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EXPANCAO EUROPEIA

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3
 (
 
Nelson M
artins Assura
Martins Mineses 
 
A expansão
 europeia no Século XV
 
Licenciatura e
m 
Ensino de História com Habilitação Em Documentação 
 
Universidade Licungo 
Quelimane
2021
)
 (
 
Nelson Martins Assura
Martins Mineses 
A expansão
 europeia no Século XV
 
Licenciatura e
m 
Ensino de História com Habilitação Em Documentação 
Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue na cadeira de história da idade média europeia, para fins avaliativos.
Docente
: Dr: José Gopa
Universidade Licungo 
Quelimane
2021
)
Índice
Introdução	4
Objectivos	4
Objectivo geral	4
Objectivos específicos	4
Metodologias	4
Antecedentes da Expansão Marítima	5
Causas da expansão europeia	6
Factores da expansão marítima europeia	6
Pioneirismo de Portugal	7
O Mercantilismo e suas características do Mercantilismo	9
Consequências da expansão ultramarina europeia	9
Conclusão	11
Referências bibliográficas	12
Introdução
Grandes navegações e explorações foram empreendidas pelos europeus a partir do século XV. As realizações das últimas décadas daquele século e das primeiras décadas do século XVI resultaram numa ruptura no campo dos conhecimentos geográficos, que tinha então como maior referência a Geografia de Ptolomeu. Este ensaio sintetiza as principais navegações daquele período e identifica relatos dessas viagens e representações cartográficas delas decorrentes que configuram os avanços nesse campo. Entre os anos de 1487 e 1522, completou-se a exploração das costas ocidentais e o contorno da África; o acesso ao Índico, o reconhecimento de áreas costeiras e de arquipélagos e o domínio de rotas de navegação nesse oceano; a travessia, o reconhecimento e o estabelecimento de rotas de navegação no mar-oceano (o Atlântico); a descoberta de um novo continente e o reconhecimento de parte dessas terras; o acesso ao mar do sul (o Pacífico) e a primeira circunavegação da Terra.
Objectivos 
Objectivo geral
· Compreender a expansão marítima europeia no século XV.
Objectivos específicos
· Definir a expansão europeia;
· Identificar os principais factores da expansão europeia no século XV;
· Explicar a importância da expansão europeia no século XV.
Metodologias
Para a concretização do presente trabalho foi possível graças a pesquisas virtuais (internet), também foi possível graças a consulta de alguns artigos e livros que retratam acerca do tema.
A expansão marítima europeia no Século XV
Segundo Burke (2003) foi um período em que as nações europeias desenvolveram um processo de exploração e conquista de novos territórios (América, África e Ásia), ampliando o mundo até então conhecido. 
Estudiosos já destacaram a passagem entre os séculos XV e XVI como um período de mudanças nos campos do conhecimento. Randles (1994), discutindo a Cartografia, enfatiza o abandono de uma interpretação de cunho predominantemente religioso para uma abordagem que considerava as interpretações clássicas e as contribuições mais recentes do renascimemto europeu. Vargas (1995) demonstra a importância das navegações ibéricas daquele período para a formação de uma nova imagem do mundo, baseada na concepção helenística do mundo como um globo, nas informações obtidas nas navegações ibéricas e e nos avanços científicos de então. 
Antecedentes da Expansão Marítima
Pigafetta, 1997 traz os seguintes antecedentes:
•       Revolução Comercial: aumento na quantidade de troca de excedentes; trocas inter-feudos; surgimento das grandes feiras e intensificação quanto à circulação de moedas metálicas.
•       A partir do séc. X, aumento da população pressionada por produção/comércio de alimentos; aperfeiçoamento de instrumentos agrícolas; expansão de sectores metalúrgicos artesanais; Intensificação da vida urbana.
•       As Cruzadas (Séc. XI,XII e XIII) propiciaram a expansão do comércio internacional entre as sociedades europeia, a muçulmana e a bizantina. Contribuíram para a consolidação da economia monetária.
•       Surgimento da classe social burguesa. A economia monetária se sobrepõe à economia de trocas baseada nas necessidades. As cidades foram se tornando livres e se fortaleceram.
•       Apoiado pelos burgueses e devido à instabilidade política, os reis assumiram o poder político (Estados Nacionais). As economias foram se tornando nacionais e internacionais.
Causas da expansão europeia 
Na visão de Vargas (1995) a expansão marítimo-comercial europeia foi resultante da busca de soluções para uma série de problemas do século XIV. As soluções seriam: busca de novas rotas de comércio, conquista de territórios ultramar, busca de especiarias e exploração de matérias-primas nas novas áreas conquistadas.
Além do acesso às especiarias e aos metais preciosos, a Expansão Marítima foi norteada por:
· Conquistas de mais terras;
· Conquista de fiéis para a Igreja Católica;
· Conquista de mercados consumidores do que era
Produzido na Europa. Sua viabilização foi favorecida por diversos causas, entre os quais se destacam: 
· O avanço tecnológico: responsável pela melhoria das condições de navegação (elaboração de mapas, aprimoramento de instrumentos de orientação, construção de embarcações mais rápidas e seguras); 
· O fascínio pelo Oriente: presente no imaginário europeu da Baixa Idade Média, estimulava a busca da riqueza e do exotismo existente naquela região; 
· A tentativa por parte das recém-formadas monarquias portuguesa e espanhola de romper o monopólio comercial: que as cidades italianas, como Veneza e Gênova, impuseram sobre os produtos orientais; finalmente, a centralização política, imprescindível aos empreendimentos marítimos na medida em que somente um poder forte e concentrado seria capaz de assegurar os recursos necessários às viagens, bem como assegurar o domínio sobre as terras descobertas.
Factores da expansão marítima europeia 
Destacam-se os seguintes factores:
Factores Económicos:
· Renascimento comercial e urbano
· Busca de metais preciosos e especiarias
· Conquista de terras e rotas comerciais
· Interesses económicos da burguesia
· Monopólio comercial italiano no Mediterrâneo
· Busca de alternativas para expandir o comércio
Factores Políticos:
· Formação e fortalecimento dos Estados Nacionais;    
· Aliança rei-burguesia;
· Queda de Constantinopla (1453)
Factores socioculturais:
· Renascimento cultural e científico;   
· O interesse de expansão da fé cristã (católica);   
· Cruzadas e o espírito missionário
A tomada de Constantinopla, entreposto comercial entre o Oriente e a Europa, pelos turcos otomanos em 1453, acelerou o processo expansionista. Ao interromper os contactos mercantis entre Oriente e Ocidente, obrigou os europeus a buscarem uma rota alternativa ao comércio de especiarias.
Pioneirismo de Portugal 
Segundo Burke (2003) no processo de expansão, Portugal desempenhou papel pioneiro por ter, durante a Baixa Idade Média, criado as condições necessárias à sua efectivação:
a) Centralização político-administrativa – realizada durante a dinastia de Avis, a centralização administrativa de Portugal permitiu que a monarquia passasse a governar em sintonia com os projectos da burguesia.
b) Mercantilismo – com a centralização monárquica em Portugal a política adoptada foi a mercantilista. O rei desejava fortalecer o Estado e a burguesia aumentar os seus lucros.
c) Ausência de guerras – enquanto outros países estavam envolvidos em guerras, Portugal era um país sem guerra.
d) Posição geográfica – banhado em toda a sua costa pelo oceano Atlântico, facilitou a expansão.
e) A existência de uma ambiciosa burguesia que aliava os seus interesses económicos aos interesses do rei e da nobreza.
g) A Escola de Sagres (formação de navegantes e desenvolvimento de técnicas de navegação).
Segundo Randles (1994) a grande expansão marítima europeia se iniciou com Portugal quando, em 1415, tomou Ceuta, cidade comercial árabe norte-africana, portanto bem antes da queda de Constantinopla.Sucessivas armadas implantaram entrepostos e feitorias em pontos estratégicos e disputaram nos mares rotas comerciais importantes, estabelecendo a participação dos portugueses no comércio dos produtos daquelas regiões e o domínio da navegação no Índico. Essas empresas tiveram como principais líderes Diogo Lopes de Sequeira e Afonso de Albuquerque, nomeados vice-reis das Índias, e seus capitães navegadores. 
Etapas da expansão marítima portuguesa
1ª Etapa (1415-1460) – é explorada a costa atlântica da África até o golfo da Guiné, dando a Portugal acesso directo às especiarias. 
2ª Etapa (1460-1498) – continua a exploração do litoral africano em direção ao sul. Bartolomeu Dias descobre  o cabo da Boa Esperança (1488) e Vasco da Gama atinge a Índia. No final dessa fase, Colombo atinge a América. 
3ª Etapas (1498-1600) – a partir da expedição de Cabral, os navegadores lusos foram cada vez mais longe: Groenlândia, circum-navegação da Terra, extrema Oriente e atingiram também a Austrália.
O Reino de Portugal iniciou sua expansão marítima e comercial de forma autónoma, visando aumentar o poderio económico da Coroa Portuguesa. A descoberta do caminho para as Índias proporcionou a expansão comercial e o enriquecimento dos reinos europeus. Os indícios da existência de ouro na América espanhola aguçaram a cobiça dos portugueses por metais preciosos. Era esse o contexto quando os portugueses conquistaram o Brasil por volta de 1498/1500 (Duarte Pereira Pacheco e Pedro Álvares Cabral). A conquista do Brasil pelos portugueses ocorreu por volta de 1498, com a expedição comandada por Duarte Pereira Pacheco. Na historiografia portuguesa, a chegada oficial do Estado Português em terras brasileiras foi 1500, com a expedição comandada por Pedro Álvares Cabral.
Tratado de Tordesilhas
A Expansão Marítima gerou um grande desentendimento entre Portugal e Espanha, pelas terras recém-descobertas do “Novo Mundo”, batizadas de América, e ainda as terras por descobrir. Para evitar um conflito ainda maior, em 1493, o papa Alexandre IV foi chamado para resolver a questão decidindo, através da Bula Inter Coetera, dividir as “novas terras” com um meridiano situado à 100 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde.
Percebendo que não ficaria com muita coisa, baseado nesta divisão, Portugal exigiu a elaboração de um novo documento. E assim foi feito: um ano depois foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano a 370 léguas a oeste da Ilha de Cabo Verde.
O Mercantilismo e suas características do Mercantilismo
· Metalismo (acúmulo de metais preciosos);
· Balança de comércio favorável (estimular a economia de modo que o valor das exportações fosse maior do que o valor das importações);
· Proteccionismo e intervencionismo estatal (o Estado intervinha na economia, protegendo os produtos e as manufacturas nacionais e buscando uma balança de comércio favorável);
· Monopólio (a economia era monopolizada pelo Estado, que controlava o comércio colonial);
· Colonialismo (o enriquecimento dos Estados Nacionais, da burguesia e dos nobres se faria com a exploração de riquezas – metais preciosos e matérias-primas –  nas colônias) (PIGAFETTA, 1997).
 
Consequências da expansão ultramarina europeia
Essas grandes navegações e explorações permitiram que se iniciasse uma nova descrição da Terra, encaminhando respostas para questões colocadas ainda na Antiguidade e reconhecendo com maior aproximação a sua forma, as suas dimensões, as feições gerais de sua superfície (continentes, oceanos e mares), assim como a diversidade de povos, de culturas e de recursos em diferentes regiões do planeta. 
À medida que avançavam as explorações dos europeus, aprimoravam-se os instrumentos (bússola, astrolábio, quadrante, sonda, barquinha) e os procedimentos de colecta de informações, que abrangiam dados de navegação (ventos, correntes, detalhes das costas), posicionamento geográfico (latitudes e longitudes), portos e áreas de abastecimento, produtos de interesse comercial e indicações sobre os povos e regiões alcançados. 
Esses dados eram registrados em documentos oficiais, como roteiros e livros de bordo, relatórios de escrivães, inspectores, cronistas ou observadores nomeados pelas cortes; relatórios preparados por funcionários de casas comerciais e bancárias, armadores e arrendatários envolvidos nesses empreendimentos; bem como relatos ou crónicas de militares, marinheiros ou religiosos participantes dessas viagens, além de cartas de variados tipos e escalas, como cartas de marear, planisférios e mapas-múndi. Burke (2003) identifica essas fontes e intercâmbios ao discutir uma “geografia do conhecimento” naquele período. Em suma identificam-se as seguintes consequências:
a) A mundialização do comércio permitiu o acúmulo de capitais na Europa gerando o capitalismo comercial, fortalecendo os Estados Nacionais, enriquecendo a burguesia e sustentando o luxo dos nobres.
b) Os Estados Europeus conquistaram territorialmente os continentes Africano, Americano e Asiático. Estabeleceram seu domínio político-militar e exploraram económica. 
c) Afluxo de metais preciosos (ouro, prata e pedras preciosas).
d) Os europeus escravizaram muitos povos conquistados (colonizados) e estimularam o lucrativo comércio (tráfico) de escravos africanos para a América.
e) Houve a europeização cultural das áreas conquistadas. Os europeus impuseram suas línguas oficiais, a religião cristã e hábitos/costumes aos povos colonizados.
f) Os europeus modificaram o modo de organização socioeconômico das sociedades conquistadas (VARGAS, 1995).
Conclusão 
As navegações e as explorações empreendidas pelos europeus resultaram na expansão do conhecimento sobre a forma, as dimensões e as feições gerais da superfície da Terra. Os relatos sobre essas expedições e os mapas então elaborados permitiram a superação da descrição do mundo herdada da Antiguidade e marcam o início da elaboração de uma nova visão do mundo; são os principais elementos da ruptura que se estabeleceu nesse campo do conhecimento.
A Europa passou por profundas mudanças entre os séculos XV e XVI. Reinos dessa região lançaram-se em busca de riquezas e em nome da fé cristã e empreenderam navegações e explorações que resultaram na abertura de novas rotas comerciais e no estabelecimento de intercâmbios com outros povos, marcando o início da chamada Época Moderna.
Referências bibliográficas 
BURKE, Peter. Uma história social do conhecimento. De Gutenberg a Diderot. Tradução Plínio De
ntzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
PIGAFETTA, António. A primeira viagem ao redor do mundo. Porto Alegre: L&PM, 1997.
RANDLES, W. G. L. Da terra plana ao globo terrestre. Uma mutação epistemológica rápida (1480-1520). Tradução Maria Carolina F. de Castilho Pires. Campinas, SP: Papirus, 1994.
VARGAS, Milton. A imagem do mundo e as navegações ibéricas. Revista da SBHC, Rio de Janeiro, n. 14, p. 81-96, 1995.

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