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trabalho de fundamentos de assistencia ao paciente

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Universidade Do Estado Do Amazonas – UEA
Escola Superior De Ciências Da Saúde – ESA
Fundamentos De Assistência ao Paciente
Aluno: Gabriele Lacerda Almeida
Matrícula: 1922010014
Curso: Enfermagem
A Política de Humanização parte de conceitos e dispositivos que visam à reorganização dos processos de trabalho em saúde, propondo centralmente transformações nas relações sociais, que envolvem trabalhadores e gestores em sua experiência cotidiana de organização e condução de serviços; e transformações nas formas de produzir e prestar serviços à população. A proposta da Política Nacional de Humanização (PNH) coincide com os próprios princípios do SUS, enfatizando a necessidade de assegurar atenção integral à população e estratégias de ampliar a condição de direitos e de cidadania das pessoas.
No sentido filosófico a Humanização é um termo que encontra suas raízes no Humanismo, “é a corrente filosófica que centraliza seu interesse no tema da natureza ou condição humana e coloca o homem e seus valores acima de todas as outras coisas” Mello (2008, p.15). Os elementos constitutivos sobre a humanização abordam: Relação profissional/usuário, Qualidade no atendimento, comunicação verbal e não verbal, e seus métodos. A humanização tem relação direta com a comunicação, ou seja, sem comunicação não há humanização. Ela depende da capacidade de falar e de ouvir, pois as coisas do mundo só se tornam humanas quando passam pelo diálogo com os semelhantes, ou seja, viabilizar nas relações e interações humanas o diálogo, não apenas como uma técnica de comunicação verbal que possui um objetivo pré-determinado, mas sim como forma de conhecer o outro, compreende-lo e atingir o estabelecimento de metas conjuntas que possam propiciar o bem-estar recíproco.
Um exemplo disso está no ato de Comunicar más notícias a pacientes e seus familiares em Hospitais onde os profissionais da saúde submetem-se, em sua atividade, a tensões provenientes de várias fontes: contato frequente com a dor e o sofrimento, com pacientes terminais, receio de cometer erros, contato com pacientes difíceis. Para cuidar dessa dimensão fundamental do atendimento à saúde, foi criado O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) com os objetivos de: melhorar a qualidade e a eficácia da atenção dispensada aos usuários da rede hospitalar; recuperar a imagem dos hospitais junto à comunidade; capacitar os profissionais dos hospitais para um conceito de atenção à saúde baseado na valorização da vida humana e da cidadania; conceber e implantar novas iniciativas de humanização beneficiando tanto os usuários como os profissionais de saúde; estimular a realização de parcerias e trocas de conhecimentos; desenvolver um conjunto de indicadores/ parâmetros de resultados e sistemas de incentivo ao tratamento humanizado (NOGUEIRA-MARTINS e BÓGUS, 2004, p. 45).
Analisando o que foi exposto, observa-se que a humanização é um processo amplo, demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam insegurança e resistência. Para a implementação do cuidado com ações humanizadoras é preciso valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecer o trabalho em equipe multiprofissional, fomentar a construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos, fortalecer o controle social com caráter participativo em todas as instâncias gestoras do SUS, democratizar as relações de trabalho e valorizar os profissionais de saúde.
 REFERÊNCIAS
DESLANDES, S. F. Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Revista Ciência e Saúde Coletiva, 9(1):7-14, 2004- http://www.scielo.br/pdf/csc/v9n1/19819.pdf- Acesso em 18 de Setembro de 2014.
MELLO, Inaiá Monteiro. Humanização da Assistência Hospitalar no Brasil: conhecimentos básicos para estudantes e profissionais. 2008 (mimeo).
BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 561- 571, 2005a.
__________. Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal. Hospital Regional da Asa Sul. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar – PNHAH: relatório do Grupo de Trabalho de Humanização. Brasília: 2002.
__________. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Cartilha da PNH: acolhimento nas práticas de produção de saúde. Brasília, 2008.
NOGARE PD. Humanismo e anti-humanismo: introdução à antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Vozes; 1977.
Collet N, Rozendo CA. Humanização e trabalho na enfermagem. Rev Bras Enfermagem 2003; 56(2):189-92. 6. Tanji S, Novakoski LER. O cuidado humanístico num contexto hospitalar. Texto Contexto Enf 2000 maio-ago; 9(2):800-11.

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