ser orientados para buscar seus direitos, para que não se coloquem em uma posição inferior e assimile alguns estigmas. O preconceito diz respeito a um “pré-conceito” que o indivíduo realiza de forma errônea, manifestando-se por meio de gestos e palavras. A escola devecultivar o exercício da tolerância, reconhecendo a diferença do outro e suas particularidades.
As diferenças podem ser indicadores de preconceitos ou estereótipos, precisam ser valorizadas e possibilitar a construção de novas concepções. O preconceito tem um efeito limitador em relação a autonomia e a liberdade, impedindo sua total participação na sociedade.
A escola, como espaço de socialização, difunde valores e atitudes, que necessitam ser problematizados, e possibilitar o compromisso do professor, com a valorização da diversidade, para que possibilite a reconstrução de seus afazeres, reconhecendo a diversidade como possibilidade de aprendizagem.
É necessário um diálogo intenso com os diversos segmentos para ampliar ações que contribuam com a inclusão e a inserção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A educação inclusiva no Brasil tem ocorrido dentro de uma série de discussões no que diz respeito ao que seria verdadeiramente a Inclusão. O sistema de ensino tem buscado se adaptar a essa nova realidade tentando sempre incluir as pessoas que possuem deficiência no sistema regular de ensino. Trata-se de um sistema educacional que tenta trazer as melhores respostas educacionais com qualidade ao conjunto das pessoas que precisam ser incluídas no contexto da educação regular.
 Uma escola inclusiva permite uma constante revisão de suas práticas e saberes, possibilitando uma tomada de consciência que possa rever suas concepções. A educação inclusiva demonstra a tentativa de criar um sistema de ensino equitativo e consiste em um caminho para a inclusão na sociedade, é necessário estabelecer um compromisso com a diversidade humana. 
 Para que a inclusão escolar se efetive nos espaços educativos, é necessário criar uma cultura inclusiva, criando redes de apoio formados por um grupo de apoio de pessoas que assumam esse desafio, contando com uma liderança pedagógica por uma equipe pedagógica que reconheça a sua responsabilidade e possa delinear objetivos e favorecer a tomada de decisões e trabalhar de forma flexível, para que possa ensinar os alunos apresentar diferentes níveis de desempenho escolar. Fica claro de que o grande desafio da educação inclusiva nas escolas envolve melhorar as condições de trabalho, valorizar o profissional e incentivar a formação continuada.
 É bom lembrar que toda mudança é efetiva por meio de pequenos avanços conquistados no cotidiano e para tal é necessário trabalho de equipe que acredite na construção da escola e da diversidade, que possamos promover a inclusão no nosso futuro campo de atuação profissional, refletindo sobre princípios éticos e eliminando práticas excludentes. 
 É preciso repensar nossas ações cotidianas, a fim de minimizar os obstáculos que impeça uma educação para todos; assim, o professor terá que ousar e buscar metodologias interativas que possibilite uma aprendizagem adequada. Sendo assim é necessário que o governo e as políticas públicas, desenvolvam projetos e programa de conscientização diante das diversidades, dando a oportunidade aos cidadãos de conhecer os seus direitos, para que seus deveres não sejam esquecidos e garantir o acesso ao ensino regular. 
 A análise dos resultados obtidos, nos permite concluir que modificações no sistema de ensino precisam ser efetivadas com urgência, para que desapareçam os vestígios de uma sociedade que por muito tempo deixou essas pessoas à margem e estratégias para uma nova aprendizagem, que contemple o aluno por inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indivíduo.
REFERÊNCIAS
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