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Deficiência Visual
APRESENTAÇÃO
Mais de 35 milhões de brasileiros têm dificuldade para enxergar. Esses números fazem da 
deficiência visual a deficiência mais comum em solo brasileiro. A classificação educacional é 
dividida em pessoas com baixa visão e pessoas com cegueira, segundo a Organização Mundial 
da Saúde. As pessoas com baixa visão são aquelas que têm dificuldade para desempenhar tarefas 
visuais, mesmo com a prescrição de lentes corretivas, mas que podem aprimorar sua capacidade 
de realizar tais tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias e modificações 
ambientais. Já a pessoa cega é aquela cuja percepção de luz, embora possa auxiliá-la em seus 
movimentos e orientações, é insuficiente para a aquisição de conhecimento por meios visuais, 
necessitando utilizar o sistema Braille em seu processo de ensino-aprendizagem.
Os deficientes visuais têm direito de frequentar a escola e de se desenvolver em todos os 
aspectos, mas, para isso, precisam ser estimulados. As aulas de educação física são um excelente 
momento para isso, pois é por meio desta que eles vão desenvolver fatores motores, sociais e 
afetivos, tendo ganhos significativos para a vida diária.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer o conceito e os diferentes graus de 
deficiência visual, além de como programar atividades físicas inclusivas para os portadores 
dessa deficiência.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Avaliar os conceitos de deficiência visual.•
Reconhecer os diferentes graus de deficiência visual.•
Programar atividades físicas inclusivas para pessoas com deficiência visual.•
DESAFIO
Um dos fatores fundamentais para o processo de inclusão é a empatia, ou seja, a capacidade de 
se colocar no lugar do outro. Apesar de reconhecermos a deficiência, muitas vezes não temos a 
dimensão da dificuldade que essas pessoas enfrentam.
Sendo assim, qual seria a sua proposta para envolver a turma com o novo aluno?
INFOGRÁFICO
O sistema Braille é um elemento primordial na educação de cegos. Este foi desenvolvido por 
Louis Braille e permite que seja desenvolvida a leitura e a escrita tátil, além da aprendizagem 
matemática e musical.
Confira no Infográfico a seguir como funciona esse sistema.
CONTEÚDO DO LIVRO
A inclusão de deficientes visuais é um tema importante para qualquer país. No que se refere ao 
Brasil, pode-se dizer que o marco inicial da inclusão dos cegos se deu a partir da criação do 
Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, por Dom Pedro II. 
No capítulo Deficiência visual, do Livro Educação física adaptada, você vai acompanhar os 
conceitos e as causas da deficiência visual, assim como os seus diferentes graus de classificação, 
além de estratégias e atividades para a educação física escolar nessa área.
EDUCAÇÃO FÍSICA 
ADAPTADA
Juliano Vieira da Silva
Deficiência visual
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Avaliar os conceitos de deficiência visual.
 Reconhecer os diferentes graus de deficiência visual.
 Programar atividades físicas inclusivas para pessoas com deficiência
visual.
Introdução
A educação para cegos, no Brasil, começou no século XIX, com a criação do 
Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Nos mais de 150 anos que se passa-
ram desde então, vemos que esse tipo de educação é um processo ainda 
em discussão e que apresenta muitas dificuldades no contexto brasileiro.
A partir da Declaração de Salamanca, em 1994, os deficientes visuais 
passaram a integrar escolas regulares e, com isso, os educadores passaram 
a buscar a melhor forma de atingir esse público. A Educação Física, nesse 
contexto, é vital e salutar para os deficientes visuais, que precisam participar 
de suas aulas tanto pelo aspecto motor quanto pelo cognitivo e pelo social.
Neste capítulo, você vai compreender os conceitos de deficiência 
visual, bem como reconhecer os seus diferentes graus e, ainda, programar 
atividades físicas inclusivas para pessoas com esse tipo de deficiência.
O que é deficiência visual?
Dentre todas as defi ciências, a visual é a mais recorrente no Brasil. No último 
Censo Demográfi co, realizado em 2010, mais de 35,7 milhões dos entrevistados 
responderam ter algum grau de difi culdade para enxergar mesmo usando lente 
ou óculos. Desse total, mais de 6 milhões afi rmaram ter grande difi culdade 
para enxergar e mais de 500 mil são pessoas que não enxergam de modo 
algum, sendo consideradas cegas.
Dados mundiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde revelam 
que há 39 milhões de pessoas cegas e outras 246 milhões com baixa visão. 
Estudos recentes da World Report on Disability (2010) e do Vision 2020 
revelaram que até 2020 o número de pessoas com deficiência visual pode 
dobrar no mundo. Esse levantamento ainda aponta que, a cada 5 segundos, 1 
pessoa se torna deficiente visual (FUNDAÇÃO..., 2018).
No que se refere ao Brasil, pode-se dizer que o marco inicial da inclusão dos 
cegos se deu a partir da criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 
1854, por Dom Pedro II, devido à forte influência de José Alvares de Azevedo, 
um cego brasileiro que havia sido aluno do Instituto de Jovens Cegos em Paris 
e trouxe essa ideia ao Brasil, colocando-a em prática ao educar a filha de um 
médico da família imperial.
O Imperial Instituto dos Meninos Cegos passou a se chamar Instituto Benjamin Constant 
(IBC) (Figura 1) em 1891. Além de ser uma referência no atendimento a deficientes visuais, 
o Instituto oferece cursos de formação relacionados à área para profissionais da saúde 
e da educação. Também oferece consultas oftalmológicas, serviços de reabilitação e 
produção de materiais pedagógicos para a área da deficiência visual.
Figura 1. Instituto Benjamin Constant.
Fonte: Pereira (2013, documento on-line).
Deficiência visual2
Apesar de o IBC ser uma inspiração para a criação de mais escolas para 
deficientes visuais no Brasil, o atendimento, nessa e em outras instituições, nem 
sempre foi o adequado. Por muito tempo, os cegos foram excluídos das escolas 
regulares ou segregados, podendo frequentar apenas as classes especiais.
Apenas nos anos 1950, em São Paulo, de forma experimental, surgiu “[...] 
a primeira sala de recursos para deficientes visuais estudarem em classes 
comuns” (MASINI, 2013, p. 50 apud PIRES, 2014). Pires (2014) aponta que, 
nessa mesma década, em 1958, criou-se a Campanha Nacional de Educação 
e Reabilitação de Deficientes da Visão, inspirada na campanha iniciada pelo 
IBC, posteriormente chamada de Campanha Nacional de Educação de Cegos 
(CNEC), vinculada diretamente ao gabinete do ministro da Educação. Essa 
campanha visava fortalecer a formação de professores para trabalhar com os 
deficientes visuais.
Esses movimentos educacionais ganham força e aliados importantes no 
campo social nos anos 1980, buscando, assim, a inclusão dos deficientes visuais 
tanto nas escolas quanto nas demais áreas. A inclusão efetiva dessas pessoas 
na escola passou a ser garantida apenas em 1994, a partir da promulgação da 
Declaração de Salamanca, na Espanha.
Mas, afinal, você sabe o que é deficiência visual exatamente? Vamos, 
agora, ver alguns conceitos relativos a esse tema.
Segundo Van Munster e Almeida (2008), há uma enorme variedade de 
definições que, frequentemente, geram dúvidas sobre o que é deficiência visual, 
sobre quando uma pessoa possui, ou não, essa deficiência. Conforme os mesmos 
autores, “[...] a deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da 
capacidade visual em ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação 
em seu desempenho habitual” (VAN MUNSTER; ALMEIDA, 2008, p. 29).
O Decreto 5.296/04 define que, no Brasil, uma pessoa é considerada de-
ficiente visual quando se enquadra em uma das seguintes características: 
cegueira, na qual a acuidade visual — capacidade do olho de distinguir detalhes 
como forma, cores e tamanhos —, medidavia exame oftalmológico, é igual 
ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; baixa visão, 
que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor 
correção óptica; casos nos quais a somatória da medida do campo visual — o 
quanto o olho consegue perceber em extensão angular de um ambiente, também 
medido via exame oftalmológico —, em ambos os olhos, é igual ou menor 
que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores 
(BRASIL, 2004).
3Deficiência visual
Van Munster e Almeida (2008) ressaltam que a simples utilização de óculos 
ou lentes de contato não é suficiente para caracterizar a deficiência visual, 
pois essas correções podem garantir ao indivíduo a condição visual ideal. 
Na mesma linha, Ampudia (2011) afirma que pessoas com miopia, astigma-
tismo ou hipermetropia não são deficientes visuais, pois essas características 
podem ser corrigidas com uso de lente ou cirurgia. Diehl (2006) afirma que, 
para que uma pessoa seja considerada deficiente visual, além de apresentar 
comprometimento em relação à acuidade visual, também deverá ter seu campo 
de visão restrito.
Van Munster e Almeida (2008) apontam que as diferentes causas da defi-
ciência visual podem ser congênitas (desde o nascimento) ou adquiridas (ao 
longo da vida). Gil (2000) destaca as principais causas dos defeitos de visão:
  retinopatia da prematuridade causada pela imaturidade da retina em 
decorrência de parto prematuro ou de excesso de oxigênio na incubadora;
  catarata congênita em consequência de rubéola ou de outras infecções 
na gestação — consiste na alteração da transparência da lente (Figura 2);
  glaucoma congênito, que pode ser hereditário ou causado por infecções;
  atrofia óptica;
  degenerações retinianas e alterações visuais corticais;
  diabetes;
  descolamento da retina;
  traumatismos oculares.
Figura 2. Comparação entre olho normal e olho com catarata
Fonte: Há Saúde (2016, documento on-line).
Nesta seção, você conferiu o conceito de deficiência visual, um breve 
histórico da educação de cegos no Brasil e as causas das lesões visuais. Na 
sequência, você acompanhará as classificações desse tipo de deficiência.
Deficiência visual4
Diferentes graus de deficiência visual
Van Munster e Almeida (2008) apontam que, embora haja algumas classi-
fi cações relativas à área de defi ciência visual, no campo da aprendizagem, 
costuma-se utilizar duas formas para classifi car os defi cientes visuais: a clas-
sifi cação educacional e a classifi cação esportiva.
A classificação educacional é dividida em pessoas com baixa visão e pessoas 
com cegueira, segundo a Organização Mundial da Saúde, em publicações 
feitas pela Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados à Saúde (CID).
A CID foi criada pela Organização Mundial de Saúde e é um referencial no campo 
médico para diagnósticos relativos a pessoas com deficiência.
A seguir, confira as características de cada uma das classificações educacionais:
Baixa visão
Corn apud Van Munster e Almeida (2008) defi nem as pessoas com baixa visão 
como aquelas que têm difi culdade para desempenhar tarefas visuais, mesmo 
com a prescrição de lentas corretivas, mas que podem aprimorar sua capacidade 
de realizar tais tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias 
e modifi cações ambientais. Gil (2000) sublinha que, na baixa visão, as pessoas 
possuem um rebaixamento signifi cativo da acuidade visual, no campo visual, 
na sensibilidade de contrastes e de limitação de outras capacidades.
Segundo Coicev (2018, documento on-line):
[...] baixa visão se aplica aos casos em que, com a melhor correção, [o indi-
víduo] tenha ainda no máximo 30% da visão normal, mesmo com o uso de 
lentes convencionais, ou após tratamento clínico e/ou cirúrgico, utilizando 
recursos visuais especiais para leitura e escrita. 
Outra característica é que pessoas com essa dificuldade apresentam pro-
blemas na visão central.
5Deficiência visual
Gil (2000) aponta que uma pessoa com baixa visão tem dificuldade para 
enxergar com clareza suficiente, para contar os dedos da mão a uma distância 
de três metros, à luz do dia — ou seja, apresenta apenas resíduos de visão. 
A autora aponta que, nos tempos atuais, tem havido uma modificação no 
pensamento referente a essas pessoas:
Até recentemente, não se levava em conta a existência de resíduos visuais; a 
pessoa era tratada como se fosse cega, aprendendo a ler e escrever em braile, 
movimentar-se com auxílio de bengala, etc. Hoje em dia, oftalmologistas, te-
rapeutas e educadores trabalham no sentido de aproveitar esse potencial visual 
nas atividades educacionais, na vida cotidiana e no lazer (GIL, 2000, p. 6).
A partir disso, inúmeros recursos e técnicas foram criados e propostos para 
se trabalhar esse resíduo visual existente na busca pela melhora da qualidade 
de vida dessa pessoa. Entre esses recursos, Van Munster e Almeida (2008) 
destacam os auxílios ópticos e os auxílios não ópticos.
Como exemplo de auxílios ópticos, temos diferentes tipos de óculos, lupas (Figura 3) 
e telescópios. Os auxílios não ópticos podem ser, por exemplo, a ampliação de livros e 
cadernos com pautas mais grossas. Também se destaca o avanço da tecnologia, como 
no caso da informática, com a criação de programas que favorecem a visualização 
e a leitura.
Figura 3. Lupas auxiliam pessoas com baixa visão.
Fonte: Feng Yu/Shutterstock.com.
Deficiência visual6
Gil (2000) ainda aponta que as pessoas com baixa visão apenas distinguem 
vultos, a claridade ou objetos a pouca distância, pois a visão se apresenta 
embaçada, diminuída e restrita.
Cegueira
A pessoa cega é aquela cuja percepção de luz, embora possa auxiliá-la em seus 
movimentos e orientações, é insufi ciente para a aquisição de conhecimento 
por meios visuais, necessitando utilizar o sistema braille em seu processo 
de ensino-aprendizagem (BARRAGA apud VAN MUNSTER; ALMEIDA, 
2008, p. 37).
Já para Coicev (2018, documento on-line), “[...] cegueira é a ausência total 
de visão, até a perda da capacidade de indicar projeção de luz, utilizando o 
sistema braille como principal recurso para leitura e escrita”. Para Diehl (2006, 
p. 62), “[...] cegueira é ausência ou perda da visão em ambos os olhos, ou um 
campo visual inferior a 0,1 graus no melhor olho, mesmo após a correção, 
não excedendo a 20 graus no maior meridiano do melhor olho, mesmo com o 
uso de lentes para a correção”.
A cegueira, assim como a baixa visão, pode ser congênita ou adquirida, e 
isso pode resultar em diferenças ao longo da vida:
O indivíduo que nasce com o sentido da visão, perdendo-o mais tarde, guarda 
memórias visuais, consegue se lembrar das imagens, luzes e cores que conhe-
ceu, e isso é muito útil para a sua readaptação. Quem nasce sem a capacidade 
da visão, por outro lado, jamais pode formar uma memória visual ou possuir 
lembranças visuais (GIL, 2000, p. 8).
O impacto da cegueira, tanto do ponto de vista individual quanto do psico-
lógico, varia muito entre os indivíduos, segundo a mesma autora. Essa variação 
ocorre conforme a idade, a dinâmica em que a pessoa vive, a família e a 
própria personalidade. Gil (2000) ainda aponta que, além da visão, essa pessoa 
pode ter perdas emocionais, de atividade profissional, de comunicação e de 
habilidades básicas (como a locomoção e a realização das atividades diárias).
Sobre a orientação e a mobilidade, a pessoa cega utiliza outros sentidos, 
como o tato, o olfato e a audição, assim como equipamentos como a bengala 
ou os cães-guias.
7Deficiência visual
Apesar de serem bastante indicados como condutores de pessoas cegas, os cães-guias 
apresentam número reduzido no Brasil. Para as 6 milhões pessoas com deficiência 
visual, há apenas 160 cães-guia no país. Acesse o link a seguir e confira como se dá o 
treinamento desses cachorros para desempenhar essa função importante.
https://goo.gl/4g8TD4
Sobre a aprendizagem dessas pessoas, Van Munster e Almeida (2008)afirmam que ela ocorre baseada no sistema braille, que, diferentemente da 
língua de sinais para surdos, é uma língua universal.
O método desenvolvido por Louis Braille permite a leitura e a escrita tátil a 
partir da combinação de unidades denominadas células Braille. Entende-se 
por células Braille o agrupamento de seis pontos em relevo, dispostos três a 
três em alinhamento vertical adjacente, em uma superfície aproximada de 3 
x 5 mm, que podem ser simultaneamente percebidos pela polpa sensível do 
dedo. Cada ponto da célula Braille é identificado por uma referência numérica, 
cuja combinação permite obter 63 sinais gráficos diferentes, aos quais foram 
atribuídas significações fonéticas, matemáticas e musicais, para proporcionar 
às pessoas cegas o acesso direto à leitura e à escrita de diferentes idiomas, da 
ciência e da música (VAN MUNSTER; ALMEIDA ,2008, p.37-39).
Van Munster e Almeida (2008) apontam que, além dessa classificação 
educacional, há ainda a classificação esportiva, que tem o objetivo de evitar 
desigualdades durante a competição. Como o nome sugere, ela é utilizada em 
competições e reconhecida pelas federações. Os competidores são divididos 
em B1, B2 e B3 (VAN MUNSTER; ALMEIDA, 2008). A letra “b” refere-se 
à palavra blind, cuja tradução significa cego, em português.
  B1: vai desde a inexistência de percepção luminosa, mas com incapa-
cidade para reconhecer a forma de uma mão a qualquer distância ou 
direção;
  B2: desde a capacidade de reconhecer a forma de uma mão até acuidade 
visual entre 2/60 metros ou campo visual inferior a 5º;
  B3: acuidade visual entre 2/60 metros e 6/60 metros ou um campo 
visual entre 5º e 20º. 
Deficiência visual8
Os atletas são classificados (Figura 4) pela International Blind Sport As-
sociation (2005) a partir de seu melhor olho.
Figura 4. Atletas cegos são divididos em categorias.
Fonte: Udesc (2012, documento on-line).
Nesta seção, você viu os graus de classificação das deficiências visuais, 
que são divididas em educacionais e esportivas, e as características que cada 
pessoa com essas deficiências apresenta. A seguir, apresentaremos exemplos 
de atividades físicas para pessoas com deficiência visual, bem como estratégias 
que podem ser utilizadas.
Atividades físicas para pessoas 
com deficiência visual
Sobre exercícios físicos para pessoas com defi ciência visuais, Van Munster 
e Almeida (2008) sublinham que a primeira atitude do professor é buscar 
uma aproximação ao aluno. Assim, o professor deve antecipar suas ações, 
verbalizando-as para não surpreender ou assustar o aluno, e, caso seja neces-
sário, deve tocá-lo, avisá-lo.
Os autores ainda apontam que é importante promover a interação de pes-
soas cegas ou de baixa visão com pessoas sem deficiência. Até que os alunos 
tenham um razoável domínio corporal, as atividades podem ser feitas em 
filas, círculos ou colunas e, acima de tudo, o professor deve ser claro em 
suas explicações, podendo utilizar a percepção auditiva, tátil ou cinestésica 
9Deficiência visual
para que o aluno consiga perceber o movimento. Também é fundamental a 
presença do silêncio em atividades em que o som é um elemento importante 
para a execução da tarefa.
No entanto, antes de apresentarmos esses exercícios, é necessário discutir 
as possíveis estratégias para lidar com esses alunos. Essas estratégias são 
adaptações e cuidados que o professor precisa ter na hora de se dirigir a 
esses discentes, já que, na criança cega ou com baixa visão, o processo de 
conhecimento se dá de forma diferente, pois essa criança utiliza outros sen-
tidos — principalmente a audição e o tato —, de modo que o professor deve 
explorar bastante os sons, as formas e as texturas.
Sobre as estratégias a utilizar com aluno de baixa visão, destaca-se:
Evitar a incidência de claridade diretamente nos olhos da criança.
Adaptar o trabalho de acordo com a condição visual do aluno.
Ter clareza de que o aluno enxerga as palavras e ilustrações mostradas.
Evitar iluminação excessiva em sala de aula.
Observar a qualidade e nitidez do material utilizado pelo aluno: letras, nú-
meros, traços, figuras, margens, desenhos com bom contraste figura/fundo.
Explicar, com palavras, as tarefas a serem realizadas (SÁ; CAMPOS; SILVA, 
2007, p. 20).
Para os alunos com cegueira, são recomendadas as seguintes estratégias:
Utilize materiais com diferentes texturas na elaboração de material didático e 
estimule todos os sentidos do seu aluno cego, através de diferentes atividades.
Ao orientar ao seu aluno cego sobre que direções seguir, faça-o do modo 
mais claro possível. Diga “à direita”, “à esquerda”, “acima”, “abaixo”, “para 
frente” ou “para trás”, de acordo com o caminho que ele necessite percorrer 
ou voltar-se. Nunca use termos como “ali”, “lá” [...]. 
Nunca exclua o aluno cego de participar plenamente das atividades de campo 
e sociais, nem procure minimizar tal participação. A cegueira não se constitui 
em problema para tais atividades. Permita que o aluno decida como participar.
Proporcione ao aluno cego a chance de ter sucesso ou de falhar, tal como 
outra pessoa que tem visão.
Busque estratégias diferenciadas para o trabalho com seus alunos, viabilizando 
a imaginação, a criatividade e outros canais de percepção e expressão (tátil, 
auditiva, olfativa, gustativa, cinestésica e vestibular), além da reflexão, da 
manipulação e exploração dos objetos de conhecimento (SILVA, 2010 apud 
UNIVERSIDADE..., 2018, documento on-line). 
Nas aulas práticas, utilize a descrição do experimento realizado e, quando 
possível, possibilite a exploração tátil-olfativa do material utilizado, desde 
que não ofereça riscos à segurança do estudante (UNIVERSIDADE..., 2018, 
documento on-line).
Deficiência visual10
Van Munster e Almeida destacam que ainda são necessárias adaptações 
ao meio físico no local da atividade (como demarcação da quadra, campos, 
piscinas), nos locais que cercam o espaço da atividade (como acessos e be-
bedouros), de possíveis obstáculos. Também é preciso adaptar os recursos 
utilizados (usando cores chamativas, objetos brilhantes e guizos — quando 
não estiverem à disposição, pode-se utilizar sacolas plásticas).
Agora, acompanhe algumas atividades que podem ser realizadas nas aulas 
de educação física com o objetivo de incluir a pessoa com deficiência visual, 
trabalhando aspectos motores, cognitivos e sociais e os sentidos (Figura 5). 
Além disso, para o aluno sem deficiência visual, a participação nessa atividade 
pode trazer-lhe a realidade da deficiência, desenvolver a empatia e o espírito 
de equipe:
  Adivinhe pelo tato
Número de participantes: livre.
Material: vendas e objetos como lápis, frutas, livro, brinquedos, etc.
Descrição do jogo: os alunos deverão ser divididos em dois ou três 
grupos. Cada participante terá a oportunidade de sentir, com os olhos 
vendados, os objetos que serão dados pelo professor. O grupo que mais 
objetos acertar será o grupo vencedor (DIEHL, 2006).
  Fala que eu faço 
Número de participantes: livre. 
Material: vendas e bola com guizo.
Descrição do jogo: os alunos formarão duplas, e um dos componentes 
da dupla estará com venda (um deles será o vidente). O professor fará 
uma espécie de ninho do tesouro em alguns cantos da quadra, utili-
zando bolas com guizo. O colega vidente da dupla se separa e fica em 
um lugar próximo dos ninhos para auxiliar o outro colega a chegar ao 
ninho. As dicas poderão ser de forma simbólica. Exemplo: “10 passos 
de elefante para frente”, “20 passos de formiga para o lado direito”, 
etc. (DIEHL, 2006). Deve-se evitar que o colega vidente fique a uma 
distância muito longa do aluno com deficiência visual. O professor pode 
optar por dividir a turma em dois ou três grupos para jogar. Além disso, 
o professor deve orientar os alunos a que se movam de forma lenta e 
com os braços à frente do corpo, visando evitar acidentes e choques 
entre os alunos que estão vendados. 
11Deficiência visual
  Nó no lenço 
Número de participantes: livre. 
Material:apitos e vários lenços ou fitas.
Local: quadra ou sala.
Formação dos alunos: colunas ou fileiras.
Descrição do jogo: os alunos ficam sentados em seus lugares, em 
colunas ou fileiras com igual número de integrantes, representando 
as equipes. O último de cada coluna ou fileira estará segurando um 
lenço e o primeiro, um apito. Ao sinal dado, aqueles que têm o lenço 
na mão atam-no ao braço direito do colega da frente, fazendo um nó 
entre o cotovelo e o ombro; o aluno desata o nó do seu braço com a 
mão esquerda, ata-o no colega da frente e, assim, sucessivamente, 
até que o primeiro dê o sinal de que sua equipe terminou. Vence a 
equipe que apitar primeiro.
Em situação de inclusão: o aluno não deficiente visual não poderá olhar 
quando for amarrar o lenço ou a fita nem quando for desamarrá-los, 
mantendo o rosto voltado para o outro lado (DIEHL, 2006).
  Passa a bola
Números de participantes: livre. 
Material: bolas com guizo (caso não tenha bola com guizo, a bola poderá 
ser colocada dentro de sacolas plásticas). 
Descrição do jogo: são formadas duas ou mais colunas com o mesmo 
número de participantes. O primeiro integrante de cada coluna deverá 
estar com a bola, que deverá ser passada entre as pernas ao colega 
de trás até chegar ao último da coluna; esse irá devolver por cima da 
cabeça até chegar ao primeiro da coluna. Na mesma ordem, logo em 
seguida, deve passar a bola pelo lado direito, retornando pelo lado 
esquerdo. Vence a coluna que terminar a sequência em primeiro lugar, 
gritando o nome de sua equipe. Os alunos videntes auxiliarão os alunos 
cegos e com baixa visão a pegar a bola por meio de comunicação 
verbal (DIEHL, 2006).
Deficiência visual12
Figura 5. Atividades lúdicas para integração dos alunos 
deficientes visuais.
Fonte: Coelho (2013, documento on-line).
Neste capítulo, vimos um pouco da trajetória da deficiência visual no Brasil 
e seus conceitos. As pessoas com essa deficiência têm algum impeditivo na 
visão que pode ter causas congênitas (desde o nascimento) ou adquiridas (ao 
longo da vida).
Além disso, foram apresentadas as classificações da deficiência visual, 
que, no nível educacional, é feita entre pessoas com baixa visão (dificuldades 
para desempenhar tarefas visuais, mesmo com prescrição de lentas correti-
vas) e pessoas com cegueira (percepção de luz insuficiente). A classificação 
esportiva, por sua vez, divide-se em B1, B2 e B3 e serve para dar igualdade 
às competições.
Por fim, você conheceu estratégias para ter um melhor aproveitamento 
da aula para o aluno com deficiência visual, como o uso de sons, formas, 
texturas e a necessidade de adaptações físicas e de recursos materiais, assim 
como atividades adaptadas para esses indivíduos.
13Deficiência visual
AMPUDIA, R. O que é Deficiência Visual? 01 ago. 2011. Disponível em: <http://novaescola.
org.br/conteudo/270/deficiencia-visual-inclusao>. Acesso em: 9 set. 2018.
APTOMED. [Lupas]. 2018. Disponíve em: <http://www.aptomed.com.br/userfiles/image/
Picture5.jpg>. Acesso em: 9 set. 2018.
BRASIL. Decreto n.º 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis n.º 10.048, de 
8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especi-
fica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios 
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou 
com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, DF, 2004. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>. 
Acesso em: 9 set. 2018.
COELHO, P. Como Integrar o Aluno Deficiente Visual na Aula de Educação Física? 13 abr. 2013. 
Disponível em: <http://www.deficienciavisual.pt/txt-Integrar_aluno_DV_aula_EF.htm>. 
Acesso em: 9 set. 2018. 
COICEV, W. O que é Visão Subnormal? Cegueira x Baixa Visão. 2018. Disponível em: <http://
www.subnormalvision.com.br/blank>. Acesso em: 9 set. 2018. 
DIEHL, R. M. Jogando com as Diferenças: jogos para crianças e jovens com deficiência. 
São Paulo: Phorte, 2006.
FUNDAÇÃO DORINA NOWILL PARA CEGOS. Estatísticas da deficiência visual. 2018. Dis-
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GIL, M. (Org.). Deficiência visual. Brasília, DF: MEC, 2000. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/deficienciavisual.pdf>. Acesso em: 9 set. 2018.
HÁ SAÚDE. Cirurgia de Catarata Recupera Visão, Conheça o Tratamento. 01 maio 2016. 
Disponível em: <https://hasaude.com/sintomas-das-doencas/catarata/>. Acesso em: 
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PIRES, R. Um olhar sobre a história da educação do deficiente visual no município 
de Piracicaba/SP. Benjamin Constant, Rio de Janeiro, v. 20, n. 57, p. 155-172, jul./dez. 
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Deficiência visual14
SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M.; SILVA, M. B. C. Atendimento Educacional Especializado: deficiência 
visual. Brasília: SEESP/SEED/MEC, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/
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UDESC. Atleta da Udesc Heitor Sales busca nova conquista. 2012. Disponível em: <http://
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECONCAVO DA BAHIA. Orientações para professores e 
alunos cegos. 2018. Disponível em: <https://www1.ufrb.edu.br/nupi/images/docu-
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VAN MUNSTER, M. A.; ALMEIDA, J. J. G. Atividade física e deficiência visual. In: GORGATTI, 
M. G.; COSTA, R. F. (Org.). Atividade física adaptada: qualidade de vida para pessoas com 
necessidades especiais 2. ed. Barueri: Manole, 2008.
VIRALES. Sistema Braille celebra su día mundial. 04 jan. 2018. Disponível em: <https://
www.diariodemorelos.com/noticias/sistema-braille-celebra-su-d%C3%ADa-mundial>. 
Acesso em: 9 set. 2018.
Leitura recomendada
GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. Atividade física adaptada: qualidade de vida para pessoas 
com necessidades especiais. 2. ed. Barueri: Manole, 2008.
SILVA, L. G. S. Orientações para atuação pedagógica junto a alunos com deficiência: 
intelectual, auditiva, visual, física. Natal: WP, 2010. 
15Deficiência visual
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A educação física escolar tem um papel importante para o estímulo e o desenvolvimento de 
todos os alunos. Para os alunos com deficiência visual não é diferente: inúmeros fatores 
psicomotores devem ser trabalhados na busca da autonomia dessas crianças.
Confira a Dica do Professor, na qual você vai ver quais desses fatores são trabalhados na 
educação infantil e no ensino fundamental.
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EXERCÍCIOS
1) Para que o aluno consiga ter um melhor desenvolvimento na aula, se faz necessária a 
utilização de estratégias específicas. 
No caso do aluno com baixa visão, qual estratégia o professor deve adotar?
A) Sistema Braille.
B) Uso de uma bengala.
C) Uso de um cão-guia.
D) Auxílios não ópticos e ópticos
E) Uso apenas dos auxílios ópticos.
2) O principal meio de alfabetização, leitura e escrita para cegos é a utilização do 
sistema Braille.
Sobre esse sistema, é correto afirmar que:
A) ele permite a leitura, não a escrita.
B) ele é formado por oito pontos em relevo.
C) ele é um elemento importante nas aulas de educação física por ser um recurso para a 
cegueira e, por isso, é importante o professor saber o seu funcionamento.
D) é um elemento importante e o professor deve trabalhar exclusivamente com ele.
E) é um elemento importante, mas nas aulas de educação física é dispensável, pois são 
realizadas apenas práticas.
3) As pessoas com deficiência devem serincluídas igualmente nas aulas de educação 
física, participando ativamente das atividades propostas pelo professor. No entanto, o 
professor precisa adotar algumas adaptações. 
Entre as adaptações de recursos a seguir, qual delas é necessária?
A) Utilizar a quadra sem demarcar.
B) Verificar as formas de acesso.
C) Utilizar guizos ou sacolas plásticas nas bolas.
D) Usar o sistema Braille apenas em último recurso.
E) Adaptar o bebedouro.
As causas da deficiência visual podem ser congênitas (desde o nascimento) ou 
adquiridas (ao longo da vida). 
4) 
Entre as causas, uma das mais recorrentes é a catarata. No que esta consiste?
A) Descolamento da retina.
B) Atrofia óptica.
C) Alteração na transparência da lente.
D) Excesso de oxigênio na incubadora.
E) Traumatismo ocular.
5) Além da classificação educacional (baixa visão ou cegueira), existe também a 
classificação esportiva, a qual é utilizada em competições.
Sobre essa classificação, é correto dizer:
A) A letra “b” refere-se à palavra blind, cuja tradução significa deficiente, em português. 
B) O atleta B1 vai desde a inexistência de percepção luminosa, mas com incapacidade para 
reconhecer a forma de uma mão a qualquer distância ou direção. 
C) O atleta B2 vai desde a capacidade de reconhecer a forma de uma mão até a acuidade 
visual 2/60 metros ou campo visual inferior a 10.o.
D) O atleta B3 é o de acuidade visual entre 2/60 metros e 6/60 metros, ou um campo visual 
entre 15 e 20.o.
E) São avaliados pelo seu pior olho.
NA PRÁTICA
A adaptação de recursos é fundamental para a construção da aprendizagem. Essas adaptações 
podem ser desde o sistema Braille até a criação de objetos do conhecimento com materiais 
alternativos.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A inclusão do portador de deficiência visual nas aulas de educação física
Neste link você verá um estudo no qual as autoras analisam como o aluno com deficiência visual 
pode ser incluído nas aulas de educação física, assim como as suas dificuldades.
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O ensino da educação física para deficientes visuais
Neste link você verá um estudo feito a partir de observações em um instituto para a reeducação 
de cegos, o qual propõe encaminhamentos pedagógicos para as aulas de educação física.
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Olhar vivo
Neste link você verá um documentário, o qual discute a acessibilidade na cidade de Belo 
Horizonte a partir do ponto de vista de um deficiente visual.
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