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Juliana Geller - 103 Vias Eferentes Somáticas Livro Referência: Machado Introdução Obs: conceitos antigos → piramidal e extrapiramidal - Piramidal: motricidade voluntária - Extrapiramidal: não motricidade - Programa motor: formação e planejamento do movimento, com ajustes espaciais do movimento, bem como ângulos e força necessários. Obs: modulação por interneurônios na medula Trato Corticoespinal Como o nome sugere, une o córtex cerebral aos neurônios motores da medula. As suas fibras se originam de 3 locais, sendo eles: - Área motora primária (4) - maioria - Área motora secundária - pré-motora e motora suplementar (6) - Córtex somatossensorial: uma vez que na área somestésica primária chegam informções de propriocepção, é necessária essa comunicação para o trato corticoespinal poder ajustar as características recolhidas, em caso de, por exemplo, tensão aumentada sobre a cápsula articular Área motora primária (4) → Coroa radiada → Cápsula interna → Pedúnculo cerebral → Ponte → Pirâmide bulbar (decussação) → Trato corticoespinal lateral (funículo lateral) ou trato corticoespinal anterior (funículo anterior - cruzamento na comissura branca) → Neurônios motores contralaterais (maioria) ou homolaterais A maioria das fibras decussam - podendo variar essa quantidade, normalmente, de 75 a 90% -, formando o trato corticoespinal lateral, e a minoria forma a o trato corticoespinal anterior. As fibras do trato anterior vão cruzar na comissura branca da medula espinal, assim, os dois tratos vão cruzar o plano mediano em alguma hora - ou na decussação, ou na comissura branca. -, influenciando o lado contralateral, em relação a sua origem. - Trato Corticoespinal Anterior: movimentação da musculatura apendicular proximal, encontrada apenas em parte da medula, níveis torácicos médio, aproximadamente Assim, sua movimentação está relacionada a músculos do MMSS. - Trato Corticoespinal Lateral: é encontrado em toda a extensão da medula, responsável pela movimentação da musculatura apendicular distal. Obs: relação com movimentos delicados Por que as lesões do trato corticoespinal não causam hemiplegia (paralisia de metade do corpo)? Por causa da ação compensatória dos tratos rubroespinal e reticuloespinal O trato rubroespinal compensa o trato corticoespinal lateral, atuando sobre a musculatura apendicular distal, enquanto os tratos reticuloespinais atuam sobre musculatura axial e apendicular proximal dos membros. Assim, uma lesão acarreta em: - Paresia: fraqueza muscular - Incapacidade de realizar movimentos independentes de grupos musculares isolados (ex: abotoar camisa) - Sinal de Babinski: reflexo patológico de extensão do hálux quando a planta do pé é estimulada Obs: lesão contralateral por causa do cruzamento de fibras - decussação e comissura branca Juliana Geller - 103 Trato Corticonuclear Leva impulsos do córtex ao tronco encefálico, estimulando estruturas nucleares do tronco, associadas aos nervos cranianos. Assim, determina o controle voluntário dos neurônios motores dos núcleos dos NC. Área Motora Primária (4) → Cápsula Interna → Tronco Encefálico → Neurônios Motores dos NC III, IV, V, VI, VII, XII - Oculomotor, troclear, trigêmeo, abducente, facial e acessório As fibras do corticonuclear descem muito próximas às fibras do trato corticoespinal, porém, elas são, na maioria, HOMOLATERAIS. Existem músculos que possuem representação nos dois lados do córtex, sendo importante, por exemplo, para musculaturas que não podem ser contraídas de forma unilateral (músculos da laringe e faringe, parte superior da face, masseter, temporal e pterigoideo medial, orbicular do olho). Por possuirem essa representação, não são afetados em um AVE de cápsula interna. Já músculos da língua (predominantemente) e músculos da metade inferior da face, apresentam representação cortical apenas de um lado, sendo afetados num AVE de cápsula interna. A: paralisia central B: paralisia periférica Obs: os músculos da metade inferior da face só tem representação de um lado Os neurônios motores do nervo facial - que são responsáveis pela inervação da 1/2 inferior da face - recebem fibras do corticonuclear apenas de 1 hemisfério cortical, enquanto os que inervam a metade superior recebem fibras dos dois lados. Trato Rubroespinal É um trato pouco desenvolvido em humanos, controlando a motricidade voluntária dos músculos distais dos membros. Tem origem do núcleo rubro, vai decussar e descer junto ao trato corticoespinal lateral, estimulando motoneurônios situados lateralmente na coluna anterior, sendo, assim, responsável pela motricidade da musculatura apendicular distal. Obs: o núcleo rubro recebe importantes informações motoras, tanto do córtex, quanto do cerebelo Trato Tetoespinal Tem origem no colículo superior - recebe fibras da retina e córtex visuais - o qual é uma estação sináptica de reflexos visuais. Ele está localizado nos segmentos mais altos da medula cervical, uma vez que esta envolvido em reflexos visuomotores, ou seja, o corpo e cabeça se movimentam por causa de estímulos visuais. Juliana Geller - 103 Trato Vestibuloespinal Tem origem nos núcleos vestibulares do bulbo - que recebem informações da parte vestibular da orelha interna e do vestibulo cerebelo - indo para a medula espinal. Sua função é de controlar o equilíbrio e a postura. - Mantém cabeça e os olhos estáveis diante de movimentos do corpo - Músculos extensores dos MMII são antigravitacionais, evitando quedas, em casos de tropeços, por exemplo. - Ajustes posturais Controle da musculatura proximal e axial dos membros e músculos extensores dos membros. Tratos Reticuloespinais Ligam áreas da formação reticular - que recebem informação do cerebelo e córtex pré-motor - com a medula. Existem dois tratos reticuloespinais, sendo o trato reticuloespinal pontino responsável por aumentar os reflexos antigravitacionais e o trato reticuloespinal bulbar por atenuar esses reflexos. Por possuirem conexão com a área pré-motora, os tratos reticuloespinais definem o nível de contração adequada para esses músculos. Existem 2 vias: via cortico-reticulo-espinal e via cerebelo- reticulo-espinal Controle da musculatura axial e proximal dos membros. Lesões - Síndrome do neurônio motor superior: causa superestímulo para a musculatura, decorrente de lesões centrais do neurônio motor superior - espacidade - Síndrome do neurônio motor inferior: diminuição de tônus, atonia ou paralisia. Ex.: poliomelite
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