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Literatura Portuguesa (LET42 Avaliação Final (Objetiva)

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Literatura Portuguesa (LET42): Avaliação Final (Objetiva)
1- O presbítero Eurico era o pastor da paróquia de Carteia. Descendente de uma antiga família bárbara, da corte de Vítiza, ele viveu os dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso, quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de Favila, Duque de Cantábria, Eurico conheceu a infelicidade, pois o orgulhoso Favila não consentiu a união dos dois jovens. Depois de mil provas de um afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço viu submergir todas as suas esperanças, apesar de sua alma rica de sublime poesia a que o mundo deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las. Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar dos sonhos do amor que o tinham embalado. Sobre o romance Eurico, o presbítero, analise as sentenças a seguir:
I- A história das personagens é ambientada em meio às lutas pela defesa do território da Península Ibérica, na tentativa de evitar a dominação muçulmana.
II- O pano de fundo do romance é a Guerra Santa, tendo em vista a reforma protestante, em que católicos e reformistas se enfrentam em batalhas sangrentas.
III- A Hermengarda escapa do clichê romântico cujo final é feliz, visto que consegue se casar com um soldado.
IV- O Romance coloca a história de amor em segundo plano, na medida em que evidencia a questão histórica.
Assinale a alternativa CORRETA:
A As sentenças I e IV estão corretas.
B As sentenças III e IV estão corretas.
C As sentenças I e II estão corretas.
D As sentenças I, II e III estão corretas.
2- Dentre as características dos vários tipos de cantigas, há um tipo em que o eu-lírico satiriza de modo indireto, dirigindo palavras de duplo sentido a alguém. Para isso, o autor compõe um texto poético (cantiga) falando mal de alguém, criticando com o uso de ambiguidades, trocadilhos e jogos de palavras. Em geral, esse tipo de cantiga estimula a imaginação acerca de quem se trata, sem dizer o nome, mas sugerindo o destinatário, ironicamente. Com base no exposto, assinale a alternativa CORRETA:
A Cantigas de escárnio.
B Cantigas de amor.
C Cantigas de amigo.
D Cantigas de maldizer.
3-Uma das marcas do período clássico português poderia ser tomada como o movimento religioso com o qual conviveu a sociedade da época, ou seja, o período da reforma religiosa, a qual se subdividiu em Reforma Protestante e Contrarreforma, esta última empreendida pela Igreja Católica. Com isso, o pensamento popular, principalmente dos intelectuais da época, não mais estava embasado na fé, mas, ao contrário, na razão, o que permitiu grande desenvolvimento do espírito da pesquisa. Com relação ao Classicismo português, assinale a alternativa CORRETA:
AO período clássico português foi marcado pelo teocentrismo, que olhava mais para o homem, sendo este exaltado, seja nos estudos ou na sua natureza.
BDurante o Classicismo português, houve um grande desenvolvimento das narrativas, geralmente romances e contos, cujo destaque foi dado a autores como Sófocles e Gil Vicente.
CNo período clássico português, os autores buscaram sua inspiração nos textos dos autores do Romantismo brasileiro para escreverem suas obras, geralmente tragédias.
DO período clássico português tinha como marca a imitação dos clássicos greco-latinos, a chamada mimese.
4-Uma das grandes expressões do Barroco, seja português ou brasileiro, foi Gregório de Matos. Ele nasceu no Brasil (Salvador), mas viveu também em Portugal. Nos seus escritos, já no Brasil, Gregório de Matos fazia muitas críticas à sociedade da época (políticos, religiosos, membros da burguesia, empresários). Este fato resultou na sua prisão e deportação para Angola - África). Gregório de Matos ganhou grande expressão na poesia Barroca. Leia a poesia a seguir:
Triste Bahia
Triste Bahia! 
ó quão dessemelhante 
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante.
A ti tricou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e, tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
FONTE: MATOS, Gregório de. Obras completas. São Paulo: Cultura, 1945, p. 62.
Com relação ao tema tratado por Gregório de Matos nesse poema, assinale a alternativa CORRETA:
AGregório de Matos mostra a exploração econômica da Bahia.
BGregório de Matos fala acerca do governo da Bahia, que é muito sério.
CGregório de Matos faz uma crítica ao povo baiano.
DGregório de Matos revela as belezas da Bahia e as exalta.
5-"Por onde passava, ficava um fermento de desassossego, os homens não reconheciam as suas mulheres, que subitamente se punham a olhar para eles, com pena de que não tivessem desaparecido, para enfim poderem procurá-los. Mas esses mesmos homens perguntavam, Já se foi, com uma inexplicável tristeza no coração, e se lhes respondiam, Ainda anda por aí, tornavam a sair com a esperança de a encontrar naquele bosque, na seara alta, banhando os pés no rio ou despindo-se atrás dum canavial, tanto fazia, que do vulto só os olhos gozavam, entre a mão e o fruto há um espigão de ferro, felizmente ninguém mais teve de morrer". 
No trecho do Memorial do Convento, aos dons extraordinários de Blimunda, acrescenta-se a capacidade de despertar inquietação, encantamento e atração erótica. O que esse magnetismo da personagem representa simbolicamente?
FONTE: SARAMAGO, J. Memorial do convento. Lisboa: Editorial Caminho, 1982.
ASua sexualidade híbrida, capaz de perturbar igualmente a homens e mulheres.
BSua fidelidade apaixonada e sua clareza quanto aos valores essenciais.
CSeu caráter misterioso de mulher sem origem nem destino - o empoderamento feminino.
DSeu caráter pagão, que se opõe a considerações de ordem moral e social.
6-Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes análises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a lesão, (...) apanhando em flagrante (...) a palpitação mesma da vida; tudo isso (...), caindo assim de chofre e escangalhando a catedral romântica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluviões de obscenidade, ameaçava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino da Moral (...); então o romancista de Elvira que, em novela e drama, fizera a propaganda do amor ilegítimo, representando os deveres conjugais como montanhas de tédio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o gênio dos antigos Apolos; então Tomás Alencar, que (...) passava ele próprio uma existência medonha de adultérios, lubricidade, orgias (...) - de ora em diante austero, incorruptível, (...) passou a vigiar atentamente o jornal, o livro, o teatro. 
No trecho acima, quem relata é o narrador em terceira pessoa que se aproveita, dentre outros recursos, do discurso indireto livre. Considerado o contexto cultural em que a obra foi produzida, sobre o uso da ironia nesse relato, assinale a alternativa CORRETA:
ACriou um discurso de natureza metalinguística: o tema é a arte de Tomás Alencar, que, embora romântico, procura compor segundo o estilo das obras de Zola.
BProduziu uma inversão: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tomás Alencar, deixa transparecer as convicções do realista Eça de Queirós sobre o Romantismo.
CPropiciou que fossem citadas, pela voz da personagem, as razões do juízo desfavorável de Eça de Queirós acerca das propostas da geração das Conferências do Cassino Lisbonense.
DPermitiu que o narrador, aderindo aos sentimentos de Tomás Alencar, criticasse a estética realista/naturalista, traduzindo a visão de Eça de Queirós.
7-O conceito de Literatura e suas funções, desde sempre, é objeto de muitas discussões. Nas diferentes épocas, são a ela atribuídasfunções e concepções diversas, em consonância com a realidade cultural e social. Certo é que a Literatura é uma forma especial de linguagem. Nesse sentido, há autores, a exemplo de Roland Barthes, que concebem tal linguagem como expressão do poder social. Com base no exposto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) No que diz respeito à literatura, Roland Barthes diz que há maneiras de o ser humano libertar-se da submissão da linguagem, valendo-se, para isto, da própria língua. 
( ) No que se refere à criação literária, o escritor tem a liberdade na escolha das palavras e estruturas, a fim de exprimir pensamentos, emoções e ideias. 
( ) No dizer de Roland Barthes, a Literatura é uma trapaça, é salutar e esquiva, por utilizar a linguagem sem a sujeição ao poder. 
( ) A Literatura como arte emprega uma linguagem utilizada no dia a dia. Isso acontece porque a linguagem literária tem compromisso com os sentidos que comumente são atribuídos às palavras.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
AF - F - V - F.
BV - V - V - F.
CF - V - V - F.
DV - V - F - V
8-No que se refere à questão estética, Mikhail Bakhtin (2006, p. 84), no seu texto teórico sobre a estética da criação verbal, afirma que "a forma material, que determina se uma obra é de pintura, poesia ou música, determina de maneira substancial também a estrutura do objeto estético". Sobre o objeto estético, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
ACriação, representada e definida apenas pela palavra escrita.
BMultifacetado e se justifica de acordo com a realidade ético-cognitiva.
CExpressão não verbalizada que se constrói somente de forma espacial.
DPuramente visual, ou seja, somente uma forma espacial externa.
9-"As Grandes Navegações e o comércio estavam em alta, por isso, tudo parecia propício aos novos conceitos culturais do Renascimento veiculados na Itália. A partir da retomada dos valores greco-latinos pelos escritores classicistas, resultam as principais características literárias clássicas, dentre as quais destaca-se a busca do homem universal" (SARDAGNA, 2010, p. 81). Com base nessa citação, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I- A busca do homem universal concebia que o ser humano era inteligente, ou seja, capaz de usar seu intelecto.
PORQUE
II- Com o Renascimento, o homem passou a compreender o universo, a ter noção da beleza, do bem e da verdade, com base na razão e na emoção. 
Assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: SARDAGNA, Célio Antônio. Literatura Portuguesa. Indaial: UNIASSELVI, 2010.
AA primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira.
BAs duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma complementação correta da primeira.
CA primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
DAs duas asserções são proposições falsas.
10-No período romântico, digladiaram-se tendências como o lirismo pessoal e o de inspiração mais científica e social. À medida que o Romantismo avança, ele se manifesta sempre mais de modo mais distinto, revelando traços mais sociais, mais empenhado, valendo-se sempre mais do que é real. Assim, as ideias românticas vão adquirindo um espírito mais realista ou mais naturalista. Desse modo, com o avanço, uma nova tendência começa a opor-se às ideias românticas: é o nascimento da tendência literária realista, a qual começa a retratar a realidade, tal qual ela é, sem a visão subjetiva ou com fundo moral. Eis aí o Realismo. Sobre as escolas realista e romântica, associe os itens, utilizando o código a seguir: 
I- Romantismo.
II- Realismo. 
( ) Efetuava um retrato da sociedade, sem idealização.
( ) Retrato de uma realidade mais próxima à fantasia.
( ) Idealização da natureza, da mulher, da luta bem-mal.
( ) Crítica às instituições burguesas, à monarquia, à religiosidade.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
AII - II - I - I.
BI - II - II - I.
CI - I - II - II.
DII - I - I - II.
11-(ENADE, 2005) O crítico José Guilherme Merquior, ao analisar a questão da literatura na Modernidade, afirma:
[...] a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras o senso da "vacuidade do ideal"; emerge a tradição moderna como literatura crítica. O ideal esvaziado de conteúdo, assinalado pelo crítico, no texto de Eça de Queirós:
AConstitui a busca do "paladino da moral".
BÉ considerado causa da ação de "celebrar missa durante tantos anos".
CÉ tido como consequência da "propaganda do amor ilegítimo".
DPode ser associado à "escangalhada catedral romântica".
12-(ENADE, 2005) Para responder a questão, considere o fragmento do romance Os Maias, de Eça de Queirós: 
"Pobre Alencar! O naturalismo; (...) essas rudes análises, apoderando-se da Igreja, da Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas santas, dissecando-as brutalmente e mostrando-lhes a lesão, (...) apanhando em flagrante (...) a palpitação mesma da vida; tudo isso (...), caindo assim de chofre e escangalhando a catedral romântica, sob a qual tantos anos ele tivera altar e celebrara missa, tinha desnorteado o pobre Alencar (...). O naturalismo, com as suas aluviões de obscenidade, ameaçava corromper o pudor social? Pois bem. Ele, Alencar, seria o paladino da Moral (...); então o romancista de Elvira que, em novela e drama, fizera a propaganda do amor ilegítimo, representando os deveres conjugais como montanhas de tédio, dando a todos os maridos formas gordurosas e bestiais, e a todos os amantes a beleza, o esplendor e o gênio dos antigos Apolos; então Tomás Alencar, que (...) passava ele próprio uma existência medonha de adultérios, lubricidade, orgias (...) - de ora em diante austero, incorruptível, (...) passou a vigiar atentamente o jornal, o livro, o teatro".
No trecho acima que relata é narrador em terceira pessoa que se aproveita, dentre outros recursos, do discurso indireto livre. Considerado o contexto cultural em que a obra foi produzida, é correto afirmar que, nesse relato, o uso da ironia:
APropiciou que fossem citadas, pela voz da personagem, as razões do juízo desfavorável de Eça de Queirós acerca das propostas da geração das Conferências do Cassino Lisbonense.
BPermitiu que o narrador, aderindo aos sentimentos de Tomás Alencar, criticasse a estética realista/naturalista, traduzindo a visão de Eça de Queirós.
CProduziu uma inversão: o narrador, caracterizando o Realismo/Naturalismo sob a perspectiva de Tomás Alencar, deixa transparecer as convicções do realista Eça de Queirós sobre o Romantismo.
DCriou um discurso de natureza metalinguística: o tema é a arte de Tomás Alencar, que, embora romântico, procura compor segundo o estilo das obras de Zola.

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