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CARTILHA

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C A R TI L H A 
S O B R E A P E S S O A 
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR 
CAMPUS DE GUAJARÁ-MIRIM 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO - DACE 
CURSO DE PEDAGOGIA 
1 
 
1 
C o m d e fi c iê n c i a 
Vi s u a l 
Acadêmicas: Adália Silva, Janiele Duran, Pamela 
Albino, Valéria Lima, Thainá Laura. 
2 
 
 
Sumário 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 3 
PREFÁCIL .................................................................................................................... 4 
DEFICIÊNCIA VISUAL ................................................................................................ 5 
Orientações e mobilidades ............................................................................................ 7 
VISÃO SUBNORMAL OU BAIXA VISÃO:(LEVE, MODERADA, PROFUNDA, 
 ....................................................................................................................... 9 SEVERA)
Orientação e mobilidade .............................................................................................. 10 
ATIVIDADES E MATERIAIS PEDAGÓGICOS ............................................................ 12 
Soroban ....................................................................................................................... 12 
Caixa de números ....................................................................................................... 13 
Reglete e punção ou maquina de escrever em braille ................................................. 14 
Livro de formas geométricas ....................................................................................... 15 
Livro sensorial do alfabeto ............................................................................................ 16 
SISTEMA BRAILLE .................................................................................................... 16 
Alfabeto/números em Braille......................................................................................... 17 
PESSOAS CEGAS E AS GARANTIAS LEGAIS ........................................................ 18 
MITOS E VERDADES ................................................................................................. 19 
CONCLUSÃO ............................................................................................................. 20 
REFERÊNCIA ............................................................................................................. 21 
 
3 
 
 APRESENTAÇÃO
 
Deficiência é todo e qualquer comprometimento que afeta a integridade da 
pessoa e traz prejuízos na sua locomoção, na coordenação de movimentos, na fala, na 
compreensão de informações, na orientação espacial ou na percepção e contato com 
as outras pessoas. A deficiência gera dificuldades ou impossibilidades de execução de 
atividades comuns às outras pessoas. 
 Deficiência visual; 
 -Cegueira: a acuidade visual* é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a 
melhor correção óptica; 
- Baixa visão: acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor 
correção óptica; 
- Casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for 
igual ou menor que 60º; 
- Ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores. A acuidade visual 
é a nitidez da visão, a qual varia da visão completa à ausência de visão. Normalmente, 
a acuidade visual é medida em uma escala que compara a visão da pessoa a 6 metros 
com a de alguém que possui uma acuidade visual máxima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
PREFÁCIO 
O Dia Nacional do Cego é comemorado no Brasil em 13 de dezembro, desde 
1961. Criada por decreto pelo então presidente da República, Jânio Quadros, a data 
tem como objetivo conscientizar a sociedade para questões importantes como 
preconceito e discriminação, além de reduzir o desconhecimento sobre pessoas com 
deficiência visual. Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum 
tipo de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual 
severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, 
grande dificuldade para enxergar (3,2%). 
Comemorado em 4 de janeiro, o Dia Mundial do Braille é dedicado à reflexão 
sobre a importância de mecanismos que favoreçam o desenvolvimento das pessoas 
cegas ou com baixa visão. O sistema Braille de escrita e leitura foi criado há cerca de 
200 anos na França. No Brasil, chegou por meio de José Álvares de Azevedo, que 
aprendeu a técnica ainda criança e se dedicou a disseminá-la, com apoio do Imperial 
Instituto de Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro. 
A deficiência visual é uma dessas que possibilitam que o aluno compareça a uma 
escola regular e conviva com crianças de sua idade. Quando falamos em inclusão, não 
nos referimos apenas sobre meios que uma instituição de ensino deve ter para que 
crianças com alguma deficiência ou limitação 
façam parte do quadro de alunos. 
Adolph Ratska traz uma boa definição: 
“Sociedade inclusiva é uma sociedade para 
todos, independente de sexo, idade, religião, 
origem étnica, raça, orientação sexual ou 
deficiência; uma sociedade não apenas aberta 
e acessível a todos os grupos, mas que 
estimula a participação; uma sociedade que 
acolhe e aprecia a diversidade da experiência 
humana; uma sociedade cuja meta principal é 
5 
 
oferecer oportunidades iguais para todos 
realizarem seu potencial humano”. 
Quando falamos em inclusão, não nos 
referimos apenas sobre meios que uma 
instituição de ensino deve ter para que 
crianças com alguma deficiência ou 
limitação façam parte do quadro de alunos. 
A inclusão é fundamental para a formação 
pessoal, tanto do aluno deficiente quanto 
dos demais. Além disso, ela permite que 
essas crianças convivam com outras de sua 
idade e possam se desenvolver e crescer em comunidade. 
Esta cartilha informativa trás em si, orientações e atividades para pessoas com 
deficiência visual, a cartilha está entre os materiais que podem ser utilizados por 
diversos públicos, devida a informações necessárias para uma melhor compreensão, e 
esclarecer aspectos técnicos dos procedimentos adotados para minimizar certas 
dificuldades ao longo da vida. 
DEFICIÊNCIA 
VISUAL 
É o comprometimento parcial ou total da função visual, congênita ou adquirida. De 
acordo com o nível de acuidade visual, a deficiência visual pode variar, o que 
determina dois grupos, d das pessoas cegas ou com baixa visão, também conhecida 
como subnormal. 
Identificação; Alguns sinais característicos da presença da deficiência visual na 
criança são desvio de um dos olhos, não seguimento visual de objetos, não 
reconhecimento visual de familiares, baixo aproveitamento escolar, atraso de 
desenvolvimento. No adulto, pode ser o barramento súbito ou paulatino da visão. Em 
ambos os casos, são vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor, lacrimejamento, 
6 
 
flashes, retração do campo de visão que pode provocar esbarrões e tropeços em 
móveis. Irritações crônicas nos olhos, indicadas por olhos lacrimejantes, pálpebras 
avermelhadas, inchadas ou remelosas, náuseas, dupla visão ou névoas durante ou 
após a leitura. Esfregar os olhos, franzir ou contrair o rosto quando se olham objetos 
distantes, excessiva cautela no andar, correr raramente e tropeçar sem razão aparente, 
desatenção anormal durante realização de trabalhos escolares, queixas de 
enevoamentovisual e tentativas de afastar com as mãos os impedimentos visuais, 
inquietação ou nervosismo excessivo depois de um prolongado e atento trabalho 
visual, pestanejar excessivamente, sobretudo durante a leitura., segurar habitualmente 
o livro muitoperto, muito distante ou em outra posição enquanto se lê, inclinar a cabeça 
para um lado durante a leitura, capacidade de leitura por apenas um período curto de 
cada vez, fechar ou tampar um olho durante a leitura. 
Causas; De maneira genérica, podemos considerar que nos países em 
desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais, traumáticas e 
causadas por doenças como as cataratas. Nos países desenvolvidos são mais 
importantes as causas genéticas e degenerativas. As causas podem ser divididas 
também em: congênitas ou adquiridas. Causas congênitas: amaurose congênita de 
Leber, malformações oculares, glaucoma congênito, catarata congênita. 
Causas adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, 
glaucoma, alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes. 
 
7 
 
Crianças cegas, durante o processo de orientação, podem sentir dificuldades 
espaciais com relação aos quatro tipos de orientações a partir da consciência de sua 
localização. Os quatro tipos de orientações são: pontos fixos, quando está parado; 
pontos fixos, quando está em movimento; pontos em movimento, quando está parado; 
pontos em movimento, quando está em movimento. (PATHAS,1992) 
O professor deve ensinar ao seu aluno deficiente visual que o processo de 
orientação tem como princípio três questões básicas: Onde estou? Para onde quero 
ir? (Onde está o eu objetivo?) Como vou chegar ao local desejado? 
Mas, para o aluno elaborar essas questões, ele deverá passar pelo processo 
que envolve as seguintes fases: 
o percepção, captar as informações presentes no meio ambiente pelos 
canais sensoriais; 
o análise, organização dos dados percebidos em graus variados de 
confiança, 
o familiaridade, sensações e outros; 
o seleção, escolha dos elementos mais importantes 
que satisfaçam as necessidades 
o imediatas de orientação; 
o planejamento, plano de ação, como posso chegar 
ao meu objetivo, com base nas fases anteriores; 
Para, então, chegar à: 
 execução, a mobilidade propriamente dita, realizar 
o plano de ação através 
da prática. (WEISHALN, 1990) 
8 
 
Os deslocamentos visuais podem ser 
mostrados, ensinados e experimentados 
por que não pode ver. Pode-se aproveitar 
ou improvisar trajetos nos quais é 
necessário andar em ziguezague, circular, 
passar por cima, por baixo, no meio, por 
dentro, por fora, em volta. É necessário 
criar oportunidades e estratégias de 
exploração, identificação e reconhecimento 
do espaço concreto da sala de aula, da 
disposição do mobiliário e do trajeto 
rotineiro dos alunos. A familiaridade, a 
internalização e o domínio do espaço físico 
pelos alunos cegos levam mais tempo e 
dependem da apropriação e interpretação 
de pistas não visuais como fontes sonoras, referências táteis, olfativas, cinestésicas, 
dentre outras. A capacidade de localizar a fonte de um som e de se orientar envolve 
distância, direção e velocidade. As noções de altura, de distância, de perigo ou de 
obstáculo são compreendidas e assimiladas por meio de atividades simples. Podem-
se providenciar placas com inscrições em braille e outras formas de sinalização tátil 
para a identificação dos principais locais de acesso à instituição. 
As pessoas cegas e com baixa visão utilizam para sua locomoção um ou mais 
dos seguintes recursos: Guia Humano: acompanhante voluntário ou profissional para 
os sucessivos deslocamentos e apoio na execução de tarefas visuais; 
• Bengala Longa: recurso mais comum e mais acessível; 
• Autoproteções: uso das mãos e do corpo; 
• Cão-guia: mais raro menos acessível e de relativa aceitação social; 
• Ajudas Eletrônicas: recursos tecnológicos pouco difundidos e conhecidos em 
nossa realidade. 
 
9 
 
 
 
A deficiência visual não se apresenta de uma única maneira. Há várias 
situações, desde aquelas em que há completa ausência de visão até aquelas em que 
existe resíduo visual útil à realização de muitas atividades, mas que não pode ser 
otimizado ao nível da capacidade visual plena. 
Organização Mundial de Saúde - OMS - (Bangkok, 1992), o indivíduo com 
baixa visão ou visão subnormal é aquele que apresenta diminuição das suas 
respostas visuais, mesmo após tratamento e/ou correção óptica convencional, e uma 
acuidade visual menor que 6/18 à percepção de luz, ou um campo visual menor que 
10 graus do seu ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a 
visão para o planejamento e/ou execução de uma tarefa. 
Diferente a Cegueira a Baixa Visão conceitua-se como, uma condição 
intermediária entre a cegueira e a possibilidade de enxergar completamente. A baixa 
visão se apresenta de maneiras muito diferentes. As pessoas com essa condição não 
enxergam com a mesma intensidade nem têm a mesma percepção. Tudo vai 
depender muito de qual seja a natureza do comprometimento, de como ele se 
manifesta, de como a pessoa está habituada a utilizar o resíduo visual. 
Recursos ou auxílios ópticos para visão 
subnormal são lentes especiais ou 
dispositivos formados por um conjunto de 
lentes, geralmente de alto poder, que se 
utilizam do princípio da magnificação da 
imagem, para que possa ser reconhecida e 
discriminada pelo portador de baixa visão. 
Os auxílios ópticos estão divididos em dois 
10 
 
tipos, de acordo com sua finalidade: 
recursos ópticos para perto e recursos 
ópticos para longe. (Braga, 1997, p. 12) 
Lembrando-se que Deficiência visual não é necessariamente completa 
ausência de visão. A baixa de visão é complexa devido à 
variedade e à intensidade de comprometimentos das 
funções visuais. 
Orientação e 
mobilidade 
Os professores desempenham um importante papel 
no processo de integração da criança com baixa visão, 
inicialmente preparando a classe para recebê-la e, 
posteriormente, ajudando-a a se familiarizar com o meio 
físico e com os colegas e com estímulos visuais ativados das funções visuais. (SÁ; 
CAMPOS; SILVA 2007). 
Existem diversos tipos de recursos que pode ser usado pelo paciente de visão 
que contribuem para uma melhora de sua qualidade de vida, mas é necessário 
conhecê-los e saber usá-los. 
Alguns poderemos considerar de estrema relevância no dia-a-dia em sala de 
aula: 
Recursos ópticos para 
longe: Telescópio: usado para 
leitura no quadro negro, restringem 
muito o campo visual; 
telessistemas, telelupas e lunetas. 
Recursos ópticos para 
perto: óculos especiais com lentes 
de aumento que servem para 
melhorar a visão de perto. (óculos 
11 
 
bifocais, lentes esferoprismáticas, lentes 
monofocais esféricas, sistemas 
telemicroscópicos. 
Compreende-se que a necessidade 
do uso destes recursos pelo portador de 
baixa visão em uma sala de aula, porém 
esta realidade infelizmente não é acessível 
a todos. No que tange seu uso necessita da 
compreensão dos professores e dos alunos 
para que seja utilizado de maneira 
produtiva. 
Outras atribuições necessárias para sua adaptação em sala: 
 Iluminação adequada; 
 Apoio adequado para leitura e escrita; 
 Cadernos com pautas ampliadas; 
 Lápis 6B ou 3B; 
 Canetas hidrográficas que permitem maior contraste; 
 Livros didáticos com tipos ampliados. 
 
Informa como recursos não ópticos: 
 Tipos ampliados (ampliação de fontes, de sinais e símbolos gráficos em livros, 
apostilas, textos avulso, jogos, agendas, entre outros). 
 Acetato amarelo: diminui a incidência de claridade sobre o papel. 
 Plano inclinado: carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o aluno 
possa realizar as atividades com conforto visual e estabilidade da coluna 
vertebral. 
 Tiposcópios (guia de leitura), gravadores. 
 Softwares com magnificadores de tela e Programas com síntese de voz. 
 Chapéus e bonés: ajudam a diminuir o reflexo da luz em sala de aula ou em 
ambientes externos. 
12 
 
É nossa tarefa ajudar a criança deficiente visual a encontrar caminhos eficazes 
e alegres para alcançaressas adaptações. Brincar é a forma mais simples e mais 
efetiva de interação com a criança. 
ATIVIDADES E 
MATERIAIS 
PEDAGÓGICOS 
A integração da criança portadora de deficiência visual não acontece apenas 
na sala de aula; é desejável que ela aconteça na família, nos ambientes sociais, 
religiosos e de lazer 
Algumas atividades predominantemente visuais devem ser adaptadas com 
antecedência e outras durante a sua realização por meio de descrição, informação 
tátil, auditiva, olfativa e qualquer outra referência que favoreçam a configuração do 
cenário ou do ambiente. 
Soroban 
Descrição: Sorobã ou Ábaco é 
um instrumento de calcular de origem 
milenar largamente usado nos Países 
orientais. No Brasil foi adaptado para o uso 
das pessoas com deficiência visual nos anos quarenta. 
Objetivo: desenvolver o raciocínio lógico – matemático através de 
cálculos matemáticos efetuados no instrumento. Além da aprendizagem da 
utilização do instrumento de cálculo e registro em Braille dos resultados numéricos, a 
atividade disponibiliza aos alunos jogos matemáticos adaptados. 
13 
 
Público alvo: oferecido 
preferencialmente aos alunos cegos e com 
baixa visão onde o comprometimento visual 
os impedem de efetuar os cálculos da forma 
convencional (em tinta). 
Período de realização: o período total 
de duração depende do ritmo de cada 
aluno, podendo se estender, por exemplo, 
pelo período em que estiver frequentando o 
ensino regular. Alfabeto em braile que 
explore a linguagem oral em situações 
comunicativas. 
Caixa de números 
Descrição: Caixas de plástico ou de papelão contendo miniaturas (qualquer 
objeto). Colar na parte externa o numeral, em tinta, que fique em relevo e em braile, 
correspondente à quantidade de objetos guardados no interior da caixa. 
Objetivo: desenvolver o sentido do tato e ampliando o raciocínio logico – 
matemático através do número que estará em destaque. 
Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos cegos e com baixa visão 
onde o comprometimento visual os impedem de efetuar os cálculos da forma 
convencional (em tinta). 
Período de realização: o período total de duração depende do ritmo de cada 
aluno, podendo se estender, 
por exemplo, pelo período em 
que estiver frequentando o 
ensino regular. Alfabeto em 
braile que explore a 
linguagem oral em situações 
comunicativas. 
 
14 
 
Reglete e punção ou 
maquina de escrever em braille 
A escrita braille é realizada por meio de uma reglete e punção ou de uma 
máquina de escrever braille. A reglete é uma régua de madeira, metal ou plástico com 
um conjunto de celas braille dispostas em linhas horizontais sobre uma base plana. 
O punção é um instrumento em madeira ou plástico no formato de pêra ou 
anatômico, com ponta metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela braille. 
O movimento de perfuração deve ser realizado da direita para a esquerda para 
produzir a escrita em relevo de forma 
não espelhada. Já a leitura é realizada 
da esquerda para a direita. Esse 
processo de escrita tem a desvantagem 
de ser lento devido à perfuração de 
cada ponto, exige boa coordenação 
motora e dificulta a correção de erros. 
A máquina de escrever tem seis 
teclas básicas correspondentes aos 
pontos da cela braille. O toque 
simultâneo de uma combinação de 
teclas produz os pontos que 
correspondem aos sinais e símbolo 
desejados. 
É um mecanismo de escrita mais rápido, prático e eficiente. A escrita em relevo 
e a leitura tátil baseiam-se em componentes específicos no que diz respeito ao 
movimento das mãos, mudança de linha, 
adequação da postura e manuseio do 
papel. 
Esse processo requer o 
desenvolvimento de habilidades do tato 
que envolvem conceitos espaciais e 
numéricos, sensibilidade, destreza 
15 
 
motora, coordenação bimanual, discriminação, dentre 
outros aspectos. Por isso, o aprendizado do sistema 
braille deve ser realizado em condições adequadas, 
de forma simultânea e complementar ao o processo 
de alfabetização do aluno cego. 
 
 
Livro de formas 
geométricas 
Descrição: Livro contendo formas geométricas 
sensoriais Colar na parte externa a forma geométrica, em 
E.V.A. ou que fique em relevo, com os nomes em braile, 
correspondente a cada figura. 
Objetivo: desenvolver o sentido do tato e ampliando o 
raciocínio logico – matemático através das formas 
geométricas em destaque. 
Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos 
cegos e com baixa visão onde o comprometimento visual os 
impedem de efetuar os cálculos da forma convencional (em 
tinta). 
Período de realização: o período total de duração 
depende do ritmo de cada aluno, podendo se estender, por 
exemplo, pelo período em que estiver frequentando o ensino 
regular. Alfabeto em braile que explore a linguagem oral em situações comunicativas. 
 
 
16 
 
Livro 
sensorial do 
alfabeto 
Descrição: Livro sensorial 
do alfabeto, contém recursos 
visuais e táteis, facilitando o 
aprendizado do alfabeto em 
letras bastão e braille, 
associando desenho e letra inicial do nome. 
Objetivo: desenvolver o sentido do tato e ampliando o desenvolvimento da 
escrita e da leitura em braille. 
Público alvo: oferecido preferencialmente aos alunos cegos e com baixa visão 
onde o comprometimento visual os impedem de efetuar os cálculos da forma 
convencional (em tinta). 
Período de realização: o período total de duração depende do ritmo de cada 
aluno, podendo se estender, por exemplo, pelo período em que estiver frequentando 
o ensino regular. Alfabeto em braile que explore a linguagem oral em situações 
comunicativas. 
SISTEMA BRAILLE 
O Sistema Braille foi criado por Louis Braille, em 1825, na França, o sistema 
braille é conhecido universalmente como código ou meio de leitura e escrita das 
pessoas cegas. Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do 
alfabeto, os números e outros símbolos gráficos. A combinação dos pontos é obtida 
pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas 
verticais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada 
cela braille.. 
17 
 
Alfabeto/números em Braille 
 
 
 
18 
 
PESSOAS 
CEGAS E AS 
GARANTIAS 
LEGAIS 
Vale ressaltar que o decreto 6.571 de 17/09/2008 declara que o estado tem a 
função de dispor de recursos financeiros e técnicos para a rede publica para que esta 
tenha atendimento especializado, e os diretores e coordenadores com a função de 
solicitar estes recursos para o atendimento adequado aos alunos com deficiência 
visual, é preciso oferecer adequados com piso tátil, lugares de locomoção sem 
obstáculos, lugares e objetos com descrição em braile e como relatado no documento 
formulado pelo Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR9050. 
Importante lembrar que, para nós educadores, o direito a inserção, 
permanência e conclusão no processo escolar esta para além de orientações legais, 
demandando, assim da sensibilidade de cada professor em mediar tal processo com 
humanização pautada no conhecimento. 
 
 
 
 
19 
 
MITOS E VERDADES 
 
 
Pessoas com deficiência visual 
têm maior reconhecimento 
sonoro para reconhecer de 
quem é a voz? 
Pessoas com deficiência visual 
não possuem mais 
reconhecimento de voz 
somente pela questão de 
serem cegos e sim mais 
estimulos sonoros. 
Se coçarmos os olhos 
aumentamos o risco de 
ficarmos cegos? 
Ao coçarmos os olhos 
com força poderá ocorre 
o deslocamento da retina, 
causando a cegueira. 
Se olharmos para 
o sol podemos 
ficar cegos? 
Pode ocorrer lesão 
na retina com 
danos irreversível. 
20 
 
CONCLUSÃO 
Os professores, diretores e educadores podem ajudar no desenvolvimento dos 
deficientes visuais, realizando algumas ações simples todos os dias. Assim como: 
 Promover a inclusão dos alunos nas atividades realizadas em sala 
de aula, dando -lhes objetos, papéis e materiaisque ilustrem o conteúdo 
aplicado; 
 Manter a organização de carteiras, cadeiras, estantes, degraus, 
obstáculos físicos e mochilas sempre na mesma ordem. E comunicar os alunos 
verbalmente se caso alguma coisa esteja fora do lugar, ou que apresente perigo 
a eles; 
 É direito do aluno deficiente visual, usar livros didáticos, bem como 
materiais pedagógicos escritos em braile, a escola precisa fornecer cada um 
destes materiais; 
 Todo o modelo de ensino pode ser adaptado aos alunos especiais, 
baseados no Atendimento Educacional Especializado (AEE); 
 Os pais podem procurar uma escola que melhor atenderá a criança 
cega, e que possua a estrutura física necessária ara atendê-la, sem riscos 
desnecessário. 
Vale ressaltar que o decreto 6.571 de 17/09/2008 declara que o estado tem a 
função de dispor de recursos financeiros e técnicos para a rede pública para que esta 
tenha atendimento especializado, e os diretores e coordenadores com a função de 
solicitar estes recursos para o atendimento adequado aos alunos com deficiência 
visual, é preciso oferecer espaços adequados com piso tátil, lugares de locomoção sem 
obstáculos, lugares e objetos com descrição em braile e como relatado no documento 
formulado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR9050. 
Importante lembrar que, para nós educadores, o direito a inserção, 
permanência e conclusão no processo escolar está para além de orientações legais, 
demandando, assim da Sensibilidade de cada professor em mediar tal processo com 
humanização pautado no conhecimento. 
Todas as pessoas as pessoas têm o direito de aprender, serem alfabetizadas e 
receberem a devida atenção e acompanhamento, dentro e fora da escola. A deficiência 
visual não é um obstáculo ao aprendizado das crianças, adolescentes, jovens, adultos 
e idosos. 
Os pais ou responsáveis por crianças com a deficiência visual podem exigir 
que o Estado e as Secretarias de Educação, forneçam todo o material necessário ao 
aprendizado desses alunos nas salas de aula, cobrando os resultados e conteúdos 
ensinados por eles. 
 
21 
 
REFERÊNCIA 
Adolph Ratska -MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO. Centro de 
Apoio Operacional. Cartilha da Pessoa Com Deficiência. Cuiabá: CAOP, 2011. 
Cartilha praticas pedagógicas inclusivas/. – Aline Camargo Gouvêa...[et al], 
Colaboradores: Maria Couto da Silva, Kelvin Torquato Russo Ferreira, Patrícia Carolina 
da Souza Pereira, Orientadora e organizadora: Maria Cristina da Silva – Alfenas, 2019. 
FERREIRA, Elise M. B. [Monografia] „Recursos Didáticos --- uma possibilidade de 
produzir conhecimentos‰. UNIRIO, Rio de Janeiro/RJ, 1998. 
Inclusão de alunos com deficiência visual. Disponível em: 
https://certificadocursosonline.com/blog/passo-a-passo-sobre-a-inclusao-de-alunos-
com-deficiencia-visual/ 
MEC – Ministério de Educação – Secretaria de Educação Especial POlÍTICA 
NACIONAl DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, Brasília MEC – SEEDSP 1994. 
MULSER, José. - Publicado em 08 Maio, 2012. Portal da Oftalmologia © 2016. 
PATHAS, 1992 
Saberes e Prática da Inclusão. Dificuldades de Comunicação e Sinalização 
Deficiência Visual. 3ª edição, 2005.

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