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Micoplasma e Ureaplasma | Microbiologia | ISTs | UFCSPA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Curso de Medicina
Disciplina de Microbiologia
Eliézer da Cunha Rodrigues
Micoplasma e Ureaplasma
Caso típico
Amanda é uma jovem de 19 anos que, há 6 meses, trabalha como recepcionista
da ala de neonatologia de um hospital. No tempo que sobra do trabalho, estuda para o
vestibular e para o ENEM, porque quer cursar Relações Internacionais. Na viagem que
faz de casa para o serviço, revisa os conteúdos que estudou na noite anterior; na volta,
já cansada, prefere escutar música e olhar pela janela. Quando chega o fim de
semana, sai com as amigas para o pagodinho do bairro ou uma balada no centro, bebe
algumas cervejas e, eventualmente, encontra um garoto de quem gosta. Quando tem
sorte, fica com um cara interessante, de bom papo, e acabam transando. Depois, não é
de se preocupar muito, porque sempre que faz sexo usa proteção: camisinha sempre e
anticoncepcional também! Quando acontece, também sempre conta para a mãe, já que
as duas têm uma relação de bastante confiança e abertura.
Em uma dessas conversas, Amanda contou à mãe que há uma semana, mais
ou menos, andava sentindo um desconforto muito esquisito na hora de fazer xixi. Não
era nada absurdo, só uma diminuta ardência na hora de urinar. De primeira, achou que
pudesse ser porque ficava muito tempo sentada atendendo ao telefone, então passou a
ir ao banheiro logo que sentia vontade. Não adiantou: a ardência permaneceu. Dois ou
três dias depois, quando foi ao banheiro, notou que a calcinha estava úmida e
manchada por uma secreção líquida e levemente amarelada.
“Não há de ser muita coisa, filha, não se preocupe. Provavelmente só uma
infecção urinária ou coisa parecida. Você transou sem proteção?”
“Não, mãe. Lógico que não.”
“Então descanse, a gente marca uma consulta e amanhã você vê o que é, lá no
hospital mesmo”.
No dia seguinte, Amanda conversou com Vitória, a médica ginecologista do
hospital em que trabalha, e explicou o que a levara até ali: a leve ardência e dor ao
urinar e os corrimentos.
“Entendi, não se preocupe… E quanto à sua vida sexual, tem usado proteção?”.
“Nossa, sim, indispensável. Nunca transo sem camisinha, até porque não quero
ter filho agora e tal.”
“Tudo bem, Amanda, é de fato essencial não só para evitar uma gravidez
indesejada, como também para prevenir a transmissão de doenças. Isso você sabe.
Você namora ou se relaciona mais casualmente?”.
“Ah, por enquanto é tudo casual, transo algumas vezes por mês”.
“Perfeito! Mas assim, quando você me diz que usa proteção, você quer dizer a
camisinha masculina e o anticoncepcional?”
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Curso de Medicina
Disciplina de Microbiologia
Eliézer da Cunha Rodrigues
“Isso”.
“Ok. E o seu parceiro usa a camisinha durante toda a relação, ou só no
momento da penetração?”, perguntou a médica.
“Ah, só no momento da penetração. É. Achei que não acontecia nada”.
“Assim, Amanda… Na verdade algumas infecções podem ser transmitidas
mesmo com um contato físico menos intenso, como carinhos ou aquilo que vocês
jovens chamam de ‘amassos’ mesmo. Você saberia me dizer se isso aconteceu em
algum momento nessas últimas semanas?”
“Sim, acho que foi da última vez que eu transei. Três semanas atrás, talvez um
pouco mais. Pra ser sincera, agora tô me sentindo culpada e meio burra por não saber
disso”.
“Não se preocupe, muita gente que realmente se preocupa com sua saúde
sexual também não sabe, porque não é algo tão óbvio assim.”
Introdução
No caso apresentado, Amanda sofre de uma uretrite não gonocócica (UNG)
causada pela bactéria Mycoplasma genitalium, que pertence ao gênero Mycoplasma
spp e à classe das Mollicutes (do latim mollis e cutis, ‘pele suave’). Nessa classe,
enquadram-se bactérias que se diferenciam das demais por não apresentarem parede
celular, estrutura que é responsável por conferir forma e proteção à célula bacteriana.
Também são Mollicutes as bactérias Mycoplasma hominis, Ureaplasma parvum e
Ureaplasma urealyticum, sobre as quais falaremos um pouco - dado que estão inclusas
na maior parte dos testes diagnósticos de PCR multiplex para Infecções Sexualmente
transmissíveis (detalhados adiante), apesar de não haver consenso na literatura sobre
a capacidade destas de causar doenças.
Diferente do que ocorre com a Mycoplasma genitalium, sobre a qual
existe uma série de pesquisas e de estudos que constatam o seu papel como
causadora de ISTs, a capacidade das bactérias Mycoplasma hominis,
Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum de causar doenças ainda está
em debate - e os achados se sobrepõem de forma que, muitas vezes, acaba
sendo bastante confusa.
Sabe-se, por exemplo, que esses microrganismos estão presentes na
microbiota de muitos indivíduos sem provocar qualquer doença. Entretanto,
alguns estudos apontam uma associação entre a infecção por Ureaplasma
urealyticum e o quadro de UNG em homens (mesmo sendo muito improvável
que essa bactéria seja, de fato, a causa da doença, já que é muito comum que
homens a tenham em sua microbiota normal) (Horner et al., 2018). Em outra
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Disciplina de Microbiologia
Eliézer da Cunha Rodrigues
análise, o estudo Freqüência de infecção pelo Mycoplasma hominis e
Ureaplasma urealyticum em mulheres inférteis e relação com repercussões
clínicas conclui que não há associação entre a infecção pelas supracitadas
bactérias e a infertilidade das mulheres abrangidas pela investigação (Penna et
al., 2005). Todavia, também aponta que a infecção por esses patógenos se
associa a resultados alterados nos exames de histerossalpinografia, à presença
de dor durante ou após o ato sexual e à queixa de corrimento vaginal na
primeira consulta das mulheres inférteis, variáveis clínicas importantes para a
investigação do que causaria a infertilidade (Penna et al., 2005). Quanto à
bactéria Ureaplasma parvum, a maior parte das pesquisas disponíveis a
classificam como uma bactéria comensal - isto é, uma espécie bacteriana que se
associa ao organismo humano e que não lhe causa mal algum (Jensen et al.,
2012).
São resultados bastante confusos e, ainda, deve-se ter em mente que a
maior parte das pesquisas desenvolvidas sobre essas bactérias e as doenças
que possivelmente causam enfatizam a saúde do homem. Dessa forma, quando
lemos que “estudos apontam maior correlação entre a infecção por Ureaplasma
urealyticum e o quadro de uretrite não gonocócica em homens”, fica difícil saber
se essa é uma afirmação cientificamente válida, ou se faltam materiais que
busquem essa mesma variável em mulheres, por exemplo. O que se sabe é que
é essencial que novas pesquisas centralizadas na mulher sejam realizadas
(Combaz-Söhnchen e Kuhn, 2017).
Tudo bem. Se não temos certeza sobre a capacidade dessas bactérias de
causar doenças, o melhor é eliminá-las, certo? Errado! É justamente aqui que as
coisas ficam complicadas. A rotina de testagem e de tratamento para infecções
por Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum, seja
em homens ou em mulheres, sintomáticos ou assintomáticos, não é
recomendada pelas diretrizes da IUSTI Europe. Isso porque, quando tomamos
um antibiótico, ele não age somente contra as bactérias que possivelmente
estão causando a doença, como também afeta nossa microbiota residente e
transitória normal. Isso pode ocasionar desequilíbrio das populações de
microrganismos, permitindo com que se instalem infecções oportunistas, além
de possivelmente selecionar bactérias resistentes aos antimicrobianos - fato que
dificulta cada vez mais o tratamento contra infecções. Somando-se a isso o fato
de que uma importante classe de medicamentos não pode ser usada contra
mollicutes (mais detalhes na seção tratamento) devido à ausência de parede
celular, temos um grande problema! Infecções por Mycoplasma hominis,
Ureaplasma urealyticum e Ureaplasma parvum só devem ser tratadas com
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antibiótico em casos específicose nos quais os achados clínicos são fortes
indicativos da patogênese pelo agente.
Como já vimos, o quadro de Amanda é de uretrite não gonocócica em razão
de uma infecção por Mycoplasma genitalium sexualmente adquirida. Trata-se de uma
doença pouco preocupante e que, quando causada por essa bactéria, é mais comum
em homens; entretanto, se não for tratada com relativa rapidez e com eficiência,
quadros simples como o de Amanda podem evoluir para condições crônicas (doenças
que tendem a durar longos períodos), como a cervicite e doença inflamatória pélvica
(DIP). Nesse último caso, ainda, aumenta-se o risco de infertilidade por fator tubário e
de gravidez ectópica.
Epidemiologia
Prevalência
Apesar de ser uma infecção sexualmente transmissível emergente, dados
conclusivos sobre a prevalência, a distribuição populacional, os principais fatores de
risco e os sintomas da infecção por Mycoplasma genitalium ainda são escassos. Em
2015, um estudo conduzido com homens e mulheres britânicos de idade entre 16 a 44
anos avaliou que: a prevalência de infecção por MG entre homens era de 1.2% e entre
mulheres era de 1.3%; a maior prevalência entre homens se dá no grupo daqueles que
possuem entre 25 e 34 anos (2.1%); entre mulheres, a faixa etária de maior prevalência
era de 16 a 19 anos (2.4%) (Sonnenberg et al., 2015). Por fim, o estudo conclui que a
infecção pelo agente em questão se associa com comportamentos sexuais de risco
(como fazer sexo sem usar proteção) e com o número de parceiros sexuais do
indivíduo no último ano (Sonnenberg et al., 2015). Em duas pesquisas mais recentes
conduzidas na Grã-Bretanha e na Austrália (países de altíssimo Índice de
Desenvolvimento Humano), faz-se o apontamento de que a incidência média de
infecção por MG é de 1.07/100 person-years. Isso significa, basicamente, que entre
100 pessoas, 1.07 se infectam por MG em um período de 1 ano.
Transmissão
A transmissão das bactérias micoplasmas se dá, principalmente, por via do sexo
(seja este com ou sem penetração). Quanto à dinâmica de transmissão específica da
Mycoplasma genitalium, a ausência de estudos conduzidos com amostras realmente
amplas (homens e mulheres de idades várias) nos impede a generalização dos dados
que dispomos (que se referem a populações mais seletas, como mulheres infectadas
pelo HIV, por exemplo) (Sonnenberg et al., 2015).
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Disciplina de Microbiologia
Eliézer da Cunha Rodrigues
De acordo com um estudo realizado entre jovens noruegueses (Jensen et al.,
2012), a infecção por Mycoplasma genitalium em relações heterossexuais é de alta
concordância. Em termos mais simples, isso significa que, se o parceiro de uma jovem
como Amanda apresenta a infecção pela bactéria, é muito provável que ela também a
adquira por meio do sexo. Ademais, esse estudo identifica uma correlação entre o
número de parceiros sexuais nos últimos meses e a infecção por micoplasmas - sendo
esta variável classificada como um fator de risco. Resultados semelhantes foram
encontrados por um trabalho mais recente, que aponta que: a concordância de
infecção para parceiros masculinos, quando a parceira porta a M. genitalium, é de 39%
a 40%; em um cenário contrário, sendo o parceiro masculino a pessoa infectada, a
concordância de infecção para a parceira feminina é de 40% a 50% (Cina et al., 2019).
Aqui, então, faz-se necessário um esclarecimento: não há problema algum em ter
relações sexuais com vários parceiros ou parceiras! Todavia, como se trata de um
contato íntimo, a chance de que aconteçam essas “trocas” aumenta - ainda mais se
não forem utilizados os métodos preservativos. Desse modo, o mais provável é que o
parceiro de Amanda portava a bactéria e que a transmitiu sem saber que estava
infectado ou que o sexo sem penetração era uma via de transmissão do agente.
Fatores de risco → Não vou detalhar
Patogênese
Diagnóstico
Tratamento
A ausência de parede celular da Mycoplasma genitalium e das demais
Mollicutes é um fator extremamente relevante para a conduta de tratamento da
infecção bacteriana. Isso porque uma grande parte dos antibióticos comumente
utilizados pelos médicos age, justamente, impedindo a “construção” da parede celular -
valendo-se do fato de que, como as células humanas não possuem essa estrutura, não
serão danificadas pelo uso do medicamento.
Os beta lactâmicos e a vancomicina, por exemplo, agem impedindo a função de
enzimas (transpeptidases PBP) que constroem a parede celular a partir da ligação
cruzada entre tetrapeptídeos. Em uma analogia útil à nossa compreensão, podemos
dizer que, enquanto a bactéria conta com uma série de construtores que colocam e
cimentam tijolo sobre tijolo na parede que envolve a célula, esse tipo de antibiótico
confunde os construtores e rouba o cimento - inviabilizando o processo como um todo.
Sem parede, a célula acaba desprotegida e sem forma. E é justamente essa a questão:
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bactérias como a Mycoplasma genitalium e as demais Mollicutes naturalmente não
apresentam parede celular e sobrevivem no corpo sem esta; sendo estes
medicamentos, portanto, inúteis contra elas.
Dessa forma, ao tratar a infecção por Mycoplasma genitalium
Referências bibliográficas
1. Combaz-Söhnchen, N. and Kuhn, A., 2017. A Systematic Review of Mycoplasma
and Ureaplasma in Urogynaecology. Geburtshilfe und Frauenheilkunde, 77(12),
pp.1299-1303.
2. Jensen, A., Kleveland, C., Moghaddam, A., Haaheim, H., Hjelmevoll, S. and
Skogen, V., 2012. Chlamydia trachomatis,Mycoplasma
genitaliumandUreaplasma urealyticumamong students in northern Norway.
Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, 27(1),
pp.e91-e96.
3. Horner, P., Donders, G., Cusini, M., Gomberg, M., Jensen, J. and Unemo, M.,
2018. Should we be testing for urogenitalMycoplasma hominis,Ureaplasma
parvumandUreaplasma urealyticumin men and women? – a position statement
from the EuropeanSTIGuidelines Editorial Board. Journal of the European
Academy of Dermatology and Venereology, 32(11), pp.1845-1851.
4. PENNA, Ivan Araujo et al . Freqüência de infecção pelo Mycoplasma hominis e
Ureaplasma urealyticum em mulheres inférteis e relação com repercussões
clínicas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v. 27, n. 2, p. 64-68, Feb.
2005 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032005000200
004&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Dec. 2020.
https://doi.org/10.1590/S0100-72032005000200004.
5.
Apesar de serem potenciais causadores de doenças, as espécies de micoplasma podem estar
presentes no organismo humano apenas como comensais. Nesse segundo cenário, as bactérias habitam
normalmente o epitélio do trato urogenital, do trato respiratório superior, da cavidade oral, etc. sem
causar danos ao tecido. Devido ao genoma (seu “pacote” de material genético) extremamente pequeno,
https://doi.org/10.1590/S0100-72032005000200004
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Disciplina de Microbiologia
Eliézer da Cunha Rodrigues
a capacidade de biossíntese desses microrganismos é, também, muito limitada - desse modo, vivendo
em um hospedeiro como parasitas ou comensais, essas bactérias recebem deste nutrientes como
aminoácidos, ácidos graxos, colesterol, etc.
Dentre elas, as bactérias do gênero Ureaplasma sp. se diferenciam das que integram o gênero
Mycoplasma sp. pela capacidade de fazer a lise da ureia, isto é, de decompor esta substância.
Apesar de serem potenciais causadores de doenças, as espécies de micoplasma podem estar
presentes no organismo humano apenas como comensais. Nesse segundo cenário, as bactérias habitam
normalmente o epitélio do trato urogenital, do trato respiratório superior, da cavidade oral, etc. sem
causar danos ao tecido. Devido ao genoma (seu “pacote” de material genético) extremamente pequeno,
a capacidade de biossíntese desses microrganismos é, também, muito limitada - desse modo, vivendo
em um hospedeirocomo parasitas ou comensais, essas bactérias recebem deste nutrientes como
aminoácidos, ácidos graxos, colesterol, etc.

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