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SAÚDE COLETIVA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE Profa: eugênia viana SERVIÇOS DE SAÚDE O Brasil é o 5º maior país do mundo em território e o 6º maior em população. O grande espaço territorial e o fato de que todo e o fato de que qualquer brasileiro pode ser usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) faz com que a organização da saúde pública e dos seus serviços ofertados seja um desafio para o governo. Muitos programas e ações giram em torno dos serviços de saúde. O que envolve um grande número de servidores públicos, e milhões de cidadãos que se beneficiam da saúde pública. SERVIÇOS DE SAÚDE O SUS possui um sistema de atendimento regionalizado e hierarquizado, de acordo com o nível de complexidade da assistência necessária. O art. 198 da Constituição Federal explicita que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, que deve ser organizado de acordo com algumas diretrizes, dentre as quais se destaca a descentralização. SERVIÇOS DE SAÚDE O processo de descentralização trouxe benefícios, especialmente quanto à ampliação da cobertura assistencial e o acesso à saúde, mas permanecem os enormes desafios para os municípios, considerando-se a complexidade da consolidação da política pública num país federativo, de dimensões continentais e marcado por enormes desigualdades econômicas, sociais e de organização dos serviços de saúde. Os municípios foram responsabilizados pela provisão e organização dos serviços de saúde, sem a articulação necessária entre as três esferas de gestão para a construção das regiões da saúde e das redes de serviços. SERVIÇOS DE SAÚDE O Pacto pela Saúde de 2006 amplia o conceito de regionalização para além da assistência à saúde, apresentando-se como eixo estruturante e potencializador do processo de descentralização. Propiciou um movimento de mudança, com base no fortalecimento da pactuação política entre os entes federativos e na diversidade econômica, cultural e social das regiões do Brasil para a redefinição das regiões de saúde. SERVIÇOS DE SAÚDE A estruturação das regiões de saúde e das redes de serviços ainda é bastante heterogênea no território brasileiro. Existe também a desigualdade na organização do sistema de saúde brasileiro, com precária estruturação e oferta de serviços de saúde em muitos municípios, resultado de questões complexas da esfera econômica, social e de ordem política, muitas vezes, alheia à organização do SUS. SERVIÇOS DE SAÚDE Decreto 7.508/11: dispõe sobre a organização regionalizada da saúde e a hierarquização dos serviços de atenção à saúde. O Decreto tem como o objetivo de reduzir as desigualdades de acesso aos serviços e aprimorar a integralidade da atenção oferecida aos cidadãos de todos os municípios. Planejamento e gestão compartilhada e solidária entre os gestores do SUS para a construção efetiva e o funcionamento adequado das redes assistenciais. SERVIÇOS DE SAÚDE REGIÕES DE SAÚDE: espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. EX: O Ceará tem 3 macrorregiões - Fortaleza, Sobral e Cariri - e 22 microrregiões. Para ser considerada uma região, o conjunto de municípios deve possuir: atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial, atenção ambulatorial e hospitalar especializada e vigilância em saúde. SERVIÇOS DE SAÚDE Quanto à hierarquização dos serviços, determina-se que o acesso se inicie pelas portas de entrada do SUS (mencionadas no slide anterior) e se complete na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. Após iniciar o atendimento nesses serviços, os usuários serão referenciados para outros serviços de atenção hospitalar ou ambulatórios de especialidades, ou outros de maior complexidade e densidade tecnológica, conforme a necessidade do usuário. SERVIÇOS DE SAÚDE Historicamente, a organização dos serviços públicos de saúde é dividido em três amplos conjuntos de assistência: Atenção Básica; Média Complexidade; Alta Complexidade. Para cada tipo de atenção e atendimento a saúde, se faz necessária uma estratégia que garanta organização e facilite o atendimento ao público. SERVIÇOS DE SAÚDE ATENÇÃO BÁSICA: O nível primário de atenção à saúde tem como objetivo o atendimento inicial. Ou seja, de casos mais simples ou até mesmo com objetivos preventivos. Este nível não dispõe de tratamentos muito complexos, e é realizado pelas UBS (Unidades Básicas de Saúde). Nestas unidades são oferecidas vacinas, marcações de consultas, procedimentos básicos e alguns exames mais comuns. É através deste nível que diversas campanhas são desenvolvidas, que promovem a prevenção em comunidades. SERVIÇOS DE SAÚDE ATENÇÃO BÁSICA: É necessária uma equipe mínima composta por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Deve ser capaz de diagnosticar, o mais precocemente possível, situações de risco que venham a ultrapassar sua capacidade de resolução, promovendo acesso ágil aos atendimentos mais complexos, na busca de otimização da assistência, da melhoria do cuidado e da redução dos gastos, estabelecendo uma continuidade dos cuidados. SERVIÇOS DE SAÚDE ATENÇÃO BÁSICA: O atendimento assistencial deve ser voltado para linhas de cuidado, representando um contínuo modelo de assistência, composto por ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação de acordo com as necessidades dos usuários: Segmentos populacionais – indígenas, quilombolas. Ciclos de vida – criança, adolescente, idoso. Gênero – saúde da mulher, do homem. Agravos – tuberculose, hipertensão, diabetes. Eventos – gestação. SERVIÇOS DE SAÚDE MÉDIA COMPLEXIDADE: Os atendimentos costumam acontecer nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou até mesmo em ambulatórios e hospitais que oferecem atendimento de emergência. Nesse caso a complexidade é maior que a do nível primário, mas ainda não como a do terciário. Casos em que o paciente necessita de um atendimento rápido, mesmo que não seja um caso complexo. Quando um caso no atendimento primário parecer mais complicado, o paciente é encaminhado para um especialista no nível secundário. SERVIÇOS DE SAÚDE ALTA COMPLEXIDADE: O nível terciário é o mais complexo de todos. Isso porque ele conta com procedimentos e situações mais complicadas. Os atendimentos feitos neste nível acontecem em grandes hospitais, com equipamentos mais avançados. No nível terciário de atenção à saúde as enfermidades apresentam riscos graves contra suas vidas, são realizadas cirurgias de grande porte e tratamentos que exigem uma maior quantidade de recursos terapêuticos avançados. SERVIÇOS DE SAÚDE UBSs: processos rotineiros, como consultas com clínico geral, vacinação, cuidados relacionados ao pré-natal e atendimento odontológico. UPAs: medidas de emergência, funcionando 24 horas por dia. Os casos tratados incluem traumas, fraturas, infartos, derrames etc. Geralmente podem acolher de 150 a 450 pacientes por dia, conforme a quantidade de leitos apresentada. Hospitais: assistência médica de média e alta complexidade e têm diferentes perfis. Há, por exemplo, hospitais gerais, especializados, de urgência, universitários, clínicas básicas e unidades de ensino e pesquisa. SERVIÇOS DE SAÚDE Existem metodologias administrativas ou ferramentas tecnológicas que auxiliam a gestão da Saúde Pública a mapear e organizar a demanda e, assim, cumprir seu principal objetivo: entregar qualidade no atendimento ao cidadão exatamente com os recursos necessários. Cadastro Eletrônico do Cidadão; Programas educativos e preventivos; Sistemas de Regulação (distribuição de leitos, transferências, marcação de consultas e exames); Sistemas de gestão (prontuários, protocolos, orientações detratamento).