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1 Unidade 2 
Tema: Aspectos legais da saúde e segurança e segurança do trabalho. 
 
Objetivos da unidade: 
 Discutir sobre a evolução das legislações que regem a saúde e segurança do 
trabalho no brasil. 
 Identificar quais órgãos são competentes quanto a segurança e saúde do trabalho 
no brasil. 
 Conhecer melhor cada nora regulamentadora e demais ferramentas legais 
vigentes. 
 
Tópicos de estudo 
 A evolução das legislações de segurança e saúde no trabalho. 
// Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
// Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST). 
 
 Legislação vigente e aplicação: tipos de legislações vigentes no brasil: 
// Normas Regulamentadoras. 
// Outras legislações pertinentes. 
2 A evolução das legislações de segurança e saúde no trabalho (SST). 
 
Vídeo: 
Apesar do medo que uma nova forma trabalhista pode trazer é importante lembrar 
que essa atualização das leis pode ser positiva para te mostrar isso neste vídeo vamos te 
mostrar as principais vantagens propostas da nova reforma. 
A primeira delas é o fim da obrigatoriedade por parte do empregado de contribuir 
com o sindicato. Antes os funcionários eram obrigados a repassar o valor de um dia de 
trabalho ao sindicato que representa sua profissão, mas agora isso fica a critério do próprio 
empregado. Outra mudança positiva está nas férias que agora podem ser divididas em até 
três períodos desde que um deles seja de 14 dias e os outros dois tenham mais de cinco 
dias corridos cada, a única restrição é que o início das férias não pode acontecer até dois 
dias uteis antecedentes a um feriado ou a dias de descanso semanal. Em relação a jornada 
de trabalho podemos destacar a divisão e compensação da jornada de trabalho diária que 
deve acontecer no mesmo mês e respeitando o limite de dez horas diárias já previstos na 
CLT. Também ficou estabelecido que o intervalo intrajornada (horário de almoço) pode 
ser menor que uma hora permitindo que o trabalhador entre mais tarde ou saia mais cedo 
vale lembrar que essas mudanças podem ser negociadas entre o patrão e o empregado 
sempre de acordo com as leis. Por fim quanto ao regime de contratação foi permitida a 
terceirização de trabalhador da atividade FIM da empresa, antes da reforma trabalhista so 
era permitida a terceirização de funcionários que não desempenhassem a atividade FIM. 
É importante lembrar que é proibido demitir um funcionário em regime CLT para 
recontrata-lo como terceirizado logo em seguida a lei determina um prazo de 18 meses 
para esse tipo de recontratação. FIM DO VIDEO 
 
Assim como as tecnologias, que avançam e se modernizam com o passar dos anos, 
as legislações também sofrem alterações e adequações necessárias ao seu processo de 
assimilação e até mesmo de serventia. De nada adiantaria uma legislação criada no século 
passado diante das constantes mudanças das formas e modelos de trabalho da atualidade.
 
 Reconhecido como um dos primeiros dispositivos legais relativos à proteção do 
trabalho, o Decreto nº 1.313, de 1891, é considerado um marco no tocante à inspeção do 
trabalho no Brasil, pois foi a partir dele que se iniciaram as atividades de fiscalização 
permanente de fábricas onde houvesse menores trabalhando. 
O Decreto, como o próprio caput diz, estabeleceu providências para regularizar o 
trabalho de menores empregados nas fábricas da Capital Federal à época (BRASIL, 
1891). O objetivo era regularizar o trabalho infantil de crianças do sexo feminino (de 12 
a 15 anos de idade) e masculino (de 12 a 14 anos) em relação ao ambiente e à jornada de 
trabalho. As atividades por parte de crianças menores de 12 anos eram proibidas, exceto 
para casos de aprendizes em fábricas têxteis, a partir dos oito anos de idade. As jornadas 
de trabalho instituídas eram de sete a nove horas. 
Há alguns anos, ficou estabelecido, pela legislação atual, que o trabalho infantil é 
crime. No entanto, na época em que o Decreto nº 1.313 foi publicado, crianças de pelo 
menos oito anos de idade já eram permitidas em ambientes fabris, daí sua importância 
quanto ao processo de fiscalização das condições de trabalho desses menores. 
Inspetores eram obrigados a visitar todas as fábricas ao menos uma vez ao mês e 
apresentar anualmente, aos órgãos competentes, um relatório com as ocorrências mais 
relevantes em relação às condições de trabalho dos menores, seus dados pessoais, seu 
grau de alfabetização etc. (BRASIL, 1891). 
Para os dias atuais, é um absurdo imaginar crianças trabalhando, ainda mais em 
fábricas. No entanto, à época, regulamentar e fiscalizar as condições de trabalho desses 
menores era um avanço nas políticas de saúde e segurança do trabalhador no Brasil. 
Algumas medidas importantes eram tomadas com base nos relatórios 
apresentados pelos inspetores, como, por exemplo, a obrigação de disponibilizar pelo 
menos 20 m³ de ar respirável a cada operário, dada a percepção do alto grau de 
insalubridade do ar das fábricas. 
Além disso, surgiram padronizações referentes aos solos das fábricas, que 
deveriam ser secos e impermeáveis; e à ventilação, que deveria ser franca e completa, 
evitando que houvesse confinamento de ar, além de adequações e proibições quanto ao 
trabalho de menores em atividades em depósitos de carvão vegetal ou animal, 
manipulações diretas de fumo, petróleo, benzina, ácidos corrosivos, entre outros produtos 
(BRASIL, 1891). 
Outro item legal de bastante importância no cenário nacional foi o Decreto nº 
3.724, de 1919, que apresentou evoluções em relação ao Decreto nº 1.313, apesar de ainda 
considerar legal o trabalho infantil e abranger praticamente apenas os trabalhadores da 
construção civil. Sua redação, porém, abordava diversos pontos que hoje são parte das 
legislações previdenciárias, como a Lei nº 8.213/91, que dispõe sobre os planos de 
benefícios da Previdência Social (BRASIL, 1919). 
Os principais beneficiados pelo Decreto nº 3.724 foram os operários da construção 
civil, de transportes de carga e descarga, indústrias e trabalhos agrícolas. Categorias da 
saúde, por exemplo, ficaram de fora do texto. No entanto, alguns pontos muito 
importantes foram dispostos, como a regularização de indenizações para casos de morte 
ou incapacidade total ou permanente e a obrigatoriedade da Declaração de Acidente 
(primeira versão da nossa atual Comunicação de Acidente do Trabalho). 
À época, a declaração cobria apenas casos em que o trabalhador fosse obrigado a 
ausentar-se do trabalho, e o julgamento era feito pela justiça comum (BRASIL, 1919), já 
que a Justiça do Trabalho seria instituída apenas com a promulgação da Constituição de 
1934, alguns anos depois da criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 
1930, pelo então presidente Getúlio Vargas. 
Mais à frente, em 1943, ocorria um dos marcos mais importantes quando o assunto 
é saúde e segurança do trabalhador. Por meio do Decreto-Lei nº 5.452, era promulgada a 
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. Em um mesmo documento, foram compiladas 
as legislações sobre direito do trabalho e segurança e saúde no trabalho (SST). Desde sua 
publicação original a CLT já contava com o capítulo V - Da Higiene e Segurança do 
Trabalho, que, posteriormente, em 1977, seria alterado para Da Segurança e da 
Medicina do Trabalho (BRASIL, 1943; BRASIL, 1977). 
Até meados dos anos 1970, a legislação de segurança do trabalho no Brasil era 
basicamente corretiva, e não preventiva. A preocupação existia, mas apenas com as 
indenizações dos trabalhadores acidentados, sem qualquer interesse em investigar qual a 
origem dos acidentes ou o motivo pelo qual eles ocorriam, mesmo as empresas já sendo 
obrigadas a manter ativo o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT). Este, porém, servia apenas para doenças em geral, sem 
direcionamento ao caráter ocupacional. 
Em 1978, a Portaria nº 3.214, precedida da Lei nº6.514, de 1977, estabeleceu as 
Normas Regulamentadoras (NRs), utilizadas como parâmetros de saúde e segurança do 
trabalho até os dias de hoje. Apesar de já ter se passado mais de 40 anos, algumas dessas 
normas ainda carecem de revisões e adequações à realidade de hoje. Houve propostas de 
atualizações, recentemente, que podem trazer renovação e facilitação burocrática em 
relação aos textos antigos da década de 1970. 
A carência de legislações específicas da área de SST (segurança e saúde no 
trabalho) relacionava-se à falta de profissionais capacitados e qualificados, com 
conhecimentos atualizados. Apenas em 1985, por meio da Lei nº 7.410, foi instituída a 
especialização de engenheiro de segurança do trabalho e a profissão de técnico de 
segurança do trabalho. Esses profissionais foram, sem dúvida, essenciais aos avanços em 
SST que nos trouxeram até às legislações de hoje (BRASIL, 1985). 
Profissionais da área de SST (segurança e saúde no trabalho) devem ter 
conhecimento das mais variadas legislações, sendo as principais a trabalhista, a 
previdenciária e a ambiental. A trabalhista é, sem dúvida, a que o profissional de 
segurança deve ter maior domínio, sobretudo em relação às NRs e à CLT. A legislação 
previdenciária merece o posto de segunda mais relevante, pois se relaciona diretamente à 
trabalhista e define os acontecimentos provenientes dos acidentes, as prestações 
financeiras e os termos das aposentadorias especiais e laudos. 
Por último, mas não menos importante, a legislação ambiental estabelece vários 
pontos de interseção com as demais citadas anteriormente. Um exemplo clássico é o 
ruído, que, apesar de ser um problema local, da empresa, pode transpor os limites da 
mesma e trazer prejuízos à população do entorno, tornando-se um problema ambiental 
regido por legislações específicas. 
O ano de 1994 tem bastante relevância no cenário nacional da SST (segurança e 
saúde no trabalho), pois foi fundada, naquele ano, a Associação Brasileira de Higienistas 
Ocupacionais (ABHO) e instaurada a obrigatoriedade, por parte de empregadores, da 
apresentação de programas prevencionistas, como, por exemplo, o PPRA, PCMSO, 
PCMAT etc. 
Dez anos depois, em 2004, destaca-se o processo de reformulação da legislação 
previdenciária, introduzindo a obrigatoriedade das normas técnicas da Fundação Jorge 
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), criada em 1966, 
com operações iniciadas apenas em 1969. 
Talvez um dos avanços mais atuais das legislações do trabalho tenha sido a promulgação 
da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST), por meio do Decreto 
nº 7.602, de 7 de novembro de 2011, que traça alguns parâmetros e diretrizes para o bom 
gerenciamento do trabalho no País; e do Plano Nacional de Segurança e Saúde no 
Trabalho (PLANSAT), de 2012, que tem por objetivo instituir ações capazes de reduzir 
o número de acidentes de trabalho e mortes de trabalhadores e dar assistência aos 
acidentados (BRASIL, 2011). 
Além disso, as Normas Regulamentadoras vêm passando por atualizações desde o início 
de 2019, como medida de atualização, adequação à realidade e redução de processos 
burocráticos que se arrastam desde sua criação. Vale lembrar que as alterações são feitas 
com base no modelo tripartite paritário, do qual fazem parte o governo, empregados e 
empregadores. 
 
2.1 Consolidação das leis de trabalho. 
 
 
A Consolidação das Leis do Trabalho, popularmente chamada de CLT, está em 
vigor há mais de 70 anos e é basicamente um guia do trabalho no Brasil. Por meio do 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a CLT foi aprovada no governo de Getúlio 
Vargas e trouxe inúmeras modernizações e regulamentações quanto ao trabalho (urbano, 
rural, de relações coletivas e individuais) no País. 
Talvez o maior valor da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) seja seu poder 
de impedir que relações de abuso sejam cometidas por parte de empregadores. Em termos 
claros, a CLT (consolidações das leis de trabalho) veio para aclarar os direitos dos 
trabalhadores e deixar bem delimitados todos os deveres dos empregadores, garantindo 
condições mínimas de trabalho. Um exemplo clássico é a introdução do direito processual 
nas discussões trabalhistas, bem como a exigência da celeridade processual, ou seja, a 
agilidade em julgar processos trabalhistas, que, à época da promulgação, costumavam 
demorar muito tempo até serem julgados. 
A CLT (consolidações de leis trabalhistas) trouxe muitas definições importantes, 
capazes de impedir que brechas sejam utilizadas como ferramenta de beneficiamento, 
principalmente por parte dos empregadores, como, por exemplo, os próprios conceitos de 
empregador e empregado: 
Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os 
riscos de atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. 
Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário (BRASIL, 1943). 
Mais do que definições, a CLT (consolidação das leis trabalhistas) regularizou a 
relação de serviço entre patrão e empregado e trouxe avanços até hoje muito elogiados 
por especialistas, como: 
 A obrigatoriedade da carteira de trabalho e previdência social (CTPS) para 
qualquer pessoa empregada. Na CTPS, devem estar registradas todas as 
informações referentes à vida profissional do empregado, essenciais à garantia dos 
direitos previstos pela própria CLT, como, por exemplo, o seguro-desemprego e 
o FGTS; 
 A limitação do mínimo valor de salário que um trabalhador deve receber enquanto 
contratado como empregado, ou seja, o famoso salário-mínimo. Seu cálculo deve 
levar em conta despesas de uma pessoa adulta com alimentação, vestuário, 
transporte, higiene e habitação. No ano de 2020, o salário-mínimo no Brasil 
recebeu um reajuste, posto em vigor, já em fevereiro, passando a ter valor de R$ 
1.045,00; 
 A CLT (consolidação das leis trabalhistas) estipulou uma jornada de trabalho 
diária de oito horas, o que equivale a 40 horas semanais, sendo permitidas até 44 
horas semanais, a depender de acordos entre empregado e empregador. Antes 
dessa delimitação da CLT, os trabalhadores chegavam a trabalhar até 12 horas 
diárias; 
 Ficou garantido a toda mulher gestante o direito à licença-maternidade, que, 
geralmente, deverá ser de 120 dias (quatro meses), podendo ser oferecidas, por 
opção do empregador, licenças de até 180 dias (seis meses). Além disso, é 
assegurada à empregada a estabilidade no emprego desde o momento em que a 
gravidez for descoberta até cinco meses após o parto; 
 
 É garantido um adicional de 20% na remuneração ao trabalhador que desenvolver 
trabalho noturno, ou seja, entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 
Caso o empregado trabalhe em regime de revezamento ou escalas semanais ou 
quinzenais, esse direito deixa de vigorar; 
 
 O Decreto-Lei ainda garantiu aos trabalhadores o direito à greve. Fica a critério 
dos trabalhadores identificar a necessidade e a oportunidade para exercerem seus 
direitos de paralisação. O que é necessário como pré-requisito é que os 
empregadores sejam avisados com pelo menos 48 horas de antecedência. Cabe ao 
sindicato da categoria coletar as informações referentes ao motivo da greve, 
organizar documentos etc. 
A publicação da CLT foi um marco importantíssimo para as legislações trabalhista e 
previdenciária no Brasil no que diz respeito aos deveres e direitos dos empregados. Foram 
traçados, também, deveres importantes do empregador, como a obrigatoriedade do Fundo 
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Deve ser recolhido 8% do salário bruto do 
empregado para o FGTS, que pode ser sacado em algumas situações específicas como: 
demissão (sem justa causa); aquisição de casa própria; diagnóstico de câncer, aids e outras 
doençasgraves; e aposentadoria (BRASIL, 1943; BRASIL 1988). 
Além disso, a CLT (consolidação das leis trabalhistas) estipulou o pagamento do 13º 
salário, que é feito com base na remuneração mensal do trabalhador e pode ser pago em 
até duas vezes, sendo a primeira até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de 
dezembro do mesmo ano (BRASIL, 1943). 
As relações de trabalho vêm mudando constantemente, e espera-se que as legislações 
também sofram alterações com o passar dos anos. É papel de cada trabalhador estar ciente 
de seus direitos e exigi-los de seus empregadores ou à Justiça do Trabalho, quando 
necessário for. 
 
2.2 Política Nacional de Segurança e saúde no trabalho (PNSST) 
 
A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST), publicada em 7 
de novembro de 2011, tem como centro de suas atenções a promoção da saúde e a 
melhoria da qualidade de vida do trabalhador, bem como a prevenção de acidentes e de 
prejuízos à saúde. Os princípios norteadores da PNSST são: universalidade; prevenção; 
precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, 
reabilitação e reparação; diálogo social; e integralidade (BRASIL, 2011). 
As ações previstas na PNSST devem constar também no Plano Nacional de Segurança e 
Saúde no Trabalho (PLANSAT) e basear-se nas seguintes diretrizes (BRASIL, 2011): 
 
 Inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e 
proteção da saúde; 
 Harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, 
prevenção; 
 Assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador; 
 Adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco; 
 Estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador; 
 Promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde 
nos locais de trabalho; 
 Reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho 
e o estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores; 
 Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no 
trabalho. 
A implantação e a execução da PNSST (política nacional de segurança e saúde no 
trabalho) eram de responsabilidade do agora extinto Ministério do Trabalho e Emprego e 
da Previdência Social, sem prejuízos da participação de outros órgãos e instituições 
atuantes na área, e a ele competia (BRASIL, 2011): 
 Formular e propor as diretrizes da inspeção do trabalho, bem como supervisionar 
e coordenar a execução das atividades relacionadas com a inspeção dos ambientes 
de trabalho e respectivas condições de trabalho; 
 Elaborar e revisar, em modelo tripartite, as Normas Regulamentadoras de 
Segurança e Saúde no Trabalho; 
 Participar da elaboração de programas especiais de proteção ao trabalho, assim 
como da formulação de novos procedimentos reguladores das relações capital-
trabalho; 
 Promover estudos da legislação trabalhista e correlata, no âmbito de sua 
competência, propondo seu aperfeiçoamento; 
 Acompanhar o cumprimento, em âmbito nacional, dos acordos e convenções 
ratificados pelo governo brasileiro junto a organismos internacionais, em especial 
à Organização Internacional do Trabalho (OIT), nos assuntos de sua área de 
competência; 
 Planejar, coordenar e orientar a execução do Programa de Alimentação do 
Trabalhador. 
 Reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho 
e o estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores; 
 Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no 
trabalho. 
Por meio da colaboração com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e 
Medicina do Trabalho (Fundacentro), o Ministério do Trabalho e Emprego, ou o órgão 
que tenha ficado incumbido de suas atribuições (BRASIL, 2011), deve ainda: 
 Elaborar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas que afetam a segurança e 
saúde do trabalhador; 
 Produzir análises, avaliações e testes de medidas e métodos que visem à 
eliminação ou redução de riscos no trabalho, incluindo equipamentos de proteção 
coletiva e individual; 
 Desenvolver e executar ações educativas sobre temas relacionados à melhoria das 
condições de trabalho nos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente do 
trabalho; 
 Difundir informações que contribuam para a proteção e promoção da saúde do 
trabalhador; 
 Contribuir com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e promoção da 
saúde do trabalhador, incluindo a revisão e formulação de regulamentos, o 
planejamento e desenvolvimento de ações interinstitucionais e a realização de 
levantamentos para a identificação das causas de acidentes e doenças; 
 Estabelecer parcerias e intercâmbios técnicos com organismos e instituições afins, 
nacionais e internacionais, para fortalecer a atuação institucional, capacitar os 
colaboradores e contribuir com a implementação de ações globais de organismos 
internacionais. 
 Além do Ministério do Trabalho e Emprego, a PNSST ainda atribui 
responsabilidade aos Ministérios da Saúde (Quadro 1) e da Previdência Social 
(Quadro 2): 
 
Figura 1. Responsabilidades do ministerio da saude segundo a PNSST. 
 
Figura 2. responsabilidades do ministerio da previdência social segundo a PNSST. 
 
A gestão da PNSST é participativa e de responsabilidade da Comissão Tripartite de 
Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST), formada por membros do governo e 
representantes dos trabalhadores e dos empregadores (BRASIL, 2011). Compete à 
CTSST: 
 Acompanhar a implementação e propor a revisão periódica da PNSST, em 
processo de melhoria contínua; 
 Estabelecer os mecanismos de validação e de controle social da PNSST; 
 Elaborar, acompanhar e rever periodicamente o PLANSAT; 
 Definir e implantar formas de divulgação da PNSST e do PLANSAT, dando 
publicidade aos avanços e resultados obtidos; 
 Articular a rede de informações sobre SST. 
A gestão executiva da PNSST, por sua vez, é conduzida por um comitê executivo 
constituído por membros dos ministérios envolvidos, que tem as seguintes atribuições: 
 Coordenar e supervisionar a execução da PNSST e do PLANSAT; 
 Atuar junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para que as 
propostas orçamentárias de segurança e saúde no trabalho sejam concebidas de 
forma integrada e articulada a partir de cada programa e respectivas ações, de 
modo a garantir a implementação da Política; 
 Elaborar relatório anual das atividades desenvolvidas no âmbito da PNSST, 
encaminhando-o à CTSST e à Presidência da República; 
 Disponibilizar periodicamente informações sobre as ações de segurança e saúde 
no trabalho para conhecimento da sociedade; 
 Propor campanhas sobre segurança e saúde no trabalho. 
 
3 Legislação vigente e aplicação: Tipos de legislações vigentes no 
brasil. 
 
 
Atualmente, no Brasil, há diversos tipos de legislações capazes de traçar diretrizes 
e procedimentos quanto à segurança e saúde no trabalho, seja no Poder Executivo, seja 
no Judiciário. 
Quando ainda estava no ar, o site do extinto Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE) disponibilizava um sistema de pesquisa de legislação com os diversos tipos de 
legislações existentes (Quadro 3), nos quais profissionais, empregados e empregadores 
devem se basear. São eles: 
 
Figura 3. tipos de legislações vigentes. 
Dentro de cada tópico, era possível encontrar, subdivididas por ano quando em 
grande quantidade, cada exemplo de legislação vigente equivalente a cada categoria. Por 
exemplo, no item Normas Regulamentadoras, era possível ser direcionado ao site do 
Ministério da Economia, atual responsável por tal assunto, e ter acesso a todas as NRs 
vigentes atualmente. 
Ainda no portal do MTE, era possível realizar uma busca de legislações de acordo 
com um determinado tema (Quadro 4): 
 
Figura 4. Exemplo de temas de legislações. 
Para encontrar esses conteúdos, a partir de2020, é preciso navegar pelos canais 
oficiais dos Ministérios da Economia, da Cidadania e da Justiça e Segurança Pública. 
Esses Ministérios ficaram responsáveis pelas atribuições do MTE, durante o governo do 
Presidente Jair Bolsonaro. A maioria das atribuições do Ministério do Trabalho e 
Emprego ficaram a cargo do Ministério da Economia, e é no site deles que a maior parte 
das informações pode ser encontrada. 
Conforme apresentado pelo Quadro 3, as Normas Regulamentadoras são um dos 
tipos de legislações seguidas e bastante consultadas no Brasil e servem como ferramentas 
norteadoras tanto para os empregados quanto para os empregadores. 
 
3.1 Normas regulamentadoras. 
 
As Normas Regulamentadoras (NRs) são itens fundamentais da legislação do 
trabalho no País e, ao lado da Constituição Federal e das legislações trabalhistas previstas 
na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), formam a legislação básica que rege a 
segurança do trabalho no Brasil. 
As NRs devem ser obrigatoriamente seguidas por empresas públicas e privadas que 
tenham empregados regidos pela CLT, bem como trabalhadores rurais e avulsos, que 
também se encontram sob a égide das Normas Regulamentadoras (CAMISASSA, 2019). 
O não cumprimento dessas normas por parte do empregador pode acarretar a aplicação 
de penalidades previstas na legislação. 
O objetivo central das NRs é, basicamente, traçar obrigações, direitos e deveres a 
serem cumpridos por empregadores e por trabalhadores, no intuito de garantir trabalho 
seguro e sadio e evitar a ocorrência de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. 
A elaboração/revisão das NRs era, até o ano de 2019, realizada pelo Ministério do 
Trabalho. A partir de 2020, isso se tornou atribuição do Ministério da Economia. O 
sistema tripartite paritário ainda compõe a metodologia de gerenciamento das NRs: 
comissões e grupos compostos por representantes do governo, dos empregados e dos 
empregadores realizam as devidas alterações sempre que julgam necessárias. 
Será apresentada uma breve síntese das aplicações de cada uma das Normas 
Regulamentadoras, lembrando que a Portaria SEPRT nº 915, de 30 de julho de 2019, 
alterou o texto de algumas NRs. No entanto, sua vigência somente se inicia a partir de 12 
meses da data de publicação. 
 NR 1 - Disposições gerais 
De acordo com o texto vigente até 30 de julho de 2020, o objetivo da NR 1 consiste 
em estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições 
comuns às Normas Regulamentadoras relativas à segurança e saúde no trabalho. Com a 
Portaria SEPRT nº 915, a NR 1 passou a tratar das disposições gerais e do gerenciamento 
de riscos ocupacionais. Além de considerações gerais, a NR1 traz também alguns 
conceitos essenciais ao entendimento das outras NRs, como, por exemplo, os de 
empregado, empregador, os direitos e deveres de cada um e os conceitos de risco 
ocupacional, perigo, trabalhador avulso e ato faltoso. 
O novo texto deixa a NR 1 mais harmônica e moderna, com medidas que reduzirão 
a burocracia e o custo para o País. Segundo os responsáveis pelas mudanças, 
microempresas e empresas de pequeno porte serão as mais beneficiadas. Uma das 
novidades é um capítulo específico para tratar de capacitação, e a permissão do 
aproveitamento de treinamentos quando um trabalhador troca de emprego dentro de uma 
mesma atividade. 
 NR 2 - Inspeção prévia (revogada) 
Decidiu-se pela revogação da NR 2, que tratava da inspeção prévia, no contexto de 
modernização das NRs. A NR 2 tinha redação de 1983, da antiga Secretaria de Segurança 
e Medicina do Trabalho, e exigia uma inspeção do trabalho prévia para abertura de novos 
negócios. 
 NR 3 - Embargo ou interdição 
Essa norma tem como objetivo traçar diretrizes para caracterização do grave e 
iminente risco, e apresentar quais devem ser os requisitos técnicos de embargos e 
interdições. 
Tanto o embargo quanto a interdição são procedimentos de cunho prevencionista 
para situações emergenciais, uma vez que têm como consequência a paralisação total ou 
parcial das atividades quando o auditor fiscal do trabalho (AFT) constata situação de risco 
grave ou iminente à segurança, saúde e integridade física dos trabalhadores 
(CAMISASSA, 2019). 
É importante que fique clara a diferença entre embargo e interdição, proposta pela redação 
dos itens 3.2 e 3.3 da NR 3: 
3.2. A interdição implica a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de 
serviço, máquina ou equipamento. 
3.3. O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra (CAMISASSA, 2019). 
 
 NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho 
A NR 4 regulamenta as regras de constituição dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), cujo objetivo é fomentar 
a saúde e garantir a integridade do trabalhador no local de trabalho. Por ser um serviço 
especializado, seus membros devem ser especialistas, ou seja, ter capacitação para atuar 
em atividades relacionadas à segurança e saúde do trabalho. 
Ao longo da NR 4, são estabelecidas as atribuições do SESMT, critérios de formação 
e escolha dos seus membros obrigatórios, tipos de SESMT existentes, metodologia de 
dimensionamento conforme atividade econômica da empresa, grau de risco, quantidade 
de funcionários etc. 
 
CURIOSIDADE: 
Além dos profissionais que obrigatoriamente integrarão o SESMT, conforme 
disposto na NR4, a empresa poderá a seu critério contratar outros profissionais com 
qualificações em diferentes áreas de concentração em saúde do trabalhador, como 
fisioterapeutas do trabalho ou psicólogos do trabalho. Tal entendimento tem como 
fundamento o fato de que as normas regulamentadoras estabelecem o grau de 
exigibilidade mínimo a ser cumprido pelas empresas. 
 
Vale ressaltar que o SESMT não tem caráter assistencialista, mas prevencionista, 
tem abrangência estadual e sua composição mínima é de um técnico de segurança do 
trabalho (CAMISASSA, 2019). 
 NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
A CIPA é uma comissão que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho. Deve ser composta por membros representantes dos empregados 
e dos empregadores, em quantidade paritária. 
A NR 5 somente deverá ser posta em prática em alguns setores, como os trabalhos 
portuário, de construção civil, mineração e rural, em casos de omissão das suas normas 
setoriais. No caso de conflito entre ambas as normas, deverá prevalecer o que dita a norma 
setorial, ficando a NR 5 como uma ferramenta auxiliar e subsidiária. 
Devem constituir a CIPA e mantê-la em regular funcionamento: empresas privadas; 
empresas públicas; sociedades de economia mista; órgãos da administração direta e 
indireta; instituições beneficentes; associações recreativas; cooperativas; e outras 
instituições que admitam trabalhadores como empregados. 
É preciso tomar cuidado para que não seja confundidos os critérios de constituição do 
SESMT (NR 4), que considera o grau de risco como critério de constituição, e da CIPA 
(NR 5), que considera o enquadramento da empresa de acordo com seu CNAE 
(CAMISASSA, 2019). 
 
 NR 6 - Equipamento de proteção individual (EPI) 
Essa NR trata dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e determina condições sob 
as quais eles devem ser oferecidos pelas empresas, além de esclarecer quais são as 
responsabilidades dos empregados, do empregador, do fabricante nacional, do importador 
e do Ministério do Trabalho e Emprego, ainda que hoje suas atribuições estejam 
distribuídas em pastas de outros ministérios. A norma ainda dispõe acerca do Certificado 
de Aprovação (CA) que todos os EPIs devem ter como pré-requisito para serem 
comercializados ou utilizados. 
O fornecimento de EPI ao empregado deve ser a última opção do empregador. 
Anteriormente, deve ser seguida uma ordem hierárquica de medidas, que se inicia pelouso de equipamentos de proteção coletiva (EPC), passando por medidas de ordem geral 
e administrativas de organização do ambiente de trabalho. Por fim, quando nenhuma 
dessas medidas surtir o efeito desejado, sendo incapazes de elidir os riscos ali existentes, 
usa-se o fornecimento de EPI como opção, o que não impede a possibilidade de seu 
fornecimento durante o processo de implantação das medidas anteriores (CAMISASSA, 
2019). 
 
 NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO 
No texto vigente até 30 de julho de 2020, ela estabelece a obrigatoriedade de elaboração, 
por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do PCMSO, com o objetivo de promoção a preservação da saúde de seus 
trabalhadores. 
Essa NR foi uma das que passou por alterações em 2019, e, em seu novo texto, seu 
objetivo sofreu uma pequena alteração, passando a indicar a consideração do Programa 
de Gerenciamento de Riscos (PGR) como base da avaliação dos riscos ocupacionais a 
serem elencados no PCMSO. 
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais completo de medidas da empresa no 
âmbito da saúde dos trabalhadores, e deve estar articulado e ser elaborado de acordo com 
o que estiver disposto nas demais NRs. Além disso, deve ter caráter prevencionista, de 
rastreamento e diagnóstico prévio dos riscos à saúde (CAMISASSA, 2019). 
Entre os exames elencados no PCMSO, os principais são: admissional; periódico; 
mudança de função; retorno ao trabalho; e demissional. 
A realização da avaliação clínica para cada um desses exames é obrigatória e inclui 
anamnese ocupacional, exame físico e mental. Exames complementares, como 
audiometria, hemogramas, espirometrias etc., devem ser feitos de acordo com as 
orientações do Quadros I e II dessa NR, e, a cada exame médico realizado, o médico do 
trabalho deve emitir um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) que contenha as 
informações mínimas obrigatórias listadas na NR 7. 
 
CURIOSIDADE 
Audiometrias são exames que servem para medir a capacidade auditiva de um indivíduo. 
Engana-se quem pensa que as únicas causas de perdas auditivas sejam riscos relacionados 
aos ruídos. A presença de algumas substâncias químicas com propriedades ototóxicas 
também pode comprometer a capacidade auditiva do trabalhador. Essas propriedades são 
referentes à possibilidade de danos às estruturas do ouvido interno devido à exposição a 
esses produtos. Atualmente, são reconhecidas propriedade ototóxicas de vários agentes, 
como solventes orgânicos e suas variantes como xilenos e toluenos. 
 NR 8 - Edificações 
De acordo com seu caput, a NR 8 dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem 
ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas 
trabalham. As recomendações dessa norma servem para edificações que já estejam 
construídas e ocupadas por trabalhadores, e não para edificações em construção ou 
residenciais em construção. Entre alguns dos itens listados na NR 8, estão recomendações 
referentes ao pé-direito das edificações, aos pisos dos locais de trabalho e às formas de 
proteção contra intempéries. 
 
 NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 
A partir das atualizações realizadas de 2019, a NR 9 passa a tratar, a partir de sua vigência, 
da Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e 
Biológicos (novo texto). 
O texto, ainda vigente até 30 de julho de 2020, estabelece a obrigatoriedade de elaboração 
e execução do PPRA por parte dos empregadores que admitam trabalhadores como 
empregados. Seu intuito é preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores, por 
meio de medidas de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos. 
Um PPRA deve elencar todos os riscos levantados no ambiente de trabalho avaliado, 
físicos, químicos ou biológicos e, ainda, de forma adicional, mas não obrigatória, pode 
tratar de riscos de acidentes e riscos ergonômicos. Ao contrário do que se acredita, o 
PPRA não precisa ser renovado de ano em ano. O que precisa ser feito anualmente, ou 
sempre que necessário, é a análise global, que consiste em uma avaliação do 
desenvolvimento e do desempenho do PPRA proposto. 
 
 NR 10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade 
Essa NR estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos 
trabalhadores que laborem em contato com instalações elétricas. Isso inclui as etapas de 
elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, assim 
como a segurança de usuários e de terceiros em quaisquer das fases de geração, 
transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. Para tal, devem ser observadas 
as normas vigentes e, na ausência delas, normas internacionais. 
 
 NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais 
A NR 11 determina quais os requisitos mínimos de segurança a serem observados nos 
locais de trabalho no tocante ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao 
manuseio de materiais, seja de forma mecânica ou manual, no intuito de prevenir 
infortúnios laborais. 
 NR 12 - Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos 
Essa NR determina medidas prevencionistas a serem tomadas por todos os 
empregadores no que diz respeito à instalação, operação e manutenção de quaisquer 
máquinas e equipamentos, no intuito de prevenir a ocorrência de acidentes. 
 
 NR 13 - Caldeiras, vasos de pressão e tubulações e tanques metálicos de 
armazenamento 
Estabelece todos os requisitos técnicos referentes à instalação, operação e manutenção 
de caldeiras e vasos de pressão, a favor da prevenção de acidentes do trabalho. 
 NR 14 - Fornos 
Estabelece as recomendações pertinentes à construção, operação e manutenção de 
fornos industriais. 
 NR 15 - Atividades e operações insalubres 
Essa NR descreve as atividades, operações e agentes insalubres e seus limites de 
tolerância. Ela disponibiliza 14 anexos (Quadro 5), um para cada tipo de agente. 
 
A NR 15 determina o pagamento do adicional de insalubridade aos trabalhadores 
expostos às condições por ela listadas, sendo 40% para insalubridade de grau máximo, 
20% para insalubridade de grau médio e 10% para o grau mínimo. 
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer e obedecer à seguinte 
ordem de medidas: 
 Com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância; 
 Com a utilização de equipamento de proteção individual. 
 
 NR 16 - Atividades e operações perigosas 
A NR 16 regulamenta as atividades e as operações que serão consideradas perigosas, 
indicando as devidas recomendações de prevenção para cada uma delas. 
Além disso, delimita o adicional de periculosidade de 30% incidente sobre o 
salário para trabalhadores que desempenhem suas funções em condições de 
periculosidade. Segundo a NR 16, são exemplos de atividades perigosas as que 
demandam contato com explosivos e líquidos inflamáveis. 
 NR 17 - Ergonomia 
Dispõe sobre parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às 
condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de forma a proporcionar aos empregados 
o máximo de conforto e segurança para o desempenho de suas funções. 
 NR 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção 
(Texto vigente até 30/07/2020) ou segurança e saúde no trabalho na indústria da 
construção (novo texto) - Traça diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e 
organização que simplifiquem o uso de medidas de controle e sistemas de segurança 
preventiva nas condições de trabalho da indústria da construção civil. 
 NR 19 - Explosivos 
Estabelece as disposições legais acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, 
a fim de promover a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores que lidam 
com esse tipo de material em seus ambientes de trabalho. 
 NR 20- Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis 
Essa NR lista as orientações técnicas quanto ao armazenamento, manuseio e transporte 
de líquidos combustíveis e inflamáveis, com o objetivo de fomentar a proteção da saúde 
e a integridade física dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho. 
 NR 21 - Trabalhos a céu aberto 
Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas à prevenção de acidentes em atividades 
desenvolvidas a céu aberto, como, por exemplo, em pedreiras e minas. 
 
 NR 22 - Segurança e saúde ocupacional na mineração 
Essa NR tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na organização do 
ambiente de trabalho a que se refere, de forma a tornar compatível o planejamento e o 
desenvolvimento da atividade mineira com a permanência da segurança e saúde dos 
trabalhadores. 
 NR 23 - Proteção contra incêndios 
Estipula quais medidas de proteção contra incêndios devem ser tomadas nos diversos 
locais de trabalho, para que estejam garantidas a saúde e a integridade física dos 
trabalhadores daquele ambiente. 
 NR 24 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho 
Traça os preceitos de higiene e conforto que devem ser observados nos locais de trabalho, 
especialmente no que se refere a banheiros, alojamentos, refeitórios, cozinhas e ao 
tratamento da água potável, em prol da garantia da qualidade da higiene e da proteção da 
saúde dos trabalhadores. 
 NR 25 - Resíduos industriais 
Determina as medidas preventivas a serem observadas pelas empresas no destino dado 
aos seus resíduos, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores e o 
meio ambiente. 
 NR 26 - Sinalização de segurança 
Discrimina sobre a padronização de cores a serem utilizadas como sinalização de 
segurança nos ambientes de trabalho, sobretudo para rotulagem e sinalizações vertical e 
horizontal, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. 
Treinamentos referentes a essa NR são de extrema importância para trabalhadores de 
ambientes de laboratórios, das indústrias de cosméticos, farmacêutica e de fertilizantes, 
por exemplo. 
 NR 27 - Registro profissional do técnico de segurança do trabalho (revogada) 
Estabelecia os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional técnico em segurança do 
trabalho, principalmente em relação ao seu registro profissional como tal. 
 NR 28 - Fiscalização e penalidades 
Essa NR recebeu sua última atualização em abril de 2020, por meio da Portaria SEPRT 
nº 9.384, e traça os procedimentos a serem adotados pela fiscalização em SST, tanto no 
que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades 
técnicas, quanto no que tange aos procedimentos de autuação por infração às NRs. 
 NR 29 - Segurança e saúde no trabalho portuário 
Tem por objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, 
facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis 
de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. 
Essa NR ainda tem como dispositivo auxiliar o Guia de Boas Práticas para Trabalho em 
Altura em Atividades Portuárias, vinculado à NR 35. 
 NR30 - Segurança e saúde no trabalho aquaviário 
Essa NR tem como objetivo a proteção e a regulamentação das condições de segurança e 
saúde em trabalhos aquaviários. Regula ainda a proteção contra acidentes e doenças 
ocupacionais, objetivando melhores condições e segurança no desenvolvimento de 
trabalhos nesse setor. 
 NR 31 - Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, 
exploração florestal e aquicultura 
Essa NR estabelece os preceitos a serem observados no ambiente das atividades de 
agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura, de forma a manter a 
compatibilidade entre esses setores, suas atividades e a segurança e saúde de seus 
trabalhadores. 
 NR 32 - Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde 
Tem como objetivo estabelecer as diretrizes básicas para a implantação de medidas de 
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos da área da saúde, 
bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde de forma 
geral. 
 NR 33 - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados 
Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços 
confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos 
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores 
que interagem direta ou indiretamente nesses espaços. 
 
EXEMPLIFICANDO 
Como exemplos de atividades em espaços confinados, podemos citar as relacionadas à 
construção civil que envolvam, por exemplo, a construção de cisternas, galerias de esgoto, 
minas, túneis, elevadores, chaminés, metrôs, galerias para canalização de água, silos de 
armazenagem, caldeiras, fornos, misturadores, reatores, secadores etc. 
 
 NR 34 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, 
reparação e desmonte naval - estabelece os requisitos mínimos e as medidas de 
proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da 
indústria de construção, reparação e desmonte naval. 
Essa NR considera como atividades da indústria da construção e reparação naval todas 
aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para esse fim ou nas 
próprias embarcações e estruturas (navios, barcos, lanchas, plataformas fixas ou 
flutuantes). 
 NR 35 - Trabalho em altura - estabelece os requisitos mínimos e as medidas de 
proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a 
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos 
direta ou indiretamente com essa atividade. 
Além das recomendações, essa NR conta com um manual, a exemplo da NR 33, um Guia 
de Boas Práticas para Trabalho em Altura em Atividades Portuárias, uma Cartilha de 
Segurança em Serviços de Manutenção de Fachadas e uma Cartilha de Trabalho em 
Altura. Todos são disponibilizados pelo site da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho 
(ENIT). 
 NR 36 - Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de 
carnes e derivados - Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a 
avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades da 
indústria de abate e processamento de carnes e derivados. Existe, ainda, o Manual 
de Interpretação e Aplicação da NR 36, disponibilizado pela ENIT, que apresenta 
de forma mais detalhada as orientações da NR. 
 NR 37 - Segurança e saúde em plataformas de petróleo - estabelece os requisitos 
mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de 
plataformas de petróleo no território marinho nacional. Sua publicação foi feita 
pela Portaria MTB nº 1.186, de 20 de dezembro de 2018, e sua última alteração 
ocorreu em 17 de dezembro de 2019, por meio da Portaria SEPRT nº 1.412. 
As NRs, assim como qualquer dispositivo legal, podem sofrer alterações ao longo dos 
anos e precisar de modificações de acordo com o surgimento de novas modalidades de 
trabalho, tecnologias e metodologias. Além delas, o Brasil conta com outras dezenas de 
ferramentas legislativas e recomendações internacionais no tocante à gestão da segurança 
e da higiene do trabalho. 
 
3.2 Outras legislações Pertinentes. 
 
Além das Normas Regulamentadoras, que servem como balizadoras da higiene e 
da segurança do trabalho no Brasil, há diversos outros dispositivos, legais ou não, que, 
em conjunto com as NRs, enriquecem as metodologias prevencionistas já existentes. 
Entre eles, podemos citar: as Normas de Higiene Ocupacional (NHO), da Fundacentro; 
as Convenções da Organização do Trabalho (OIT); e alguns outros dispositivos legais, 
como as Leis nº 10.666, 8.213 e 7.410. 
As NHO foram elaboradas pela Fundacentro, publicadas em 1980, e consistemem 
uma série de normas técnicas destinadas, como o próprio nome já diz, à higiene 
ocupacional. 
Essas normas foram criadas no intuito de determinarem limites de tolerância, 
metodologias de avaliação e critérios técnicos, bem como servirem de orientação 
adicional em relação ao controle de agentes de riscos ambientais. Atualmente, a 
Fundacentro dispõe de dez NHOs (Quadro 6), disponíveis para consulta on-line. 
 
Figura 5. Normas de Higiene Ocupacional fornecidas pela Fundacentro. 
Essas normas são comumente utilizadas em concomitância com as NRs. Um 
exemplo disso é em relação à discussão acerca da aposentadoria especial. Os limites de 
tolerância utilizados são os da NR 15, no entanto, os critérios de avaliação ambiental 
geralmente utilizados são os da NHO da Fundacentro correspondente. 
As Convenções da Organização Internacional do Trabalho, por sua vez, podem 
ser divididas em três grupos: 
As convenções fundamentais, que devem ser ratificadas e aplicadas por todos os 
Estados-membros da OIT 
Nº 29 - Trabalho forçado (1930); 
Nº 87 - Liberdade sindical e proteção do direito de sindicalização (1948); 
Nº 98 - Direito de sindicalização e de negociação coletiva (1949); 
Nº 100 - Igualdade de remuneração (1951); 
Nº 105 - Abolição do trabalho forçado (1957); 
Nº 111 - Discriminação (emprego e ocupação) (1958); 
Nº 138 - Idade mínima (1973); 
Nº 182 - Piores formas de trabalho infantil (1999); 
As convenções prioritárias, que se referem a assuntos de especial importância 
Nº 81 - Inspeção do trabalho (1947); 
Nº 144 - Consulta tripartite (1976); 
Nº 129 - Inspeção do trabalho na agricultura (1969); 
Nº 122 - Política de emprego (1964); 
As demais convenções, classificadas em doze categorias agrupadas por temas 
São elas: 
Direitos humanos básicos; emprego; políticas sociais; administração do trabalho; 
relações industriais; condições de trabalho; segurança social; emprego de mulheres; 
emprego de crianças e jovens; trabalhadores migrantes; trabalhadores indígenas; e outras 
categorias especiais. 
O Brasil já ratificou um total de 82 Convenções da OIT, e, entre as fundamentais, 
a única não ratificada foi a Convenção 87, sobre liberdade sindical. Estados-membros da 
OIT podem ser denunciados perante o sistema de controle normativo, caso violem alguma 
convenção que já tenham ratificado. 
Além das legislações e normas mencionadas anteriormente, a SST no Brasil conta 
com inúmeros outros dispositivos legais capazes de balizar as relações de trabalho no 
País. São legislações pertinentes da área trabalhista, previdenciária e ambiental, todas 
operantes em consonância com recomendações nacionais e internacionais dos órgãos 
competentes. 
No Quadro 7 estão dispostas algumas dessas outras legislações, capazes de 
enriquecer o embasamento técnico e legal quando o assunto é SST: 
 
Figura 6. Legislações brasileiras relacionada à saúde e segurança do trabalho. 
O mais importante quando o assunto for legislação, é procurar ser o mais fidedigno 
às realidades tratadas, evitando comparações específicas com legislações internacionais, 
uma vez que estas terão suas características de input diferentes das brasileiras. 
Aos trabalhadores, é importante buscar conhecer as principais legislações em 
vigor, sobretudo as que tratem diretamente de seus ambientes de trabalho, e atentar-se às 
atualizações, além de manter uma boa relação com as equipes de SST, que são 
responsáveis por traçar melhorias nas metodologias de processos e fornecer subsídios ao 
aprimoramento das legislações. 
 
4 SINTETIZANDO 
 
Ao longo dos anos, as legislações trabalhistas e previdenciárias se adaptaram e 
eliminaram precariedades, descasos e ilegalidades, como, por exemplo, o trabalho 
infantil. 
A promulgação das Consolidações das Leis do Trabalho (CLT) foi um importante 
marco na história do trabalhador brasileiro. Com ela, vieram os direitos às férias, ao 
salário-mínimo, à carteira de trabalho assinada e todos os direitos intrínsecos a ela. 
Existe atualmente uma infinidade de legislações acerca de assuntos que envolvem a 
segurança e a saúde do trabalhador no Brasil e no mundo. Cabe a cada trabalhador 
conhecer seus direitos, acompanhar a evolução das legislações que regem seu trabalho, 
buscar estar sempre atentos às necessidades da sua profissão e comunicá-las sempre aos 
profissionais técnicos responsáveis, para que as devidas providências sejam tomadas. 
Aos empregadores, competem também as mesmas necessidades de atenção às 
evoluções, para que os direitos de seus empregados sejam mantidos, assim como a 
mínima qualidade do ambiente de trabalho, a fim de garantir aos seus colaboradores 
condições de desempenharem suas funções com saúde e segurança preservadas. 
No Brasil, as legislações trabalhistas e previdenciárias sofreram importantes 
alterações, a exemplo das Normas Regulamentadoras, que datam de 1978. Esse tipo de 
atualização é necessária, uma vez que as tecnologias existentes à época de sua criação, 
bem como as formas de trabalho, funções e variedade de profissões, não são mais 
equivalentes às existentes nos dias de hoje. É preciso que o poder público acompanhe o 
desenvolvimento das formas de trabalho do País para que possa adequar suas legislações 
às condições reais. 
As normas internacionais e recomendações de órgãos globais também podem 
funcionar como importantes balizadores das legislações a serem aplicadas e publicadas 
aqui. No entanto, é prudente que sejam consideradas as características e particularidades 
do Brasil, principalmente quando se trata de limites de tolerância e características dos 
ambientes de trabalho. 
De modo geral, o trabalhador brasileiro está muito bem amparado em relação às leis 
trabalhistas. Resta observar o cumprimento de todas elas e a abertura dos legisladores a 
melhorias, sempre que necessário for.

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