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PRÉBIOTICOS E PRÓBIOTICOS
Lara Rocha, 5º Período Nutrição, 1º semestre de 2020.
Introdução ao tema
Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. As espécies de Lactobacillus e Bifidobacterium são as mais usadas como probióticos, mas o fermento Saccharomyces boulardii e algumas espécies E. coli e Bacillus também são usadas. Os novos agentes incluem também Clostridium butyricum, aprovado recentemente como novo alimento na União Europeia. As bactérias de ácido láctico, como a espécie Lactobacillus, que foram usadas para a conservação de alimentos por fermentação durante milhares de anos, podem agir como agentes fermentadores de alimentos e gerar, também, efeitos benéficos à saúde. Em rigor, no entanto, o termo “probiótico” deve ser reservado para os micróbios vivos que, em estudos humanos controlados, demonstraram produzir benefícios à saúde. A fermentação é utilizada em nível mundial para a conservação de várias matérias primas agrícolas (cereais, raízes, tubérculos, frutas e hortaliças, leite, carne, peixe, etc.). 
Introdução ao tema
Introdução ao tema
Os principais aspectos do prebiótico são que é não digerível pelo hospedeiro e que beneficia a saúde do indivíduo graças a seu efeito positivo sobre os micróbios benéficos autóctones. A administração ou uso de prebióticos ou probióticos visa influenciar beneficamente o ambiente intestinal dominado por trilhões de micróbios comensais. Os probióticos e prebióticos demonstram ter efeitos favoráveis que vão além do intestino, mas esta diretriz se concentrará nos efeitos sobre o intestino. 
Os prebióticos são substâncias alimentares compostas basicamente por polissacarídeos não amido e oligossacarídeos. A maioria dos prebióticos é usada como ingredientes de alimentos — em bolachas, cereais, chocolate, pastas e laticínios, por exemplo. Os prebióticos mais conhecidos são: Oligofrutose, Inulina, Galactooligossacarídeos, Lactulose ,Oligossacarídeos do leite de peito. 
SIMBIOTICOS
• Alimentos que contêm microorganismos probióticos e ingredientes prebióticos que em sinergia vão beneficiar o organismo
• Benefícios:
– Redução de citocinas pró-inflamatórias
– Melhora do sistema imunológico
– Redução de infecções intestinais
– Aumento da massa magra
– Redução da massa gorda
Introdução ao tema
A lactulose é um dissacarídeo sintético usado para o tratamento da constipação e da encefalopatia hepática. A oligofrutose prebiótica está presente naturalmente em muitos alimentos como trigo, cebolas, bananas, mel, alho e alho-porró. A oligofrutose também pode ser extraída da raiz de chicória ou pode ser sintetizada por via enzimática a partir da sacarose. 
A fermentação da oligofrutose no cólon resulta em um grande número de efeitos fisiológicos, incluindo: 
• Aumento do número de bifidobactérias no cólon 
• Aumento da absorção de cálcio 
• Aumento do peso fecal 
• Encurtamento da duração do trânsito gastrointestinal 
• Possível efeito hipolipemiante 
O aumento de bifidobactérias colônicas é considerado benéfico para a saúde humana graças à produção de compostos que inibem os patógenos potenciais, reduzindo os níveis sanguíneos de amônio e produzindo vitaminas e enzimas digestivas. Os simbióticos são combinações apropriadas de prebióticos e probióticos. Um produto simbiótico exerce um efeito tanto prebiótico como probiótico. 
Gêneros, espécies e cepas usados como probióticos 
As cepas de probióticos são identificadas segundo seu gênero, espécie, subespécie (se corresponder) e uma denominação alfanumérica que identifica uma cepa específica. Os fabricantes de probióticos devem registrar suas cepas com uma depositária internacional que outorgará uma denominação adicional às cepas. 
Recomendações para o uso de probióticos
Algumas cepas têm propriedades singulares que podem explicar certas atividades neurológicas, imunológicas e antimicrobianas. Entretanto, um conceito emergente no campo dos probióticos é reconhecer que alguns mecanismos da atividade probiótica estão compartilhados provavelmente entre as diferentes cepas, espécies ou inclusive gêneros. Muitos probióticos podem funcionar de maneira similar com respeito à sua capacidade de promover resistência à colonização, regular o trânsito intestinal ou normalizar a microbiota alterada. Por exemplo, a capacidade de melhorar a produção de ácidos graxos de cadeia curta ou de reduzir o pH luminal no cólon pode ser o benefício principal expressado por muitas cepas de diferentes probióticos. Em consequência, é provável que alguns benefícios dos probióticos surjam de muitas cepas de determinadas espécies bem estudadas de Lactobacillus e Bifidobacterium. Se o objetivo do consumo de probiótico for melhorar a saúde do aparelho digestivo, talvez muitas preparações diferentes contendo quantidades adequadas de espécies bem-estudadas sejam suficientes. 
No campo dos probióticos é frequente as revisões sistemáticas e metanálises incluírem cepas múltiplas. Esse tipo de abordagem é válido se for demonstrado que os mecanismos de ação compartilhados entre as diferentes cepas incluídas são os causantes do benefício que está sendo avaliado. 
Microbiota colonizante
As funções tanto dos probióticos quanto dos prebióticos estão entrelaçadas com os micróbios que colonizam os seres humanos. Os prebióticos servem como fonte de alimento para os membros benéficos da comunidade bacteriana comensal, promovendo assim a saúde. A interação entre probióticos e células anfitriãs, ou entre probióticos e micróbios autóctones, oferece um meio fundamental para influenciar na saúde do hospedeiro.
A nível de espécies e cepas, a diversidade microbiana entre indivíduos é bastante notável: cada indivíduo abriga seu próprio padrão distintivo de composição bacteriana, determinado em parte pelo genótipo do hospedeiro, como resultado da colonização inicial quando o nascimento por transmissão vertical, e através de hábitos dietéticos.
A interação normal entre as bactérias intestinais e seu hospedeiro é uma relação simbiótica. A presença de um grande número de estruturas linfoides organizadas na mucosa do intestino delgado (placas de Peyer) e do intestino grosso (folículos linfoides isolados) sugere a importante influência das bactérias intestinais na função imunológica. O epitélio que cobre estas estruturas é especializado em captação e amostragem de antígenos, e contém centros germinais linfoides para indução de respostas imunes adaptáveis ou adquiridas. No cólon, os microrganismos proliferam fermentando os substratos disponíveis da dieta ou a partir de secreções endógenas e contribuem para a nutrição do hospedeiro.
Microbiota colonizante
Mecanismos de ação
Os prebióticos afetam as bactérias intestinais aumentando o número de bactérias anaeróbias benéficas e diminuindo a população de microrganismos potencialmente patogênicos. Os probióticos afetam o ecossistema intestinal estimulando os mecanismos imunes da mucosa, interagindo com microrganismos comensais ou potencialmente patogênicos, gerando produtos metabólicos finais, como ácidos graxos de cadeia curta, e se comunicando com as células do hospedeiro através de sinais químicos. Estes mecanismos podem conduzir ao antagonismo de patógenos potenciais, a melhorar o ambiente intestinal, fortalecer a barreira intestinal, à regulação negativa da inflamação e à regulação positiva da resposta imune a desafios antigênicos. Estima-se que esses fenômenos conduzem a efeitos benéficos, inclusive redução da incidência e gravidade da diarreia, a patologia que mais se beneficia do uso de probióticos. 
Benefícios
Produtos, alegações de saúde e comercialização 
As alegações que podem ser feitas sobre estes tipos de produto diferem dependendo da supervisão reguladora em cada região. Geralmente, probióticos e prebióticos são vendidos como alimentos ou suplementos alimentares. Normalmente, nenhuma menção de doença ou patologia é permitida, as alegações tendem a ser gerais e os produtos são dirigidos à população de boa saúdegeral. "Produtos naturais para a saúde" .
Do ponto de vista científico, uma descrição adequada de um produto probiótico apresentada no rótulo deve incluir: 
• Identificação de gênero e espécie, com nomenclatura congruente com os nomes cientificamente reconhecidos e atuais 
• Denominação de cepa 
• Contagem de organismos viáveis de cada cepa ao final do prazo de validade 
• Condições de armazenamento recomendadas 
• Segurança nas condições de utilização recomendadas 
• A dose recomendada, baseada na indução do efeito fisiológico alegado 
Uma descrição precisa do efeito fisiológico, na extensão permitida pela lei 
• Informações de contato para vigilância pós-comercialização 
Produtos: doses e qualidade 
A qualidade dos produtos de probióticos depende do fabricante. As questões especificamente importantes para a qualidade probiótica incluem manutenção de viabilidade (expressada pelas unidades formadoras de colônias ou UCF) até o fim da validade do produto e uso da nomenclatura atual para identificar gênero, espécie e cepa de todos os organismos incluídos no produto. 
A dose de probióticos necessária varia muito em função da cepa e do produto. Embora muitos produtos de venda livre forneçam entre 1–10 bilhões de UFC/dose, alguns produtos demonstraram ser eficazes em níveis mais baixos, enquanto outros requerem quantidades maiores. Não é possível estabelecer uma dose geral necessária de probióticos; a dose deve ser baseada em estudos com seres humanos que mostram benefícios para a saúde. 
Devido a que os probióticos estão vivos, eles são suscetíveis de morrer durante o armazenamento do produto. Os fabricantes responsáveis da elaboração incluem um excedente de modo que, no fim da vida útil do produto, não caia abaixo da potência declarada no rótulo. 
Aplicações clínicas 
Prevenção do câncer colorretal: Embora se pense que a dieta contribui para o aparecimento do câncer colorretal, e a pesar dos probióticos e prebióticos terem demonstrado melhorar os biomarcadores associados com este câncer, os dados que mostram algum benefício dos probióticos ou prebióticos na prevenção do câncer colorretal nos seres humanos são limitados. 
Tratamento da diarreia aguda: Algumas cepas probióticas agem reduzindo a severidade e a duração da diarreia infecciosa aguda em crianças. A administração oral encurta a duração da doença diarreica aguda em crianças em aproximadamente 1 dia. Foram publicadas várias metanálises de ensaios clínicos controlados sobre outras cepas probióticas mostrando resultados consistentes que sugerem que os probióticos provavelmente sejam seguros e eficazes. No entanto, os mecanismos de ação podem ser específicos para cada cepa. 
Prevenção e tratamento da encefalopatia hepática: Os prebióticos como a lactulose são usados comumente na prevenção e tratamento desta complicação da cirrose. A evidência disponível para um preparado simbiótico sugere que é possível reverter uma encefalopatia hepática mínima. 
Aplicações clínicas 
Resposta imune: Existe evidência de que várias cepas probióticas e a oligofrutose prebiótica servem para reforçar a resposta imune. A evidência indireta foi obtida a partir de estudos destinados a evitar a doença infecciosa aguda (diarreia nosocomial em crianças, episódios de influenza no inverno) e de estudos que analisaram as respostas dos anticorpos às vacinas. 
Síndrome do intestino irritável (SII): Nos estudos publicados, a redução da distensão abdominal e da flatulência são achados constantes nos tratamentos com probióticos; algumas cepas podem melhorar a dor e dar alívio geral. A literatura sugere que certos probióticos podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida em pacientes com dor abdominal funcional. 
Aplicações clinicas
Doença inflamatória intestinal (DII) 
Pouchite 
• Existe boa evidência a favor da utilidade dos probióticos na prevenção de um ataque inicial de pouchite e na prevenção de recidivas ulteriores após induzir sua remissão com antibióticos. É possível recomendar o uso de probióticos a pacientes com pouchite de atividade leve ou como terapia de manutenção para os pacientes em remissão. 
Colite ulcerativa 
• Alguns probióticos demonstraram ser seguros e tão eficazes quanto a terapia convencional para melhorar as taxas de resposta e remissão na colite ulcerativa de leve a moderadamente ativa em crianças e adultos. 
Doença de Crohn 
• Os estudos de probióticos na doença de Crohn indicaram que não há evidência de que os probióticos sejam benéficos para a manutenção da remissão na doença de Crohn. 
Aplicações clinicas
Má absorção da lactose: Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus melhoram a digestão da lactose e reduzem os sintomas relacionados com sua intolerância. Isto foi confirmado por uma série de estudos controlados com indivíduos que consumiam iogurte com culturas vivas. 
Enterocolite necrosante: A suplementação com probióticos reduz o risco de enterocolite necrosante em recém-nascidos prematuros. As metanálises dos ensaios controlados randomizados também demonstraram uma redução do risco de morte em grupos tratados com probióticos, embora nem todas as preparações probióticas provadas sejam efetivas. A quantidade necessária para tratar de prevenir a morte por todas as causas pelo tratamento com prebióticos é de 20. 
Doença hepática gordurosa não alcoólica: A utilidade de certo probióticos como uma opção terapêutica para mitigar esteatohepatite foi provada através de vários ensaios clínicos randomizados em adultos e crianças. Os probióticos melhoraram os resultados do modelo de avaliação da homeostase (HOMA, sigla em inglês), colesterolemia, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e testes de função hepática - alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST). Confirmar os benefícios a longo prazo requer estudos adicionais. 
Aplicações clinicas
REFERÊNCIAS
 Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gastroenterologia.

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