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C A R TI L H A S O B R E A P E S S O A FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR CAMPUS DE GUAJARÁ-MIRIM DEPARTAMENTO ACADÊMICO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO - DACE CURSO DE PEDAGOGIA 1 1 C o m d e fi c iê n c i a Vi s u a l Acadêmicas: Adália Silva, Janiele Duran, Pamela Albino, Valéria Lima, Thainá Laura. 2 Sumário APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 3 PREFÁCIL .................................................................................................................... 4 DEFICIÊNCIA VISUAL ................................................................................................ 5 Orientações e mobilidades ............................................................................................ 7 VISÃO SUBNORMAL OU BAIXA VISÃO:(LEVE, MODERADA, PROFUNDA, ....................................................................................................................... 9 SEVERA) Orientação e mobilidade .............................................................................................. 10 ATIVIDADES E MATERIAIS PEDAGÓGICOS ............................................................ 12 Soroban ....................................................................................................................... 12 Caixa de números ....................................................................................................... 13 Reglete e punção ou maquina de escrever em braille ................................................. 14 Livro de formas geométricas ....................................................................................... 15 Livro sensorial do alfabeto ............................................................................................ 16 SISTEMA BRAILLE .................................................................................................... 16 Alfabeto/números em Braille......................................................................................... 17 PESSOAS CEGAS E AS GARANTIAS LEGAIS ........................................................ 18 MITOS E VERDADES ................................................................................................. 19 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 20 REFERÊNCIA ............................................................................................................. 21 3 APRESENTAÇÃO Deficiência é todo e qualquer comprometimento que afeta a integridade da pessoa e traz prejuízos na sua locomoção, na coordenação de movimentos, na fala, na compreensão de informações, na orientação espacial ou na percepção e contato com as outras pessoas. A deficiência gera dificuldades ou impossibilidades de execução de atividades comuns às outras pessoas. Deficiência visual; -Cegueira: a acuidade visual* é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; - Baixa visão: acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; - Casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; - Ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores. A acuidade visual é a nitidez da visão, a qual varia da visão completa à ausência de visão. Normalmente, a acuidade visual é medida em uma escala que compara a visão da pessoa a 6 metros com a de alguém que possui uma acuidade visual máxima. 4 PREFÁCIO O Dia Nacional do Cego é comemorado no Brasil em 13 de dezembro, desde 1961. Criada por decreto pelo então presidente da República, Jânio Quadros, a data tem como objetivo conscientizar a sociedade para questões importantes como preconceito e discriminação, além de reduzir o desconhecimento sobre pessoas com deficiência visual. Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%). Comemorado em 4 de janeiro, o Dia Mundial do Braille é dedicado à reflexão sobre a importância de mecanismos que favoreçam o desenvolvimento das pessoas cegas ou com baixa visão. O sistema Braille de escrita e leitura foi criado há cerca de 200 anos na França. No Brasil, chegou por meio de José Álvares de Azevedo, que aprendeu a técnica ainda criança e se dedicou a disseminá-la, com apoio do Imperial Instituto de Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro. A deficiência visual é uma dessas que possibilitam que o aluno compareça a uma escola regular e conviva com crianças de sua idade. Quando falamos em inclusão, não nos referimos apenas sobre meios que uma instituição de ensino deve ter para que crianças com alguma deficiência ou limitação façam parte do quadro de alunos. Adolph Ratska traz uma boa definição: “Sociedade inclusiva é uma sociedade para todos, independente de sexo, idade, religião, origem étnica, raça, orientação sexual ou deficiência; uma sociedade não apenas aberta e acessível a todos os grupos, mas que estimula a participação; uma sociedade que acolhe e aprecia a diversidade da experiência humana; uma sociedade cuja meta principal é 5 oferecer oportunidades iguais para todos realizarem seu potencial humano”. Quando falamos em inclusão, não nos referimos apenas sobre meios que uma instituição de ensino deve ter para que crianças com alguma deficiência ou limitação façam parte do quadro de alunos. A inclusão é fundamental para a formação pessoal, tanto do aluno deficiente quanto dos demais. Além disso, ela permite que essas crianças convivam com outras de sua idade e possam se desenvolver e crescer em comunidade. Esta cartilha informativa trás em si, orientações e atividades para pessoas com deficiência visual, a cartilha está entre os materiais que podem ser utilizados por diversos públicos, devida a informações necessárias para uma melhor compreensão, e esclarecer aspectos técnicos dos procedimentos adotados para minimizar certas dificuldades ao longo da vida. DEFICIÊNCIA VISUAL É o comprometimento parcial ou total da função visual, congênita ou adquirida. De acordo com o nível de acuidade visual, a deficiência visual pode variar, o que determina dois grupos, d das pessoas cegas ou com baixa visão, também conhecida como subnormal. Identificação; Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não reconhecimento visual de familiares, baixo aproveitamento escolar, atraso de desenvolvimento. No adulto, pode ser o barramento súbito ou paulatino da visão. Em ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, 6 flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em móveis. Irritações crônicas nos olhos, indicadas por olhos lacrimejantes, pálpebras avermelhadas, inchadas ou remelosas, náuseas, dupla visão ou névoas durante ou após a leitura. Esfregar os olhos, franzir ou contrair o rosto quando se olham objetos distantes, excessiva cautela no andar, correr raramente e tropeçar sem razão aparente, desatenção anormal durante realização de trabalhos escolares, queixas de enevoamentovisual e tentativas de afastar com as mãos os impedimentos visuais, inquietação ou nervosismo excessivo depois de um prolongado e atento trabalho visual, pestanejar excessivamente, sobretudo durante a leitura., segurar habitualmente o livro muitoperto, muito distante ou em outra posição enquanto se lê, inclinar a cabeça para um lado durante a leitura, capacidade de leitura por apenas um período curto de cada vez, fechar ou tampar um olho durante a leitura. Causas; De maneira genérica, podemos considerar que nos países em desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas por doenças como as cataratas. Nos países desenvolvidos são mais importantes as causas genéticas e degenerativas. As causas podem ser divididas também em: congênitas ou adquiridas. Causas congênitas: amaurose congênita de Leber, malformações oculares, glaucoma congênito, catarata congênita. Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes. 7 Crianças cegas, durante o processo de orientação, podem sentir dificuldades espaciais com relação aos quatro tipos de orientações a partir da consciência de sua localização. Os quatro tipos de orientações são: pontos fixos, quando está parado; pontos fixos, quando está em movimento; pontos em movimento, quando está parado; pontos em movimento, quando está em movimento. (PATHAS,1992) O professor deve ensinar ao seu aluno deficiente visual que o processo de orientação tem como princípio três questões básicas: Onde estou? Para onde quero ir? (Onde está o eu objetivo?) Como vou chegar ao local desejado? Mas, para o aluno elaborar essas questões, ele deverá passar pelo processo que envolve as seguintes fases: o percepção, captar as informações presentes no meio ambiente pelos canais sensoriais; o análise, organização dos dados percebidos em graus variados de confiança, o familiaridade, sensações e outros; o seleção, escolha dos elementos mais importantes que satisfaçam as necessidades o imediatas de orientação; o planejamento, plano de ação, como posso chegar ao meu objetivo, com base nas fases anteriores; Para, então, chegar à: execução, a mobilidade propriamente dita, realizar o plano de ação através da prática. (WEISHALN, 1990) 8 Os deslocamentos visuais podem ser mostrados, ensinados e experimentados por que não pode ver. Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais é necessário andar em ziguezague, circular, passar por cima, por baixo, no meio, por dentro, por fora, em volta. É necessário criar oportunidades e estratégias de exploração, identificação e reconhecimento do espaço concreto da sala de aula, da disposição do mobiliário e do trajeto rotineiro dos alunos. A familiaridade, a internalização e o domínio do espaço físico pelos alunos cegos levam mais tempo e dependem da apropriação e interpretação de pistas não visuais como fontes sonoras, referências táteis, olfativas, cinestésicas, dentre outras. A capacidade de localizar a fonte de um som e de se orientar envolve distância, direção e velocidade. As noções de altura, de distância, de perigo ou de obstáculo são compreendidas e assimiladas por meio de atividades simples. Podem- se providenciar placas com inscrições em braille e outras formas de sinalização tátil para a identificação dos principais locais de acesso à instituição. As pessoas cegas e com baixa visão utilizam para sua locomoção um ou mais dos seguintes recursos: Guia Humano: acompanhante voluntário ou profissional para os sucessivos deslocamentos e apoio na execução de tarefas visuais; • Bengala Longa: recurso mais comum e mais acessível; • Autoproteções: uso das mãos e do corpo; • Cão-guia: mais raro menos acessível e de relativa aceitação social; • Ajudas Eletrônicas: recursos tecnológicos pouco difundidos e conhecidos em nossa realidade. 9 A deficiência visual não se apresenta de uma única maneira. Há várias situações, desde aquelas em que há completa ausência de visão até aquelas em que existe resíduo visual útil à realização de muitas atividades, mas que não pode ser otimizado ao nível da capacidade visual plena. Organização Mundial de Saúde - OMS - (Bangkok, 1992), o indivíduo com baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, e uma acuidade visual menor que 6/18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ou execução de uma tarefa. Diferente a Cegueira a Baixa Visão conceitua-se como, uma condição intermediária entre a cegueira e a possibilidade de enxergar completamente. A baixa visão se apresenta de maneiras muito diferentes. As pessoas com essa condição não enxergam com a mesma intensidade nem têm a mesma percepção. Tudo vai depender muito de qual seja a natureza do comprometimento, de como ele se manifesta, de como a pessoa está habituada a utilizar o resíduo visual. Recursos ou auxílios ópticos para visão subnormal são lentes especiais ou dispositivos formados por um conjunto de lentes, geralmente de alto poder, que se utilizam do princípio da magnificação da imagem, para que possa ser reconhecida e discriminada pelo portador de baixa visão. Os auxílios ópticos estão divididos em dois 10 tipos, de acordo com sua finalidade: recursos ópticos para perto e recursos ópticos para longe. (Braga, 1997, p. 12) Lembrando-se que Deficiência visual não é necessariamente completa ausência de visão. A baixa de visão é complexa devido à variedade e à intensidade de comprometimentos das funções visuais. Orientação e mobilidade Os professores desempenham um importante papel no processo de integração da criança com baixa visão, inicialmente preparando a classe para recebê-la e, posteriormente, ajudando-a a se familiarizar com o meio físico e com os colegas e com estímulos visuais ativados das funções visuais. (SÁ; CAMPOS; SILVA 2007). Existem diversos tipos de recursos que pode ser usado pelo paciente de visão que contribuem para uma melhora de sua qualidade de vida, mas é necessário conhecê-los e saber usá-los. Alguns poderemos considerar de estrema relevância no dia-a-dia em sala de aula: Recursos ópticos para longe: Telescópio: usado para leitura no quadro negro, restringem muito o campo visual; telessistemas, telelupas e lunetas. Recursos ópticos para perto: óculos especiais com lentes de aumento que servem para melhorar a visão de perto. (óculos 11 bifocais, lentes esferoprismáticas, lentes monofocais esféricas, sistemas telemicroscópicos. Compreende-se que a necessidade do uso destes recursos pelo portador de baixa visão em uma sala de aula, porém esta realidade infelizmente não é acessível a todos. No que tange seu uso necessita da compreensão dos professores e dos alunos para que seja utilizado de maneira produtiva. Outras atribuições necessárias para sua adaptação em sala: Iluminação adequada; Apoio adequado para leitura e escrita; Cadernos com pautas ampliadas; Lápis 6B ou 3B; Canetas hidrográficas que permitem maior contraste; Livros didáticos com tipos ampliados. Informa como recursos não ópticos: Tipos ampliados (ampliação de fontes, de sinais e símbolos gráficos em livros, apostilas, textos avulso, jogos, agendas, entre outros). Acetato amarelo: diminui a incidência de claridade sobre o papel. Plano inclinado: carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o aluno possa realizar as atividades com conforto visual e estabilidade da coluna vertebral. Tiposcópios (guia de leitura), gravadores. Softwares com magnificadores de tela e Programas com síntese de voz. Chapéus e bonés: ajudam a diminuir o reflexo da luz em sala de aula ou em ambientes externos. 12 É nossa tarefa ajudar a criança deficiente visual a encontrar caminhos eficazes e alegres para alcançaressas adaptações. Brincar é a forma mais simples e mais efetiva de interação com a criança. ATIVIDADES E MATERIAIS PEDAGÓGICOS A integração da criança portadora de deficiência visual não acontece apenas na sala de aula; é desejável que ela aconteça na família, nos ambientes sociais, religiosos e de lazer Algumas atividades predominantemente visuais devem ser adaptadas com antecedência e outras durante a sua realização por meio de descrição, informação tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra referência que favoreçam a configuração do cenário ou do ambiente. Soroban Descrição: Sorobã ou Ábaco é um instrumento de calcular de origem milenar largamente usado nos Países orientais. No Brasil foi adaptado para o uso das pessoas com deficiência visual nos anos quarenta. Objetivo: desenvolver o raciocínio lógico – matemático através de cálculos matemáticos efetuados no instrumento. Além da aprendizagem da utilização do instrumento de cálculo e registro em Braille dos resultados numéricos, a atividade disponibiliza aos alunos jogos matemáticos adaptados. 13 Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos cegos e com baixa visão onde o comprometimento visual os impedem de efetuar os cálculos da forma convencional (em tinta). Período de realização: o período total de duração depende do ritmo de cada aluno, podendo se estender, por exemplo, pelo período em que estiver frequentando o ensino regular. Alfabeto em braile que explore a linguagem oral em situações comunicativas. Caixa de números Descrição: Caixas de plástico ou de papelão contendo miniaturas (qualquer objeto). Colar na parte externa o numeral, em tinta, que fique em relevo e em braile, correspondente à quantidade de objetos guardados no interior da caixa. Objetivo: desenvolver o sentido do tato e ampliando o raciocínio logico – matemático através do número que estará em destaque. Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos cegos e com baixa visão onde o comprometimento visual os impedem de efetuar os cálculos da forma convencional (em tinta). Período de realização: o período total de duração depende do ritmo de cada aluno, podendo se estender, por exemplo, pelo período em que estiver frequentando o ensino regular. Alfabeto em braile que explore a linguagem oral em situações comunicativas. 14 Reglete e punção ou maquina de escrever em braille A escrita braille é realizada por meio de uma reglete e punção ou de uma máquina de escrever braille. A reglete é uma régua de madeira, metal ou plástico com um conjunto de celas braille dispostas em linhas horizontais sobre uma base plana. O punção é um instrumento em madeira ou plástico no formato de pêra ou anatômico, com ponta metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela braille. O movimento de perfuração deve ser realizado da direita para a esquerda para produzir a escrita em relevo de forma não espelhada. Já a leitura é realizada da esquerda para a direita. Esse processo de escrita tem a desvantagem de ser lento devido à perfuração de cada ponto, exige boa coordenação motora e dificulta a correção de erros. A máquina de escrever tem seis teclas básicas correspondentes aos pontos da cela braille. O toque simultâneo de uma combinação de teclas produz os pontos que correspondem aos sinais e símbolo desejados. É um mecanismo de escrita mais rápido, prático e eficiente. A escrita em relevo e a leitura tátil baseiam-se em componentes específicos no que diz respeito ao movimento das mãos, mudança de linha, adequação da postura e manuseio do papel. Esse processo requer o desenvolvimento de habilidades do tato que envolvem conceitos espaciais e numéricos, sensibilidade, destreza 15 motora, coordenação bimanual, discriminação, dentre outros aspectos. Por isso, o aprendizado do sistema braille deve ser realizado em condições adequadas, de forma simultânea e complementar ao o processo de alfabetização do aluno cego. Livro de formas geométricas Descrição: Livro contendo formas geométricas sensoriais Colar na parte externa a forma geométrica, em E.V.A. ou que fique em relevo, com os nomes em braile, correspondente a cada figura. Objetivo: desenvolver o sentido do tato e ampliando o raciocínio logico – matemático através das formas geométricas em destaque. Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos cegos e com baixa visão onde o comprometimento visual os impedem de efetuar os cálculos da forma convencional (em tinta). Período de realização: o período total de duração depende do ritmo de cada aluno, podendo se estender, por exemplo, pelo período em que estiver frequentando o ensino regular. Alfabeto em braile que explore a linguagem oral em situações comunicativas. 16 Livro sensorial do alfabeto Descrição: Livro sensorial do alfabeto, contém recursos visuais e táteis, facilitando o aprendizado do alfabeto em letras bastão e braille, associando desenho e letra inicial do nome. Objetivo: desenvolver o sentido do tato e ampliando o desenvolvimento da escrita e da leitura em braille. Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos cegos e com baixa visão onde o comprometimento visual os impedem de efetuar os cálculos da forma convencional (em tinta). Período de realização: o período total de duração depende do ritmo de cada aluno, podendo se estender, por exemplo, pelo período em que estiver frequentando o ensino regular. Alfabeto em braile que explore a linguagem oral em situações comunicativas. SISTEMA BRAILLE O Sistema Braille foi criado por Louis Braille, em 1825, na França, o sistema braille é conhecido universalmente como código ou meio de leitura e escrita das pessoas cegas. Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros símbolos gráficos. A combinação dos pontos é obtida pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verticais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braille.. 17 Alfabeto/números em Braille 18 PESSOAS CEGAS E AS GARANTIAS LEGAIS Vale ressaltar que o decreto 6.571 de 17/09/2008 declara que o estado tem a função de dispor de recursos financeiros e técnicos para a rede publica para que esta tenha atendimento especializado, e os diretores e coordenadores com a função de solicitar estes recursos para o atendimento adequado aos alunos com deficiência visual, é preciso oferecer adequados com piso tátil, lugares de locomoção sem obstáculos, lugares e objetos com descrição em braile e como relatado no documento formulado pelo Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR9050. Importante lembrar que, para nós educadores, o direito a inserção, permanência e conclusão no processo escolar esta para além de orientações legais, demandando, assim da sensibilidade de cada professor em mediar tal processo com humanização pautada no conhecimento. 19 MITOS E VERDADES Pessoas com deficiência visual têm maior reconhecimento sonoro para reconhecer de quem é a voz? Pessoas com deficiência visual não possuem mais reconhecimento de voz somente pela questão de serem cegos e sim mais estimulos sonoros. Se coçarmos os olhos aumentamos o risco de ficarmos cegos? Ao coçarmos os olhos com força poderá ocorre o deslocamento da retina, causando a cegueira. Se olharmos para o sol podemos ficar cegos? Pode ocorrer lesão na retina com danos irreversível. 20 CONCLUSÃO Os professores, diretores e educadores podem ajudar no desenvolvimento dos deficientes visuais, realizando algumas ações simples todos os dias. Assim como: Promover a inclusão dos alunos nas atividades realizadas em sala de aula, dando -lhes objetos, papéis e materiaisque ilustrem o conteúdo aplicado; Manter a organização de carteiras, cadeiras, estantes, degraus, obstáculos físicos e mochilas sempre na mesma ordem. E comunicar os alunos verbalmente se caso alguma coisa esteja fora do lugar, ou que apresente perigo a eles; É direito do aluno deficiente visual, usar livros didáticos, bem como materiais pedagógicos escritos em braile, a escola precisa fornecer cada um destes materiais; Todo o modelo de ensino pode ser adaptado aos alunos especiais, baseados no Atendimento Educacional Especializado (AEE); Os pais podem procurar uma escola que melhor atenderá a criança cega, e que possua a estrutura física necessária ara atendê-la, sem riscos desnecessário. Vale ressaltar que o decreto 6.571 de 17/09/2008 declara que o estado tem a função de dispor de recursos financeiros e técnicos para a rede pública para que esta tenha atendimento especializado, e os diretores e coordenadores com a função de solicitar estes recursos para o atendimento adequado aos alunos com deficiência visual, é preciso oferecer espaços adequados com piso tátil, lugares de locomoção sem obstáculos, lugares e objetos com descrição em braile e como relatado no documento formulado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR9050. Importante lembrar que, para nós educadores, o direito a inserção, permanência e conclusão no processo escolar está para além de orientações legais, demandando, assim da Sensibilidade de cada professor em mediar tal processo com humanização pautado no conhecimento. Todas as pessoas as pessoas têm o direito de aprender, serem alfabetizadas e receberem a devida atenção e acompanhamento, dentro e fora da escola. A deficiência visual não é um obstáculo ao aprendizado das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Os pais ou responsáveis por crianças com a deficiência visual podem exigir que o Estado e as Secretarias de Educação, forneçam todo o material necessário ao aprendizado desses alunos nas salas de aula, cobrando os resultados e conteúdos ensinados por eles. 21 REFERÊNCIA Adolph Ratska -MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO. Centro de Apoio Operacional. Cartilha da Pessoa Com Deficiência. Cuiabá: CAOP, 2011. Cartilha praticas pedagógicas inclusivas/. – Aline Camargo Gouvêa...[et al], Colaboradores: Maria Couto da Silva, Kelvin Torquato Russo Ferreira, Patrícia Carolina da Souza Pereira, Orientadora e organizadora: Maria Cristina da Silva – Alfenas, 2019. FERREIRA, Elise M. B. [Monografia] „Recursos Didáticos --- uma possibilidade de produzir conhecimentos‰. UNIRIO, Rio de Janeiro/RJ, 1998. Inclusão de alunos com deficiência visual. Disponível em: https://certificadocursosonline.com/blog/passo-a-passo-sobre-a-inclusao-de-alunos- com-deficiencia-visual/ MEC – Ministério de Educação – Secretaria de Educação Especial POlÍTICA NACIONAl DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, Brasília MEC – SEEDSP 1994. MULSER, José. - Publicado em 08 Maio, 2012. Portal da Oftalmologia © 2016. PATHAS, 1992 Saberes e Prática da Inclusão. Dificuldades de Comunicação e Sinalização Deficiência Visual. 3ª edição, 2005.
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