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1 Entendendo a teoria da comporta A medula é bombardeada continuamente por impulsos nervosos periféricos, que chegam tanto pelas fibras desmienilizadas como pelas finamente mielinizadas, mais grossas. Haveria, portanto, uma atividade fisiológica basal, constante, exercida principalmente pelas fibras C, deixando a comporta semiaberta, mas sem haver o disparo. Isso porque os impulsos das fibras grossas, embora em menor quantidade, viajam mais rapidamente, alcançando primeiro as células da SG (substância gelatinosa). Estas células aumentam a inibição e não permitem a ação sobre as células T, que provocam o disparo que abre a comporta, permanecendo a mesma semifechada. No entanto, se certo limiar e frequência de impulsos dolorosos são ultrapassados, as células T são estimuladas e há o disparo do sistema de ação, com a sensação dolorosa. De uma forma geral, pode-se dizer que as terminações sofreriam uma modulação em níveis medular e cerebral, sob a influência de outras modalidades sensoriais, como tato, pressão, temperatura, vibração etc., antes de influenciarem as células T. O cérebro então avaliaria e decodificaria tudo, como um computador, e decidiria a resposta. Embora a teoria da comporta possa ser criticada em alguns aspectos, ela é aceita porque explica os fenômenos de algumas neuropatias (diabética, pós- herpética, alcoólica), assim como a ação inibitória de certas técnicas (manipulações, uso de vibradores, TENS etc.).
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