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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PESQUISA CIENTÍFICA Prof. Dr. Daniel Brandão Menezes Universidade Federal do Ceará (UFC) - Laboratório Digital Educacional (LDE), em parceria com o Ins?tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Período: Maio a julho de 2021 Carga Horária: 60 horas Cer?ficado: Nível de extensão pela Universidade Federal do Ceará Público Alvo: Graduandos (as) e graduados (as), professores da educação básica e do ensino superior de ins?tuições públicas e privadas e demais interessados. Aula 1 - Conhecendo a Pós-Graduação (15 h/a) Conteúdo: Especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado; Carreira acadêmica; Currículo Acadêmico; Orientador e Orientando; Ins?tuições, grupos e linhas de pesquisa, grupos de estudos; e Planejamento para a pós-graduação. Aula 2 - Introdução à Pesquisa (15 h/a) Conteúdo: Ciência, método cienHfico e pesquisa; Delimitação do tema, linha e eixo de pesquisa; Elementos, caraterís?cas e redação cienHfica de um projeto de pesquisa (tema, Htulo, levantamento bibliográfico, ar?gos, livros, fontes e outros); Aula 3 – Levantamento Bibliográfico (15 h/a) Conteúdo: Fontes de pesquisa, livros, obras, periódicos, base de dados, anais, teses, dissertações e mapeamento e revisão sistemá?ca da literatura (RSL): questão principal e questões secundárias, palavras-chaves, string, bases de dados, critérios de inclusão, exclusão, qualidade, análise e discussão dos resultados, conclusões, limitações, considerações finais e trabalhos futuros. Aula 4 – Escrita e Apresentação do Projeto de Pesquisa (15 h/a) Conteúdo: Problema e Hipótese de pesquisa; formulação, complexidade da questão e delimitação do problema; Jus?fica?va, variáveis, obje?vo geral, obje?vos específicos, metodologia, métodos e meios técnicos de inves?gação; Caracterização dos sujeitos, produto de pesquisa, aplicação e validação do estudo e exemplos prá?cos de projetos; Defesa do projeto, apresentação oral, arguição e inquérito da banca. VANTAGENS DA PÓS-GRADUAÇÃO PESQUISA AUMENTO SALARIAL PRODUTIVIDADE MELHORIA NO CURRÍCULO ATUALIZAÇÃO INTELECTUAL NETWORKING ?(DES)?VANTAGENS DA PÓS-GRADUAÇÃO REQUER MUITO TEMPO DE ESTUDOS ABNEGAÇÃO 2 ANOS DE MESTRADO E 4 ANOS DE DOUTORADO NÃO IMPLICA SEGURANÇA PROFISSIONAL PRESSÃO PROVA ESCRITA PROJETO ARGUIÇÃO ORAL CURRÍCULO LATTES ETAPA 1 UNIVERSIDADE ETAPA 2 LINHA DE PESQUISA ETAPA 3 GRUPOS DE PESQUISA Week 4 EDITAL LACUNAS APRENDIZAGEM – ALUNO ENSINO - PROFESSOR ...é o documento que explicita as ações que serão desenvolvidas no decorrer do processo de pesquisa. Gil (2002) PROJETO DE PESQUISA RESUMO INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA PROBLEMÁTICA PERGUNTA DE PESQUISA OBJETIVOS REFERENCIAL TEÓRICO METODOLOGIA CRONOGRAMA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESUMO OBJETO DE PESQUISA É o foco, o eixo central de sua inves?gação: não é o assunto, mas o quê dentro de um assunto geralmente vasto lhe chama atenção. O tema é diferente do objeto. Delimitação do objeto. Objetos iguais podem resultar em trabalhos diferentes. Ideia inicial do objeto de pesquisa Mudança do objeto de pesquisa Construção do objeto de pesquisa Caminhada profissional Formação acadêmica Orientação O objetivo específico pode ser: a) Exploratório – no qual o pesquisador identifica, levanta, descobre, conhece, busca informações necessárias sobre o tema ou assunto; b) Descritivo – no qual o pesquisador descreve, caracteriza conceitos; c) Explicativo – no qual o pesquisador analisa, verifica, avalia, compara, explica as informações. Segundo Richardson (1999, p.63) deve-se ter sempre objetivos exploratório, descritivo e explicativo, nesta ordem, em uma pesquisa. Gil (2002) Tabela de domínio cogni/vo de Bloom Conhecimento – é referente à habilidade de iden5ficar a informação, par5ndo de situações anteriores; Compreensão – é referente à habilidade de demonstrar compreensão da informação, capaz de reproduzi-la por meio de ideias próprias; Aplicação – é referente à habilidade de recolher e aplicar a informação em situações ou problemas concretos; Análise – é referente à habilidade de estruturar a informação, separando as partes e estabelecendo relações para explicá-las; Síntese – é referente à habilidade de recolher e relacionar a informação de diferentes fontes, para a produção de uma nova informação; Avaliação – é referente à habilidade de fazer julgamentos de valor sobre algo, considerando critérios conhecidos. Ferraz e Belhot (2010) TAXONOMIA DE BLOOM Feraz e Belhot (2010) TIPOS DE PESQUISA É sabido que toda e qualquer classificação se faz mediante algum critério. Com relação às pesquisas, é usual a classificação com base em seus obje>vos gerais. Assim, é possível classificar as pesquisas em três grandes grupos: exploratórias, descri>vas e explica>vas. EXPLORATÓRIAS DESCRITIVAS EXPLICATIVAS MARCO TEÓRICO – POSSIBILITA APROXIMAÇÃO CONCEITUAL Gil (2002) Pesquisas exploratórias Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: • levantamento bibliográfico; • entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; • análise de exemplos que "estimulem a compreensão”. (Selltiz et ai., 1967, p. 63). Pesquisas descritivas Descrevem as características de uma população ou fenômeno ou estabelece relações entre variáveis com o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. • Estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental etc. • Propõem estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação de seus habitantes, o índice de criminalidade que aí se registra etc. • Levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população. • Descobrir a existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político-partidária e nível de rendimentos ou de escolaridade. Gil (2002) Pesquisas explicativas Identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Pode-se dizer que o conhecimento científico está assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Isso não significa, porém, que as pesquisas exploratórias e descritivas tenham menos valor, porque quase sempre constituem etapa prévia indispensável para que se possa obter explicações científicas. Gil (2002) ABNT NORMA CULTA PROVA ESCRITA ESTUDAR OS LIVROS E ARTIGOS FAZENDO RESUMOS ROTINA DE ESTUDOS - PRODUTIVIDADE PROVAS ANTIGAS OBJETO DE ESTUDOS LINGUAGEM FORMAL E NORMAS ABNT – CITAÇÃO – INÍCIO, MEIO E FIM. O QUE NÃO SE DEVE FAZER? “Deve concentrar no que a banca está pensando e o que espera de você!” “Faz uma boa prova escrita aquele que treinou a escrita”. “Imersão facilita a clareza de ideias no dia da prova”. “Diga-me como estudas que te direis se irá passar”. “A banca não deve se esforçar para entender o que está escrito”. ENTREVISTA – Momento ímpar para demonstrar todo o seu potencial. DESCREVA SUNCINTAMENTE SEU PROJETO DE PESQUISA *METODOLOGIA *VIABILIDADE COM SUA REALIDADE E DO PROGRAMA *SINTONIA COM O QUE É ESTUDADO NO EIXO *IMPACTO E INOVAÇÃO *VOCÊ TERÁ TOTALDISPONIBILIDADE PARA CURSAR A PÓS? **CASO VENHA A SER APROVADO, CONCORDA EM REALIZAR MUDANÇAS EM SEU PROJETO? @posgrad_sonhopossivel Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002a. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002b. OLIVEIRA, E.; ENS, R.; ANDRADE, D.; MUSSIS, C.R., Análise de Conteúdo e Pesquisa na área de educação. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.9, p.11-27, maio/ago. 2003. Fletcher R., Fletcher S. Epidemiologia clínica: elementos essenciais. 4a ed. Porto Alegre: Artmed; 2006. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 175p. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 306p. THIOLLENT, Michel J. M. Crítica metodológica, investigação social & enquete operária. São Paulo: Polis, 1980. daniel_brandao@uvanet.br @professor_daniel_brandao “Falaram-me uma vez que meu trabalho ainda seria muito conhecido pelo Brasil. Então respondi: - Para mim, preciso apenas que meu trabalho consiga mudar a vida das pessoas”. Daniel Brandão