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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA .................................................................... 2 
1.1 Conceito De Anatomia................................................................................................. 2 
1.2 Normal e Variação Anatômica ..................................................................................... 4 
2 NOMENCLATURA ANATÔMICA ........................................................................................ 4 
3 POSIÇÃO ANATÔMICA ...................................................................................................... 5 
4 DIVISÃO DO CORPO HUMANO ........................................................................................ 6 
4.1 Cabeça ........................................................................................................................ 6 
4.2 Tronco.......................................................................................................................... 6 
4.3 Pescoço ....................................................................................................................... 7 
4.4 Tórax............................................................................................................................ 7 
5 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO ..................................... 7 
5.1 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO ......................................................................... 8 
6 VARIAÇÕES ANATÔMICAS NORMAIS ........................................................................... 10 
7 SISTEMAS DE SUSTENTAÇÃO ...................................................................................... 11 
7.1 Sistema Esquelético .................................................................................................. 11 
8 TECIDOS QUE FORMAM O ESQUELETO ...................................................................... 12 
8.1 O Tecido Ósseo ......................................................................................................... 12 
9 O TECIDO CARTILAGINOSO .......................................................................................... 17 
10 SISTEMA ARTICULAR ................................................................................................. 18 
10.1 Classificação das articulações .............................................................................. 19 
11 O ENVELHECIMENTO E SUAS IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS ............................... 19 
12 ALTERAÇÕES MORFOFISIOLÓGICAS E EXERCÍCIO NA TERCEIRA IDADE ......... 22 
13 DOENÇAS RELACIONADAS À TERCEIRA IDADE E A PARTICIPAÇÃO DO 
EXERCÍCIO 25 
14 ATIVIDADE FÍSICA E NUTRIÇÃO NA TERCEIRA IDADE .......................................... 26 
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 30 
15 LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 31 
 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA 
 
Fonte: www.souenfermagem.com.br 
1.1 Conceito De Anatomia 
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e 
microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. 
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela 
American Association of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua 
correlação com a função e com as modulações de estrutura em resposta a fatores 
temporais, genéticos e ambientais. 
Tem como metas principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da 
construção dos organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento 
das várias partes e a compreensão dos mecanismos formativos envolvidos no 
desenvolvimento destas. 
A amplitude da anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo 
das mudanças a longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das 
mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e 
envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes 
de atividade funcional normal. 
 
3 
 
 
Fonte: wwww.estudosaudavel.com.br 
Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema 
biológico, passando por organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas 
celulares e macromoléculas. 
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = 
corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente 
etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto 
dissecar é um dos métodos desta ciência. 
Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da 
civilização humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação 
dos corpos, expandiu-se, ao longo do tempo, graças a aquisição de tecnologias 
inovadoras. 
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: 
Anatomia macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento. 
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, 
utilizando ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a 
Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a 
olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios 
ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia 
(estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos). 
 
4 
 
A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir 
do ovo fertilizado até a forma adulta. 
Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o 
nascimento. Embora não sejam estanques, a complexidade destes grupos torna 
necessária a existência de estudos específicos. 
1.2 Normal e Variação Anatômica 
Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é 
encontrado na maioria dos casos. Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem 
prejuízo da função. 
Assim, a artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. Este é o 
padrão. Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível da axila. Como 
não existe perda funcional esta é uma variação. 
Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma 
variação. Se a anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção 
do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida, é uma monstruosidade. 
2 NOMENCLATURA ANATÔMICA 
Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de 
termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o 
nome de Nomenclatura Anatômica. 
Com o extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século passado, 
graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália, 
França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam 
denominações diferentes nestes centros de estudos e pesquisas. 
 Em razão desta falta de metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 
20 000 termos anatômicos chegaram a ser consignados (hoje reduzidos a poucos 
mais de 5 000). 
A primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica 
internacional ocorreu em 1895. Em sucessivos congressos de Anatomia em 1933, 
1936 e 1950 foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada 
 
5 
 
oficialmente a Nomenclatura Anatômica, conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris 
Nomina Anatômica). 
Revisões subsequentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a 
nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e 
modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações e que estas 
sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia. 
A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada 
país pode traduzi-la para seupróprio vernáculo. 
Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar 
termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma 
informação ou descrição sobre a referida estrutura. 
 Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para 
designar coisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou 
situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas 
conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto 
(artéria radial); sua função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor 
superficial dos dedos – função e situação). 
Entretanto, há nomes impróprios ou não muito lógicos que foram conservados, 
porque estão consagrados pelo uso. 
3 POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
Fonte:www.vivaazonanorte.com.br 
 
6 
 
Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, 
considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, 
denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica). 
Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao 
objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição 
padronizada. 
Nela o indivíduo está em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), 
com a face voltada para a frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores 
estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros 
inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. 
4 DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros. 
4.1 Cabeça 
A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Uma linha imaginária 
passando pelo topo das orelhas e dos olhos é o limite aproximada entre estas duas 
regiões. O crânio contém o encéfalo no seu interior, na chamada cavidade craniana. 
As lesões crânio encefálicas são as causas mais frequentes de óbito nas 
vítimas de trauma. 
A face é a sede dos órgãos dos sentidos da visão, audição, olfato e paladar. 
Abriga as aberturas externas do aparelho respiratório e digestivo. As lesões da face 
podem ameaçar a vida devido ao sangramento e obstrução das vias aéreas. 
4.2 Tronco 
O tronco é dividido em pescoço, tórax, abdome e pelve. 
 
7 
 
4.3 Pescoço 
Contém várias estruturas importantes. É suportado pela coluna cervical que 
abriga no seu interior a porção cervical da medula espinhal. 
As porções superiores do trato respiratório e digestivo passam pelo pescoço 
em direção ao tórax e abdome. Contém também vasos sanguíneos calibrosos 
responsáveis pela irrigação da cabeça. As lesões do pescoço de maior gravidade são 
as fraturas da coluna cervical com ou sem lesão medular, as lesões do trato 
respiratório e as lesões de grandes vasos com hemorragia severa. 
4.4 Tórax 
Contém no seu interior, na chamada cavidade torácica, a parte inferior do trato 
respiratório (vias aéreas inferiores), os pulmões, o esôfago, o coração e os grandes 
vasos sanguíneos que chegam ou saem do coração. É sustentado por uma estrutura 
óssea da qual fazem parte a coluna vertebral torácica, as costelas, o esterno, as 
clavículas e a escápula. As lesões do tórax são a segunda causa mais frequente de 
morte nas vítimas de trauma. 
5 PLANOS DE DELIMITAÇÃO E SECÇÃO DO CORPO HUMANO 
 
Fonte: www.tudointeressante.com.br 
 
8 
 
Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos 
tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação 
de um sólido geométrico, um paralelepípedo. 
Tem-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos 
correspondentes: dois planos verticais, um tangente ao ventre – plano ventral ou 
anterior – e outro ao dorso – plano dorsal ou posterior. 
Estes e outros a eles paralelos são também designados como planos frontais, 
por serem paralelos à “fronte”; dois planos verticais tangentes aos lados do corpo – 
planos laterais direito e esquerdo e, finalmente, dois planos horizontais, um tangente 
à cabeça – plano cranial ou superior – e outro à planta dos pés – plano podálico – (de 
podos = pé) ou inferior. 
O tronco isolado é limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia 
o vértice do cóccix, ou seja, o osso que no homem é o vestígio da cauda de outros 
animais. Por esta razão, este plano é denominado caudal. 
Os planos descritos são de delimitação. É possível traçar também planos de 
secção: o plano que divide o corpo humano em metades direita e esquerda é 
denominado mediano. Toda secção do corpo feita por planos paralelos ao 
mediano é uma secção sagital (corte sagital) e os planos de secção são também 
chamados sagitais; os planos de secção que são paralelos aos planos ventral e dorsal 
são ditos frontais e a secção é também denominada frontal (corte frontal); os planos 
de secção que são paralelos aos planos cranial, podálico e caudal são horizontais. A 
secção é denominada transversal. 
5.1 TERMOS DE POSIÇÃO E DIREÇÃO 
A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos 
planos de delimitação e secção. 
Assim, duas estruturas dispostas em um plano frontal serão chamadas de 
medial e lateral conforme estejam, respectivamente, mais próxima ou mais distante 
do plano mediano do corpo. 
Duas estruturas localizadas em um plano sagital serão chamadas de anterior 
(ou ventral) e posterior (ou dorsal) conforme estejam, respectivamente, mais próxima 
ou mais distante do plano anterior. 
 
9 
 
 
 
Fonte:www.vidaesaude.org 
Para estruturas dispostas longitudinalmente, os termos são superiores (ou 
cranial) para a mais próxima ao plano cranial e inferior (ou caudal) para a mais distante 
deste plano. 
Para estruturas dispostas longitudinalmente nos membros emprega-se, 
comumente, os termos proximal e distal referindo-se às estruturas respectivamente 
mais próxima e mais distante da raiz do membro. Para o tubo digestivo emprega-se 
os termos oral e aboral, referindo-se às estruturas respectivamente mais próxima e 
mais distante da boca. 
Uma terceira estrutura situada entre uma lateral e outra medial é chamada de 
intermédia. Nos outros casos (terceira estrutura situada entre uma anterior e outra 
posterior, ou entre uma superior e outra inferior, ou entre uma proximal e outra distal 
ou ainda uma oral e outra aboral) é denominada de média. 
Estruturas situadas ao longo do plano mediano são denominadas de medianas, 
sendo este um conceito absoluto, ou seja, uma estrutura mediana será sempre 
mediana, enquanto os outros termos de posição e direção são relativos, pois baseiam-
se na comparação da posição de uma estrutura em relação a posição de outra. 
 
 
10 
 
 
Fonte:www.portaldoprofessor.mec.gov.br 
A anatomia é o estudo da forma e da constituição do corpo, pré-requisito 
indispensável para o estudo da fisiologia dos órgãos. Seu estudo compreende tanto a 
evolução do indivíduo desde a fase de zigoto até a velhice (ontogenia), como o 
desenvolvimento de uma estrutura no reino animal (filogenia). 
A anatomia macroscópica pode ser estudada de duas formas: (1) anatomia 
sistemática ou descritiva, que estuda os vários sistemas separadamente e (2) 
anatomia topográfica ou cirúrgica, que estuda todas as estruturas de uma região e 
suas relações entre si. 
6 VARIAÇÕES ANATÔMICAS NORMAIS 
Existem algumas circunstâncias que determinam variações anatômicas 
normais e que devem ser descritas: 
Idade: os testículos no feto estão situados na cavidade abdominal, migrando 
para a bolsa escrotal e nela se localizando durante a vida adulta; 
Sexo: no homem a gordura subcutânea se deposita principalmente na região 
tricipital, enquanto na mulher o depósito se dá preferencialmente na região abdominal; 
 
11 
 
Raça: nos brancos a medula espinhal termina entre a primeira e segunda 
vértebra lombar, enquanto que nos negros ela termina um pouco mais abaixo, entre a 
segunda e a terceiravértebra lombar; 
Tipo morfológico constitucional: é o principal fator das diferenças morfológicas. 
Os principais tipos são: 
A- longilíneo: indivíduo alto e esguio, com pescoço, tórax e membros longos. 
Nessas pessoas o estômago geralmente é mais alongado e as vísceras dispostas 
mais verticalmente; 
B- brevilíneo: indivíduo baixo com pescoço, tórax e membros curtos. Aqui as 
vísceras costumam estar dispostas mais horizontalmente; 
C- mediolíneo: características intermediárias. 
A identificação do tipo morfológico é importante devido às diferentes técnicas 
de abordagem semiológica, avaliação das variações da normalidade e até mesmo 
maior incidência de doenças, como por exemplo a hipertensão, que é sabidamente 
mais comum em brevilíneos. 
7 SISTEMAS DE SUSTENTAÇÃO 
7.1 Sistema Esquelético 
Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e 
fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças 
ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que 
formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos. 
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes: 
1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica. 
2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas 
escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o 
esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores). 
 
 
12 
 
 
Fonte: www.todamateria.com.br 
8 TECIDOS QUE FORMAM O ESQUELETO 
8.1 O Tecido Ósseo 
O tecido ósseo possui um alto grau de rigidez e resistência à pressão. Por isso, 
suas principais funções estão relacionadas à proteção e à sustentação. Também 
 
13 
 
funciona como alavanca e apoio para os músculos, aumentando a coordenação e a 
força do movimento proporcionado pela contração do tecido muscular. 
Os ossos ainda são grandes armazenadores de substâncias, sobretudo de íons 
de cálcio e fosfato. Com o envelhecimento, o tecido adiposo também vai se 
acumulando dentro dos ossos longos, substituindo a medula vermelha que ali existia 
previamente. 
A extrema rigidez do tecido ósseo é resultado da interação entre o componente 
orgânico e o componente mineral da matriz. A nutrição das células que se localizam 
dentro da matriz é feita por canais. No tecido ósseo, destacam-se os seguintes tipos 
celulares típicos: 
Osteócitos: os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da 
matriz óssea. Destas lacunas formam-se canalículos que se dirigem para outras 
lacunas, tornando assim a difusão de nutrientes possível graças à comunicação entre 
os osteócitos. Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade 
da matriz óssea. 
Osteoblastos: os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da matriz óssea, 
composta por colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Também concentram 
fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. 
Durante a alta atividade sintética, os osteoblastos destacam-se por apresentar 
muita basofilia (afinidade por corantes básicos). Possuem sistema de comunicação 
intercelular semelhante ao existente entre os osteócitos. 
Os osteócitos inclusive originam-se de osteoblastos, quando estes são 
envolvidos completamente por matriz óssea. Então, sua síntese proteica diminui e o 
seu citoplasma torna-se menos basófilo. 
Osteoclastos: os osteoclastos participam dos processos de absorção e 
remodelação do tecido ósseo. São células gigantes e multinucleadas, extensamente 
ramificadas, derivadas de monócitos que atravessam os capilares sanguíneos. Nos 
osteoclastos jovens, o citoplasma apresenta uma leve basofilia que vai 
progressivamente diminuindo com o amadurecimento da célula, até que o citoplasma 
finalmente se torna acidófilo (com afinidade por corantes ácidos). Dilatações dos 
osteoclastos, através da sua ação enzimática, escavam a matriz óssea, formando 
depressões conhecidas como lacunas de Howship. 
 
14 
 
Matriz óssea: a matriz óssea é composta por uma parte orgânica (já 
mencionada anteriormente) e uma parte inorgânica cuja composição é dada 
basicamente por íons fosfato e cálcio formando cristais de hidroxiapatita. A matriz 
orgânica, quando o osso se apresenta descalcificado, cora-se com os corantes 
específicos do colágeno (pois ela é composta por 95% de colágeno tipo I). 
 
 
Fonte: www.icb.usp.br 
A classificação baseada no critério histológico admite apenas duas variantes 
de tecido ósseo: o tecido ósseo compacto ou denso e o tecido ósseo esponjoso ou 
lacunar ou reticulado. 
Essas variedades apresentam o mesmo tipo de célula e de substância 
intercelular, diferindo entre si apenas na disposição de seus elementos e na 
quantidade de espaços medulares. 
O tecido ósseo esponjoso apresenta espaços medulares mais amplos, sendo 
formado por várias trabéculas, que dão aspecto poroso ao tecido. 
O tecido ósseo compacto praticamente não apresenta espaços medulares, 
existindo, no entanto, além dos canalículos, um conjunto de canais que são 
percorridos por nervos e vasos sanguíneos: canais de Volkmann e canais de Havers. 
Por ser uma estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam grande sensibilidade 
e capacidade de regeneração. 
Os canais de Volkmann partem da superfície do osso (interna ou externa), 
possuindo uma trajetória perpendicular em relação ao eixo maior do osso. 
 
15 
 
Esses canais comunicam-se com os canais de Havers, que percorrem o osso 
longitudinalmente e que podem comunicar-se por projeções laterais. Ao redor de cada 
canal de Havers, pode-se observar várias lamelas concêntricas de substância 
intercelular e de células ósseas. Cada conjunto deste, formado pelo canal central de 
Havers e por lamelas concêntricas é denominado sistema de Havers ou sistema 
haversiano. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas. 
Os tecidos ósseos descritos são os tecidos mais abundantes dos ossos 
(órgãos): externamente temos uma camada de tecido ósseo compacto e 
internamente, de tecido ósseo esponjoso. 
Os ossos são revestidos externa e internamente por membranas denominadas 
periósteo e endósteo, respectivamente. Ambas as membranas são vascularizadas e 
suas células transformam-se em osteoblastos. 
Portanto, são importantes na nutrição e oxigenação das células do tecido ósseo 
e como fonte de osteoblastos para o crescimento dos ossos e reparação das fraturas. 
Além disto, nas regiões articulares encontramos as cartilagens fibrosas. 
Por ser uma estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam grande 
sensibilidade e capacidade de regeneração. No interior dos ossos está a medula 
óssea, que pode ser: 
Vermelha: formadora de células do sangue e plaquetas (tecido reticular ou 
hematopoiético): constituída por células reticulares associadas a fibras reticulares. 
Amarela: constituída por tecido adiposo (não produz células do sangue). 
No recém-nascido, toda a medula óssea e vermelha. Já no adulto, a medula 
vermelha fica restrita aos ossos chatos do corpo (esterno, costelas, ossos do crânio), 
as vertebras e as epífises do fêmur e do úmero (ossos longos). 
 
 
16 
 
 
www.histologianerd.blogspot.com.br 
Com o passar dos anos, a medula óssea vermelha presente no fêmur e no 
úmero transforma-se em amarela. 
 
17 
 
9 O TECIDO CARTILAGINOSO 
 
Fonte: www.infotecidos.blogspot.com.br 
O tecido cartilaginoso e uma forma especializada de tecido conjuntivo de 
consistência rígida. Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste 
superfícies articulares onde absorve choques, facilita os deslizamentos e é essencial 
para a formação e crescimento dos ossos longos. 
A cartilagem e um tipo de tecido conjuntivo composto exclusivamente de 
células chamadas conócitos e de uma matriz extracelular altamente especializada. 
E um tecido avascular, não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos 
capilares do conjuntivo envolvente(pericôndrio) ou através do líquido sinovial das 
cavidades articulares. 
Em alguns casos, vasos sanguíneos atravessam as cartilagens, indo nutrir 
outros tecidos. O tecido cartilaginoso também e desprovido de vasos linfáticos e de 
nervos. Dessa forma, a matriz extracelular serve de trajeto para a difusão de 
substancias entre os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circundante e os 
condrocitos. 
As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrocitos, são chamadas lacunas; 
uma lacuna pode conter um ou mais condrocitos. 
 
18 
 
A matriz extracelular da cartilagem e solida e firme, embora com alguma 
flexibilidade, sendo responsável pelas suas propriedades elásticas. 
As propriedades do tecido cartilaginoso, relacionadas ao seu papel fisiológico, 
dependem da estrutura da matriz, que e constituída por colágeno ou colágeno mais 
elastina, em associação com macromoléculas de proteoglicanas (proteina + 
glicosaminoglicanas). Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência 
firme das cartilagens se deve as ligações eletrostáticas entre as glicosaminoglicanas 
das proteoglicanas e o colágeno, e a grande quantidade de moléculas de agua presas 
a estas glicosaminoglicanas (agua de solvatação) que conferem turgidez a matriz. 
10 SISTEMA ARTICULAR 
 
Fonte:www.anatomiadocorpo.com 
Articulação ou juntura e a conexão entre duas ou mais pecas esqueléticas 
(ossos ou cartilagens). 
Essas uniões não só colocam as peças do esqueleto em contato, como também 
permitem que o crescimento ósseo ocorra e que certas partes do esqueleto mudem 
de forma durante o parto. 
Além disto, capacitam que partes do corpo se movimentem em resposta a 
contração muscular. 
 
19 
 
Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as articulações 
possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classifica-
las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério para esta 
divisão e o da natureza do elemento que se interpõe as peças que se articulam. 
10.1 Classificação das articulações 
a- Quanto a duração; 
b- Quanto a maneira de fixação aos ossos; 
c- Quanto a natureza do tecido interposto; 
d- Quanto ao número de eixos. 
e- Quanto ao número de ossos. 
11 O ENVELHECIMENTO E SUAS IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS 
O processo de envelhecimento é algo presente na vida de todos os seres vivos. 
Seja em uma planta, seja no ser humano. 
É um princípio universal. Nascemos, crescemos, desenvolvemos, 
reproduzimos, envelhecemos e morremos. 
Existe, portanto, uma preocupação das famílias nesse sentido. O mundo 
globalizado e as exigências do dia-a-dia contribuem para a formação de famílias cada 
vez mais planejadas. 
Essas famílias tendem a buscar qualidade de vida e longevidade, pois, segundo 
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existe uma previsão para que em 
2025 cerca de 1,2 bilhões de pessoas no mundo possuam mais de 60 anos (SOUSA; 
GALANTE; FIGUEIREDO, 2003). 
A queda da mortalidade ocorre muito em função do controle de doenças 
infecciosas e mudanças em relação ao estilo de vida, adotando hábitos higiênicos e 
saudáveis. 
 
 
20 
 
 
Fonte: www.fisioterapia.com 
Os países do chamado Terceiro Mundo vêm apresentando, nas últimas 
décadas, um progressivo declínio nas suas taxas de mortalidade e, mais 
recentemente, também nas suas taxas de fecundidade. 
Esses dois fatores associados promovem a base demográfica para um 
envelhecimento real dessas populações, à semelhança do processo que continua 
ocorrendo, ainda que em escala menos acentuada, nos países desenvolvidos 
(RAMOS et al, 1987). 
Seguindo esse raciocínio, o desenvolvimento tecnológico e cientifico contribui 
para que a expectativa de vida das pessoas seja cada vez mais prolongada. Segundo 
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2003 a expectativa 
de vida do brasileiro ao nascer era de aproximadamente 71,3 anos. Esse número 
representa e é influenciado por um conjunto de relações sociais complexas, como por 
exemplo a morte prematura de jovens por violência e doenças. 
O envelhecimento populacional é, portanto, um fenômeno mundial. Os idosos 
representam uma grande faixa da população e tendem a aumentar essa proporção. 
No Brasil, não é diferente, pois podemos observar com as pesquisas que a expectativa 
de vida no nosso país dobrou ao longo do século XX. Espera-se que no Brasil de 2020 
tenhamos 1 idoso para cada 13 pessoas (DUARTE, 2003). 
 
21 
 
Essa alteração do perfil demográfico e social do Brasil deve ser motivo de 
discussões e estudos, pois acarretará em consequências sociais, políticas e 
econômicas que nortearão o futuro do país. Esse aumento da expectativa de vida fez 
aumentar o interesse pelas questões relacionadas ao envelhecimento. 
Para estudos desse tipo, Hayflick (1996 apud DUARTE, 2003) chama de 
gerontologia, pois, segundo o autor, é derivado do radical grego géron (homem velho) 
e o radical logo (o estudo de). Basicamente, a gerontologia busca estudar e entender 
cientificamente o processo do envelhecimento em toda sua dimensão: biológica, 
psicológica, cultural e social. Apresenta um campo de pesquisa vasto. 
A sociedade Brasileira tende a envelhecer a cada ano, pois, segundo Wong 
(et.al, 2006, p.20), 
Em 2050, o Brasil defrontar-se-á com a difícil situação de atender uma 
sociedade mais envelhecida do que a da Europa atual, onde uma transição 
etária muito mais lenta, concomitante com o desenvolvimento social e 
econômico, não foi capaz, ainda, de convertê-la numa sociedade justa para 
todas as idades. A questão é saber se, num curto período de tempo, o Brasil 
– que tem uma distribuição, tanto de renda como de serviços sociais 
notavelmente injusta – será capaz de enfrentar, com êxito, este desafio. 
A velhice pode ser entendida como um período da vida que compreende uma 
idade avançada. Porém, varia de acordo com características culturais, sociais, físicas, 
psicológicas e ambientais de cada população. A medida mais utilizada para classificar 
a velhice é a idade cronológica. Essa medida é útil para estudos epidemiológicos e 
levantamentos estatísticos, mas não dá suporte necessário para ilustrar o real quadro 
de saúde e das capacidades físicas dos idosos (PU; NELSON, 2001). 
Sobre os aspectos sociais do idoso no Brasil, apoiamo-nos em Camarano 
(2002) para afirmar que um dos fatores recorrentes e comuns nessa fase da vida é a 
solidão, o viver sozinho. Esse dado pode indicar tanto abandono por parte dos 
familiares, quanto opção de vida. Segundo esse mesmo autor, há maior prevalência 
de mulheres vivendo sozinhas em relação aos homens. A partir dessa constatação, 
torna-se importante entender e estudar a constituição familiar e a inserção do idoso 
na mesma. Camarano (2002) diz que as famílias brasileiras que contém idosos em 
casa possuem melhores condições financeiras. 
 
22 
 
12 ALTERAÇÕES MORFOFISIOLÓGICAS E EXERCÍCIO NA TERCEIRA IDADE 
 
Fonte: www.vivomaissaudavel.com.br 
O processo de envelhecimento é determinado por variações e mudanças 
biológicas, fisiológicas e anatômicas que o ser humano sofre ao longo dos anos. 
Tomando Matsudo (2001) como referência, podemos classificar um indivíduo como 
idoso a partir dos 60 anos e que essas modificações tem crescimento após os 40 anos 
e ficam mais evidentes em média aos 70 anos de idade. Aspectos fisiológicos e 
anatômicos com alterações facilmente percebidas são as perdas de força, tônus 
muscular e as perdas ósseas, porém não são apenas essas, também não ocorrem de 
forma isolada. 
Das principais modificações fisiológicas (físicas e antropométricas) 
relacionadas às capacidades físicas ocorridas nos idosos, a sarcopenia (alterações 
musculoesqueléticas), a alteração de massa óssea e alterações no sistema nervoso, 
são as que sofrem influência e também provocam consequências no estilo de vida do 
indivíduo. 
No músculo, há perda de massa muscular com diminuição do peso,da área de 
secção transversal e do número de células, pois muitas células atrofiam e morrem e 
outras são substituídas por tecido adiposo e conjuntivo, ocorrendo um aumento do 
tecido adiposo e do colágeno intersticial na musculatura do idoso. O grau de 
sarcopenia não é o mesmo para diferentes músculos e varia entre os indivíduos sendo 
 
23 
 
importante destacar que o declínio muscular é maior nos membros inferiores, o que 
compromete o equilíbrio, a marcha e a ortostase (SOUZA, 2002). 
Tem sido sugerido que a diminuição da massa muscular é o principal fator para 
a redução da força com o avanço da idade, e esse declínio é causado pela redução 
no tamanho e/ou pela perda das fibras musculares individuais, que afetam 
diretamente o metabolismo basal e até a capacidade de exercício total de pessoas 
mais velhas, ao contrário de adultos jovens. Com essa diminuição de massa muscular 
existe uma perda preferencial das fibras do tipo II (contração rápida) com o 
envelhecimento (FRONTERA et al., 2001). No entanto o exercício contribui 
diretamente para a inversão desse processo, pois exercícios de resistência aumenta 
a síntese proteica muscular também em idosos além de melhoras nas funções 
respiratórias, no transporte de glicose e glicogênio (FOSS & KETEYIAN, 2000). 
Já a parte óssea que é considerada um tecido dinâmico, está em constante 
remodelação, não uniforme, por toda vida. O processo de remodelação é realizado 
por dois tipos especiais de células: os osteoblastos, células formadoras de osso e os 
osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea. O envelhecimento 
modifica a atividade celular na medula óssea, ocasionando reabastecimento 
inadequado de osteoclastos e osteoblastos e também desequilíbrio no processo de 
reabsorção e formação óssea, resultando em perda óssea. A osteoclastogênese 
excessiva e a osteoblastogênese inadequada são responsáveis pela desarmonia 
entre formação e reabsorção óssea observada na menopausa e no envelhecimento 
(ROSSI; SADER, 2006). 
O sistema nervoso é o sistema biológico mais comprometido com o processo 
do envelhecimento, pois é responsável pela vida de relação, ou seja, sensações, 
movimentos, funções psíquicas, entre outros, e pela vida vegetativa, funções 
biológicas internas. As alterações mais importantes do envelhecimento ocorrem no 
cérebro, que diminui de volume e peso. Nota-se uma redução de 5% aos 70 anos e 
cerca de 20% aos 90 anos de idade, ocorrendo um certo grau de atrofia cortical, com 
consequente aumento volumétrico do sistema ventricular, que é bem evidenciado pelo 
estudo tomográfico. A maneira como a perda de células nervosas afetam as funções 
do sistema nervoso, varia entre as pessoas e depende de vários fatores, entre os 
quais da região em que ela é mais intensa, e essa diminuição tem como consequência 
 
24 
 
da perda de células nervosas, e há um menor número de axônios nos nervos e 
também em sistema nervoso central (SOUZA, 2002; CANÇADO, 2006). 
Uma das mais evidentes alterações que acontecem com o aumento da idade 
cronológica é a mudança nas dimensões corporais. Com o envelhecimento existe uma 
diminuição da estatura, com o passar dos anos, por causa da compressão vertebral, 
o estreitamento dos discos e a cifose, e a perda de peso é um fenômeno multifatorial 
que envolve mudanças nos neurotransmissores e fatores hormonais que controlam a 
fome e à saciedade, a dependência funcional nas atividades da vida diária, 
relacionadas à nutrição, o uso excessivo de medicamentos, depressão e o isolamento, 
estresse financeiro, alterações na dentição, alcoolismo, sedentarismo extremo, atrofia 
muscular e catabolismo associado à doenças agudas e certas doenças crônicas. Com 
essas mudanças no peso e na estatura, o índice de massa corporal (IMC) também se 
modifica, com o transcorrer dos anos (MATSUDO et al., 2000). 
Portanto, o exercício físico pode ser usado no sentido de retardar e, até mesmo, 
atenuar o processo de declínio das funções orgânicas que são observadas com o 
envelhecimento, onde a capacidade aeróbica e a função muscular devem ser 
trabalhadas, pois acabam perdendo sua força, e fazendo com que a execução dos 
exercícios não seja mais a mesma (CHEIK et al., 2003). 
Sendo assim, o treinamento de força pode estimular o aumento da densidade 
óssea e reverter a sarcopenia no idoso aumentando a força muscular e beneficiando 
as atividades da vida diária, além de manter e melhorar a capacidade aeróbica. De 
acordo com Costa (2001), pode-se esperar que o resultado prático das alterações 
ocorridas através da prática do treinamento de força na terceira idade, seja um 
complexo mioesqueleto mais forte e mais resistente a lesões, que melhoram os 
esforços comuns da vida diária, refletindo num bem estar geral e consequentemente, 
no prolongamento da vida do indivíduo. 
 
25 
 
13 DOENÇAS RELACIONADAS À TERCEIRA IDADE E A PARTICIPAÇÃO DO 
EXERCÍCIO 
 
Fonte: www.studiovippersonal.com.br 
Doenças comuns à toda população são evidenciadas na terceira idade e outras 
são mais frequentes principalmente nessa fase do ser humano. 
A obesidade, por exemplo, pode ocorrer em varia idades, porém, no idoso, 
devido às várias mudanças fisiológicas isso pode ser percebida quando se fala de 
maior deposito de células adiposas no lugar de células musculares, devido a 
sarcopenia decorrente à idade. A sarcopenia é a perda da massa muscular e 
consequentemente da força e qualidade do músculo esquelético. Isso pode ocasionar 
problemas na mobilidade e realização de atividades da vida diária aumentando 
também a incidência de doenças crônicas como diabetes e osteoporose (MATSUDO, 
2001). 
O diabetes mellitus tipo II pode ser evitado combinando exercícios e dieta 
adequada e o controle da glicemia pode ser melhorado. A sensibilidade a insulina 
melhora no tecido muscular e em outros tecidos também, uma possível explicação é 
devida ao aumento de transportadores de glicose da membrana celular (GALLO et. 
al., 1999). 
 
26 
 
O momento de máxima produção óssea no ser humano é durante a terceira 
década de vida, depois a produção cai ao longo dos anos e na velhice acelera ainda 
mais essa queda. A doença que se relaciona bem com essa perda óssea é a 
osteoporose. Ela ocorre especialmente em pessoas que fizeram uso crônico de 
esteroides, tabaco e álcool, em homens com hipogonadismo e em mulheres após a 
menopausa devido a diminuição do hormônio estrógeno, um dos responsáveis pela 
manutenção óssea (GALLO et. al., 1999). Além da idade, essa perda óssea também 
está relacionada à genética, estado nutricional, níveis hormonais e o nível de prática 
de exercícios dos indivíduos (MATSUDO, 2001). 
A hipertensão sistólica é bastante comum aos idosos. O percentual de 
pacientes com hipertensão grave cresce ao longo dos anos dos idosos. A parede das 
artérias dos idosos é menos flexível comparada a de pessoas mais jovens e isso 
justifica a maior pressão sistólica. Essa diminuição da flexibilidade das artérias 
acontece pela perda de elasticidade do tecido conjuntivo e aumento de aterosclerose. 
Dessa forma novamente os exercícios tem papel fundamento na forma de tratamento 
não medicamentoso ou auxiliando este, onde a atividade aeróbia moderada pode 
trazer benefícios relevantes a esse idoso, exceto casos de contra indicação (GALLO 
et. al., 1999). 
14 ATIVIDADE FÍSICA E NUTRIÇÃO NA TERCEIRA IDADE 
Cada vez mais se pesquisam formas de deter ou retardar o processo do 
envelhecimento ou estratégias que garantam uma manutenção da capacidade 
funcional e da autonomia nas últimas décadas da vida. As pesquisas realizadas, nos 
últimos 20 anos têm analisado praticamente todos os aspectos referentes à saúde no 
processo de envelhecimento como a aptidão física, nutrição e doenças. 
Sendo assim os cientistas enfatizam a necessidade de que a atividade física 
seja parte fundamental dos programas mundiais de promoção da saúde, afirmando 
que nãose pode pensar em prevenir ou minimizar os efeitos do envelhecimento sem 
que além das medidas gerais de saúde, inclua-se a atividade física (MATSUDO et al., 
2009). 
 
 
27 
 
 
Fonte: www.doutissima.com.br 
O Ministério da Saúde propôs ações para favorecer um modo de vida que 
atenda uma maneira saudável através da Política Nacional de Atenção à Saúde da 
Pessoa Idosa, sugerindo que para alcançar o envelhecimento saudável e ativo faz-se 
necessária a prática regular de atividade física, pois está tem um papel fundamental 
na promoção da saúde e nas diferentes estratégias de prevenção de doenças (MALTA 
et al., 2009). 
Para a terceira idade especificadamente a atividade física tem sido 
crescentemente promovida pelos reconhecidos benefícios físicos, psicológicos e 
sociais, pois favorece a manutenção da independência, da saúde e da qualidade de 
vida e pode reduzir o uso de serviços de saúde e de medicamentos, diminuindo 
também os riscos de desenvolvimento de doenças ou agravos crônicos, de morte e 
de institucionalização (NELSON et al., 2007; MALTA et al., 2009). 
Porém apesar da atividade física conter inúmeros benefícios aos idosos, alguns 
estudo têm verificado algumas dificuldades que permeiam o engajamento destes na 
atividade física, como o medo de queda ou lesão, ou o medo de ser vítima de violência 
ao exercitar-se ao ar livre, sensação de cansaço e dor por limitações físicas, 
morbidades, falta de companhia ou de tempo para exercitar-se (SALLINEN et al., 
2009). 
 
28 
 
 
 
www.vivomaissaudavel.com.br 
As alterações fisiológicas do envelhecimento também incluem alterações 
endócrinas, gastrointestinais, renais e da capacidade cardiorrespiratória que podem 
comprometer o desempenho de tarefas diversas, inclusive as mais simples do dia-a-
dia e afetar as necessidades de nutrientes. Essas necessidades nutricionais também 
podem ser diminuídas, pois com a perda de massa muscular o envelhecimento 
também acarreta alterações do metabolismo basal que não estão sob comando do 
indivíduo, e a diminuição da atividade física que gera o gasto energético, que varia de 
acordo com os padrões de nível e intensidade dessa prática fazendo com que a 
atividade física tenha uma responsabilidade maior na manutenção do balanço 
energético (OMRAN; SALEM, 2002; SEALE et al., 2002; ZAITUNE et al., 2010). 
A diminuição da taxa metabólica basal, de uma forma geral, torna as 
necessidades energéticas do indivíduo idoso menores que as dos indivíduos jovens, 
fazendo com que de certa forma a alimentação adequada leve a uma velhice 
saudável, com maior capacidade funcional e menor incidência de doenças 
(TRAMONTINO et al., 2009). 
Na questão nutricional o apetite e o paladar são responsáveis pela diminuição 
de 30% da ingestão de alimentos. Em reposta ao jejum, idosos aparentam ter menos 
fome do que pessoas jovens, e à saciedade ocorre mais rapidamente. Essas 
alterações no apetite podem estar relacionadas com redução do esvaziamento 
 
29 
 
gástrico, reduções em opióides, neuropeptídeos Y, hormônio sexual, e concentração 
de insulina. O envelhecimento também afeta a qualidade hedônica do alimento, e as 
alterações no odor e paladar podem também afetar negativamente o apetite. Outra 
alteração hormonal importante é o aumento da colecistoquinina circulante que faz com 
que a saciedade ocorra mais rapidamente. Assim a inabilidade para desenvolver uma 
resposta no apetite tem sido sugerida como o mecanismo responsável pela dificuldade 
de idosos em readquirir o peso perdido (CLARKSTON et al., 1997; SALGADO, 2002). 
Desse modo a disponibilidade de nutrientes pode estar comprometida, pois a 
disfunção do paladar e olfato em idosos resulta em um consumo de uma dieta mais 
monótona. Estudos populacionais prévios sobre o estado nutricional de idosos 
institucionalizados demostraram uma alta prevalência de desnutrição calórica, 
proteica e de micronutrientes, frequentemente refletindo, bem como colaborando para 
os sintomas clínicos de doenças crônicas e também representando isolamento 
associado com as características sociais e econômicas da idade. 
 
 
30 
 
BIBLIOGRAFIA 
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século XX. Rio de Janeiro: Ipea; 2004. 
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Biblioteca Virtual em Saúde. Literatura científica e técnica. São Paulo: BVS; 2009. 
Disponível em: http://www.bireme.br/php/index.php. 
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Santos-Filho SD,et al. O interesse científico no estudo do envelhecimento e prevenção 
em ciências biomédicas. Rev Bras Ciênc Envelhec Humano 2006 jul/dez; 9(2): 70-78. 
 
http://www.bireme.br/php/index.php
 
31 
 
15 LEITURA COMPLEMENTAR 
Nome do autor: Fernanda Carvalho Bezerra; Maria Irismar de Almeida; 
Sílvia Maria Nóbrega-Therrien 
Data de acesso: 16/12/16 
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid 
S1809-98232012000100017 
 
ESTUDOS SOBRE ENVELHECIMENTO NO BRASIL: REVISÃO 
RESUMO 
O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica dos 
estudos sobre envelhecimento no âmbito das ciências da saúde, a fim de apresentar 
um panorama do que tem sido pesquisado sobre o assunto na América Latina e no 
Brasil no período de 1982 a 2010. Utilizou-se a bases de dados LILACS disponível on 
line na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Constatou-se um aumento expressivo do 
número de publicações a partir de 2006, principalmente nas categorias: estado de 
saúde (51%, n=318), avaliação cognitiva (12,72%, n=66), estudos sociodemográficos 
(6,16% n=32), medicamentos (3,27% n=17) e avaliação funcional (3,08% n=16). Na 
categoria estado de saúde, houve maior número de publicações relativas a atividade 
física (17,9% n=57), doenças cardiovasculares (11,95% n=38), dieta (7,6% n=24), 
saúde bucal (6,6% n=21), menopausa/andropausa (6,3% n=20), quedas (5,97% 
n=19), atividade sexual (5,03% n=16) e depressão (4,1% n=13). Concluiu-se que é 
importante estudar estes temas relacionados à senescência, para contribuir com a 
qualidade de vida nesta faixa etária. 
Palavras-chave: Envelhecimento. Revisão bibliográfica. Ciências da Saúde. 
 
INTRODUÇÃO 
Estudos sobre as consequências do envelhecimento populacional nos países 
em desenvolvimento são bastante escassos e centram-se, principalmente, nos 
processos relacionados às condições de saúde, como aposentadoria e arranjos 
familiares para o suporte dos idosos. 
O interesse em pesquisar o envelhecimento passou a ganhar maior importância 
recentemente nos países em desenvolvimento. Isso decorreu, sobretudo, do aumento 
 
32 
 
acelerado da população acima de 60 anos em relação à população geral.2 O número 
de indivíduos com idade acima de 60 anos mais do que dobrou nos últimos 50 
anos.2 Projeções recentes indicam que, em 2020, esse segmento poderá ser 
responsável por cerca de 14% (n= 30, 9 milhões) da população brasileira. 
No Brasil, o número de idosos com idade acima de 60 anos passou de três 
milhões em 1960 para sete milhões em 1975, 14 milhões em 2002 e 20 milhões 
(20.590.599) em 2010, um aumento de 600% em cinquenta anos e estima-se que em 
2020 tal número alcançará 32 milhões.4 O desafio maior no séculoXXI será cuidar 
dessa população crescente de idosos, a maioria com níveis socioeconômico e 
educacional baixos e elevada prevalência de doenças crônicas e incapacitantes. Os 
sistemas de saúde terão de fazer frente a uma crescente demanda por procedimentos 
diagnósticos e terapêuticos de doenças crônicas não-transmissíveis, principalmente 
as cardiovasculares e as neurodegenerativas, e a uma demanda ainda maior por 
serviços de reabilitação física e mental. 
Idosos, nas diferentes classes sociais, vivem a velhice de forma diversificada, 
como se o fim da vida reproduzisse e ampliasse as desigualdades sociais. O aumento 
do número de idosos em nosso país resulta da melhoria nas condições de saúde cujo 
reflexo é a maior sobrevivência da população. Embora isso represente um resultado 
positivo das ações governamentais, com o decorrer do tempo poderá constituir um 
problema de saúde. Com efeito, é preciso, além da perspectiva adotada, que as ações 
dos profissionais da área da saúde e das ciências humanas sejam dirigidas à 
transformação dessa realidade, não apenas enfocando a velhice, mas também todas 
as fases da vida, nas suas diferentes abrangências - habitação, educação, 
saneamento, previdência, dentre outras. 
O papel do idoso mostra-se diferente na sociedade atual, visto que a 
representação da velhice, como processo de perdas, foi objeto de uma 
inversão. Observa-se atualmente que essa etapa da vida é valorizada e privilegiada, 
tendo em vista as novas conquistas em busca de prazer, da satisfação e da realização 
pessoal, o que faz da Gerontologia objeto de crescente estudo. 
O tema do envelhecimento da população brasileira só entrou realmente na 
agenda de pesquisa da Associação Nacional de Estudos Populacionais (ABEP) em 
1988, durante o VI Encontro Nacional de Estudos Populacionais.7 A ABEP tem a 
finalidade de congregar estudiosos de Demografia para fomentar o intercâmbio 
 
33 
 
científico na área, bem como ampliar e fortalecer o conhecimento da realidade 
demográfica nacional. Desde então, 51 trabalhos foram apresentados nos nove 
Encontros Nacionais e nove artigos foram publicados na Revista Brasileira de Estudos 
Populacionais, também da ABEP. 
No Brasil, observa-se que o crescimento da população idosa desperta interesse 
para o desenvolvimento de pesquisas que abordem essa temática. Nota-se no 
cômputo dos trabalhos aqui mapeados, uma preocupação, ainda, com a necessidade 
de formação e capacitação de recursos humanos, fundamentada no cuidar 
gerontológico, para atender aos idosos. 
Com base nestas considerações sobre o envelhecimento da população no 
Brasil, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica acerca de 
estudos do envelhecimento no âmbito das ciências da saúde. Acredita-se que a 
importância deste mapeamento na literatura está principalmente em poder fornecer 
um panorama sobre o que é pesquisado sobre o assunto no Brasil, evidenciar a 
realidade encontrada e elaborar algumas propostas de enfrentamento do desafio que 
o envelhecimento aporta para a atenção a saúde no Brasil. 
] 
METODOLOGIA 
Foi realizada pesquisa bibliográfica descritiva, de caráter inventariante, com o 
objetivo de identificar produções científicas em periódicos nacionais e também em 
outros países da América Latina sobre o envelhecimento. Para isso, foi utilizado o 
banco de dados on line da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).8 Foram selecionados, 
ainda, os artigos na base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em 
Ciências da Saúde (LILACS), um índice bibliográfico relevante da literatura relativa às 
ciências da saúde que disponibiliza publicações, a partir de 1982, dos países da 
América Latina e Caribe. Assim, o mapeamento foi realizado com origem no acima 
referido ano. 
A pesquisa foi realizada em janeiro de 2011, e utilizou-se a palavra-
chave envelhecimento, tendo sido encontradas 3.193 publicações. Para trabalhar os 
dados, foi empregado um formulário avançado disponível em 
<http://bases.bvs.br/public/scripts/php/page_show_main.php?lang=pt&form=advance
d&expression >. 
http://bases.bvs.br/public/scripts/php/page_show_main.php?lang=pt&form=advanced&expression
http://bases.bvs.br/public/scripts/php/page_show_main.php?lang=pt&form=advanced&expression
 
34 
 
Como critérios de inclusão, foram selecionadas publicações envolvendo seres 
humanos, na faixa etária acima de 60 anos e cuja palavra-chave foi envelhecimento. 
Quanto ao tipo de publicação, optou-se por artigos de revista, publicados no período 
de 1982 a 2010. Foram excluídas publicações que envolviam animais, faixa etária 
inferior a 60 anos e outros tipos de publicação, como ensaio clínico, relato de caso, 
publicações em livro ou congresso, por dificuldade de acesso às obras. Assim, o 
número de publicações encontradas, após refinamento dos dados, foi de 718 artigos, 
dos quais 519 (n = 72,3%) abordavam assuntos relacionados aos tópicos do 
questionário do projeto SABE e 199 (n = 27,7%) se referiam a outros assuntos. Dos 
519 artigos selecionados, 318 (n=61,3%) se referiam ao tópico estado da 
saúde assunto abordado com maior frequência e 201 (n = 38,7%) abordavam outros 
temas que contabilizavam nas categorias avaliação cognitiva 66 (12,72%) 
publicações, estudos sociodemográficos 32 (6,16%), medicamentos 17 (3,27%) e 
avaliação funcional 16 (3,08%). 
Os resultados obtidos foram organizados por ano e por temática em gráficos e 
quadro. Para condensar os temas abordados na literatura sobre envelhecimento, 
utilizou-se como aporte de referência o questionário aplicado pelo Projeto Saúde, 
Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), desenvolvido pela Organização Pan-Americana 
da Saúde (OPAS) com o objetivo de coletar informações sobre as condições de vida 
do idoso. Assim, surgiram os tópicos: avaliação cognitiva, estado de saúde, estado 
funcional, medicamentos, uso e acesso aos serviços de saúde, rede de apoio familiar 
e social, história de trabalho e fonte de receita, características da moradia, 
antropometria, mobilidade e flexibilidade, maus-tratos, avaliação da sobrecarga dos 
cuidadores, institucionalização, estudos epidemiossociodemográficos, estado da 
questão e lazer. Vale ressaltar que o tópico estado de saúde, no questionário do 
projeto SABE, é organizado nos subtópicos hipertensão arterial sistêmica (HAS), 
diabetes mellitus (DM), doenças reumáticas, quedas, osteoporose, incontinência 
urinária e fecal, depressão, câncer, visão, audição, saúde bucal, prevenção de câncer 
de mama e de colo de útero, câncer de próstata, doenças sexualmente transmissíveis 
(DST), atividade sexual, hepatite, dieta, alcoolismo, tabagismo, atividade física, 
doenças pulmonares, cardiovasculares e acidente vascular encefálico (AVE) 
 
 
 
35 
 
RESULTADOS 
Os dados provenientes do mapeamento realizado foram organizados, portanto, 
após duas etapas de refinamento, quanto ao ano de publicação e temática em formato 
de gráficos e quadro, com a intenção de evidenciar um panorama de estudos sobre 
envelhecimento. 
Ao quantificar a abordagem do tema envelhecimento, somente em revistas 
brasileiras, utilizando a base de dados LILACS, foram encontradas 350 publicações. 
Conforme mostra o gráfico 1, observou-se que o número de publicações era 
relativamente pequeno e que passou a aumentar progressivamente a partir do ano 
2000. Esse aumento foi mais expressivo no período compreendido entre os anos de 
2006 e 2009. 
 
 
 
Quando se quantificou a abordagem do tema envelhecimento em revistas 
nacionais e internacionais na base de dados LILACS, foram encontradas 519 
publicações. Conforme mostra o gráfico 2, observou-se aumento progressivo do 
número de publicações por ano, a partir de 1997, tendo sido o aumento mais 
expressivo no período compreendido entre 2006 e 2009. 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g1
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g236 
 
 
 
Conforme citado anteriormente, utilizou-se como referência o questionário 
SABE para enumerar os tópicos dentro da temática envelhecimento abordados em 
revistas nacionais e internacionais. Do total de 718 artigos encontrados, 519 (n = 
72,3%) publicações abordavam assuntos relacionados aos tópicos do questionário do 
projeto SABE e 199 (n = 27,7%) publicações se referiam a outros assuntos. O 
tópico estado da saúde foi abordado com maior frequência, num total de 318 (n = 
61,3%) artigos, e decidiu-se analisá-lo separadamente. 
Vale citar como são tratados outros tópicos relevantes dentro da área de 
ciências da saúde que contabilizaram 201 (n = 38,7%) publicações. Assim, avaliação 
cognitiva contabilizou 66 (12,72%) publicações, estudos sociodemográficos 32 
(6,16%), medicamentos 17 (3,27%) e avaliação funcional 16 (3,08%), do total de 519 
artigos selecionados. 
Conforme mostra o gráfico 3, verificou-se maior interesse nas seguintes 
temáticas: estado de saúde (n = 51%), avaliação cognitiva (n = 12,72%), estudos sócio 
demográficos n = 6,16%), medicamentos (n = 3,27%) e estado funcional (n = 3,08%). 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g3
 
37 
 
 
 
O tópico estado de saúde foi analisado separadamente, conforme pode ser 
observado no gráfico 4. Verificou-se maior interesse pelos subtópicos: atividade física 
(17,9%, n = 57), doenças cardiovasculares (11,95% n = 38) dieta (7,6% n = 24), saúde 
bucal (6,6% n = 21), menopausa/andropausa (6,3% n = 20), quedas (5,97% n = 19), 
atividade sexual (5,03% n = 16) e depressão (4,1% n = 13). Observou-se também que 
15,3% (n = 49) das publicações foram enquadradas como outros subtemas, pois não 
se relacionavam com as questões do tópico estado de saúde do projeto SABE. 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g4
 
38 
 
 
 
Para avaliar se dentro das áreas de saúde houve mudança no interesse em 
estudar o envelhecimento, comparou-se a frequência com que o tema foi abordado 
no período de 1982 a 1999, em relação ao período de 2000 a 2010. 
De acordo com os dados apresentados no quadro 1, nota-se que houve 
aumento do número de publicações em praticamente todas as áreas de saúde, exceto 
na Fisiologia, em que se detectou um decréscimo de 3,08% (n = 19). 
Vale ressaltar que, na área de Educação Física, o aumento do número de 
publicações foi mais marcante: 8,67%. (n = 45). 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#q1
 
39 
 
 
DISCUSSÃO 
Ao avaliar o número de publicações por ano sobre o tema envelhecimento, 
verificou-se que, tanto no Brasil como nos demais países da América Latina, houve 
aumento do número de artigos a partir de 2000, tendo sido mais expressivo entre 2006 
e 2009 (gráficos 1 e 2). 
O interesse em estudar o envelhecimento populacional poderia ser explicado 
pela transição demográfica experimentada pelos países em desenvolvimento. Houve 
aumento considerável da população acima de 60 anos de idade no Brasil e são 
esperados aumentos de até 300% na população idosa nos países da América Latina 
nos próximos 30 anos. 
Outro fator é a aprovação do Estatuto do Idoso no Brasil, em setembro de 2003, 
e sua repercussão entre os países vizinhos. 
Além desses fatores, a criação de faculdades e cursos de pós-graduação, que 
impulsionaram o estudo e a produção dos grupos e das linhas de pesquisa na área, 
bem como a implementação das especializações em Geriatria e Gerontologia na área 
de saúde do idoso, também pode ter contribuído para despertar o interesse em 
estudar o tema ora focalizado. 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g1
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g2
 
40 
 
Para fins de comparação, cita-se o trabalho de Santos-Filho et al., que 
realizaram revisão de literatura com o intuito de analisar o número de publicações 
científicas por ano sobre o tema do envelhecimento, no período compreendido entre 
1949 e 2004, em indexadores como o Pubmed, um banco de dados que possibilita a 
pesquisa bibliográfica em mais de 17 milhões de referências de artigos médicos. 
Ao contrário do observado neste estudo, em que se detectou aumento do 
número de publicações a partir de 2000, Santos-Filho et al.verificaram um crescente 
interesse em estudar o envelhecimento mais precocemente a partir de 1986. 
Uma justificativa para tal disparidade de resultados poderia decorrer do fato de 
a transição demográfica nos países desenvolvidos ter ocorrido mais cedo do que na 
América Latina. 
Quando se analisou o número de publicações por temática em revistas 
nacionais e internacionais, verificou-se maior interesse nos seguintes tópicos: estado 
de saúde, avaliação cognitiva, estudos sócio demográficos, medicamentos e estado 
funcional (gráfico 3). Notou-se número expressivo de artigos que abordavam o estado 
de saúde. Assim, decidiu-se dividi-lo em subtópicos (gráfico 4) e constatou-se que os 
subtemas atividade física, doenças cardiovasculares, dieta, saúde bucal, 
menopausa/andropausa, quedas, atividade sexual e depressão eram abordados com 
maior frequência. 
A idade é um fator de risco para cardiopatias. Assim, com o aumento da 
expectativa de vida, torna-se necessário estudar as doenças cardiovasculares. 
Foram encontrados diversos artigos de revisão com objetivo de compartilhar e 
difundir conhecimentos a respeito das particularidades da propedêutica 
cardiovascular no idoso. Escobar relata que as cardiopatias mais frequentes entre os 
idosos são doença coronariana, hipertensão arterial e as valvopatias. 
Escobar também chama atenção para o fato de que o uso de fármacos deve 
ser cuidadoso e iniciado com doses menores do que as habituais. Cunha et 
al. avaliaram a frequência da prescrição de digital em idosos admitidos a unidade de 
Geriatria de um hospital geral e detectaram elevada prevalência de prescrição deste 
medicamento nos idosos admitidos e, quando avaliaram a indicação da prescrição, 
observaram razões consideradas inadequadas ou questionáveis. 
Em decorrência do maior risco de intoxicação digitálica nessa faixa etária, a 
droga deveria ser prescrita sob indicações mais criteriosas. 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g3
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#g4
 
41 
 
Em outro estudo, Duarte et al. avaliaram em pacientes submetidos a cintiografia 
de reperfusão do miocárdio (CPM) o grau de associação entre fatores de risco 
cardiovascular e a presença de doença arterial coronária (DAC). Envelhecimento e 
sexo masculino foram os principais fatores de risco encontrados para DAC. Diabetes 
mellitus (DM) e dislipidemia apresentaram maior associação com a presença de DAC 
no homem e o DM na mulher, sendo tais fatores de risco passíveis de controle por 
meio da dieta. 
Loures et al. avaliaram, retrospectivamente, 75 pacientes com idade entre três 
e 70 anos submetidos a operação cardíaca no HC-UFPR, entre 1995 e 1999, com o 
objetivo de analisar os resultados pós-operatórios imediatos e tardios. 
Concluíram que, apesar de serem pacientes de maior complexidade clínica 
pela maior incidência de doenças crônicas e acometimento de outros órgãos, os 
avanços na cirurgia cardíaca e terapia intensiva tornaram possível a intervenção com 
baixa morbimortalidade. 
O envelhecimento pode também predispor a alterações fisiológicas e 
patológicas na dentição e na articulação temporomandibular (ATM), bem como 
modificações sistêmicas. Assim, o aumento da expectativa de vida é acompanhado 
por necessidades odontológicas cada vez mais complexas e em maior quantidade. 
No âmbito da saúde bucal, observou-se interesse em abordar a influência 
dessas particularidades do idoso na escolha da conduta mais apropriada e na 
resposta ao tratamento. Dessaforma, Rivaldo et al. realizaram uma revisão sobre 
alterações fisiológicas e patológicas relacionadas com a saúde e as condições bucais 
dos idosos, de maneira a contribuir para a disseminação desta informação entre os 
profissionais da Odontologia. 
Umbelino et al. avaliaram 512 pacientes idosos atendidos na Disciplina 
Estomatologia II, da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de 
Janeiro (FO/UERJ), e observaram que a reabsorção do rebordo alveolar e 
varicosidades linguais foram alterações de desenvolvimento prevalentes. Com 
relação às alterações patológicas, a língua saburrosa caracterizou a lesão dominante 
em ambos os gêneros, seguida pela hiperplasia fibrosa inflamatória e candidíase 
atrófica. Azcona ressaltou a importância de o odontólogo estudar as características 
da deterioração da ATM antes de escolher o tratamento, porque algumas vezes não 
é fácil distinguir um processo involutivo próprio da idade de uma enfermidade. 
 
42 
 
A respeito dos temas menopausa/andropausa, observou-se que este é 
abordado com maior frequência por especialistas em Ginecologia e Endocrinologia. 
Santos & Jeckel-Neto relatam que, com o aumento da expectativa de vida em ambos 
os sexos, surgiu o interesse em estudar o descenso genital numa perspectiva de 
propiciar melhor qualidade de vida para o idoso, uma vez que tal condição não diminui 
a longevidade, mas pode limitar o convívio social e o desempenho das atividades 
diárias. 
Moreira elaborou uma revisão sobre as alterações na estrutura do músculo 
estriado da mulher durante o climatério e ressaltou a importância de discutir as causas 
e consequências da perda de volume de músculo, conhecida como sarcopenia, pois 
suas consequências alteram substancialmente a qualidade de vida. 
Yabur discutiu doenças crônicas degenerativas relacionadas com os níveis de 
estrógeno, tais como doenças cardiovasculares e doença de Alzheimer; bem como os 
efeitos da terapia de reposição hormonal (TRH) na redução de fraturas por 
osteoporose e no aumento do risco de câncer de mama e de endométrio. 
O declínio progressivo da produção androgênica pode ser encontrado em pelo 
menos 20% dos homens com idade entre 60 e 70 anos, e algumas vezes se inicia a 
partir dos 50 anos. Bonaccorsi sugere, entretanto, que a TRH deve somente ser 
considerada em presença de níveis séricos de testosterona abaixo dos limites normais 
mínimos para adultos jovens, acompanhada de sinais inequívocos de insuficiência 
androgênica, e que é necessário, antes de iniciar a TRH, excluir outras causas 
reversíveis de hipoandrogenismo e contraindicações ao tratamento. 
O tema atividade sexual foi abordado com relativa frequência. Bohórquez & 
Julián discutiram a negação, por parte da população, inclusive por profissionais de 
saúde, da sexualidade na senilidade. 
A atividade sexual nos idosos tem características particulares que obedecem 
às mudanças anatômicas e fisiológicas do envelhecimento. 
Além disso, condições como a poli farmácia e a multipatologia podem afetar de 
maneiras diversas a função sexual. Assim, é necessário que médicos e outros 
profissionais intervenham, possibilitando o diagnóstico de disfunções, a terapia 
farmacológica e a desmistificação do tema. 
 
43 
 
Em outro estudo, Polizer & Alves avaliaram o perfil de satisfação e função 
sexual de mulheres idosas e detectaram que a maioria das entrevistadas teve padrão 
de desempenho/satisfação regular a bom, sem grandes alterações da função sexual. 
Também relataram que as alterações da resposta sexual consideradas 
fisiológicas nesta fase da vida não determinam o fim da vida sexual das mulheres 
idosas entrevistadas. 
Vale ressaltar a importância de trabalhos a respeito da presença de Aids/HIV 
na terceira idade. Assim, Jailson & Silva observaram aumento da incidência de Aids 
em indivíduos acima de 50 anos, em 1998, após a introdução de medicamentos para 
disfunção erétil. Vasconcelos et al. estudaram o perfil epidemiológico de pacientes 
com HIV/Aids no Hospital Correia Picanço (Recife-PE) e detectaram aumento no 
número de casos em mulheres, principalmente as casadas, em heterossexuais e 
predomínio em indivíduos de baixa escolaridade. 
Em razão de tais resultados, sugeriram a necessidade da elaboração de 
trabalhos educativos de maneira a atingir os maiores de 60 anos. 
Diversos profissionais da área de saúde, como médicos, fisioterapeutas e 
fonoaudiólogos, estudam o tema quedas. 
Os artigos que abordavam este tema tinham como objetivo reunir os fatores 
que contribuíam para a maior prevalência de quedas nos idosos em comparação com 
a população mais jovem e apresentar opções para a prevenção. 
Dessa forma, Guimarães & Farinatti observaram que a deterioração da visão, 
uso simultâneo de medicamentos (especialmente diuréticos e psicoativos) e 
flexibilidade reduzida (quadril e tornozelos) parecem associar-se com a frequência de 
quedas. Ishizuka et al. relataram depressão e fraqueza muscular como fatores 
relacionados ao risco de queda. Cartier relata uma relação entre alteração da marcha 
no idoso e maior frequência de queda. Assim, a menor amplitude de movimento da 
pelve e doenças que alteram o centro de equilíbrio do corpo como doença de 
Parkinson, paraparesias espásticas, AVE ou neuropatias podem prejudicar a marcha. 
No tema depressão, alguns artigos sugeriam que a prática de exercícios físicos, 
bem como a participação em grupos de educação permanente, como as 
universidades para a terceira idade, poderiam ser fatores de melhora da depressão. 
Assim, Irigaray et al.apontaram para a existência de uma associação entre 
menor intensidade de sintomatologia depressiva e tempo de participação na UNITI 
 
44 
 
(Universidade para a Terceira Idade) superior a um ano. Moraes et al.35 realizaram 
revisão de literatura para investigar o papel protetor do exercício físico e sua eficácia 
no tratamento da depressão. Concluíram que a depressão promove redução da 
prática de atividades físicas e que a atividade física pode ser um coadjuvante na 
prevenção e no tratamento da depressão no idoso. 
Quando se avaliou, dentro das áreas de saúde, se houve mudança ao longo do 
tempo no interesse em estudar o envelhecimento (quadro 1), notou-se aumento do 
número de publicações em praticamente todas as áreas de saúde, exceto na de 
Fisiologia, como já se adiantou, em que se detectou decréscimo de 3,08% (n = 19). 
Tal redução pode ser resultado da ampliação dos cursos de graduação e pós-
graduação nas diversas especialidades. Assim, os assuntos podem ter sido 
canalizados para outras áreas de saúde. 
Observação importante foi o aumento do número de publicações mais 
expressivo na área de Educação Física. 
Tal fenômeno pode decorrer do consenso atual acerca da importância de 
cultivar estilos de vida mais saudáveis para prevenir doenças e reduzir custos para o 
sistema de saúde. 
Detectou-se o fato de que não apenas estudiosos do curso de Educação Física, 
mas também médicos, psicólogos e fisioterapeutas, se interessam por comprovar o 
efeito benéfico da prática contínua de exercícios por idosos. 
Em trabalho realizado por Garrett et al., foram avaliados os custos do 
sedentarismo entre os membros de um plano de saúde do Estado de Minesota, nos 
Estados Unidos, tendo-se constatado que a doença cardíaca representou a maior 
despesa para o plano de saúde, custando 35,3 milhões de dólares em 2000. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este ensaio revela a ausência de trabalhos sobre alguns temas relevantes, no 
período 1982 a 2010 e na base de dados pesquisada, tais como tabagismo, 
alcoolismo, hepatite e AVE. 
Também foram escassas publicações sobre câncer de mama, colo de útero e 
próstata. Por outro lado, um maior número de trabalhos está situado na temática de 
estado de saúde, mais precisamente nos subtemas atividade física e doenças 
cardiovasculares. 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000100017#q145 
 
É importante que se realizem estudos tanto nos temas em que existem poucas 
publicações como naqueles que já são abordados com certa frequência. 
Com o aumento da expectativa de vida, os processos relacionados ao 
envelhecimento precisam ser estudados pelas diversas áreas de saúde, com um 
enfoque interdisciplinar, a fim de possibilitar a promoção de saúde e prevenção de 
doenças. 
A base de dados LILACS contempla publicações pertinentes a 27 países, a 
partir de 1982, o que representa limitações ao estudo. Assim, não foi possível detectar 
o panorama dos estudos sobre envelhecimento antes do ano supracitado e em países 
europeus e da América do Norte. 
 
 
46 
 
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