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Neyton - relatório 7- com analise

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA POMPÉIA 
CURSO DE PSICOLOGIA – NOTURNO
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO (AT)
1. IDENTIFICAÇÃO – RELATÓRIO 7
Pessoa atendida: 
N° do prontuário: 
Solicitante: Centro de Psicologia Aplicada Pompéia.
Finalidade: Registro de prontuário do paciente do Serviço de Acompanhamento Terapêutico do Centro de Psicologia Aplicada Pompéia.
AUTORES:
2. DESCRIÇÃO DA DEMANDA
Data do atendimento: 31 de agosto de 2019 (sábado) – 
	
Data do atendimento: 07 de setembro de 2019 (sábado) – 08:00 às 11:30.
	Durante a semana agendamos o encontro para sábado as 08 horas da manhã, neste caso iriamos encontra-lo na sua residência, pois marcamos de assistir ao desfile cívico, quando nos encontramos, fizemos uma caminhada ate o Anhembi, N. demonstrava uma certa ansiedade, pois comentou que sua namora não havia respondido suas mensagens desde as 18:00 do dia anterior, e como ela nunca se comportou dessa forma N. ficou muito preocupado. Após alguns minutos, V. ligou e disse que estava dormindo e esqueceu de retornar as mensagens, mas que estava tudo bem, inclusive mandou uma foto dela com o menino que ela cuida, depois disso N. ficou mais tranquilo.
Durante o desfile, assistimos as tropas militares do Exército, marinha e Aeronáutica entre outras forças militares estaduais, mostrando seus carros, equipamentos de guerra, aviões de caça, cavalaria entre outros. Nesse momento N. relata sobre alguns familiares por parte de pai, que moram na Bahia, também servem as forças armadas como músicos, regentes etc. Comenta sobre sua breve passagem pela aeronáutica quando tinha dezoitos anos, mas devido alguns problemas de governo na época, não foi possível dar continuidade a carreira militar.
No final do encontro N. relata sobre seu relacionamento e os planos de se casar e no inicio do matrimonio, a mãe sugeriu que eles morassem com ela, até se estruturarem financeiramente e poderem comprar uma casa própria, perguntamos ao N. se como casal estão de acordo com isso, ele informa que sim, ela aceitou a proposta da mãe dele. Conversamos mais uma vez sobre a questão do trabalho, tínhamos sugerido que ele fizesse tortas para vender, mas diz que não se sente confortável para vender de porta e porta, pois tem vergonha oferecemos ajuda nesse projeto, insistimos nesse desafio, no entanto N. não aceita. Dessa forma encerramos o encontro da semana.
Data do atendimento: 14 de setembro de 2019 (sábado) – 09:00 às 11:00.
Durante a semana marcamos o encontro no shopping Tite Plaza, na praça e alimentação, N. relata que na semana passou mal, pois teve uma insolação devido ao sol que tomamos no último encontro, mas que já estava melhorando, neste dia N. estava na expectativa, pois haveria um congresso na igreja em que ele frequenta, com alguns cantores famosos, inclusive comenta sobre um cantos que n sua preconcepção ele seria soberbo e sem humildade, mas se surpreendeu, pois ele se juntou aos demais membros para socializar, demonstrando fazer parte daquele meio, como qualquer outro membro.
N. informa que a cirurgia da mãe, já está tudo certo para ocorrem em outubro e que ele fara o acompanhamento dela no dia da internação, mas que seu cunhado buscara ela no dia seguinte. Durante o passeio no shopping N. demonstrou interesse por um jogo de videogame que custava cinquenta reais e brincou com uma das acompanhantes dizendo: “Compra um desse pra mim”. “você nunca me deu nada” (risos) (sic). Mas logo em seguida disse: “Tô brincando, vocês fizeram por mim” (sic). Enquanto via o jogos da prateleira, comenta que vai pedir o cartão da mãe, para comprar o jogo e depois dá um jeito de pagar, informa que consultou seu saldo no FGTS e tem um saldo de cinquenta e sete reais para sacar e vai aproveitar para comprar esse jogo, passamos também em frente uma loja de jias e alianças e N. quer ver o valor das alianças para seu noivado, entra na loja e ver algumas opções, após isso, comentamos sobre a necessidade desse compromisso agora, em uma relação é importante se conhecerem bem, curtir o momento do namora para depois dar um passo dessa importância, reforçamos também a necessidade de se ter um trabalho que de a condição de manter as necessidades do casal.
Em um momento perguntamos sobre viagens, e N. comenta tem parentes nas cidades turísticas do Nordeste, inclusive tem um pedaço de terreno que seu avô comprou e deixou de herança para filhos e netos, mas que ele não se morando lá por enquanto.
Dessa forma terminamos o encontro e já pedimos que pensasse no quer gostaria de fazer nos próximos, então sugere que em outubro fossemos no templo de Salomão com ele e a namorada, para conhecemos então ficamos de pesquisar sobre o aceso e finalizamos o atendimento.
3. PROCEDIMENTOS
Os atendimentos no modelo clínico de Acompanhamento Terapêutico doas dias 31/08 e 07 e 14/09 ocorreram no parque da água branca, Desfile cívico no Anhembi e shopping Tiete Plaza. Os encontros tiveram a duração aproximada de 2 horas cada.
 Em todos os encontros procuramos compreender através da escuta, quais os desejos e anseios do acompanhado para desta forma prestar um acolhimento e suporte. 
4. ANÁLISE
Partindo dos expostos nos três últimos encontros, percebemos que N. se estabilizou na ideia do casamento, de constituir família, no entanto com relação ao trabalho e ter condições de produzir renda para manter suas necessidades e de sua família.
Considerando o trabalho do A.T, que ajudar o acompanhado a ressignificar o seu ser, mediante o estado atual que está vivenciando, ajudando a desintegra-se do seu diagnóstico e ver-se como um ser que tem muitas possibilidades e condições para realizar algo.
Segundo Dametto (1971, p.90) o fato de se estar presente na vida do paciente em qualquer momento, é estimular a realizar atividades construtivas, também repreende-lo em outras desconstrutivas e ampara-lo nas angustias, relata ainda que estar com o paciente não significa fazer coisas por ele, alimentando sua dependência, mas ao invés disso incentiva-lo realizar coisas por si mesmo e dessa forma reaprender por suas novas experiencias. Essa definição, que enfatiza o “estar com o paciente” remete a Winnicott, um importante teórico com o qual, estando numa perspectiva da Psicologia clínica psicanalítica
A partir da simbolização integrada à experiência do N., a atribuição de sentidos ao acontecer passa a ser considerada gesto inter-humano, uma vez que se expressa como ação no mundo quando amparada por um ambiente suficientemente bom, sustentado na compreensão como encontro de sensibilidades. Interpretações dessa forma contribuem na experiencia do paciente se sentir amparado e integrado, favorecendo as intervenções do olhar e escuta atenta às necessidades do paciente de aproximar-se do verdadeiro self (Medeiros, 2009) 
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Dametto, C. & Galanternick, R. C. (1971). A propósito de uma técnica psicoterápica não interpretativa. In: Anais do VI Congresso Latino Americano de Psiquiatria e I Congresso Brasileiro De Psiquiatria, p. 89-91. São Paulo.
2. Medeiros, C. (2009). Girando o cata-vento: Sofrimento e cuidado na psicanálise do ser e fazer. Tese de Doutorado do Instituto de Psicologia da USP. São Paulo.
São Paulo, 24 de agosto de 2019.

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